quinta-feira, agosto 23, 2007

Os novos e os velhos...

Estas fotos, que mostram dois velhos placards entretanto removidos, foram tiradas no Campo Grande, no mesmo local onde actualmente está instalado um dos polémicos radares
ANTES DE MAIS, peço que fique bem claro que não estou de acordo com os actuais limites de velocidade em algumas artérias de Lisboa que, por construção ou adaptação, são autênticas vias-rápidas (*). Mas - atenção! - não só de Lisboa; não só das que têm os novos radares; e não só agora, quando começa a haver muita gente multada.
Posto isso, aqui fica uma pergunta - essa, sim, essencial porque vai ao cerne do problema:
Porque é que, durante DEZENAS de anos, nunca ninguém se preocupou com radares como os que são referidos nestas imagens, e que, supostamente, faziam exactamente o mesmo que os actuais?
A resposta é simples: porque se sabia que raramente (ou nunca) funcionavam!
Ou seja: o que actualmente preocupa muito boa gente não é o facto de a lei ser absurda, mas sim haver quem tenha a ideia estapafúrdia de a querer fazer cumprir...
*
(*) Nestas imagens, vê-se uma extensa via com 3 faixas de rodagem, que tem passagens desniveladas para os peões e onde a velocidade máxima autorizada é de 50 km/h. Simplesmente - e diga-se isso tantas vezes quantas forem necessárias -, não foi a CML quem inventou esse valor, pelo que não é a ela que se deve o odioso de o fazer cumprir.
Por sinal, e concluindo-se que se está perante um absurdo (dos muitos que geram as Leis-da-Treta tão ao gosto do legislador lusitano), só há que agradecer a essa mesma CML o facto de o expor, claramente, à luz do dia.

18 comentários:

Anónimo disse...

Ouvi em tempos contar que na ponte 25 de Abril os radares para lá adquiridos e que foram caríssimos e simplesmente não funcionam. É por isso que é possível ver lá passar constantemente automobilistas a velocidade muito superior à permitida.

Talvez CMR queira abordar este caso.

Anónimo disse...

"que foram caríssimos simplesmente não funcionam", queria eu ter escrito.

Carlos Medina Ribeiro disse...

A lista das coisas "caríssimas e que não funcionam" são inúmeras:

Desde os simples quiosques Infocid, máquinas de vendas de selos e Net-Post até ao tapete-rolante de Alcântara e aos F-16 encaixotados... há de tudo um pouco.

A única coisa que não há é gente responsabilizada por isso.

Anónimo disse...

Caso andem distraidos, signatários e promotores e apoiantes de petições, 50 km/h é a velocidade que é a norma em todas as zonas urbanas do mundo civilizado incluindo Portugal e rigorosamente fiscalizada além Badajoz por razões perfeitamente racionais.

Como muito bem demonstra o Carlos Ribeiro esta agitação toda, com petições e artigos de jornais, só demonstra que os ultrajados passaram anos a não cumprir a lei e apesar de saberem que estão a pôr outros em perigo, querem continuar a faze-lo.

Quando em toda a Europa nas últimas décadas se travou uma batalha, na maior parte dos casos bem sucedida, contra os excessos de velocidade fora e dentro de zonas urbanas, alguns portugueses que continuam a defender o indefensável. O argumento de que há muitas multas por isso devia ser legal é néscio e boçal, como já muito bem demonstrou um comentário de outro post neste blogue.

Medidas para ajudar as pessoas a cumprir os limites de velocidade de 50 km/h em zonas urbanas, fazem todo o sentido - inclusive quando usam a multa para o fazer. Falar em "caça-à-multa" quando nos referimos a radares que avisam o motorista da sua velocidade e dão a oportunidade de a baixar, antes de fotografar a matricula, é demagógico e desonesto. Reduzir de 80 km/h para 50 km/h implica o condutor perder 27 segundos por quilómetro - mas poderá ser a diferença crucial para um peão atropelado. Porque razão não poderemos poupar combustível, reduzir as emissões de CO2 e andar mais seguros por tão pouco? Falar em aumento do congestionamento por se obrigar os condutores a cumprirem a lei é desonesto - qualquer engenheiro de tráfego poderá explicar que a capacidade de uma via é optimizada para velocidades de circulação entre 40-50 km/h.

