sábado, janeiro 31, 2009
Na terra das leis da treta - VI
Na terra das leis da treta - V
Na terra das leis da treta - III
Leio e pasmo
Gebalis deu obras de 2 milhões a amigos
No mesmo dia em que técnicos da Gebalis desqualificaram a empresa num dado concurso, a administração ofereceu-lhes por ajuste directo um autêntico jackpot, para outras obras. A gestão da Gebalis está a ser investigada pela PJ.
Isto vem amanhã (daqui a bocado) no 'Expresso' em papel. A ler, acho eu.
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Professora falta, meninos contra a parede?!
Pois na minha escola primária do Bairro de São Miguel, quando um(a) professor(a) falta (e como falta!), os meninos da turma respectiva ficam sem aulas e, vai daí, são incluídas noutra turma com professora mas, pasme-se, em vez de se sentarem e seguirem a aula como os outros colegas, são colocados virados para a parede, entretendo-se com desenhos e coisas à margem da aula que está a ser dada aos outros colegas. Este ensino está de pantanas! Ninguém chuta com a ministra 'the rock'?
quinta-feira, janeiro 29, 2009
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Andar a pé
A tormenta dos peões em Lisboa
Nós Por Cá -SIC 28-01-2009
Publicação: 29-01-2009 10:06 Última actualização: 29-01-2009 10:08
Perigo de morte
Peões sem condições de segurança na Av. das Forças Armadas
No passado dia 6 de Janeiro, mostrámos o percurso que uma cidadã faz a pé, entre casa e o trabalho, em Lisboa. No trajecto, detectámos várias situações complicadas para o peão. A situação mais perigosa acontece na Av. das Forças Armadas. Pedimos explicações à Câmara MunicipalNem o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) nem o Director Municipal de Tráfego deram entrevista. A autarquia enviou apenas uma nota escrita em que reconhece a gravidade da situação mostrada por nós. Quem segue pela Av. das Forças Armadas, no sentido Sete Rios – Entrecampos, junto ao cruzamento com a Av. dos Combatentes, vê-se de repente numa ilha sem condições de segurança para atravessar a rua e prosseguir caminho.
Documento: NotaCML.doc
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Ora qual a solução apresentada pela CML? O impedimento da circulação pedonal, até à realização de obra que permita o atravessamento em segurança.
A CML não explica como vai impedir a passagem, nem quando começará a obra, nem para quando está prevista a conclusão dos trabalhos.
As pessoas que passam todos os dias pelo local reclamam mais segurança e que lhes seja dada uma alternativa de circulação, se a passagem for mesmo encerrada.
Nós por cá também esperamos que a anunciada obra não se fique pelo papel e que os peões possam circular na cidade sem pôr em risco a própria vida.
Carla Castelo
Irritações solenes (4)
Irritações solenes (3)
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Lisboa de 1600
7 colinas de Olíssipo ou Lisboa
Como as 7 colinas de Tomar, Roma, Jerusalém ou Constantinopla ...
Narram as lendas que Lisboa foi fundada por Ulisses, o chefe dos Argonautas que veio até aqui.
Diz a lenda que Ulisses se tomou de amores por Ofíussa, e quando o herói homérico regressou à sua Tróia, no navio "Argos", Ofiússa vendo-se abandonada e só, enfureceu-se e fez estremecer o planalto do Tejo, cujos estertores telúricos fizeram nascer as 7 colinas de Olíssipo.
A Primeira Colina é a de "S.Vicente de Fora"
Á esquerda desta, vai-se levantando uma outra, a Segunda Colina, que sobe até ao "Postigo de Stº André".
A Terceira Colina, é a mais alta de todas, e tem no cimo o Castelo de S.Jorge.
A Quarta Colina, é a de "Stª Ana"
A Quinta Colina, é a de "S. Roque"
A Sexta Colina, a ocidente, na parte direita, fica a das "Chagas", cujo nome lhe é atribuído em razão da Igreja, edificada pelos marinheiros da rota da India, em louvor às Chagas de Cristo.
A Sétima Colina, é a de "Santa Catarina" do Monte Sinai.
As 7 colinas têm ainda significado simbólico:
1 - Colina de S.Jorge (Mouraria) (Atómico)
2 - Colina de S.Vicente (Alfama) (Sub-atómico)
3 - Colina de Sant'Ana (Anunciada) (Etérico)
4 - Colina de Stº André (Graça) (Ar – Radiante)
5 - Colina das Chagas (Carmo) (Gasoso – Fogo)
6 - Colina da Stª Catarina (Camões) (Liquido – Água)
7 - Colina de S. Roque (Bairro Alto) (Sólido – Terra)
A referência às sete colinas num contexto sagrado e primordial, nasceu entre os autores dos séculos XVI e XVII dos quais se destacam Damião de Góis, Luis Marinho de Azevedo e Frei Nicolau de Oliveira, entre outros.
Mas é Frei Nicolau quem primeiro define e descreve, desta forma, as 7 colinas, sendo que ainda hoje se conservam aí os 7 principais templos de Lisboa.
