Inundações na Estrada de Benfica, em 1946
COMPREENDE-SE perfeitamente a incomodidade do Poder (central ou local) perante as catástrofes, pois é em circunstâncias dessas que a sua competência (ou a falta dela) fica à vista de todos: se é verdade que "governar é gerir", não é menos verdade que "gerir é prever"; e todos sabemos que a quase totalidade das catástrofes dos nossos dias são, mais do que previsíveis, praticamente anunciadas.
Um filósofo dizia que «o Ser Humano é tão estúpido que só aprende com catástrofes». Mal sabia ele que há um país onde "nem com catástrofes se aprende". Quando muito, o que vemos por aí são indivíduos a tratar das consequências - raramente das causas -, dando razão à empresa de consultoria que concluiu que «os gestores portugueses são muito bons a resolver os problemas que eles próprios criam».
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CMR/«Destak» - 20 Fev 08
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