quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Outra vez?!

DE VEZ EM QUANDO, como agora, lá reaparece a discussão acerca dos horários do comércio.
Nessas alturas, ouvem-se as opiniões dos representantes dos pequenos e dos grandes comerciantes, o Governo também diz de sua justiça, mas, quanto a perguntar (e, acima de tudo, a ter em conta) o que pensam os consumidores... não parece estar nos planos de ninguém.
No entanto, a médio ou longo prazo, o que vai suceder é muito simples: se houver quem queira comprar e quem queira vender, o comércio far-se-á. Caso contrário, não.
Tem sido sempre assim em todos os tempos e lugares, pelo que contrariar essa tendência é como estar a atirar areia para os esporões da Costa de Caparica - o que talvez explique porque é que, neste assunto (como em tantos outros), nunca falta gente a atirar-nos areia para os olhos.
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A imagem é do blogue-arquivo «Humor Antigo»

2 comentários:

Anónimo disse...

O cenário aos Domingos nos hipermercados é lamentável: quem não tem outra alternativa tem que andar nunca correria de um lado para o outro a olhar para o relógio. Imagino que os funcionários saiam tardíssimo.
E não digam "levante-se mais cedo" que as coias não são assim.
Uma canseira.
Lei de Guterres, I presume?? Que nunca deve ter tido necessidade de ir ás compras Domingo por trabalhar Sábado todo o dia.

Em nome de quÊ? Do pequeno comércio? Na minha zona há dois hipermercados e alguns pequenos estabelecimentos (talho, frutaria, legumes, mercearia, etc.) de excelente qualidade que estão sempre cheios e até fazem entregas em casa.

Esta do Estado achar que sabe o que é melhor para mim e para "as famílias" é perfeitamente patético.

Anónimo disse...

O Comércio é uma actividade que tem de ser lucrativa e competitiva, regendo-se pela lei da oferta e da procura como os Serviços e a Indústria.

Assim, para não se deixar esmagar pela concorrência, o pequeno comércio (que, de facto, está fragilizado) tem de conhecer as armas dela e usar as que tem (ou arranjar outras).

As grandes superfícies são imbatíveis em preço, variedade e horários (mesmo sendo estes ainda condicionados).

Ora, não podendo o pequeno comércio competir por aí, tem de recorrer a outros argumentos. Compete ao interessados arranjá-los ou melhorá-los, não adiantando pôr-se a choramingar por tempos que não voltam e a reclamar por protecções que, cedo ou tarde, acabarão.

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Perto da minha casa há várias padarias e também vários supermercados que vendem pão.
Mas as padarias não fecharam, e até estão bastante prósperas.
Porquê?
Porque oferecem o que as grandes superfícies não têm: variedade, proximidade, atendimento personalizado - e, em certos casos, até o velho "fiado"!