Historial das OGME em Belém:
«Instalações do Ministério da Cultura, Avenida da Índia, 136
Antigas Cocheiras Reais (século XVIII)
Antigas Oficinas Gerais de Material de Engenharia (Século XX)
O início das Oficinas Gerais de Material de Engenharia remonta ao ano de 1916 a 1 de Novembro, com outra nomenclatura, o P.A.M. Parque Automóvel Militar, instalado no prédio Militar N.º 23 de Lisboa, situado em Belém com entrada pela Av. da Índia N º 136, frente a Estação da C.P.
Convém no entanto relembrar que nesse local estiveram instaladas as Cocheiras Reais que serviam o Palácio que remonta ao reinado de D. João V [1706-1750].
Posteriormente o Estado tomou posse por acto de entrega pela Administração da Casa Real ao Ministério da Guerra, em 14 de Dezembro de 1885. Era ao tempo limitado o espaço, a Norte pela Rua da Junqueira, a Sul pela antiga Rua Marginal do Tejo a Este pela Praça D. Fernando e a Leste pelo Largo da Alfândega Velha.
Com o aterro do Tejo (1890-95) foram aumentados os espaços e erguidos vários edifícios de uma interessante arquitectura industrial [ala Sul] onde se realça um, em estrutura de ferro com uma área bastante vasta coberta [Arqueologia Subaquática].
Nesse local estiveram ainda instalados o Depósito de Forragens, o Picadeiro do Regimento de Cavalaria N.º 4 e o Quartel da 3ª Companhia de Administração Militar, o que lhe dá também um relevo Histórico e Militar.
O P.A.M. (Parque Automóvel Militar) surge no início do século XX, contemporâneo dos primeiros veículos Automóveis e tinha por finalidade proceder à reparação de Hipomóveis e Automóveis do Exército. Nascido administrativamente em 9 de Fevereiro de 1918, pela Portaria Nº 1.223. O seu Brasão em 1920 era composto por uma viatura automóvel de capota amovível, com uma chave de parafusos cruzada com um martelo.
No entanto por ordem do Ministério da Guerra, o P.A.M. é extinto em 31 de Julho de 1928, com base em razões de ordem financeira.
Surgem então as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, (O.G.M.E.) conhecidas militar e popularmente como as Oficinas Gerais de Belém por Decreto Nº 16.629 de 19 de Março de 1929 com a seguinte missão:
• Reparar material automóvel
• Executar trabalhos de construção civil.
• Instruir em assuntos especiais, teórica e praticamente, para habilitar Sargentos e Cabos artífices de engenharia e mecânica automóvel
Em 7 de Maio de 1930, através do decreto Nº 18.297 é aprovado e posto em execução o Regulamento das Oficinas Gerais de Material de Engenharia, como Estabelecimento Fabril Militar, que define:
• A Missão.
• A Organização.
• A constituição dos Organismos.
• Os quadros de Pessoal.
O seu brasão era composto por uma roda dentada, apoiada num sem-fim horizontal cortada no topo a 1/5, onde surgia uma imagem de castelo, tendo mantido no interior da roda dentada o martelo e a chave de parafusos traçadas.
Com uma área total de 16.540 m2 e uma área coberta de 12.111 m2 e cerca de 280 trabalhadores as instalações foram cedidas em 7 de Dezembro de 1994 por protocolo do Ministério da Defesa Nacional (M.D.N.) à Secretaria de Estado da Cultura. São então instaladas nas Terras do Desembargador, antigas instalações do Grupo Armazéns de Belém, dependência do Depósito Geral de Material de Guerra, terrenos de Picadeiro do antigo Quartel de Cavalaria Nº7 e terrenos da Policia Militar hoje designada de Regimento de Lanceiros Nº2.
[Desde 1996 que as antigas instalações das OGME, sob a Tutela do recém-criado Ministério da Cultura, foram sendo ocupadas por diversos dos seus organismos (IPPAR, IA, IGAC, TN, etc), sendo que a maior parte da área se encontrou até 2007 ocupada pelo Instituto Português de Arqueologia que efectuou obras mais ou menos profundas em diversos edifícios. Com a criação do IGESPAR, em 2007, este organismo ocupa cerca de 75% das instalações.]
Fonte: Portal do Exército Português
Viver em Portugal
Bom. Não gosto daquilo que o eng.º José Sócrates representa, dos caminhos ínvios para os quais conduziu a pátria e nos compeliu. Porém, ele é o resultado da nossa imaturidade e da nossa atonia cívica e ideológica. Sócrates não tem convicções. Nós, também não. Vogamos ao sabor das contingências. Sócrates, obcecado pelo seu destino individual, tripudiou sobre o nosso futuro comum. Não gosto dele porque nos fez admitir a política do irremediável. Porém, este caso do Freeport fez-me reflectir sobre a natureza da indignidade e os fundamentos da sordidez. Nos últimos três anos, o homem foi acusado de forjar uma licenciatura, de ser homossexual (uma acusação abjecta, com remetente conhecido) e, agora, de estar envolvido numa tecelagem de corrupção. A história escora-se numa trama obscura, mas o estilo caracteriza a procedência. Não pertenço à matilha. As desprezíveis fugas de informação parecem obedecer a um calendário político. Seria Sócrates muito tolo, e não o é, acaso se se deixasse enredar numa teia tão rudimentar e insensata quanto os noticiários no-lo revelam. Creio que esta ruideira não o afectará politicamente. Lembram-se da campanha contra Sá Carneiro? Viver em Portugal é perigosíssimo.
