Causou alguma polémica a minha oposição à duplicação do IMI para os prédios devolutos. Sim, oponho-me. Em nome da defesa da propriedade privada. Em nome da defesa de cidadãos, muitos deles sem recursos (e mesmo que os tenham, já que por enquanto não é crime...) já devida, anual e metodicamente massacrados com impostos por um Estado ou por autarquias que engordam a despesa à custa dos contribuintes e não têm a coragem de tomar as decisões difíceis de reduzir essa despesa incomportável sem ir ao bolso dos cidadãos. Em nome da necessidade de reduzir a despesa pública, neste caso municipal, sem ser à custa do esganamento fiscal da propriedade.
(publicado no Tomar Partido)
Mas vai ser crime, vai, he, he, he ... «os ricos que paguem a crise» ... será que ainda existe este slogan em alguma das nossas paredes?
ResponderEliminar(por sinal, já não encontro vestígio algum de poster do 28 de amanhã...será que ainda se encontra esse outro ícone dos nossos tempos de cólera?)
Não posso deixar de reparar que já não se refere à "irracionalidade económica". Posso depreender que a descartou e tomou em vez dela a bandeira da "defesa da propriedade privada", que obviamente são coisas totalmente diferentes.
ResponderEliminarFalta de argumentos?
Não quero soar radicaloide, mas não posso deixar de me lembrar da economia de mercado à Oliveira Salazar, que umas vezes dava jeito, outras não. Como no caso das corporações para não haver "demasiada" concorrência.
ESTOU DESERTINHA PARA VER ESTA LEI EM ACÇÃO.
ResponderEliminarNão acho correcto alguns "proprietários" manterem fechados prédios à espera que caiam para depois construir monstrinhos e entretanto pagar quantias ridiculas.
Penso que o espirito de Lei deve ser este, de certe forma obrigar estes proprietários a arrendar esses espaços e dinamizar a cidade.
Há anos que andamos a ouvir falar do aumento do IMI das casas devolutas - não para melhorar as finanças da CML, mas sim como instrumento de pressão para colocar no mercado essas habitações.
ResponderEliminarHavia aqui há uns anos uma série na RTP que se chamava "Família Bellamy". O título traduzido não tinha metade da piada do título original da série: "upstairs, downstairs". Para quem se lembra, a série acompanhava o mundo aparte da cave (os empregados) e dos andares de cima (os patrões).
ResponderEliminarAcho curioso este método do Jorge Ferreira de se recusar descer aos comentários e optar sempre por responder em post.
Tal como na altura dos radares, os argumentos do Jorge Ferreira vão variando de post para post, à bolina dos argumentos da "cave", mas evitando as perguntas directas e desconfortáveis.
Como os argumentos económicos e ideológicos não "colaram", o Jorge Ferreira tenta ir agora pela defesa da propriedade privada. Como se a cobrança de um imposto sobre um bem, fosse um atentado à propriedade e usufruto desse mesmo bem. Por essa lógica poucos impostos poderiam ser cobrados.
Mas também é contra em nome da defesa dos cidadãos. Como o Paulo Ferrero muito bem explicou, os proprietários de casas devolutas em Lisboa não são geralmente os pequenos senhorios (o Paulo esqueceu-se da Misericórdia). Os senhorios que não consigam suportar o novo IMI, têm uma boa solução, como também foi sugerido pela FR - vendam ou aluguem as suas casas e apliquem o seu dinheiro de forma produtiva.
Há duas forma de destruir uma cidade - bombardea-la ou deixar que se esvazie.
PA
Apoiado.
ResponderEliminarHaja respeito pela propriedade privada.
O aumento do IMI para os fogos devolutos, não devia ficar pelo dobro. Devia ser cada vez mais alto, cada ano que a propriedade continuasse abandonada. Um fogo devoluto no centro da cidade é um verdadeiro crime económico e social.
ResponderEliminarMonica
Apoiado
ResponderEliminarO IRs que eu pago também é um atentado à minha propriedade privada e no entanto não tenho forma de "fugir"