segunda-feira, setembro 30, 2019

Voltaremos, mas com sabor amargo....
a Navalmoral de la Mata.
A esta sessão, que parece uma repetição de tantas sessões e conversas que já tivemos, falta política e estratégia. Depois da morte "macaca", por desvarios partidários e pessoais, do MIA e da extinção da FEAN ( Forum Extremenho Antinuclear) tomado por uma seita, o movimento ibérico perdeu-se.
A falta de estratégia, que aproveita-se a nova situação política e associativa em Espanha e as nossas energias portuguesas (sem as liquidar!), assim como alguma energia vital do novo governo do PSOE e dos seus eleitos para cargos importantes e mesmo fundamentais (C.S.N.), a que se juntou a compra do extinto MIA pela indústria do urânio ( E.D.M.), numa acção vergonhosa leva-nos a outro início.
Temos que juntar, novamente forças, a nível da Ibéria e relançar o movimento, um novo movimento que pense politicamente, com estratégia e acção claras e que não se limite à gritaria e atordoadas para os amigos "anti-capi".
A realidade não para. Este mês haverá novidades....

domingo, setembro 29, 2019

Fotos, com agradecimentos ao Alex Gandum da manif do Clima!

sábado, setembro 28, 2019

É um oásis na cidade, os jardins são sempre uma descoberta, e agora duas exposições simpáticas...
A Sarah Affonso e a Arte Popular ( legendas deixam muito a desejar!) mostra-nos uma faceta, menos conhecida da sua obra, ofuscado pela enorme de Almada Negreiros.
Logo à entrada encontro a minha avó!
pela mão do tio Mário, que por ela teve uma "obsessão" criativa.
Também de salientar a Arte Islámica de Calouste Gulbenkian, onde deveria haver mais referências ás suas origens arménias.
Mas um tempo de qualidade o que passei por ali.


quinta-feira, setembro 26, 2019

Em Lisboa vamos juntar-nos no Cais Sodré pelas 15 horas!

quarta-feira, setembro 25, 2019

Não podemos ficar parados, a caminhar, a caminhar....

Lisboa, é um espaço, já, de síntese de diversos pensamentos e ocorrências, como descobertas arqueológicas vão desnudando.
este é um dejá vu.... que com adaptações temos por aí, do criador do céu e do inferno.... logo do bem e do mal....
https://elpais.com/cultura/2019/09/24/actualidad/1569339239_608975.html
será que o bem pode criar o mal e continuar omnipotente?

domingo, setembro 22, 2019

Um filme de registo, para quem gosta de gospel, e de uma das melhores vozes deste, e não só!

