terça-feira, fevereiro 08, 2011

Assessor do PS obrigado a devolver 41 mil euros que recebeu do IEFP

Câmara lisboeta pagava-lhe 3950 euros por mês. Ainda assim, IEFP deu-lhe 41 mil euros de subsídio
O Centro de Emprego do Montijo procedeu à revogação do subsídio de desemprego que concedeu a um assessor do Partido Socialista que, apesar de auferir um salário de quase 4 mil euros por mês na Câmara de Lisboa, foi ao Instituto do Emprego e Formação Profissional pedir um apoio social que... foi aceite. Deram-lhe 41,1 mil euros para criar o próprio posto de trabalho.

A denúncia deste caso veio pelo "Público", em meados de Novembro. Agora, volvidos três meses, chega a punição: devolver o dinheiro e pronto. "Para além da realização de uma auditoria, o Centro de Emprego do Montijo procedeu à revogação do apoio concedido, com a consequente devolução dos valores pagos", diz um documento do Ministério do Trabalho, consultado pelo i.

O enredo não é propriamente uma novidade. Um jovem de 26 anos, sem currículo nem formação superior, entra pela via política num cargo público bem pago - assessor da Câmara de Lisboa, com 3950 euros ilíquidos mensais. Conforme relatou o "Público", o jovem estava desempregado e solicitou ao IEFP o pagamento antecipado do subsídio a que tinha direito, como forma de lançar a sua empresa - de construção, pasme-se. O instituto aprovou a candidatura. O problema veio depois. No mês em que recebeu o "ok" do IEFP, Pedro Silva Gomes - o tal jovem, filho de um funcionário do PS - celebrou dois contratos de prestação de serviços - um de um mês e outro de 12 meses, em troco de 3950 euros mensais - com a CML, para dar "assessoria técnica e política" nos gabinetes de Graça Fonseca e de Apoio ao Agrupamento Político dos Vereadores do PS."
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NOTA:
O Assessor ainda desempenha funções na CML?

Resposta deixada no comentário :SIM
ACTUALIZAÇÂO:

O Centro de Emprego do Montijo exigiu a devolução daqueles valores no dia 11 de Janeiro

Assessor do PS ainda não devolveu subsídios indevidos
Na sequência desta decisão, o Centro de Emprego do Montijo voltou a exigir a devolução daqueles valores no dia 11 de Janeiro, disse ao PÚBLICO o assessor de imprensa do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. A mesma fonte adiantou ontem que Pedro Gomes tem "60 dias para devolver [o dinheiro] ou para contestar" a sua exigência, presume-se que judicialmente, contados a partir de 13 de Janeiro. Até agora, garantiu o assessor de imprensa, através de email, "não devolveu nem contestou". Feitas as contas, o interessado tem ainda um mês e uma semana para decidir o que fazer.

4 comentários:

  1. Anónimo8/2/11 20:30

    Não só continua no Gabinete da Vereadora Graça Fonseca, como, pomposamente, tem sido apresentado como responsável pela área de informática da Câmara. Haja decoro!

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  2. AH AH AH que fartote de rir:)
    O rapazola tem o futuro assegurado: vai a Ministro:)

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  3. Ministro??? Vai é a 1ª Ministro... e o competente do IEFP vai a ministro do Emnprego e a Vereadora Ministra das Finanças

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  4. Eu de facto sou mto modesta para estes tempos modernos.
    Segundo li, o moço está ainda a pensar se vai devolver o guito.
    E é possível que processe os jornais que insultaram o bom nome de sua senhoria.

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