quinta-feira, maio 03, 2007

A anedota de hoje é já outra:

«Queremos eleições também para a AML!», dizem hoje quase todos os da oposição no executivo; que os na AML, esses estão quedos e mudos, claro, com vergonha (receio?) dos seus colegas de órgão.

Pois os deputados municipais da oposição sabem perfeitamente que, além de uma coisa nada ter a ver com a outra, o facto é que ... em 30 anos, foi a primeiríssima vez que se acabou com a multiplicação das sessões extraordinárias na AML, a multiplicação de senhas, a multiplicação de assessores (que não vindos já dos próprios quadros da CML), se analisaram com olhos de ver alguns projectos importantes, altamente problemáticos; se devolveram projectos; se interveio in-extremis em situações altamente gravosas para a cidade, etc., etc..

Ou seja, pretendem os da oposição no executivo, em manobra de diversão, que se faça tábua rasa de 2 anos de mandato de um órgão que, finalmente, deixou de ser um mono para ser algo pró-activo, eficiente e eficaz, em alguns casos do conhecimento público, ou seja; não fora a conduta irrrepreensível da AML, muitas vezes por unanimidade (o que inclui, claro, os representantes de toda a oposição na assembleia), e, calculem, Lisboa ainda estaria pior ... e, se calhar, nem eleições para o executivo haveria agora.

Querem voltar ao antigamente? Tenham juízo!

9 comentários:

Anónimo disse...

O que é que o alegado bom desempenho da AML tem a ver com a sua reeleição?
A isso chama-se "estar agarrado ao poder"...

Paulo Ferrero disse...

He, he, "agarrado ao poder", dessa gostei.

Anónimo disse...

hummm... Cheira a que este tipo está à procura de tacho. tanto elogio.Deve estar à espera de qualquer coisa

Paulo Ferrero disse...

Nã, tachos só mesmo para os lavar, e os detergentes são muito corrosivos. E cheiros, remeto-o/a para o comentário genial que inseri de um anónimo (será o/a mesmo/a) sobre o museu do mar da língua.

Anónimo disse...

noticia lusa:

O presidente da Câmara de Cascais, António Capucho (PSD), defendeu hoje que o seu partido deve provocar eleições intercalares também na Assembleia Municipal de Lisboa.
Num comunicado à Lusa, o autarca de Cascais refere que o seu partido deverá provocar eleições na Assembleia Municipal de Lisboa por «questões éticas e de elementar coerência politica».

«Essa é a solução que melhor favorece a formação de maiorias coerentes nos dois órgãos do município, ou seja, a respectiva governabilidade», acrescenta.

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vá lá... não está tudo maluco

Paulo Ferrero disse...

não, não está, AOC é um pêso de vulto, e que muito prezo, simplesmente acho estranho estar a meter agora foice em seara alheia. Ainda por cima, mais valia que olhasse para a desgraça que é aquela Assembleia Municipal de Cascais. Ora?!;-)

Anónimo disse...

Ui Paulo,
Que vêm aí tempos interessantes.
:)
:)

Carlos Medina Ribeiro disse...

Nestas coisas, lembro-me sempre do que dizia o Dr. Teodoro Madureira, o 2.º marido de D. Flor (no famoso romance de Jorge Amado):

«Um lugar para cada coisa, e cada coisa em seu lugar»

Anónimo disse...

Apoiado. E frepito tantos outros comentários de colegas de blogosfera: para mandar abaixo a Câmara, todos caladinhos, num tacticismo VERGONHOSO... agora, é ver quem grita mais alto.