sábado, setembro 21, 2019

Mais aviões, aviõezinhos e avioezões


Em busca de um secretário de Estado perfeito

Que não há e se houvesse não seria certamente Alberto Souto de Miranda.
Como é habitual no burocratês cinzento que caracteriza os membros do governo no artigo em que procura desmentir, não só o manifesto Poupem o Montijo, como muitas outras críticas que a generalidade da comunidade ambiental, mas também uma grande parte dos políticos independentes do nosso país, ou seja daqueles que não estão na fila para as benesses, muitos pilotos e trabalhadores do sector aeroportuário, além de cidadãos de várias áreas a que muitas vezes os políticos vem pedir palmadinhas tem feito a mais um, mais um insensato projecto de aeroporto para continuar e alargar a Portela.
Mas nesse só semeia frases feitas, inverdades, manipulações e conversa da banha da cobra.
Era vereador na Câmara Municipal de Lisboa quando nos tentaram também vender, com argumentos parecidos aos actuais, em 2007 que esta estaria esgotada em 2012, que a Ota, um aeroporto entre duas serras (uma teria que ser demolida) sobre um paúl ( que teria que ser atolado) e águas subterrâneas (com essas não havia nada a fazer) era a solução para os nossos males, e na margem Sul ( onde andará esse personagem?) jamais, jamais....
Pois temos que recuar aos últimos tempos da ditadura, que já anunciava o esgotamento da Portela e fez um estudo, sobre 18 localizações.... a pior de todas... já adivinharam... era a que queremos poupar.
Por causa do estuário (hoje Rede Natura), por causa dos milhões de aves (protegidas por legislação comunitária), por causa, dos acessos ( já viram 20 minutos de shutle mais meia hora de barco, no mínimo), por causa até dos comunistas.... pois eles continuam todos por aí, mais agora o ruído (que como ouvi numa das sessões públicas de discussão do Estudo de AIA, só é minimizado no papel, é que não há verbas para a insonorização que o sr. Secretário, imperfeito, anuncia) e claro o aumento e dinâmica das águas que vai transformar este espaço em fora de qualquer, mas mesmo qualquer, uso aeronáutico, e nem preciso de falar em tsunamis...
Mas é claro que o tal secretário de Estado só pretendeu ocupar espaço público, o processo de Avaliação Impacte Ambiental não está a correr a gosto do governo e já se vê claramente, que não há consenso nenhum, mas mesmo nenhum.
Mais, muito mais de 1000 documentos, contestações, nalguns casos substanciosos foram entregues a contestar este estudo (A.I.A.), que além de partir de premissas erradas é inquinado por opções políticas de que deveria estar expurgado.
E pago, como sempre!, pela empresa promotora!
E já percebemos que a última coisa que todos querem, todos até o eng. Pompeu, é  uma avaliação global, estratégica e ambiental, que coloque tudo em cima da mesa, que analise com seriedade e sem números especulativos a evolução do trafego aéreo, também no quadro, (e agora que andam todos com o clima na boca,  mas onde é que ele está ?, se continuam a projectar mais, muitos mais low cost e turistas), também  no quadro das alterações climáticas que  consumem o nosso bem estar e  emitem toneladas, muitas, muitas de CO2.
Mas onde é que vão buscar o incremento do trafego aéreo, se anunciam um nova, e outra, e outra crise económica, se as companhias de transporte em lata estão a dar o berro, se a aviação vai ter que mudar de paradigma e dirigir-se, talvez noutro tipo de modelo,, noutro tipo de transporte aéreo, para outros horizontes.
Este aeroporto no Montijo será chumbado pela A.P.A. se por milagre não o for, será chumbado pela U.E. (União Europeia) ou pela I.A.T.A. (Associação Internacional de Transportes Aéreos ) e teremos que voltar a discutir  projectos e até outros  insensatos, como o de um aeroporto inútil no meio do Alentejo, mas para onde com adequadas e necessárias infraestruturas podiam ser transferidas as low cost mas também voos de longa distância e assim sim aliviar a Portela.
E não me venham com a distância, numa hora e meia é possível estar em Lisboa e em meia em Faro. De Lutton leva-se quase duas até Londres.
Temos os políticos que temos, infelizmente não temos pozinhos mágicos para lhes dar perfeição.

quinta-feira, setembro 19, 2019

Estamos à beira de uma democratura absoluta, por isso todos os momentos, todas as oportunidades de fazer ouvir a nossa voz são vitais!

quarta-feira, setembro 18, 2019

                           A vida de uma árvore! Grande actriz, excelente música!

terça-feira, setembro 17, 2019

Esta é da Quercus, BOA!
a portuguesa como sabemos está pelas ruas da amargura, vendida a interesses, cheia de oportunistas.

domingo, setembro 15, 2019

quinta-feira, setembro 12, 2019

No processo de luta contra mais um disparate ambiental, o aeroportozinho do Montijo+ alargamento da Portela elaborámos uma peça de teatro que deveria ter sido hoje brincada na Barraca.
Por motivos vários não foi, mas aqui a trago!

Uma teatrada

A (uma ecologista)-O governo português e a Vinci pretendem avançar com a expansão da Portela e a construção de um novo aeroporto no Montijo.
B (Da Vinci)-Minha cara amiga (enfatuado) aí está uma excelente iniciativa de um excelente governo. (conta pataco)

A- Mas em Londres, em 2014, o Governo britânico abandonou a ideia de construir um novo aeroporto numa zona de estuário, por representar um risco desproporcionado para os passageiros aéreos e ser difícil de compaginar com as normas europeias de conservação da natureza.
B-Ora, ora, essa malta, o Brexit já lhes dá a volta, essas regras europeias são uma ofensa à soberania nacional, e estuários.... o minha amiga antigamente até se aterrava neles....

