domingo, dezembro 29, 2019

Um filme (DVD) notável.
Bem estruturado, ligação imagem real e desenhos/animação de alta qualidade, adaptação excelente de crónicas de um Grande Repórter Ryszard Kapuscinski (Ricardo) sobre o que poderia ter sido uma catástrofe maior, a tomada de Angola pelo regime do Apartheid.
Um filme que nos faz regressar....
a um tempo que não volta, nem em bonecos.

sábado, dezembro 28, 2019

Uma estória com toda a actualidade, sobretudo na crítica radical ao jornalismo de sarjeta que cada vez mais domina a nossa comunicação social, falta de qualquer deontologia, sem princípios nem valores e ao arrepio do próprio código deontológica,o que hoje é papel para o coiso.
no teatro da Trindade, uma excelente encenação, bons actores e bailarinos e razoáveis cantores ( há que afinar melhor algumas partes que se tornam inaudíveis na articulação com o jazz da notável banda).
Um espectáculo que deveria levar muitos a questionarem o seu trabalho, que conduz aos popylismos em que nos vamos atolando.

sexta-feira, dezembro 27, 2019

Um animal impressionante:
o Bos taurus descendente do Bos primigenus, elemento de culto em inúmeras religiões e que se continua, ritualizado ou não nas festas que envolvem mais de 2 milhões de portugueses cada ano:
https://www.publico.pt/2019/12/26/sociedade/noticia/numero-espectadores-touradas-2019-1898480
e que justificam a continuidade de muitas terras e dão base para muita economia. Além. é claro, de serem um elemento da nossa ruralidade e da sua, cada vez mais difícil é certo, seja pelos discursos higienistas e animalistas seja pela uniformização e industrialização do mundo rural.
O tempo da ligação da cidade ao campo, das esperas e encierros que se realizavam um pouco por todo o país, e que era um momento de ligação (em Lisboa seria interessante recuperar esses percursos) re-ligação do paraíso, perdido com a urbe, que no final dos anos 20, no tempo da ditadura nacional ( há sempre um ditador atrás da intolerância) deixou de ter, nos centros urbanos (que no interior, por todo o lado, os toiros eram mortos na arena, pois como não, iriam ser comidos, embora só em Barrancos haja o registo, a partir dos anos 40, de sorte suprema contínua).
A pieguice de urbanitas que desconhecem a vida dos animais e a ruralidade vai-se impondo, hoje no IVA ( que poupa os torturados bicharrocos aprisionados nos apartamentos citadinos), amanhã sabe-se lá....
Não será no meu tempo que se extinguirá este momento, este tempo de temple, de zen.

quinta-feira, dezembro 26, 2019

Há poucos estudos e informação sobre o anarquismo em Portugal. Haveria que remontar ás Conferências do Casino, no século XIX, para bebermos as primícias.
A história do anarquismo ou anarco sindicalismo entrelaça-se, queiram eles ou não, com a génese do Partido Comunista, com a qual tem muitas semelhanças, nos sacríficios, na militância, nos rachados e até nos "secretários gerais" mortos no Tarrafal, e na lógica de secretismo.
A organização "policial" do PCP foi sobrevivendo e chegou ao 25 de Abril. O anarquismo português, como forma organizativa, como o mundial (recordo de ter estado em tertúlias em Madrid durante a transição!) já tinha dado a alma ao criador.
Mas não deixou de ocorrer algum pensamento, desta filosofia, como de outras na sua margem, que seria interessante não deixar no olvido (o jornal  Combate, entre outros).
João Freire e a revista a Ideia, que foi um alfobre de bom pensamento e de ideias à temperatura, são um elemento de referência fundamental.
Recebo este muito bem informado livro, de 4 notáveis, que devem ficar registados.
Um livro de leitura envolvente, com muitas indicações bibliográficas, e muito bem informado.
 Obrigado João Freire!


