quinta-feira, fevereiro 22, 2007

A dança e a "contra-dança"

Do arquivo «Humor Antigo»
EM VÁRIOS pontos do país, e perante situações absolutamente escandalosas de estacionamento selvagem (cheguei a ver-me impedindo de entrar em casa!), interpelei, por diversas vezes, graduados da PSP - que andavam por perto - perguntando-lhes porque é que não actuavam.
Ora, e como muito bem sabe quem já fez o mesmo que eu, as respostas que nos dão são variadíssimas, sendo a mais espantosa a de que «têm ordens para só actuar a pedido».
Por isso, quando oiço agora uma associação sindical da mesma corporação a reclamar contra o meritório trabalho da EMEL, não posso deixar de me lembrar da anedota da senhora que estava a dançar com um cavalheiro que só a pisava:

- O senhor não gosta de dançar? - pergunta ela.
- Adoro! - responde ele.
- Então porque é que não dança?


«Público» de 24 Fev 07 e «DESTAK» de 26 Fev 07

2 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Comunicado da ACA-M de 2007/02/21

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A Associação Sindical dos Profissionais da PSP protestou ontem contra a decisão da CML de pôr os funcionários da EMEL a autuar os condutores que estacionam constantemente em segunda fila, sobre os passeios, sobre as passadeiras.

A ACA-M pergunta-se: porque razão chegámos a uma situação em que a fiscalização do estacionamento selvagem em Lisboa é feita por uma empresa municipal e não pela Divisão de Trânsito da PSP?

A resposta parece-nos óbvia:

É que durante anos, a DT-PSP, a autoridade policial que podia e devia combater os flagelos lisboetas do estacionamento indevido e do excesso de velocidade, demitiu-se quase completamente da sua função.

Claro que a ACA-M prefere que a DT-PSP faça o seu trabalho e que a CML não tenha esse encargo adicional. Claro que muitos condutores que abusam das falhas do sistema estarão agora irritados porque vão passar a pagar como os outros.

É a vida.

Mas, para a ACA-M, a verdadeira questão de fundo é saber de quem foi a responsabilidade política de a DT-PSP se ter demitido da sua obrigação – dado que não consta que os comandos da PSP tomem decisões políticas.

Fazemos assim um apelo à Assembleia da República para que investigue este estranho caso de polícia.

Anónimo disse...

Os 2 últimos parágrafos deste comunicado da ACA-M, têm toda a razão de ser.

Hoje, já não há dúvidas que a PSP tem recebido ordens para não actuar.

Nós, cidadãos, temos todo o direito de saber quem têm sido os GRANDESSÍSSIMOS pândegos que, ao longo de anos e anos, têm dado tão inteligentes instruções!