A- Mas na zona do Montijo, foram detectados, num só ano, três milhões de voos de aves no corredor de aproximação à pista norte, tornando clara a inevitabilidade de corvos-marinhos, cegonhas, flamingos ou gaivotas provocarem um acidente grave
B-Um acidente grave? Mas a menina acha que somos irresponsáveis? E acha que esses passarocos podem, alguma vez provocar um acidente? Se for preciso usamos um canhão e até comemos flamingo de fricassé. Está convidada pra jantar (e crava-lhe o olhar nos peitos!)

A-(Começa a reagir.)... o senhor está a brincar certo?
B- Olhe que não, olhe que não....

A- Então se senhor o dono do projecto tem que compensar a perda de vastas áreas de alimentação utilizadas por aves aquáticas migradoras e pertencentes à rede natura 2000, com a reabilitação de áreas que já estão protegidas por lei e que já estão incluídas na Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, que negócio é este?  Vai proteger o que já está protegido? Porquê?
B-Oh, oh, oh, essa é uma malandrice dos nossos amigos, (enfatiza) nossos amigos do governo. Eu próprio não percebo o que eles querem, já lhes demos bastante (esfrega os dedos), mas isso são questões de... roda o pé

A-Mas senhor Da Vinci (aqui já zangada desabafa) que saudades do verdadeiro....porque razão temos que ter este aeroporto, ou melhor este aeródromo uma vez que tomando como certas as previsões em que se baseiam os senhores Vincis, o número de movimentos aéreos previstos para 2032 para o conjunto Portela+Montijo seria igual ao que se observa hoje no aeroporto de Gatwick, em Londres, que tem apenas uma pista.
B-(Falando para si) estes tótos ainda me licham o guito. Isso é so fumaça, vai haver muitos, muitos maohor este aerodromogos) do governo. Eu pró fumaça, vai haver muitos, muitos mais voos, aliás também teremos que alargar (desabafo- e aí safei-me destes melros,eh,eh,eh) e muito a Portela, então não sabe que a expansão económica é real, (ataque de tosse) e o que queremos é mais muito mais turistas, todos, ainda bem que temos o apoio do governo.....

A-Mas com as alterações climáticas o senhor acha que podemos continuar a aumentar a entropia, a multiplicar as emissões de CO2, a degradar os sistemas vivos?
E não acha que seria mais económico defender outros sistemas de transportes, ligações ferroviárias de qualidade de bitola europeia, pensar bem e desenvolver um sistema aeroportuário de raiz e em rede, que evitasse a poluição sonora e de micropartículas em área urbana?
B-(comentário) Esta está a tornar-se difícil (coloca um monte de notas a jeito da rapariga) Pois só faltava mais essa, nem os presidentes do Estados Unidos, do Brasil, e se calhar nem o da India e China acreditam nessas coisas, temos é que desenvolvermo-nos, logo encontraremos solução para esses problemas se os houver . Mais, muito mais economia é que é preciso, (empurra o maço de notas....pensando que a ecologista é da Quercus)

Finalmente....
Nesta nossa brincadeira quisemos mostrar que a brincar podemos levar a carta a Garcia.
É desnecessário este novo aeroporto, temos que pensar no fim da Portela, temos que alterar os dados meramente financeiros deste projecto, insensato economicamente, errado ambientalmente, arriscado em termos da saúde pelo ruído inacreditável, pelos poluentes presentes e também e esse é um problema bicudo, porque as aves, as milhares de aves, dezenas de milhar poderão provocar algum acidente, até com o dito.
Para tal temos que cumprir a legislação, que obriga o Estado português de defesa da natureza, de observâncias pelas regras que obrigam as actividades aeroportuárias, e os imperativos e directivas europeias.
Temos que parar e estudar, voltar a estudar ou retomar estudos. Sabemos que há muito que o Montijo foi afastado em estudos rigorosos, como o foi o aeroporto quase decidido entre duas serras, numa zona palustre e cheia de águas subterrâneas; a Ota foi afastada!
é preciso pensar o transporte aéreo em articulação com a ferrovia e sobretudo com a redução necessário do número de voos e taxação à aviação, com vista a cumprir os acordos de Paris sobre o clima, e estudar as várias alternativas, como exige uma avaliação ambiental estratégica.
Esperemos que se não houver dirigíveis que haja pelo menos quem nos dirija com bom senso. Nós aqui estamos.


