quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Metro de Telheiras: as inaugurações deviam vir com livros de instruções



Quem frequenta o metro de Telheiras já deve ter reparado na miserável iluminação em todos os acessos.
A saída para a Rua Francisco Gentil por exemplo, é iluminada por dois focos na parte superior dos portões do metro. A restante iluminação pertence a candeeiros do jardim, o que não é exactamente a iluminação apropriada para a via pública. O resultado? Falo por mim, claro, mas não consigo evitar um enorme desconforto e sentimento de insegurança com os acessos laterais na penumbra e o pátio central tristemente iluminado.
E ao cair da noite, em passo de corrida, só ocorre perguntar se não houve ninguém que tenha reparado e acautelado a situação. As inaugurações deviam vir com livros de instruções.
(ISABEL G)

7 comentários:

Anónimo disse...

É verdade. Parece a Londres Vitoriana, à noitinha...

Ant.º das Neves Castanho disse...

Caríssima Miss Pearls,


acha que a iluminação da via pública deve ser de responsabilidade de uma empresa estatal de transportes colectivos, ou das autoridades municipais?


Na resposta a esta pergunta encontrará o fio que a poderá guiar através dessa meada que é o urbanismo em Portugal. Que não tem a ver com as inaugurações em si, mas com a concepção dos empreendimentos, grandes ou singelos, logo desde a ideia inicial.


A minha experiência nesse subúrbio de Telheiras, que mal conheço apesar de morar numa Freguesia próxima - os exemplares (na concepção e concretização) Olivais -, é assaz elucidativa.


Estive há dias no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, junto a uma dessas saídas do Metro (mas fui no meu carro), e fiquei elucidado só com a volta que tive de dar, com o meu Filho ao colo e a minha Mãe pelo meu braço, para vencer uma centena de metros desde o estacionamento à entrada pedonal, só porque não existe uma abertura no muro do lado do parque.


Quanto à sinalização direccional de orientação, bem, presume-se que todos conhecem onde fica essa Biblioteca, os seus acessos, estacionamento, etc., etc. . Um primor!...


A propósito, mal chegado ao bar interior, e mal refeito ainda desta primeira (e definitiva...) impressão, verifico que me presentearam com mais uma PÉROLA: as casas-de-banho ficam numa cave, com acesso só por ESCADA!


Será que esta Biblioteca cumpre o Decreto-Lei n.º 123/99??!!!

Anónimo disse...

Caro leitor
Compreendo tudo o que diz e não podia estar mais de acordo consigo.

Quanto à iluminação nos acessos ao metro, quem é o responsável pela fiscalização da iluminação? Aquilo é tudo mal amanhado e um absurdo. Quando refiro "os livros de instruções da inaugurações", é irónico, claro. Só para dizer que nada devia ser inaugurado sem a segurança, iluminação e acessos estarem devidamente acautelados. MAs como as inaugurações são de dia... isto não se vê. Não se vê, logo não existe. :)

São estas coisas que nos nos fazem sentir como somos pouco respeitados enquanto cidadãos
e isso confesso que me aflige.

Quanto à sinalética para a Biblioteca Orlando Ribeiro, é raro o dia em que não sou abordada no passeio por alguém que anda por ali às aranhas. Não há qualquer placa informativa.

ISABEL
Carmo E Trindade

Telheiras Vitoriana, à noitinha.... bem visto :)
Até porque os candeeiros do parque são isso mesmo, com luz vitoriana :)
Muito pouco apropriados para iluminar a via pública.

Ant.º das Neves Castanho disse...

Pois, imagino. Perspectivar, prometer e até inaugurar é sempre muito fácil...


Concordo consigo, mas sempre lhe digo que enquanto o Cidadão não aprender a dar-se ao respeito, posso afiançar-lhe que nunca, mas nunca irá ser respeitado. Nem na Noruega, nem na Cochinchina...

Anónimo disse...

Leitor a.castanho,
COmo deve imaginar, antes de escrever aqui já mandei mail para o METROPOLITANO. E tenciono continuar a mandar até ver resolvida a questão.
Ainda temos as cartas para os jornais....
ainda não perdi a "guerra".
É como diz : que enquanto o Cidadão não aprender a dar-se ao respeito, posso afiançar-lhe que nunca, mas nunca irá ser respeitado"

E isso a mim custa-me muito porque como contribuinte disciplinada, e respeitadora das normas cívicas de convivência social , exijo esse respeito e essa consideração.
Não podemos deixar-nos levar pela medíocridade.
ISABEL

Ant.º das Neves Castanho disse...

Tem razão. Mas não podemos fazer de conta que ela, e os medíocres, não existem...

Ant.º das Neves Castanho disse...

Em todo o caso, desconhecendo em concreto o processo de construção da estação de metropolitano de Telheiras, parece-me a mim que, enquanto Cidadãos e contribuintes, quem tem mais obrigação de nos ouvir será a C. M. L., que por acção ou omissão deverá ser a verdadeira (e única?) responsável pela incorrecta iluminação, dado que tratamento e manutenção do espaço público (se é que está a falar de zonas exteriores à Estação) é uma das suas mais nobres incumbências. E não propriamente a empresa "Metro", que tem outros objectivos e outras responsabilidades sociais.


Enviou também o "mail" para o Vereador competente?


Isto se o problema é fora da zona da estação. Se for no seu interior, fez bem em reclamar com o "Metro". Mas, neste caso, o verdadeiro responsável está mais acima, em quem tutela politicamente esta e as restantes empresas de transportes colectivos do Estado. Já encaminhou a sua queixa para a Eng.ª Ana Paula Vitorino?