sábado, maio 19, 2018

Ontem numa visita guiada, visitei vários pontos das Alcaçarias:
http://lisboaantiga.blogspot.pt/p/banhos-da-alfama-ou-alcacarias-da.html
esta é uma excelente informação sobre essas.
Verifiquei o cuidado e empenho dos técnicos da C.M.L. que nos acompanharam para com o património e sua recuperação, assim como tenho que dizer o que, do meu ponto de vista, é a falta de empenho político na recuperação desta zona e destes espaços monumentais.
As Alcaçarias tem memórias que não podem ser obnubiladas por palimpsextos, nem adulterações avulsas, tem que haver uma lógica integrada para recuperação e mesmo se não houver uso pelo menos usufruto destes espaços e das suas águas, seja em lógicas termais ou geotérmicas, seja em lógicas da sua derriva adequada, que também não prejudique, a curto ou médio prazo a estabilidade e estruturas do edificado construído, muitas vezes mal, muito mal, construído na zona da sua envolvência.
O espaço das antigas termas ( Alcaçarias do Duque) é ... indescritível e fantástico, e hoje nas mãos de privado tudo se pode esperar, embora tenha ficado com a sensação que pior do que a actual negligência e abandono não será possível. Um plano de recuperação envolvendo uma equipa multi-disciplinar e articulação com a actividade empresarial seria possível, mas...
Voi outras "coisas" e ouvi outros "recados" sobre o que vai mal, muito mal nesta zona fabulosa de Lisboa, onde se notam todos os elementos destruidores de cidade, seja no polular de hostéis e quejandos, no abandono dos seus ocupantes de sempre vizinhos e um aviltar do espaço por lógicas espúrias e que deveriam ser instaladas noutro lado ( e falo do Museu Judaico).
Mas devo dizer, temo que se não nos organizarmos para romper os bloqueios em que o Salgadismo e a sua filosofia vão aplastando a nossa cidade não haverá nada, ou muito pouco para continuar a memória,,, a não ser os tais palimpsextos (manuscritos medievais escritos sobre outros e outros e outros).
Lisboa, aqui o digo com toda a frontalidade, não tem estratégia e não tem oposição ao que não tem, salve-se algumas acções cívicas exemplares, mesmo quando de algumas discordo, do Forum Cidadania Lisboa: http://cidadanialx.blogspot.pt 
e alguns cidadãos avulsos, por aqui e por ali.
É necessário encontrar bases e superar algumas vaidades e questicúluncas pessoais e começar a criar movimento que possa recriar na, para  C.M.L. capacidade de pressão e crítica e porque não assaltar, democraticamente, a Praça do Município. O som do vento dá-nos ilusão, o correr das águas força mas é preciso gentes,  as gentes que desde João de Barros nos são contadas e fizeram cidade.

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