                                                 contra o fanatismo e os seus apaniguados.

quarta-feira, setembro 11, 2019

Só agora, após leitura atenta venho, novamente e com mais empenho recomendar e saudar o Joaquim Jorge e desejar-lhe pronta recuperação e novas publicações:

Ferrel Através dos Tempos, por Joaquim da Silva Jorge
Nota de leitura

Não posso dizer que tenha sido uma surpresa completa. Este livro monografia de Ferrel é uma obra impressionante, do Joaquim Jorge que nele mostra um conhecimento, resultado de experiência e investigação absolutamente espantoso, da sua terra e das suas gentes.
É um trabalho de grande fôlego que abarca diversas áreas, a história, e o livro começa logo por contar a origem próxima (que a ocupação destas terras é pré-histórica, como ele também refere) não escamoteando a diversidade do seu povoamento que dá motivo aos despiques locais.
É ainda no capítulo da história que um tema que aparece em diversos momentos desta obra nos vai aparecer com grande relevo, em 22 páginas temos a Ameaça Nuclear, onde temos este elemento fundamental e ouso dizer quase fundacional para a afirmação dos ferrelejos, que mergulham a sua épica em muitos outros momentos mas nesta gesta se afirmaram particularmente. “Somos todos moradores de Ferrel” ressoou pelo país, como ele nos recorda nestas páginas onde aparecem os nossos estimados Afonso Cautela (que chegou a dormir em casa do Joaquim!) e  Delgado Domingues. A Gazeta das Caldas, o nosso papel nesta luta, e do nosso director são também especialmente mencionados (Obrigado, sentido).
Já no capítulo sobre o desenvolvimento de Ferrel descobrimos um etnógrafo a falar-nos do processo de fabricação artesanal de adubos (que deveriam ser recuperados) e de vários procedimentos agrícolas, e lá temos o Moinho Velho e outra vez as nossas lutas.
Joaquim Jorge é um homem de fé e o capítulo sobre Religiosidade o dá conta, mas não esquece as ligações da lógica institucional com a religiosidade popular e a festa, num registo muito compreensivo.
Depois fala-nos de Ursos, Macacos e Leões, mas atenção são mamíferos mas não os que podemos pensar, são a forma como os ferrelejos se designam consoante as zonas de ocupação da terra, seguindo-se a estas descrições uma pintura sócio-antropológica da hoje vila, dos bailes, e a sua ligação religiosa, passando pelas superstições e crendices e não faltando, como podiam?, as famosas bruxas de Ferrel e as suas profecias que nos são efabuladas pelo mestre Mariano Calado aqui justamente homenageado.
Neste capítulo não posso deixar de referir com deleite os Burros de Ferrel, hoje revitalizados no presente da Freguesia, e parte importante desta história e também dos almocreves e da sua relação com a existência deste território. Noutro capítulo espesso passamos por diversas profissões essenciais à vida de qualquer povo, com referências minuciosas aos seus percursos que devem constituir património histórico e documental desta Capital Anti-Nuclear, Ferrel.
Nesta parte tenho que mencionar que há uma entrada que é universitária, no melhor sentido do seu significado. Uma escrita envolvente, uma descrição meticulosa, tão meticulosa que parece que estamos lá, uma elaboração pormenorizada de todos os passos deste processo, e quase que lhe sentimos o sabor e entramos nesse enquadramento.Há muito que não lia um texto tão completo sobre a criação e matança do porco.  De ficar, ainda estou, com água na boca.
Não devo esquecer outra entrada sobre Moinhos e Azenhas conhecedora e mais uma para arquivo histórico.
No último capítulo voltamos à “nossa central” ao Moinho Velho, onde hoje vemos uma alternativa clara afirmar-se, seja nas dinâmicas dos cultivos seja na energia das ondas, dos ventos e do sol, de que estas terras beneficiam. E também gostei do detalhe das descrições da terra de baleias, do istmo peninsular do Baleal, o tômbolo. O Baleal é outro dos locais mágicos desta terra que Joaquim Jorge, com amor, investigação, experiência e vivências nos descreve, regista e deixa em memória para futuro. Hoje no presente, estas 388 páginas que temos na mão são uma semente.
Deste livro aqui deixo só alguns apontamentos que tive por mais significativos, outros muitos outros estão presentes nesta macro-visão deste povo.
Em Ferrel, a ecologia política tem um momento alto, e agora, através dos tempos temos, do bruxo Joaquim Jorge, um farol fantástico, este livro só é surpresa para quem não o conhece.
António Eloy

