E os 600 espectadores, como é que foram e voltaram do Museu da Electricidade? Gostava de saber qual a percentagem que foi de comboio até Belém, atravessou a passagem aérea e andou até ao museu. Ou quem chegou de barco, vindo do lado de lá. Ou quem usou o autocarro ou o eléctrico, parou em frente ao Palácio de Belém, e foi a pé até lá...
E quantos foram os automóveis usados por participante? E quantos estacionaram em cima do passeio? E quantos desses passam na IPO apesar de conspurcarem o ar de cada vez que são usados?
Para além dos anunciados 175.000€ e do Lexus, dernier cri, há algumas estatísticas sobre isso?
a questão está em querer (uma enorme ambição ;) mudar o estado actual de coisas...a nível mundial e...por dentro, estando dentro do sistema em que todos vivemos, o que implica, obviamente, cobrar 'royalties', apanhar um avião, ir de carro (embora híbrido) e...para quem chegou mais tarde, subir um passeio! o homem é demagogo quanto baste, mas, reconheçamos, o necessário apenas, para não dever ser acusado de incoerente...dêem-lhe portanto o benefício da dúvida e, à falta de melhores causas, ou símbolos vivos, o Nobel!
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ResponderEliminarOs problemas com o Al Gore, possivelmente são outros, abordados no livro de Michael Crichton «State of Fear» (*):
ResponderEliminar1 - As possíveis incorrecções de dados que usa - muitas delas grosseiras.
2 - Tal como os lóbis do petróleo se opõem ao uso de energias limpas, muito provavelmente também se passa o inverso: os lóbis das eólicas e do nuclear não devem andar a dormir.
3 - A multidão de ONG que movimentam MUITOS milhões e vivem disso.
Etc., etc.
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Claro que contrariar a poluição é absolutamente vital.
Mas «Boas intenções, juntamente com más informações são a receita certa para o desastre» - veja-se a recente proposta "ecológica" de desligar as luzes durante 5 minutos que, a ser cumprida, lançaria o caos nas redes e nas centrais eléctricas europeias.
(*) Publicado pela D. Quixote com o título «Estado de Pânico», numa edição absolutamente vergonhosa (pelas gralhas, erros de tradução e até de ortogafia!!): desde "tráfico automóvel" até "ouve" (do verbo "haver") há de tudo!
e...segundo obstáculo (para o Al Gore ou outro qualquer militante de causas colectivas -porque são estas as mais susceptíveis;) conseguir atravessar este 'limbo' de desconfiança e cepticismo...encontrando sempre segundas intenções e interesses obscuros!
ResponderEliminarTalvez (não por coincidência?) mérito do nosso serviço público de televisão, achei isenta e bastante correcta, ontem, a abordagem do assunto, feita em programa da BBC, acerca das causas (e efeitos) das alterações climáticas: é que, embora tenham existido sempre oscilações 'naturais', que também pesam no conjunto de parâmetros, o que temos no presente, e desde 1850 (data-chave da industrialização) é o crescendo disparar das temperaturas médias, sem igual, ou sem paralelo no passado, cuja relação c/ a poluição e...a irresponsabilidade de alguns países, ditos industrializados ou emergentes, é um dado adquirido, suficientemente claro e evidente...
Também é claro que se pode encontrar sempre algum laço, interesse económico ou político escondido (é da organização das coisas ;), eu próprio(!) desta vez, espero que, no lado certo, enquanto subscritor do...fundo mais limpo da Merrill Lynch, chamado New Energy, que...aproveito para divulgar e aconselhar a todos, por todas as razões e mais alguma! mais ou menos altruístas, talvez com mais impacto doque comprar um Prius (outra opção coerente) ou outras coisas que tais ;)
É evidente que vamos por mau caminho, que se avizinham tempos dramáticos para a Humanidade, pois as alterações climáticas são uma realidade no horizonte visível.
ResponderEliminarMas - e por isso mesmo! - o assunto tem de ser visto seriamente, não podendo ser escamoteados argumentos que pretendem corrigir dados falsos ou mal-amanhados.