Vivemos sobre ( ou até dentro!) de um vulcão, e há muitos, uma grande maioria mesmo, que assobia para o ar, ou até continua o dispilfário consumista e arrasador....
e continuemos....

terça-feira, dezembro 24, 2019

Hoje, com este inteligente vivaço:
uma estória de referência:
https://expresso.pt/cultura/2019-12-24-O-burro-do-presepio-e-todos-os-outros--um-conto-de-Natal-de-Jose-Tolentino-Mendonca-

segunda-feira, dezembro 23, 2019

Oiço Billie Holiday, Edith Piaf e Mariza, percorro Garcia Lorca, Batsuo e outros haikus,
o Zen é o silêncio, a romper o próprio. E a caminhar. O Zen é o que não é.
Acabo a ouvir Jim Morrison....
Amanhã irei "acender" o lume. Que se repete, que se perde, todos os anos em desvarios fumejantes.

domingo, dezembro 22, 2019

Ainda fico com 2 ou 3 livros, mas esta reclusão, leitura e meditação, intervalada com 2 ou 3 eventos nestes 10 dias tem-se sido aguentada também com estes, que nos dão uma perspectiva alucinante dos desvarios da política anti-proibicionista.
 conheci, julgo que nos tempos da SOMA, o Nuno Torres, que organiza este livro, recolha de testemunhos de alta craveira, sobre diferentes aspectos da política das drogas. Recordo conversas sobre os erros dramáticos cometidos quando se  (João Soares) pôs fim ás equipas deambulatórias, no quadro do "encerramento" do Casal Ventoso...
E, este estupendo:
enquanto me drogo, com uma taça de cafeína  (atenção: https://www.freedomunited.org/news/slavery-uncovered-in-brazilian-coffee-industry/ ) e fumo um nica, fantástico.
Logo já tenho preparado um porro com um bourbon, que também foram proibidos,,,,

sexta-feira, dezembro 20, 2019

Leio os jornais, após concluir o visionário livro de Reiser (não haverá ninguém para dar conteúdo aos seus projectos? agora com o desenvolvimento tecnológico?) e vejo agigantar-se, o Big....
tudo está cada vez mais controlado, num mundo que mergulha no consumismo mais absurdo e no maior dos dispilfários.
A vida prossegue, cada vez mais automática.....
Foi um visionário, fabulosos os seus bonecos e ideias sobre Energia "solar", mas todos os outros, agora numa re-edição fora de série.
Uma delícia!
vale o que pesa!

quinta-feira, dezembro 19, 2019


Um livro de grande folgo, de um enorme linguista, documentado e estudioso.
Que li com o maior deleite, talvez por confirmar intuições e observações que de há muito tenho vindo a fazer e romper com alguns esquematismos, línguas de pau, e ilusões nesta área, desmascarando-as até com firmeza brutal nalguns casos, e não fazendo cerimónia em contradizer o discurso nacionalista a raiar por vezes o chauvinismo do nosso estimado Presidente  Rebelo de Sousa.
A nossa língua, originária do galego, e abastardada com castelhanismos e outras, muitas outras introduções, não é a nacionalidade, que é a diversidade, desta e do território com as mitologias que lhe foram dando corpo.
Um livro de imprescindível leitura, obrigatório, mesmo.

Um livro que me volta a questionar sobre a fala de Barrancos e que reforça as minhas opiniões sobre a ocupação do território de os dialectos de contacto destes. Nada a ver com o astúrio-leonês residual por terras de Miranda. 
Agora para pausa vou dedicar-me (fonte de tantas expressões na nossa língua "galega") nesta continuação, repetindo todavia outros enredos... de Edgar Pierre Jacobs:

terça-feira, dezembro 17, 2019

Edgar Morin é um personagem de referência e autor de uma notável obra, além de ter um percurso de vida fantástico.
Mas chegado a um momento de vida (98 anos) é melhor poupar-se a envergonhar-se e a aviltar a sua obra... conhecemos muitos outros casos em que a decrepitude, normal, se associa a erros, omissões, ditos desnecessários, a que falta sobretudo uma mão que corrija ou evite...
Este livro de quase 800 páginas, é certo que uma letra fácil tem 600 que são desnecessárias, seja por escritas sem lógica nem método, sim sem qualquer método, de um homem que se distingue por nos fazer pensar e estruturar o pensamento, repetições a esmo, desincronia total, saltos e contra-saltos, pormenores "escabrosos" que esses se poderiam evitar, erros ou gralhas(?), insinuações já indesmentíveis, e absolvições duvidosas, e um quarto do livro com informações, estórias interessantes para um fazedor de estórias, e de História.
É pena.

domingo, dezembro 15, 2019

Damo-nos, muitas vezes, com companheiros que tem dois paus e duas palavras....
                                               carregar 2 vezes para leitura
mas nada como ter regras e objectivos de acordo com essas!

