sábado, março 19, 2016


O Movimento Ibérico Antinuclear (M.I.A.) esclarece um ministro mal-informado!

No dia 28 de Janeiro foi divulgada a notícia, por fuga de informação no El Pais, de uma vistoria de 4 inspectores do Conselho de Segurança Nuclear (C.S.N.) a Almaraz que identificou um problema no funcionamento das válvulas do circuito terciário de refrigeração (uma das peças , um”corta-óleo”, sofre desgaste com o uso e pode provocar paragem das bombas, sendo verdade que cada unidade de Almaraz tem 2 bombas e ainda uma de segurança)
Mas uma falha no circuito terciário pode provocar um grave problema no núcleo do reactor ao evitar  que o calor procedente do núcleo  seja extraído.
O C.S.N. deliberou, todavia, que a central poderia continuar a funcionar, tendo embora referido que ao falhar uma bomba ordenará a sua paragem.
Isto foi o que foi transmitido às autoridades portuguesas (mantidas tantas vezes na ignorância dos inúmeros incidentes, percalços e paragens forçadas desta central ao longo de 35 anos de funcionamento e até de emissões radioactivas da mesma!) e extremenhas.
Parece-nos (M.I.A.) evidente que a central está a funcionar em condições deficientes, o que passados 35 anos e com o historial que só pessoas fora do meio podem desconhecer não será novidade.
Sendo embora pouco provável uma falha nas duas bombas de arrefecimento, dadas as actuais circunstâncias da central, o risco de acidente é muito maior.
A paragem da central, seja para resolver este problema é fundamental. Não podemos andar a brincar com o fogo!
O governo português, que já foi contactado pelo M.I.A. no ano passado para receber toda a informação relevante e verdadeira sobre Almaraz não pode fazer de Pilatos, ou manifestar a “credulidade” do sr. Ministro, na entrevista ao Público de 16 deste mês.
A 22 de Abril de 1986 o então director da Serviços Nucleares portugueses  dizia-nos que era impossível, nunca iria acontecer, um acidente nuclear com explosão do reactor. Dia 26 do mesmo mês o reactor 4 de Chernobyl....há 5 anos no dia 15 de Março foi Fukushima...
O seguro para morrer de velho requer acção do governo português, que se junte à do governo da Extremadura e às preocupações da sociedade e exija toda a informação do governo espanhol, e numa altura em que esta central já está em prolongamento do seu período de vida, se considere desde já o seu encerramento.
Portugal, a Extremadura, a Ibéria e o seu Tejo agradecem.

Para mais informações:
Paco Castejon 34. 639 104 233
António Eloy 351. 919289390

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