E isso está a suceder.
Quem vá um pouco mais longe (e mais fundo) do que os filmes de divulgação da BBC, sabe que há outro tipo de "verdades inconvenientes".
No mundo actual é a Economia que manda.
No dia em que der mais dinheiro defender o Ambiente do que destruí-lo, o problema estará meio-resolvido...
E. R.
É isso mesmo, meio-resolvido.
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ResponderEliminarA propósito desse "outro tipo de verdades inconvenientes", pode ver-se esta discussão:
ResponderEliminarhttp://sorumbatico.blogspot.com/2007/01/um-livro-que-ainda-vai-dar-muito-que.html
(...)nem me atrevo a ir ver pq aqui já somos poucos e blogues há muitos ; )
ResponderEliminara emissão dos documentários é o melhor serviço público q a RTP pode oferecer sabendo nós que uma das formas de atacar este problema passa por consciencialização geral para o problema, dando início a uma mudança de mentalidades e correspondente, pequeno, mas contabilizável, contributo de cada um...
«a economia é quem manda» naturalmente e infelizmente, principalmente para quem viva num país subdesenvolvido sob a exploração de grandes potências -do Médio Oriente a África - e com a cumplicidade de meia dúzia de elites, cleptocratas, que tiram partido da guerra, divisões internas, etc
E essa lógica está tão instalada que sendo o sistema onde nos inserimos o que é, alguém (na Comissão Europeia!) teve a perspicácia de encontrar como instrumento disciplinador de práticas e comportamentos... precisamente...coimas, ou penalizações em função dos danos ambientais, segundo o eficaz e razoável princípio do poluidor-pagador, corrigindo, ou tornando menos 'competitivas', a performance das ditas empresas, internalizando desta forma os custos ambientais...
O problema é quando alguns (mesmo que poucos) não aceitam ou não querem alinhar nas mesmas regras de jogo...desta aldeia global, pensando que, como diz Al Gore, o planeta é inesgotável (fundamento de países e empresas e pessoas ;) não é um só e de todos -uma 'cegueira' que, com as devidas distâncias até seria aplicável a um sem número de questões aqui discutidas...
(...) levar 175 mil dólares por 90 minutos de oratória ainda é como o outro, que todos precisamos de ganhar a vida. Agora, proibir qualquer tomada de imagem e de som, só ao alcance dos organizadores, e deixar o evento sem cobertura de televisões ou da rádio, parece-me ligeiramente contraditório com a urgência da sua mensagem.
ResponderEliminarOra pensem comigo. Se é suposto que o mundo perceba que dentro em breve terá água pelos artelhos, que o aquecimento global está a dar cabo do planeta e que, se nada fizermos, estaremos literalmente fritos, não se deveria tentar apregoá-lo ao maior número de pessoas? Se a tragédia está apenas a décadas de distância, faz sentido tantas regras no direito de admissão? Eu pensava que a ampliação das más notícias pelos media fosse parte essencial do processo. Erro meu. Pelos vistos, Al Gore é um profeta dos tempos modernos: anuncia as pragas do Egipto, mas só para convidados.
João Miguel Tavares - «DN» de 10 Fev 07
...convidados? do Expresso e de outros patrocinadores, certamente, que tiveram a ideia e o encargo de organizar o evento.
ResponderEliminarTambém aqui a lógica da economia de mercado dita as regras, o valor dos honorários, a reflectirem o sucesso mediático, e talvez, a oportunidade de agenda -talvez só possível por ter sido uma espécie de escala, um pequeno almoço a caminho de Inglaterra!?
Quanto ao modelo da organização, para além de ter sido iniciativa privada, promovida e responsabilidade de poucas empresas, é fácil imaginar a exigência de respeito dos direitos envolvidos e, por outro lado, ter em conta a (outra!) ameaça global, permanente, pelo simples facto de se tratar de um ex-vice-presidente e ex-candidato dos EUA...