sábado, dezembro 14, 2019

Algumas dezenas, talvez 5 ou 6, de activistas juntaram-se hoje no terminal de chegadas da Portela, para protestar, contra a expansão ( como é possível ao arrepio das leis que nos regem  sem qualquer avaliação de impacte ambiental) da Portela e contra o aeroporto aquático e produtor de churrascaria de aves, quando não de...outras coisas do Montijo,
 os dois sem haver um estudo global sobre os movimentos aeroportuários, sem estudos de prospectiva sobre a evolução do transporte aéreo no quadro das alterações climáticas e sem qualquer avaliação global estratégica, que inclua as valências já existentes para o tráfego aéreo, e um enquadramento e articulação dessas com o transporte ferroviário (falei com um ferroviário francês que não queria acreditar quando lhe referi o estado das nossas linhas!).

quinta-feira, dezembro 12, 2019

Certamente estaria connosco.
A partir das 15 concentração na Rotunda do aeroporto!

quarta-feira, dezembro 11, 2019

Um filme muito agradável, boa produção, boa realização, uma estória bem esgalhada mas actores banais, que não dão alma ao filme.
mas uma excelente noite ontem  no histórico Teatro da Trindade.

terça-feira, dezembro 10, 2019


hoje no Público:
mas como alguns não poderão ler, aqui:
é que não vale a pena fazer mais leis contra a corrupção quando ela está à vista de todos!
À vista, desarmada!
Este mama no sítio certo...

domingo, dezembro 08, 2019

Tempo para prever viagens, reais ou imaginadas. Neste número:
 uma boa parte de uma história que partilhamos.

sábado, dezembro 07, 2019

Não tenho Frans Snyders por um pintor excepcional, mas as suas naturezas mortas são poderosas.
 esta, por exemplo.
Ou esta
que acho muito melhor.
A censura, sempre defendem uma lógica totalmente absurda obrigou a que fosse retirada do refeitório da Universidade de Cambridge.
Vivemos tempos complicados.
https://elpais.com/internacional/2019/12/03/mundo_global/1575374803_843838.html

MAIS AVIÕES NÃO!
PORTELA MAIS MONTIJO NÃO É SOLUÇÃO!
O Governo de Portugal, juntamente com a concessionária ANA/VINCI preparam-se para quase duplicar o número de movimentos de aviões na região de Lisboa, com grande incidência no Aeroporto Humberto Delgado incluindo o período nocturno e, em paralelo, construir um designado aeroporto da Base Aérea do Montijo, complementar à Portela.
Trata-se de um processo que não serve os interesses do país e que é contra as pessoas, o seu bem-estar, a sua saúde e a sua segurança e é um grave atentado ao ambiente.
Num quadro em que até o Parlamento Europeu “decretou” a Emergência Climática, o procedimento das autoridades portuguesas é o pior contributo que se pode dar no combate e no empenhamento que, por todo o planeta, milhões de cidadãos, nomeadamente as novas gerações, travam para contrariar as nefastas consequências decorrentes das alterações climáticas.
Tudo isto é feito à revelia da legislação e dos procedimentos a que o estado está obrigado, e no caso da Portela sem qualquer Avaliação de Impacte Ambiental.
O aumento da pressão sobre a região de Lisboa, nomeadamente na capital, é inaceitável e vai-nos condenar a viver pior durante mais umas décadas e, se nada fizermos, até ao fim da concessão à ANA/VINCI em 2062.
Text Box: Esta acção terá a forma de uma Concentração a realizar no próximo dia 14 de dezembro, com início pelas 15:00 horas, na Alameda do Aeroporto Humberto Delgado no terminal das chegadas.

Por estas e muitas outras razões, um grupo de organizações e cidadãos decidiu levar a cabo uma acção de protesto em Lisboa que tem por base o combate ao aumento do ruído, da poluição atmosférica e pela preservação da segurança de pessoas e bens. Esta iniciativa insere-se no quadro geral da luta contra as alterações climáticas e da emergência em que vivemos mergulhados. Mais aviões não!
PARTICIPAR AGORA É O CAMINHO MAIS SEGURO E CERTO PARA GARANTIR UM FUTURO MELHOR E MAIS AMIGO DAS PESSOAS E DO AMBIENTE.
Participa e “Traz Um Amigo Também”.
Organização: (Aberta a futuras adesões).
“Lisboa Precisa”, “ATERRA”, “URTICA”, “FAPAS”, “GlocalDecide”, “União dos Sindicatos de Lisboa-CGTP-IN”, “Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não”, “Zero” e outras organizações
Apresentei hoje na A.G. da A.I.
Ninguém contestou. Não havia ninguém!