In DN
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Visite as OGME que o Governo quer destruir por causa do Novo Museu dos Coches
Exemplar de Arquitectura Industrial (séc.XIX-Séc.XX), já raro em Lisboa (uma vez que Alcântara foi dizimada pela própria CML no que toca ao património arqueológico industrial) as antigas instalações das Oficinas Gerais de Material de Engenharia são hoje ocupadas por serviços do Instituto Português de Arqueologia, contando não só com um valiosíssimo espólio de peças adquirido pelo Estado (em vias de ser 'distribuído' por várias unidades museológicas do país), como uma vasta biblioteca sem destino traçado.
A pressa em demolir estes pavilhões do princípio do séc.XX é tanta que os atropelos são muitos. Por exemplo, esquece-se o Governo, esquece-se a CML das recomendações ao tempo do protocolo celebrado entre o Ministério da Defesa e a Sec. Estado da Cultura, em 1997, quando se pretendia levar os coches para as OGME (e não se falava de demolição!), recomendações essas em prol da conservação dos pavilhões pela sua valia em termos de arqueologia industrial.
Esquecem-se do equilíbrio urbanístico que o edifício projectado para o novo museu dos coches implicará na zona, em termos estéticos, volumétricos e tráfego. Em termos de violação do perímetro de protecção do Palácio de Belém. Esquecem-se que a Casa de Bragança muito dificilmente abdicará da sua colecção de coches em Vila Viçosa. Esquecem-se que há inúmeros pareceres técnicos que inviabilizam a instalação do picadeiro real no espaço do actual Museu dos Coches e que, portanto, este belíssimo e histórico local se arrisca a servir de salão de festas e banquetes oficiais. Esquecem-se que, no presente momento, em São Petersburgo se está a colocar a colecção de coches no antigo picadeiro real e em Lisboa quer-se fazer exactamente o contrário: colocar coches em salões brancos, esterilizados, mais próprios de Brasília do que de uma zona como Belém.
Vem aí o Novo Museu dos Coches. Exprima-se! Não fique quedo e mudo quando lhe destroem o pouco património existente! Visite as OGME:
http://www.youtube.com/watch?v=ahSS9Vt2qU0
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Será?
Quanto ao presidente, independentemente do que venha a ser a sua actuação, o simbolismo que carrega e o seu circunstancialismo são já distensores da forma como o Mundo vê a América. Não vale a pena tentar defender o contrário, seja isto certo ou errado, porque o Mundo não vê mesmo nada bem os Estados Unidos da América: da Europa à Ásia, a opinião pública construiu uma espécie de antipatia, quando não um preconceito, em torno do seu papel neste nosso pequeno/grande Mundo.
Quanto à mensagem, há uma grande simplicidade no primeiro discurso, desarmante na sua simplicidade, dirigido aos cidadãos, a falar para as pessoas e até com alguma humildade na assunção de que estando o Mundo a mudar a América também deve – tem de – mudar.
Também não é neutra a afirmação de que os mais novos rejeitaram o mito da geração apática. E isto tem muito que se lhe diga porque é um apelo directo à participação política da juventude, como se um novo contrato com ela houvesse sido celebrado.
Se houve humildade no discurso, também houve ambição. Muita. O presidente falou em reconstrução da Nação e na capacidade de mudança e reiterou o 'sim, somos capazes', o eficaz slogan que utilizou.
Finalmente, quanto à primeira medida que o novo presidente tomou, a saber, o pedido de suspensão dos julgamentos em Guantánamo, feito aos juízes militares para pôr fim a um sistema de excepção, fora dos tribunais, não vem carregado de menor simbolismo. Trata-se de limpar uma mancha incompatível com os princípios estruturais de qualquer sociedade democrática, em particular no que respeita aos direitos humanos, o que é contraditório com um País que nasceu com base num valor de Liberdade. Tal acto permite ler no presidente uma atitude humanitária contrastante com a imagem bélica do País (uma vez mais de forma justa ou injusta, é irrelevante, porque é um facto). E é uma actuação que simultaneamente retira capital de queixa a muitos adversários.
Talvez o espírito da coisa se propague a esta Europa incapaz de mudanças e a precisar tanto delas. É que por cá ouviu-se Trichet afirmar que os receios de ruptura do euro são infundados e a moeda já mostrou capacidade de resistência à crise. Não se trata da necessidade de resistir, mas de agir. E aí vai toda uma diferença Europa/América: a de nova atitude.
In CM
quarta-feira, janeiro 21, 2009
Lisboa, 20 Jan (Lusa) - A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje, numa moção do Bloco de Esquerda, a realização de um acordo de geminação entre a capital portuguesa e Gaza.
