quinta-feira, março 22, 2007

Das Piscinas à EPUL

O fornecimento de gás às piscinas municipais vai ser cortado porque o município não paga aos fornecedores. O pavimento das ruas está como o Sr Carmona. Vai-se afundando todos os dias.

Que soluções?

Mais dia, menos dia, vamos ter eleições. Mas pobre do candidato que ache que pode mudar qualquer coisa para deixar tudo na mesma. Na CML isso não é possível.

Os serviços municipais atingiram um grau de decomposição que ultrapassa de longe os dramas da função pública em Portugal. As empresas municipais são um valhacouto (às vezes uma duplicação) das estruturas partidárias. Todos têm o seu quinhão.

Atingiram o ponto do não retorno ou seja da impossibilidade de conserto.

Alguém imagina que uma coisa como a EPUL, com a cultura aí instalada, alguma vez pode funcionar de modo que não seja no favorecimento imediato e directo de quem lá se abrigar?

A única solução para estes sorvedouros organizados de fundos públicos é a extinção pura e simples. Não há mais nenhuma.

Reorganizar e fundir não chega: com o ponto a que as coisas chegaram a única solução é extinguir.

Mors omnia solvit: e as blindagens jurídicas criadas para proteger os instalados com a extinção deixam de funcionar.


J.L. Saldanha Sanches

2 comentários:

Anónimo disse...

E o pior é que há uma piscina em cada bairro, o que dá uma quantidade delas.

André Bernardes disse...

se os problemas já passam pelo pagamento das facturas de despesa corrente, então, não há dúvida que 'a coisa' está mesmo 'bera'...não existem as mínimas condições para se pensar no que é o mais importante para o futuro da Cidade...porque se tende a tomar a floresta pela árvore (ou, o que é mais incrível, pelos carunchos ;)

- será que é sensato cortar as árvores para combater a praga dos compadrios políticos? onde está, afinal, a raiz do problema?

«A mudança apontada nas políticas recentes em relação à cidade existente implica necessáriamente uma mudança institucional e uma procura de instrumentos de intervenção adequados aos crtérios e objectivos da intervenção que se visa. Não é, pois, por acaso que a evolução dos conceitos e as novas práticas se verificam ao mesmo tempo que o poder local ganha na maioria dos países o protagonismo na condução da política urbana. De facto, a chave do êxito da intervenção na cidade existente está na capacidade de conjugar diversos agentes e diversos níveis de actuação num processo que é iminentemente horizontal (...)»
Nuno Portas, em, "Os tempos das Formas"