Chega ao fim a minha relação com a secção portuguesa da Amnistia Internacional, de que sou fundador (da secção portuguesa) e da qual fui julgo que em pelo  três mandatos dirigente e para a qual contribui com uns milhares de euros, de direitos de autor, além dos donativos.
Recordo no inicio as primeiras cisões. Foram por decidirmos que a AI era contra a pena de morte. Antes só nos preocupávamos com os prisioneiros de consciência. As cisões ocorreram também em Portugal, país pioneiro na abolição dessa.
Depois, julgo que por cá não houve grandes sobressaltos quando a AI se investiu nos direitos das mulheres ao seu corpo e na Interrupção Voluntária da Gravidez como direito. Mas a nível internacional houve muitos conflitos internos, e a excomunhão pelo Vaticano. 2 vezes.
Já os tive (conflitos), e muitos por cá, quando a AI reconheceu as lutas de género (demissões por cá) e quando reconhecemos o direito ao casamento e sobretudo à adopção por casais do mesmo sexo, um grupo local foi desfeito (e até, vejam lá, diziam que tinham por lá um homossexual) e tive que o xingar até ao tribunal (os pretéritos reizinhos).
Tivemos alguns problemas depois, uma tentativa de assalto pelos animalistas (direitos dos animais) que ficou por aí, e a AI, nos novos documentos até avança decididamente pelo tema das alterações climáticas e pelas questões (da legalização, claro) das drogas, o que me agrada.
Mas a organização têm se vindo a transformar numa estrutura leninista, em que a burocracia, os funcionários e etc, que recebem 80% do orçamento, pelo menos em Portugal, para não serem vistos nem ouvidos em sítio nenhum, e a burocracia escolhe e controla os órgãos sociais, numa lógica que faz lembrar as células do leninismo, todas controladas pelo famoso controleiro, braço do comité central e do grande staline, seja ele quem seja. Tudo é cozinhado entre o grupo dirigente, que ninguém sabe de facto quem é.
Isto que já vem de traz tem-se vindo a acentuar e a agravar. As A.G.s transformaram-se nos novos congressos do PCUS, tudo controlado e quando não há unanimidade fora....
E isso reverte-se na política da organização. A última foi o apoio ao independentismo catalão ( esclareceu-me o diretor da A.I. que o apoio foi só aos criminosos condenados! Por gastarem dinheiros públicos em ilegalidades e infringirem as leis do Estado, aparentemente o que está no facebook é.... apócrifo! Nunca visto na A.I.) E o apoio aos direitos humanos da maioria dos catalães que não o é e é, pelo contrário assediada e com violência por uns sujeitos portadores da verdade e do paraíso? E que querem obrigar todos a segui-los.
Não há mais paciência. Hoje a AI tem menos audiência, menos influência  do que quando tinha só uma funcionária e um trigésimo do orçamento que hoje tem  (ultrapassa os milhão euros) 80 % é para pagar a burocracia, 20 funcionários, a sede e tal e tal, e escassos voluntários, mesmo. Passem bem que eu também.
Continuarei a ser um dos fundadores, continuarei a ser membro de uma secção da AI (noutro país), onde não me tenho que preocupar com estas coisecas, e claro um infatigável defensor dos Direitos Humanos, aqui, ali e acolá!
E por aqui me fico!




sexta-feira, dezembro 06, 2019

ISTO É UMA VERGONHA.
mas o ministro continua com o peitinho cheio de ar....

segunda-feira, dezembro 02, 2019

Já sabemos que em Madrid,
 além dos quase 80 milhões de gastos, fora os muitos milhões de particulares, e muitas, muitas palavras, e declarações, tal como antes em Paris, de Madrid não vamos ter nada na direcção de salvar a Humanidade, como diria Almada Negreiros, sobre as palavras para a salvar que já estão há muito inventadas.
Mas, é um momento.
Ficarei por cá a ler, este que julgo já existir em tradução para portinhol:
Uma obra, e basta-me o primeiro capítulo para o afirmar, de grande espessurae radicalidade. Necessaria e urgente. Não podemos esperar mais.

domingo, dezembro 01, 2019

Hoje temos os aviõesinhos, na brincadeira, que é disso que se trata, com o aeroporto submergível do Montijo, também obreiro de muitos churrascos....
https://elpais.com/economia/2019/11/30/actualidad/1575138858_526873.html
e um pensamento de uma das nossas  maiores filosofas Simone Weil
só ela para nos dar alento nesta canalhocracia em que vivemos, e ajudar a dar uma varridela na corrupção, fazer uma corruptura!!!!