A moção foi aprovada com a abstenção do PSD, PS e CDS-PP e os votos favoráveis do BE, PCP e PEV. Foram aprovadas outras duas moções sobre o conflito na Faixa de Gaza, uma do PS e outra do PCP, mas apenas a do BE propõe a geminação com Lisboa e é a mais dura para com Israel. A moção do BE condena a "ocupação militar e os ataques perpetrados por Israel na Faixa de Gaza" e condena as "flagelações cometidas pelo Hamas a Israel" que, lê-se no documento, são "causadoras de vítimas inocentes, ainda que esporadicamente, e que não contribuem para o isolamento internacional da agressão israelita, dificultando o processo político para se atingir uma solução de paz justa e digna". Os deputados apelam também ao "fim da punição colectiva da população da Faixa de Gaza, resultante da ocupação israelita e do cerco imposto anteriormente a esta invasão". O conflito tem "resultado no impedimento da entrada de ajuda humanitária, nomeadamente assistência e evacuação de feridos, constituindo um claro crime de guerra de incalculáveis consequências humanitárias", acrescentam. A moção do PS, aprovada com a abstenção do PSD e do CDS-PP, apela à "consolidação do cessar-fogo" e ao regresso à "via negocial" e saúda a contribuição do Governo português de 400 mil dólares para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos. A moção do PCP, aprovada com a abstenção do CDS-PP, apela ao cumprimento "urgente" da resolução 1860 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao retomar do processo negocial, à abertura das fronteiras de Gaza e à imediata entrada de ajuda humanitária no território. ACL. Lusa/Fim.
Discursos ocos ouvidos moucos
Enfim: haja Obama!
In DN
terça-feira, janeiro 20, 2009
É fácil de barrar
O Sr. Vereador Sá Fernandes, prosseguindo naquela sua luminosa ideia de alugar o espaço público, seja ele qual for, quando for e quanto for, lembrou-se agora de propor à CML a feitura de contrato com a UNILEVER com a contrapartida desta arranjar os espaços verdes, plantar árvores (palito, suponho), etc., ou seja, fazer o que deve ser trabalho dos serviços que o próprio tutela. Mais, as árvorezinhas vão ter a honra de expor no tronquinho, na folhinha, ou talvez num OUTDOOR, a marca 'PLANTA!.
PS-Depois do mesmo vereador dizer que serão as verbas do Casino Lisboa a patrocinarem a recuperação de miradouros, jardins, etc., omitindo qual a razão por que os seus serviços precisam sequer de orçamento da CML, a pergunta impõe-se: porque não se fecha o Pelouro dos Espaços Verdes
Os Serviços
“Queria uma mesa para dois e um bebé, por favor”. Alguém: “As reservas são aí atrás”. Sendo que o “aí atrás” era a zona de recepção que deveria ter alguém a receber a clientela. Esse alguém, a gerente de sala, não estava presente. Mas uma vez apresentada em serviço rigoroso e tardio, a moça sexy e empinada não serviria os meus propósitos imediatos: “De momento não temos nada!”. E aquelas mesas em baixo? “Ali é a esplanada, não serve refeições, só crepes e tostas mistas!”. Então arranje-me uma mesa na zona de refeições, por favor. “Fumador ou não fumador?”. Não fumador: somos dois adultos e uma bebé, por enquanto só inalamos ópio.
Dez minutos depois, estávamos sentados na última mesa para não-fumadores disponível ao cimo da terra. Ao lado, já na zona de auto-flagelação assumida, um cliente saca de seu charuto e a respectiva névoa invade território vizinho, o nosso. Em suma, a balcanização de espaço num sábado à tarde. Foi então que a mãe exigiu: “Não é possível um homem estar a fumar um charuto ao lado da minha filha, quero outra mesa!”. Pareceu fácil a deslocação da nossa comitiva de uma sala para a outra, mas lamentei os dois pãezinhos de soja que ficaram na mesa. Com eles, terá permanecido no limbo o pedido de dois pratos que dariam imenso jeito a um casal de adultos com apetite. Uma coincidência o facto de a fome, mesmo ao fim de semana, acontecer sempre à hora do almoço.
Uma hora depois, já com a bebé impaciente, o “comer” chegou à mesa. Pior do que uma criança com birras são dois adultos esfomeados e intratáveis, pais de uma criança com birras. Soluções? Guardar tudo num tupperware ou comer rapidamente e pedir à bebé para pagar tudo com o American Express Junior. “Desejam sobremesas?”. Traga-nos um café e a conta. Demorou-se o café e nunca chegou a conta. Até hoje. As formiguinhas não terão compreendido a indolência da solicitação: “Tra-zia-me-a-con-ta-se-faz-fa-vor?”. Deveria ter acrescentado: “Hoje”? A mãe e filha seguiram para a rua, eu desloquei-me ao balcão munido de cartão de crédito, e aguardei, aguardei, aguardei, antes de sair do restaurante sem pagar pelos serviços prestados. Prometo não voltar a fazer uma coisa destas antes da próxima vez que tiver necessidade de fazer uma coisa igual.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
O lobo-mau e os porquinhos
domingo, janeiro 18, 2009
O mistério do pátio vazio
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Pergunta de algibeira
Numa zona onde há tanta falta de estacionamento, tem algum jeito haver 2-lugares-2 (!!) destinados a veículos eléctricos que, pura e simplesmente, nem sequer existem? Se é apenas para propaganda, bastaria um cartaz a dizer qualquer coisa como «Aqui ficará um posto de carregamento para os futuros carros eléctricos»; e se é para carregar os novos Segways da P. Municipal, há que ter em conta que eles só circulam nos passeios.
