sábado, novembro 08, 2008

EMEL


Anomalias" na recolha de dinheiro dos parquímetros
Margem de lucro da EMEL deve ser muito curta este ano (SIC)

Depois de um lucro de quase dois milhões de euros em 2007, as contas da EMEL devem fechar este ano com uma curta margem de lucro, próxima dos cem mil euros. A presidente da empresa demitiu-se entretanto, por razões pessoais e, uma auditoria do Tribunal de Contas terá encontrado anomalias na cobrança de dívidas e no sistema de recolha do dinheiro dos parquímetros.
Numa auditoria que tem estado a decorrer, os peritos do Tribunal de Contas terão recolhido documentos e testemunhos que sugerem a existência de desvios de dinheiro das máquinas onde se faz a recolha de moedas nos parquímetros.
O sistema de recolha do dinheiro depositado nas máquinas é manual e, é cruzado com um talão que a máquina emite na altura. A contagem não é feita no local, só mais tarde.
Em anteriores auditorias a EMEL já tinha sido desafiada a rever procedimentos e, actualmente a recolha do dinheiro é feita em conjunto por um funcionário da empresa e outro de uma empresa de segurança.
Mas, estranhamente, as verbas nem sempre coincidem com o valor inscrito nos talões, apesar da empresa garantir total segurança.
O sistema de recolha da colecta que dá dinheiro a mais mereceu várias intervenções ao longo do tempo e em algumas zonas da cidade em que o serviço é prestado por uma empresa há um controlo electrónico on-line que permite saber à distância quanto dinheiro está nas máquinas.
Mais segurança
Mas, nas zonas em que o serviço é assegurado pela própria EMEL só agora se está a pensar na instalação desse controlo suplementar de segurança.
As receitas da EMEL baixaram a partir do Verão. Fonte da empresa diz que é uma consequência dos aumentos no preço dos combustíveis. Certo é que os resultados operacionais desceram profundamente. No ano passado, o lucro ficou perto dos dois milhões de euros. Este ano deverá rondar apenas cem mil euros.
Empresa vai abrir processos a 200 grandes devedores
O Tribunal de Contas está desde o último Verão a analisar as relações
entre a Câmara de Lisboa e as várias empresas municipais. Na EMEL foram passados a pente fino os vários contratos de prestação de serviços e a boa cobrança das receitas da empresa.
Entre os elementos considerados anómalos foram detectadas muitas dívidas de estacionamento à empresa. Há duas dúzias de viaturas que devem mais de mil euros de estacionamento cada uma.
Receita malparada
A EMEL disse à SIC que estão em fase de instrução 200 processos a grandes devedores, mas entretanto só em dívidas de estacionamento superiores a 750 euros a empresa deixou acumular mais de 50 mil euros de receita malparada.
Há também várias zonas da cidade onde os parquímetros foram vandalizados e não funcionam.
A presidente da EMEL, apresentou a demissão há duas semanas, invocando motivos pessoais - e, abandonou o lugar esta sexta-feira.
Marina Ferreira reserva qualquer declaração para este sábado. A ex-vereadora do PSD era acompanhada na administração por dois vogais indicados pelo partido socialista que não se solidarizaram com a demissão presidente da EMEL. video

1 comentário:

Anónimo disse...

Para não falar nas "anomalias" na emissão do talãozito, uma vez esportulada a quantia que a e EMEL entende cobrar pelo cada vez mais luxuoso privilégio de estacionar legalmente.

A "máquina" da EMEL - essa preciosa peça de mobiliário urbano - aceita a quantia, pressiona-se o botão, a quantia fica irrecuperável, mas o talãozinho não sai. Um eurito e meio, ontem, na D. João V. Coisa pouca.

O cliente (perdão, "utente": isto é, o pagante sem direitos e com todas as suspeições sobre si) que procure outra máquina e desembolse mais umas moeditas.

Assim fiz.

Costa