segunda-feira, setembro 09, 2019


Total hipocrisia
É como se deve classificar a maior parte das referências ambientais nos programas eleitorais. Não que se deva dar a mínima a esses que são na sua grande parte até desconhecidos dos candidatos e pouco mais que texto para encher chouriços.
Partidos que sabemos tem ideias erradas sobre ambiente, e que se proclamam ecologistas, partidos que têm na boca as alterações climáticas mas defendem tudo e o seu contrário, partidos natalistas, partidos animalistas, partidos desenvolvimentistas, partidos populistas, partidos todos eles estruturados como estruturas para promoção pessoal, de um grupo de amigos ou família, partidos todos a defender o bem comum, mas o que é isso?
E temos que durante cerca de um mês aturá-los a debitarem baboseiras, a dizerem disparates, a prometerem tudo e o seu contrário.
O domínio do espaço público, controlado pelos “seus” médias, hoje vi uma coisa incrível um órgão anuncia com destaque que a empresa que é sua proprietária lhe concebeu uma série de prémios, o domínio é total, sem espaço para verdadeiras notícias. Mas qual é a notícia, qual é o motivo de termos que aturar mais umas inanidades nessa caixa, inana? A não ser o espectáculo, must go on.
O espaço que temos é cada vez menor, as alternativas cada vez menos, ou mesmo nenhumas, porque o sistema está completamente inquinado.
Hoje estou muito optimista!
El Roto num boneco vale mais que toneladas de discursos...
desmascara a hipocrisia do social, e formula um juizo profundo sobre a psicologia e a prática das nossas sociedades.