O Diabo esconde-se nos pormenores
O papel dos porcos
quinta-feira, janeiro 15, 2009
As 'reflexões' de Sampaio
Como se pode mobilizar um povo, convocá-lo para a causa comum, se a classe dirigente tem tripudiado sobre a cultura de relação de que se compõe a democracia avançada? Nada nesse sentido tem sido realizado, sequer tentado. O próprio Sampaio, quando Presidente, ao rejeitar Ferro Rodrigues, e abrir as portas a um intermezzo cómico, participou, activamente, no retrocesso histórico que fez aumentar a indiferença e o desencanto portugueses. As desproporções obscenas entre os sacrifícios impostos e as regalias generosamente distribuídas por uma casta de privilegiados não são de molde a entusiasmar a população. O discurso oficial desloca--se numa falsa euforia e passa para a depressão mais inquietante. Ninguém, de boa fé, acredita nestes "políticos", cuja representação é diariamente demolida pelas evidências dos factos. E Jorge Sampaio bem o sabe.
As "Reflexões" não eliminam o sentido crucial dos problemas, mas também não indicam, ou sugerem, como seria natural, o combate ideológico contra a ideologia que intimida os governos e os intima a praticar regras unilaterais. Há, em tudo isto, uma perversão moral que condiciona o comportamento ético. O texto de Sampaio é omisso nestes aspectos, e percorre-se em generalidades. E talvez devesse ser, pelo estatuto e pelo passado do autor, nesta desordem e nesta perturbação, um aviso de que as abdicações não são o caminho para o resgate das servidões. A desmobilização cívica do País é uma das consequências da ausência da instância Estado, da falta de comparência de um ideal de libertação (sim, de libertação) que nos empolgue. E é, igualmente, a descaracterização ideológica dos partidos, essa base lógica que explica e justifica as grandes conquistas dos trabalhadores no imediato pós-guerra. Quando um estudo revela que os portugueses são o povo europeu que menos ri ou sorri, o caso pode animar solertes comentadores do óbvio - mas não deixa de ser significativamente pesaroso. Já ninguém vai "contra os canhões marchar, marchar". Estamos marcados pelo mais atroz niilismo e identificados com o mais absoluto indiferentismo.
O documento de Jorge Sampaio é, certamente, estimável, mas o seu conteúdo não revela a originalidade exigível.
In DN
Da falta de saúde
São questões que se repercutem directamente nas necessidades colectivas dos cidadãos, em particular nas mais relevantes. E uma delas é inquestionavelmente a Saúde, tema escolhido para o debate quinzenal no Parlamento com o primeiro--ministro (até ia a escrever Governo, mas, de facto, não é assim).
Sobre esta matéria e para além da frieza dos números – e já lá vamos – é bom ouvir quem anda por esse mundo: profissionais do sector e utentes (também me recuso a dizer clientes). O que mais me assusta são os constantes atropelos éticos de que oiço insistentemente falar, misturando serviços à revelia de todas as regras de boas práticas, com gravíssimas consequências na saúde dos cidadãos, em nome de uma contenção de custos que resulta precisamente no contrário, face às sequelas que vão ficando nas pessoas; a politização férrea de cargos que só deviam ter um único critério, o da competência, em casos como directores clínicos e chefes de serviços hospitalares. De norte a sul do País e com casos comprovados.
No mais, para além de cerca de 600 mil doentes em listas de espera na rede hospitalar – no 26º lugar numa lista de 31 países –, no sistema de cuidados de saúde, com indicadores equiparáveis à Roménia e à Bulgária, também continuam os encerramentos dos SAP e a extinção de serviços de urgência hospitalar, sem alternativas assistenciais, estando suspensos ou adiados os projectos de construção de dez novos hospitais. Só entre 2006 e 2007, as taxas moderadoras nas Urgências aumentaram cerca de 23% e os processos de introdução no mercado de medicamentos inovadores chegam a demorar três anos. O número de médicos nos centros de saúde diminuiu e o número de hospitais especializados passou de 21 para 15; o número de camas foi reduzido, sendo certo que o número de atendimentos aumentou.
Estou mesmo a falar de Portugal. Este. Onde a politização férrea de cargos na Saúde e a violação das boas políticas nos podem comprometer, muitas vezes, a vida.
In Correio da Manhã
quarta-feira, janeiro 14, 2009
O projecto Lisboa, Capital do Charme, apresentado ontem pelo presidente da autarquia, António Costa, visa a venda de um conjunto de seis edifícios municipais, de elevado valor patrimonial e arquitectónico, e a sua conversão em hotéis de charme, à medida do turismo de cidade e de visitantes com elevado poder de compra e cada vez mais exigentes.
Segundo explicou o autarca, a Câmara Municipal de Lisboa, em colaboração com a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), pretende com este projecto diversificar a oferta turística na cidade, mas também melhorar a qualidade urbana, através da reutilização de seis edifícios de interesse público. Os futuros hotéis, ditos de charme, serão assim direccionados para um público com "elevado poder de compra", que procura "experiências novas e dificilmente repetíveis em qualquer parte do mundo", resumiu António Costa.