Num país na cauda da Europa em segurança rodoviária, perder tempo com petições deste género é irresponsável e demonstra pouco espírito de cidadania. O importante é tonar estas "vias-rápidas" em vias humanas e urbanas. Isso sim, seria uma petição que valeria muito a pena fazer.

Carlos Medina Ribeiro disse...

O que Paulo Antunes diz, é verdade.
No entanto, quando se refere ao «peão atropelado», note que (pelo menos eu) falo de vias-rápidas (ou semelhantes a elas) ONDE NÃO HÁ PEÕES.
O caso da foto é uma delas.

Mas, como o assunto merece ser abordado com mais tempo, espero voltar a ele em breve, referindo outros aspectos do problema, que é complexo.

Anónimo disse...

E "eles" (Não me refiro a CMR) a darem-lhe!

Uma coisa é a obrigação de andar a 50 km/h em ruas «de cidade» onde há peões nos passeios, lojas, habitação, serviços, logo ali à beira da faixa de rodagem.

Outra, completamente distinta e que só um ceguinho voluntário não entende a diferença, são vias de escoamento do trânsito, com várias faixas, onde as passadeiras de peões são desniveladas, onde não há nada nas margens imediatas da estrada, etc etc.

Mas não vale a pena tentar explicar isto a quem decididamente não quer compreender.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Antes de mais, note-se que estas minhas considerações são, principalmente, relacionadas com vias-rápidas (ou, no essencial, semelhantes a elas), onde não há peões.

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Veja-se o caso das autoestradas, onde há uma velocidade MÍNIMA OBRIGATÓRIA.
E note-se que o valor dessa velocidade foi alterado (e para mais!), há anos, de 40 para 50km/h.
Em zonas de subidas há, por vezes, várias faixas, cada uma delas com a sua velocidade MÍNIMA OBRIGATÓRIA, ainda maior.

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Evidentemente, os valores das velocidades dependem de muita coisa, e até os 50km/h, em certas ruas, podem ser de mais.

O problema é o uso cego de valores, que faz lembrar aqueles empreiteiros semi-analfabetos que, quando fazem obras, metem o primeiro sinal que têm à mão: tanto pode ser de 40km/h como de 10km/h...

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Para outra altura fica a apreciação das anedóticas "zonas demarcadas" onde (e só aí!) a lei tem de ser cumprida...

E também a curiosa teoria de Fernando Gomes, quando foi MAI, segundo o qual o pagamento da multa é uma espécie de taxa que torna a ilegalidade aceitável.
Foi isso que disse na TV - inicialmente, só a propósito de Barrancos (ele tinha dito que ia acabar com os touros-de-morte...), mas depois alargado às infracções de trânsito!

Anónimo disse...

Caro Carlos Medina Ribeiro,

Tenha consciência que dizer que não há peões em vias erradamente desenhadas como "vias-rápidas" em zonas urbanas não é correcto.

Tenha consciência que todas as avenidas mencionadas na petição têm cruzamentos e/ou passagem de peões e paragens de autocarros. Por exemplo, em 2005, a Av. Infante D. Henrique teve 19 atropelamentos, 222 colisões e 51 despistes...
Fonte

Algumas delas têm de facto poucos peões, porque o desenho urbano e a velocidade cortou e esterilizou aquele parte da cidade. Algumas têm passagens aéreas que qualquer observação em qualquer parte do mundo conclui que não são usadas pela maior parte dos peões a não ser que sejam colocadas redes ou perfis de betão a obstruir o atravessamento. Aliás, como alguém já referiu algures, se observar a hora do almoço junto ao portão da RTP/RDP na Marechal Gomes da Costa verá peões a saltar os muros de betão para ir almoçar. Claro que quem tem os valores invertidos, e quer poupar 27 segundos por km/h, acha que os peões deverão fazer um desvio de centenas de metros e subir e descer escadas. Se queremos uma cidade moderna e humana o caminho não é por aqui.