domingo, setembro 08, 2019

Hoje estive numa agradável e amistosa sessão, na praia da Ortiga da Rede Tejo.
Revimos velhos amigos e ouvimos alguns discursos, uns maiores do que se justificava e acabando por se tornarem chatos e obsoletos, enfim... nem todos tem artes para o teatro, como me referiu uma jovenzinha......
Lá fiz a minha discursata, depois de ter referido a enorme vitória, pouco reconhecida pela nossa comunicação social que é o não definitivo à mineração de urânio na nossa fronteira sobre o Guadiana, em modo dirigível, começando pelo Dom Quixote que honra os olhos de água do Tejo em Albarracin, e um comentário sobre a alteração necessária do paradigma do transporte aéreo, segui e passei sobre a central nuclear de Trillo, e pelo transvase Tejo-Segura e o desastre ambiental que é o regadio no Levante espanhol e o fio de água em Toledo, pairei sobre Almaraz e as duas centrais e critiquei, novamente a nefasta atitude do nosso ministro do Ambiente que ao retirar a queixa em Bruxelas sobre o Armazém Temporário abriu a porta ao prolongamento da vida dessas. Esperemos que não!
Sobre Vila Velha do Ródão vi outras nuvens negras e a acção exemplar do nosso camarada Arlindo Marques que apoiamos 100%.
Debrucei-me sobre o aeroporto do Montijo, com argumentos que também estão exposto em post abaixo.
Corria a reunião agradavelmente, quando um "espécime" contra o qual já tínhamos sido subliminarmente avisados, que fui informado ser militante responsável do Bloco da Esquerda, fez uma intervenção a defender os projectos de várias barragens, ao arrepio das posições já tomadas pela Pró Tejo, e que foram pelo Paulo Constantino e outro companheiro desmascaradas.
Mas teve ele ainda a lata de vir com invenções e anedotário à mistura e dados falsos, que nem nas fake news teriam lugar.
Tive que intervir novamente e desmascarar o Trumpa, o Bolsa, o Orban e também esse senhor.
Ao contrário do que ele disse sempre apresentámos alternativas para este desastre que antecipámos em todos os seus aspectos terríveis, nomeadamente a degradação de solos que a agricultura intensiva está a gerar, as indústrias altamente poluentes e instaladas nos locais mais inadequados, a irrisória produção de electricidade, e o facto de ao contrário do que esse militante do Bloco afirmou, nem uma gota de Alqueva chegar aos beiços de um alentejano que seja.
A água deste, completamente degradada, por agro-tóxicos, escorrências dos sistemas de esgotos e pela proliferação do calamote só serve para a irrigação intensiva, que todos pagamos.
Tive ainda que falar das perdas arqueológicas, dos suicídios (que ultrapassa duas mãos na Aldeia da Luz) e da desertificação massiva que este empreendimento de fins múltiplos só para alguns continua a provocar.
Por mau caminho vai o Bloco quando aceita aventesmas  destas a falar, em seu nome e representação.

sexta-feira, setembro 06, 2019

Aeroporto
Ontem estive três horas na discussão pública da AIA, do aeroporto do Montijo, em Alcochete.
Foi um arraso, mesmo pornográfico. As meninas da empresa que fez o estudo a mando da Vinci/A.N.A. nunca se devem ter sentido tão mal.
É que vender este aeroporto é tarefa acima de quaisquer possibilidades. Durante as três horas talvez15 pessoas deram um enxerto, bem dado, a este. O ruído ( resposta “vamos fazer isolamentos das casas, só não sabemos quantos ou quando") , choque com aves nunca viram tal acontecer...pois eu que me inscrevi 9 vezes e não pode falar, já vi dois (2) aeroportos encerrados um pelo risco de colisão, outro porque colidiram mesmo com 7 mortos,,,,
avaliação estratégica, népias, eu teria recordado que já durante o fascismo se dizia que a Portela estava quase saturada e fez-se um estudo (global, valha-o deus). Foram estudados 18 locais. O pior, pior de todos foi.... o Montijo, porque....
Mas também teria recordado, era vereador na altura, a avaliação de impacto que foi apresentada em 2007 na C.M.L. da... Ota, uma vergonha, um paul, entre dois montes, um teria que ser destruído, o paul aterrado, mas ás águas subterrâneas, ai essas águas, também a Portela seria para só 5 anos mais.
Mas não foram esquecidas as acessibilidades, nulas, do aeroporto de cacilheiro! E sem oleoduto, o transporte de combustível em centenas da camiões diários,,,,aí, aí ai,
Sem falar das micro partículas, sem mencionar, eu o teria também as emissões de efeito estufa, sem ligar às subidas imprevisíveis (porquê 5 metros) das águas, num aeroporto construído sobre estacas ( 30, 30, 40 metros?)
Os representantes da empresa titular foram lamentáveis e lamento que o representante da APA, por momentos, tivesse perdido a independência.
Não vai ser possível, de maneira nenhuma, este aeroporto levar o visto das autoridades, europeias (então não é que uma salina que foi adquirida como compensação da Vasco da Gama agora volta a ser adquirida como compensação), nem das autoridades que superintendem a aviação civil, e claro a APA só tem uma coisa a fazer.
Na quinta 12, no teatro a Barraca, vão levar outro arraso!

terça-feira, setembro 03, 2019

Voltou!!!!
El Roto, depois de férias, com a verve habitual, e o sarcasmo de sempre. Mas infelizmente esta é também uma piramide invertida.Temos malabaristas a governar-nos e a iludir-nos para lhes pedirmos mais!