Para aprofundar a ideia do projecto, Vítor Costa, director da ATL, explicou que o paradigma do turismo tem sofrido alterações, e neste momento assiste-se a um "aumento gradual do turismo de cidade". Em 1997 Lisboa recebia, aproximadamente, um milhão de visitantes por ano, o que correspondia a nove mil quartos de alojamento. Em 2007, o número de turistas duplicou para cerca de dois milhões, respondendo o alojamento com a subida da oferta para 14 mil camas. Consequentemente, a oferta hoteleira tem vindo a ser reforçada, e os hotéis de charme vêm preencher as necessidades de um segmento da sociedade turística mais exigente e requintada.
Preservar património
Os edifícios em questão são o Palácio Braamcamp (sec. XIX), o Palácio Pancas Palha (XVIII), o Palácio do Machadinho (XVIII), o Palácio Visconde do Rio Seco (XVIII), o Palácio Benagazil (XIX) e o Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça (XVII), todos situados em zonas históricas da cidade. A capacidade hoteleira destes edifícios poderá ser ampliada através da construção de novos pisos, mas tendo em conta as condicionantes impostas pela CML como forma de preservar valores patrimoniais existentes.
A análise valorativa destes edifícios, requisitada pela CML, foi feita com base no "método do custo e rendimento", afirmou António Costa, e patenteou o "estado de viabilidade para a instalação de cada unidade hoteleira". De acordo com esta análise, o Palácio Braamcamp possui as características adequadas ao segmento hoteleiro pretendido - charme, qualidade arquitectónica e patrimonial -, mas a sua oferta em termos de alojamento é reduzida. Por sua vez, o edifício da Graça necessitará de ser sujeito a uma reconstrução estrutural, fundamentada em estudo histórico da evolução arquitectónica e arqueológica. Se todos os futuros hotéis de charme procederem a obras de ampliação do espaço irão ser criadas, aproximadamente, 200 unidades de alojamento.
Tendo como objectivo a qualificação turística em Lisboa, António Costa afirmou que "a alienação destes edifícios irá ser feita "um a um", podendo apenas aceder a candidatura de concurso as empresas do sector hoteleiro. Da mesma forma, irá ser estipulado um prazo máximo para o início da actividade", de forma a evitar "abandonos" dos imóveis por parte das mesmas. A exposição dos edifícios no mercado está prevista para Fevereiro deste ano, mas o projecto ainda tem de ser aprovado pela Assembleia Municipal.
Os palácios -14.01.2009
Palácio Braamcamp -Páteo do Tijolo e Travessa do Conde de Soure - Santa Catarina
Segundo refere a Câmara de Lisboa, "os terrenos, no sítio do Moinho, pertenciam aos condes de Soure, e após sucessivas transacções foram adquiridos pela família Braamcamp para ali edificarem a sua residência. Após a morte de Anselmo José Braamcamp, político eminente, outro estadista ocupou o palacete: Fontes Pereira de Melo. Em 1917, a venda do imóvel ao Governo francês trouxe a École Française de Lisbonne, que até meados do século XX teve aí as suas instalações. Em 1962, a CML, que adquirira o imóvel em 1945, disponibilizou-o para sede da sua Caixa da Previdência e Serviços Sociais, que aí permaneceram até 2008.
Palácio Benagazil -Rua C (Aeroporto de Lisboa) - Santa Maria Olivais/Charneca
Na descrição da nota histórica elaborada pela CML, era a casa de recreio de uma das quintas dos limites da cidade - a Quinta do Policarpo, junto ao pequeno aglomerado habitacional da Portela. O 1º visconde de Benagazil, Policarpo José Machado, foi o responsável pela sua construção. Integrado nos terrenos adquiridos para a construção do aeroporto de Lisboa, o palácio sobreviveu até hoje, tendo sido ocupado pela TAP, com a sua creche e o Clube TAP. Após a saída da TAP, o palácio foi ocupado pela Divisão de Museus e Palácios. Para além de algumas obras menores de adaptação à creche, o palácio nunca foi objecto de intervenções de vulto.
Palácio Pancas Palha -Rua de Santa Apolónia e Travessa do Recolhimento de Lázaro Leitão - Santa Engrácia
Refere a CML que foi construído no segundo quartel do século XVIII por D. Luís de Meneses, senhor de Pancas e de Ponte da Barca. Em 1820 é comprado pela família Palha. A CML adquire-o à família Van Zeller, para demolir e alargar a Rua de Santa Apolónia, em 1968. À classificação do Edifício de Interesse Público, nos anos 80, segue-se a candidatura a fundos comunitários para a sua recuperação. O projecto foi do arquitecto Frederico George.
Palácio do Visconde do Rio Seco -Rua da Atalaia e Travessa da Água-da-Flor - Encarnação
De génese setecentista, refere a nota da autarquia, o palácio é, no final do século XIX, propriedade do visconde do Rio Seco. Por sua iniciativa, o edifício é revestido a azulejos estampilhados a azul e branco, como era então moda. Nos anos 20 e 30 do século seguinte, realizam-se obras no imóvel, a cargo da Sociedade Editorial Democrática e, em 1936, instala-se uma casa de pasto no rés-do-chão da Rua da Atalaia, a Empresa Nacional de Culinária, cuja memória persiste na fachada.