Alias, apelava a quem tenciona assinar que veja este vídeo.

E leia com atenção esta página.

E depois assine em consciência.

Caro anónimo, por uma cidade mais cosmopolita e humana terá que existir um esforço concertado de forma a tornar estas vias mais humanas - reduzindo a velocidade dos automóveis, reduzindo o seu perfil e criando atravessamentos dignos e humanos (90% das passagens aéreas nem sequer estão ou podem ser equipadas de rampas para deficientes).

Cordialmente,
PA

Anónimo disse...

Caro Carlos Medina Ribeiro,

Uma simples pesquisa no google por "Campo Grande" (o seu exemplo de via em que não há peões) e "atropelamentos" descobre:

Na cidade de Lisboa, 1895 pessoas foram vítimas de atropelamento, sendo que 30 morreram, 230 ficaram gravemente feridas e 1785 tiveram ferimentos ligeiros. O grupo de maior risco é o dos idosos, com mais de 65 anos. No entanto, o mesmo relatório aponta ainda a faixa etária até aos cinco anos como um dos grupos de grande risco oito crianças daquelas idades morreram, 38 ficaram gravemente feridas e 319 tiveram ferimentos ligeiros. As avenidas 24 de Julho e Almirante Reis, assim como o Campo Grande, são os locais da capital onde o número de atropelamentos atinge maiores dimensões.
(...)

Já em 1994 a Prevenção Rodoviária Portuguesa referia que Portugal é dos países europeus onde a relação entre o número de mortos por atropelamento e o total da população é maior. Cerca de um quarto dos mortos em acidentes de viação são peões, e mais de 60 % dessas mortes ocorrem no interior das cidades. Onze anos depois, as estatísticas mostram que essa realidade não mudou.


Cordialmente,
PA

Carlos Medina Ribeiro disse...

1-Não tenho nada a ver com a petição e não a tenciono assinar.

2-Havemos de falar (mas não hoje...) das obrigações dos peões, nomeadamente no que toca ao atravessamento das vias nos locais e nos momentos próprios - "como em qualquer país civilizado", como se costuma dizer.

Estou à vontade para falar disso, pois um dos meus melhores amigos morreu atropelado ao atravessar a Via-Rápida da Costa onde não podia nem devia.

Anónimo disse...

Caro Medina Ribeiro,

Espero que com os números e factos que forneci, tenha ajudado a terminar o mito que "não há peões" nas avenidas da petição. Uma mentira por se repetir muitas vezes não se torna em verdade. Por mais inconveniente que seja.

Ainda bem que não assina a petição porque é um exemplo acabado de ignorância e umbiguismo.

Quando existem demasiados atropelamentos e recordes de sinistralidade europeus numa cidade é sinal de que algo está muito mau. Tentar culpar os peões de irresponsabilidade e culpabilizar o mais vulnerável não é próprio de uma sociedade civilizada e europeia. Se não somos capazes de admitir que conduzimos demasiado depressa dentro de Lisboa algo está errado na nossa capacidade de análise.

Muitas avenidas estão mal concebidas em Lisboa - excesso de faixas de rodagem, perfis desproporcionados. Não é verdade que não tenham actividades humanas adjacentes - existem locais de trabalho, paragens de autocarro, passeios. Só para dar o exemplo da Marechal Gomes da Costa, é ultrajante ver pessoas a sair da Universidade Independente ou da RTP (edifícios com milhares de pessoas) a saltar diariamente os muretes de betão. Se a solução é a colocação de redes entre escolas secundárias e bairros, porque existe entre eles uma avenida, então a cidade está entregue a quem só está preocupado em agradar quem quer chegar a casa uns segundos mais cedo.

Cordialmente,
PA

Anónimo disse...

