quinta-feira, setembro 27, 2007

AINDA O IMI

Ao Miguel Carvalho e ao Paulo Antunes: não mudei de argumento. Acrescentei outro. A irracionalidade económica desta medida resulta directamente do excesso de impostos. Claro que para um socialista o excesso de impostos é uma coisa desejável e eu diria até inevitável. Para quem acredita na economia de mercado, eles prejudicam-na, porque adiam os problemas em vez de os resolverem. Eliminam poupança, dificultam o investimento reprodutivo, logo, dificultam a criação de emprego e o aumento da riqueza. E este é o caminho que eu penso que traz mais progresso à sociedade. E a economia faz sempre o seu caminho. Há exemplos históricos que o demonstram. Quanto à propriedade privada claro que já sabemos como ela é desprezada pelo Estado e maltratada pelo fisco. O proprietário em Portugal, seja de um reles automóvel, de uma casa ou de um terreno existe para pagar pelo que tem, de preferencia até não ter nada. O Estado é guloso e a sociedade é invejosa. A fiscalidade automóvel e a fiscalidade na habitação são bons exemplos de voracidade fiscal. No fundo o miserabilismo ancestral e a crónica dependencia do Estado para tudo inveja que tem alguma coisa de seu. O melhor mesmo é torturá-lo, se necessário com impostos. O ideal seria mesmo pagar cem vezes a mesma coisa. Só que isso é injusto. Pelo menos para mim. E só por mim falo. Mas está certo: o socialista ganhou, o socialista governa, o socialista taxa, o socialista gasta, o socialista faz pela sua vida de socialista. Os cidadãos, se quiserem, que façam pela vida, nas próximas eleições. Depois não se queixem.
(publicado no Tomar Partido)

5 comentários:

Anónimo disse...

O Jorge Ferreira obviamente não está com vontade de discutir ideias, nem Lisboa. Vai mudando de argumento em argumento, cada um mais absurdo que o outro. Agora optou por "lugares-comuns" como se tivesse lido o Milton Friedman ontem à noite.

Não há paciência.

PA

Anónimo disse...

Caro Paulo,

Antes ontem á noite que nunca. Nunca é tarde para aprender. Aconselho vivamente a leitura.Essa e outras, que bem precisa. Todos precisamos sempre. E o Paulo não é excepção. Ou julga-se detentor da sabedoria universal, perfeita, inatacável, indiscutível? Parece que sim. Mas olhe que não, olhe que não...

Da sabedoria faz parte a virtude da paciência. Talvez começar por umas leituras do Dalai Lama, antes do mergulhar no Friedman.

Jorge Ferreira

FR disse...

Mas afinal qual é a sua teoria ou ideia inovadora para se modificar com urgência o actual estado de alguns edificios?

Por favor espero que responda com palavras simples que é pra nós ligeiramente ignorantes entender-mos

Anónimo disse...

Caro Jorge Ferreira,

Seja bem-vindo à cave! Verá que vai gostar. :-)

Em relação ao Milton Friedman e o Daila Lama devo dizer que conheço bem, mas agradeço a recomendação.

Em relação ao "papão soviético", já não funciona. Só anotaria que os países escandinavos, onde os impostos são os mais altos do mundo, são também sociais-democracias ricas e, muito importante, estão sempre em primeiro lugar nas listas de avaliação de qualidade de vida. E não se esqueça do que disse o Mayor Blomberg: o uso do dinheiro (neste caso os impostos) para alterar comportamentos é um dos fundamentos do, ermm, capitalismo.

No entanto e mais importante, ficamos é todos aqui a aguardar a resposta à pergunta da fr. Medidas concretas para Lisboa e fogos devolutos. Depois discutiremos os méritos das suas ideias.

Cordialmente,
Paulo Antunes

Miguel Carvalho disse...

Apesar do Milton Friedman ter umas posições um pouco ortodoxas (basta dizer que nenhum banco central leva as suas ideias monetaristas a sério hoje em dia), ele era um excelente economista. E como tal nunca diria que um aumento do IMI para prédios devolutos é um ataque à economia!

Há alguns sectores que gostam sempre de interpretar o liberalismo económico conforme lhes dá jeito.