Palácio do Machadinho -Rua do Machadinho e Rua do Quelhas - Santos-o-Velho
Na segunda metade do século XVIII, José Pinto Machado, o Machadinho, fidalgo da Casa Real, torna-se proprietário de um palácio seiscentista à Madragoa, empreendendo uma campanha de reedificação, ampliação e redecoração do edifício. Após a sua morte sucedem-se os proprietários e inquilinos, dos quais se destacam o poeta António Feliciano de Castilho e seu filho, o olisipógrafo Júlio de Castilho. Em 1948, a Câmara Municipal de Lisboa adquire o palácio, que estava bastante degradado e após a sua reabilitação, sem grandes alterações, o edifício passou a albergar serviços municipais.
Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça -Costa do Castelo e Largo Rodrigues de Freitas - Socorro
A construção deste edifício insere-se na renovação da área da Mouraria, após a expulsão dos mouros decretada em 1496 por D. Manuel I, no seguimento da qual se inicia na zona a construção de palácios, conventos e igrejas nos séculos XVI, XVII e XVIII. Diz ainda a nota histórica da CML, que o edificado, com origem no século XVII e de tipologia pré-pombalina, encontra-se integrado num conjunto de edifícios notáveis que formam o conjunto setecentista de Arquitectura Nobre a Santo André, com proposta de classificação como Edifício de Valor Concelhio.
«Aprovado. Obra a obra, Lisboa melhora!»
Santana tinha telões gigantescos (ainda há uns quantos em circulação...) com promessas, publicidade enganosa (aquele das 'reabilitações em curso' no quarteirão do Mundial, por ex.), peneiras tontas (ex. aqueles com a figura do Marquês), que custaram uma pipa de massa e de nunca deu contas.
Esta vereação é mais modesta, chegando mesmo a ser deprimente os telões de propaganda espalhados pela Baixa: pequeninos, tímidos, não poluentes, sem panache. Mas propaganda, sempre. Já agora, quanto custaram?
Foto: FJ
terça-feira, janeiro 13, 2009
PARA VARIAR
Já o Centro Português de Serigrafia de Lisboa mostra até sábado, 17 de Janeiro, uma exposição antológica da obra gráfica de José Espiga Pinto, sintetizando cerca de 50 anos do seu trabalho, entre linóleos, xilogravuras, litografias e serigrafias sobre papel e sobre tecido. Pintor, desenhador, escultor, gravador, ilustrador, medalhista, Espiga Pinto nasceu em 1940, em Vila Viçosa, estudou escultura Escola Superior de Belas Artes de Lisboa entre 1957 e 1960, fez investigação a nível de espaço urbano e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Realizou diversas exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Em 2001 participou na Colectiva “Anos 60/70”, na Fundação de Serralves, Porto.
E Almada Negreiros é homenageado na Fundação Portuguesa das Comunicações, ao Conde Barão, dia 15 às 19:00, no âmbito da exposição colectiva de pintura e de escultura, "Caligrafias, uma realidade Inquieta", comissariada por Maria João Fernandes. Haverá uma mesa-redonda, um recital de poesia e o lançamento de uma serigrafia de Maria João Fernandes em homenagem ao pintor e escritor. A mesa-redonda contará com a participação de Ernesto M. de Melo e Castro, que se ocupará do tema "Dos Caligramas de Almada Negreiros à Poesia Visual em Portugal", Eugénio Lisboa, que dissertará sobre "O Diálogo entre as Artes, do Modernismo à Actualidade", e Maria João Fernandes, que falará sobre "Caligrafias, uma Aventura Poética". No final serão lidos poemas de Almada pelo seu filho, de Fernando Pessoa por Diogo Dória e de Mário de Sá Carneiro por André Gomes.
Fonte: Lusa
segunda-feira, janeiro 12, 2009
O ÚLTIMO DOS CORREEIROS
sexta-feira, janeiro 09, 2009
Se o mal dos outros é consolo...
O Natal vai regressar a Lisboa!!
Poderá nevar em todo o litoral, incluindo Lisboa, avisa Instituto de Meteorologia
A Protecção Civil aconselha cuidados acrescidos para os grupos mais vulneráveis devido à possibilidade de queda de neve em todas as regiões do litoral até ao Algarve, incluindo na região de Lisboa. Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), o tempo frio, com acentuado arrefecimento nocturno, vai continuar até domingo e a neve poderá cair, entre hoje e o início de amanhã, em todas as regiões do litoral até ao Algarve, nomeadamente na região de Lisboa. Para as regiões do Norte e Centro também há previsão de neve até sábado.
(...)
Vaga de frio ...
- A autarquia garante acompanhamento da situação
O auxílio diário tem sido dado nas instalações dos Sapadores Bombeiros
As equipas de rua que estão desde quarta-feira a percorrer alguns dos bairros mais envelhecidos e degradados de Lisboa para transmitir aos munícipes medidas de autoprotecção contra o frio já identificaram cerca de 30 situações de risco, que foram encaminhadas para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Muitos são idosos doentes, que vivem sozinhos, em casas sem condições de habitabilidade e praticamente sem agasalhos.
Os bairros históricos de Lisboa como Alfama, Mouraria e Bairro Alto, onde há uma maior predominância de população idosa, são algumas das zonas já visitadas no âmbito da campanha de proximidade desencadeada pela Câmara de Lisboa. Nesta acção, que se prolongará enquanto as baixas temperaturas o justificarem, participam cerca de 200 pessoas, entre elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL), da Polícia Municipal, de corporações de bombeiros voluntários e dos serviços municipais de protecção civil.