Aliás, gostaria de acrescentar que em todas as avenidas onde a petição exige que o limite passe para 80 km/h, os radares estão colocadas junto a passadeiras e/ou cruzamentos de nível.

Uma elevada percentagem de peões em Portugal é atropelada em passadeiras. Aliás foi o que aconteceu, por exemplo, a uma criança de 8 anos na Av. de Ceuta há pouco mais de um ano.

É extraordinário a cegueira de alguns!

Nelson disse...

Fabuloso, até há provas documentais das passagens desniveladas desniveladas QUE NÃO EXISTEM.

Lanço um desafio: tirem uma fotografia a UMA passagem aérea para peões no Campo Grande, tá bem? Só uma, chega-me. E eu respondo com as fotos dos radares onde se consegue ver a passadeira uns metros à frente, que tal?

Será possível que ninguém vá verificar a veracidade das opiniões escritas para confirmar se são ou não verdade?

Carlos Medina Ribeiro disse...

As zonas dos diversos túneis são, por natureza, passagens desniveladas.
A passagem superior junto ao Museu Bordalo Pinheiro, também o é.
A passagem subterrânea existente mais a sul, idem.

Há, de facto, também passadeiras "normais", mas que têm semáforos para carros e para peões.
Se uns e outros não os respeitam, é outro assunto - e, esse sim, bem grave, pois é aí que está a origem dos atropelamentos.

Não se pode é estipular uma velocidade X em função de quem não respeita essas regras.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Umas das vantagens de Portugal ser um país atrasado é que a maioria dos problemas com que se defronta já foram resolvidos, noutros lados, há muito tempo.
Ora, como cai sempre bem falar-se em "países civilizados", aqui vai uma experiência dessas, vivida na RFA, onde trabalhei durante muitos meses. Estive em muitas cidades, mas mais demoradamente em Hanover, em Frankfurt e em Minden.

O meu primeiro choque cultural foi nesta, uma cidade de tamanho médio:

Todos os peões atravessavam apenas nas passadeiras e apenas com o sinal verde - o que faziam mesmo que a rua fosse estreita e não se visse um único carro no horizonte!
O número de atropelados no ano anterior, segundo me informaram, fora ZERO, até porque um automobilista que atropelasse um peão numa passadeira arranjava um sarilho de todo o tamanho.

Os sucessivos semáforos estavam programados para que de nada adiantasse aos automobilistas circularem acima da velocidade estipulada: os que fossem depressa demais, deparavam-se com o sinal vermelho no próximo.

Os radares também existiam, mas não na versão idiota de "zonas especiais":

Havia viaturas descaracterizadas (não muitas) que saltitavam permanentemente de sítio para sítio. Eram implacáveis, e apesar de as multas não serem muito elevadas (3000$, na nossa moeda), a probabilidade de se cometer uma infracção e ficar impune era quase zero.

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O nosso Código da Estrada também penaliza o peão que, podendo fazê-lo, não atravessa no local (nem no momento) correcto. Dantes, a PSP estava atenta a isso mas, nos últimos anos, só a de Faro tem feito alguma coisa.
Resultado: foi coberta de ridículo.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Embora o facto não tenha, por si só, mal nenhum, tenho pena que o assunto PRINCIPAL que me levou a escrever este post não tenha sido aprofundado:

PORQUE É QUE SÓ AGORA HÁ GENTE PREOCUPADA COM RADARES QUE, SUPOSTAMENTE, SEMPRE EXISTIRAM?

Anónimo disse...

Caro Carlos Medina Ribeiro,

Já abordei a sua pergunta no meu primeiro comentário. Parece-me óbvio a resposta: porque só agora alguns condutores têm receio de ser punidos por não cumprir uma lei que nunca cumpriram.

Gostaria de ver essa pergunta respondida por quem assinou a petição!

É de facto interessante perceber que muitas pessoas em Portugal se habituam a cometer ilegalidades e ainda por cima têm a lata de protestar quando o estado de direito encontra formas de acabar com a impunidade. Estou curioso a aguardar a tolerância zero do António Costa sobre os carros sobre os passeios - existirá concerteza acusações de "caça-a-multa" e ultraje como se a lei que estipula claramente que é proibido estacionar sobre o passeio tenha sido publicada no santo mês de Setembro.

Em relação à sua descrição da situação alemã, acho que tem toda a razão e gostava de reter e confirmar esta frase:

"a probabilidade de se cometer uma infracção e ficar impune era quase zero."

Sobre os peões, tem também obviamente razão devem ser fiscalizados e autuados com rigor e de forma implacável.

No entanto, sobre esse assunto há alguns pontos que gostaria de ponderar:

Toda a legislação e código da estrada alemão está escrito de forma a proteger, em primeiro lugar e acima de tudo, o mais vulnerável (os ligeiros dos pesados, os peões dos ciclistas, etc). Foi alterada ao longo das ultimas décadas de forma a que um erro, quer do condutor quer do peão, não signifique necessariamente mortes ou feridos graves. É que estamos a comparar pesos e energias cinéticas incomparáveis - 2 toneladas contra dezenas de quilos. A protecção do mais vulnerável deve ser o principio que deve nortear qualquer legislação rodoviária e o nosso código da estrada está longe de ter interiorizado em quase todas as suas regras este "principio da prudência" que existe em códigos da estrada do resto da Europa.

Salvo extraordinárias excepções, nenhum peão provoca a morte de outrem na via pública. Na interecção carro-peão, os peões, por instincto de sobrevivencia, têm naturalmente mais cuidado do que um condutor - este "balanço de risco" já foi confirmado em vários estudos e é empiricamente fácil de perceber.

Já que falou de passadeiras em ruas estreitas, esclareço, que, por exemplo, no interior de bairros é boa-prática em países europeus *retirar* passadeiras e criar "zonas 30". Esta prática de retirar passadeiras é precisamente para dar a possibilidade do peão poder atravessar a via em qualquer local do bairro, onde bem entende e depois de ter tomado as devidas cautelas. Isto porque existe uma regra, infelizmente pouco conhecida, mas comum nos códigos da estrada europeus, inclusive português, que estabelece o seguinte:

Um peão *pode atravessar uma via fora da passadeira* se esta se encontrar a mais de 50 metros. Depois de previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela
transitam e a respectiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente.

Portugal mantem a liderança europeia em número de atropelamentos dentro das localidades, com o dobro da média dos outros estados. *Destes atropelamentos, mais de um terço acontece em passadeiras.* Segundo um estudo da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, cerca de 60% dos condutores, nem sequer param nas passadeiras para lhes dar passagem. Como sabe, porque tomo atenção aos seus posts, a regra dos 5 metros antes das passadeiras só existe no papel.

Voltando aos radares e à petição, é óbvio que qualquer via que tenha passadeiras, mesmo que semaforizadas, exige que se conduza com cautela e a velocidades apropriadas. Não é tecnicamente apropriado estabelecer limites máximos para estas vias acima dos 50 km/h. Um erro, quer do peão como automobilista, não pode ser punido por morte certa. E erros aumentam com a velocidade, porque não é humanamente possível aperceber facilmente aumentos exponenciais de distancias de travagem. Em parte nenhuma da Europa verá passadeiras semaforizadas em vias com limites acima dos 50 km/h. É este o maior equivoco desta petição.

Cordialmente,
Paulo Antunes

Anónimo disse...

Há de certeza mais atropelamentos na rua Conde de Almoster (a via paralela do outro lado da linha do comboio, com quatro faixas: duas para cada lada) do que na Radial da Buraca e o controlo de velocidade foi colocado na última, por isso o número de acidentes não foi o que determinou a escolha.

Haver ou não semáforos também não foi o motivo. Na Av. das Descobertas (por exemplo) também têm semáforos e foram colocados os tais controlos de velocidade

Zé da Burra o Alentejano