Segundo José Rocha, do RSBL, numa primeira fase equipas formadas por bombeiros e polícias visitam zonas da cidade previamente estabelecidas, onde desenvolvem um trabalho de “sensibilização porta a porta” para divulgar medidas de autoprotecção contra o frio. Como explica o subchefe, sempre que são identificadas “situações gritantes”, nomeadamente “pessoas com problemas de saúde, carenciadas, sem acompanhamento social”, é alertada a Protecção Civil.
Através desta acção, esclarece por sua vez o director do departamento municipal de protecção civil, Victor Vieira, já foram identificadas cerca de 30 situações de risco que até aqui permaneciam escondidas dentro de quatro paredes e desconhecidas dos serviços de acção social da Câmara de Lisboa e de outras instituições. Depois de referenciados, os casos estão a ser analisados pela Protecção Civil e pela SCML, que desencadearão acções como alertar familiares ou amigos, providenciar acompanhamento domiciliário permanente ou encaminhar as pessoas para centros de dia.
Mas a face mais visível e mediática deste plano desencadeado pela Câmara de Lisboa para fazer frente à vaga de frio dos últimos dias é a tenda montada na Avenida D. Carlos I para receber os sem-abrigo.
Filomena Marques, do departamento de acção social da autarquia, garante que também aqui os efeitos da iniciativa se prolongam no tempo e vão além de medidas pontuais, como a oferta de agasalhos, comida e apoio médico.
Segundo a técnica, em “situações de crise” como esta, os sem-abrigo “estão mais vulneráveis e disponíveis para outros projectos de vidas, para encontrar soluções em termos de emprego, para tratar de documentos”. Até à tarde de ontem passaram pela tenda 50 pessoas, das quais, diz Filomena Marques, 21 já estavam a ser acompanhadas por instituições e sete foram encaminhadas para albergues nocturnos, um centro de acolhimento da SCML e o Exército de Salvação.
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Experiência inolvidável a de tirar o Cartão do Cidadão
Fugindo da babel deprimente da Loja do Cidadão do defunto Eden, onde de manhã já não havia senhas para fazer o cartão avant garde da nosso governo, eis que a solução encontrada (uma vez que os serviços do Areeiro só fazem BI válidos por 1 ano - para quê?) passou por uma ida ao 'modernaço' prédio da Defensores de Chaves, nº 52.
Entrada às 12h20 e 50 pessoas à frente, entre 'deficientes' prioritários (aconselho aos incautos o uso da bengalinha da praxe, ou que metam uma almofada debaixo do pullover!), gente encostada à parede por falta de bancos, alguns écrans de televisão debitando propaganda, e uma decoração esterilizada ao jeito do próximo museu dos coches (cruzes canhoto).
Saída às 15h20, não sei antes elogiar o trabalhinho da funcionária de serviço, autêntica mártir dos computadores de serviço; cujo sistema operativo pela sua 'rapidez' pedirá meças ao da NASA. Ena, o MIT e a Microsoft devem achar um piadão a este país;-)
Foto
quarta-feira, janeiro 07, 2009
Sr. Vereador? Encomendou os bustos ao Buonarroti, foi?
É que por alturas da 'inauguração' em Fevereiro passado do jardim-miradouro de São Pedro de Alcântara (como dei conta aqui), o Dr.Sá Fernandes afirmou que teria encomendado os bustos que faltam no patamar inferior daquele espaço. Ora, passados 11 meses, com o patamar semeado de suportes sem busto, é caso para perguntar se os seus serviços andam a imitar os do 'menino guerreiro'...
terça-feira, janeiro 06, 2009
Após onze anos impossibilitados de usufruírem deste cais (desmontado e transformado em estaleiro desde 1997 devido às obras de expansão do Metropolitano de Lisboa), os lisboetas e
visitantes da cidade podem finalmente fazê-lo de novo.
As obras de expansão do Metropolitano e as de reposição do Cais das Colunas não foram articuladas com os trabalhos de saneamento. Estes irão arrancar a 5 de Janeiro, prolongando-se por um período de aproximadamente um ano, obrigando (de novo) ao condicionamento da circulação no Terreiro do Paço. Aproveitemos o Cais até ao dia 4! Depois… só no Reveillon de
2009/2010 (ou será no de 2010/2011?)!
JORNAL DE LISBOA
JANEIRO 208
CAPA:
"Ruptura familiar" e "padrão de vida" "deram" casa a ex-presidente da Gebalis
Isabel Soares, actual chefe de gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, teve uma casa Camarária por, na altura, estar numa "situação de grave ruptura familiar".(...)
Santos-o-Velho requalifica-se
Campolide tem consultas gratuitas
Quente... quente...
sábado, janeiro 03, 2009
Bacelar Gouveia é o mandatário da candidatura de Santana Lopes
Um ilustre jurista a meter-se em chatices ...
... é a vida.
sexta-feira, janeiro 02, 2009
Como é gasto o nosso dinheiro
Pois bem; passo por lá uma dúzia de vezes por semana, às horas mais variadas, e nunca tive a sorte de ver o equipamento a funcionar.