Um filme (DVD) notável.
Bem estruturado, ligação imagem real e desenhos/animação de alta qualidade, adaptação excelente de crónicas de um Grande Repórter Ryszard Kapuscinski (Ricardo) sobre o que poderia ter sido uma catástrofe maior, a tomada de Angola pelo regime do Apartheid.
Um filme que nos faz regressar....
a um tempo que não volta, nem em bonecos.
domingo, dezembro 29, 2019
sábado, dezembro 28, 2019
Uma estória com toda a actualidade, sobretudo na crítica radical ao jornalismo de sarjeta que cada vez mais domina a nossa comunicação social, falta de qualquer deontologia, sem princípios nem valores e ao arrepio do próprio código deontológica,o que hoje é papel para o coiso.
no teatro da Trindade, uma excelente encenação, bons actores e bailarinos e razoáveis cantores ( há que afinar melhor algumas partes que se tornam inaudíveis na articulação com o jazz da notável banda).
Um espectáculo que deveria levar muitos a questionarem o seu trabalho, que conduz aos popylismos em que nos vamos atolando.
no teatro da Trindade, uma excelente encenação, bons actores e bailarinos e razoáveis cantores ( há que afinar melhor algumas partes que se tornam inaudíveis na articulação com o jazz da notável banda).
Um espectáculo que deveria levar muitos a questionarem o seu trabalho, que conduz aos popylismos em que nos vamos atolando.
sexta-feira, dezembro 27, 2019
Um animal impressionante:
o Bos taurus descendente do Bos primigenus, elemento de culto em inúmeras religiões e que se continua, ritualizado ou não nas festas que envolvem mais de 2 milhões de portugueses cada ano:
https://www.publico.pt/2019/12/26/sociedade/noticia/numero-espectadores-touradas-2019-1898480
e que justificam a continuidade de muitas terras e dão base para muita economia. Além. é claro, de serem um elemento da nossa ruralidade e da sua, cada vez mais difícil é certo, seja pelos discursos higienistas e animalistas seja pela uniformização e industrialização do mundo rural.
O tempo da ligação da cidade ao campo, das esperas e encierros que se realizavam um pouco por todo o país, e que era um momento de ligação (em Lisboa seria interessante recuperar esses percursos) re-ligação do paraíso, perdido com a urbe, que no final dos anos 20, no tempo da ditadura nacional ( há sempre um ditador atrás da intolerância) deixou de ter, nos centros urbanos (que no interior, por todo o lado, os toiros eram mortos na arena, pois como não, iriam ser comidos, embora só em Barrancos haja o registo, a partir dos anos 40, de sorte suprema contínua).
A pieguice de urbanitas que desconhecem a vida dos animais e a ruralidade vai-se impondo, hoje no IVA ( que poupa os torturados bicharrocos aprisionados nos apartamentos citadinos), amanhã sabe-se lá....
Não será no meu tempo que se extinguirá este momento, este tempo de temple, de zen.
o Bos taurus descendente do Bos primigenus, elemento de culto em inúmeras religiões e que se continua, ritualizado ou não nas festas que envolvem mais de 2 milhões de portugueses cada ano:
https://www.publico.pt/2019/12/26/sociedade/noticia/numero-espectadores-touradas-2019-1898480
e que justificam a continuidade de muitas terras e dão base para muita economia. Além. é claro, de serem um elemento da nossa ruralidade e da sua, cada vez mais difícil é certo, seja pelos discursos higienistas e animalistas seja pela uniformização e industrialização do mundo rural.
O tempo da ligação da cidade ao campo, das esperas e encierros que se realizavam um pouco por todo o país, e que era um momento de ligação (em Lisboa seria interessante recuperar esses percursos) re-ligação do paraíso, perdido com a urbe, que no final dos anos 20, no tempo da ditadura nacional ( há sempre um ditador atrás da intolerância) deixou de ter, nos centros urbanos (que no interior, por todo o lado, os toiros eram mortos na arena, pois como não, iriam ser comidos, embora só em Barrancos haja o registo, a partir dos anos 40, de sorte suprema contínua).
A pieguice de urbanitas que desconhecem a vida dos animais e a ruralidade vai-se impondo, hoje no IVA ( que poupa os torturados bicharrocos aprisionados nos apartamentos citadinos), amanhã sabe-se lá....
Não será no meu tempo que se extinguirá este momento, este tempo de temple, de zen.
quinta-feira, dezembro 26, 2019
Há poucos estudos e informação sobre o anarquismo em Portugal. Haveria que remontar ás Conferências do Casino, no século XIX, para bebermos as primícias.
A história do anarquismo ou anarco sindicalismo entrelaça-se, queiram eles ou não, com a génese do Partido Comunista, com a qual tem muitas semelhanças, nos sacríficios, na militância, nos rachados e até nos "secretários gerais" mortos no Tarrafal, e na lógica de secretismo.
A organização "policial" do PCP foi sobrevivendo e chegou ao 25 de Abril. O anarquismo português, como forma organizativa, como o mundial (recordo de ter estado em tertúlias em Madrid durante a transição!) já tinha dado a alma ao criador.
Mas não deixou de ocorrer algum pensamento, desta filosofia, como de outras na sua margem, que seria interessante não deixar no olvido (o jornal Combate, entre outros).
João Freire e a revista a Ideia, que foi um alfobre de bom pensamento e de ideias à temperatura, são um elemento de referência fundamental.
Recebo este muito bem informado livro, de 4 notáveis, que devem ficar registados.
Um livro de leitura envolvente, com muitas indicações bibliográficas, e muito bem informado.
Obrigado João Freire!
A história do anarquismo ou anarco sindicalismo entrelaça-se, queiram eles ou não, com a génese do Partido Comunista, com a qual tem muitas semelhanças, nos sacríficios, na militância, nos rachados e até nos "secretários gerais" mortos no Tarrafal, e na lógica de secretismo.
A organização "policial" do PCP foi sobrevivendo e chegou ao 25 de Abril. O anarquismo português, como forma organizativa, como o mundial (recordo de ter estado em tertúlias em Madrid durante a transição!) já tinha dado a alma ao criador.
Mas não deixou de ocorrer algum pensamento, desta filosofia, como de outras na sua margem, que seria interessante não deixar no olvido (o jornal Combate, entre outros).
João Freire e a revista a Ideia, que foi um alfobre de bom pensamento e de ideias à temperatura, são um elemento de referência fundamental.
Recebo este muito bem informado livro, de 4 notáveis, que devem ficar registados.
Um livro de leitura envolvente, com muitas indicações bibliográficas, e muito bem informado.
Obrigado João Freire!
Vivemos sobre ( ou até dentro!) de um vulcão, e há muitos, uma grande maioria mesmo, que assobia para o ar, ou até continua o dispilfário consumista e arrasador....
e continuemos....
e continuemos....
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terça-feira, dezembro 24, 2019
Hoje, com este inteligente vivaço:
uma estória de referência:
https://expresso.pt/cultura/2019-12-24-O-burro-do-presepio-e-todos-os-outros--um-conto-de-Natal-de-Jose-Tolentino-Mendonca-
uma estória de referência:
https://expresso.pt/cultura/2019-12-24-O-burro-do-presepio-e-todos-os-outros--um-conto-de-Natal-de-Jose-Tolentino-Mendonca-
segunda-feira, dezembro 23, 2019
domingo, dezembro 22, 2019
Ainda fico com 2 ou 3 livros, mas esta reclusão, leitura e meditação, intervalada com 2 ou 3 eventos nestes 10 dias tem-se sido aguentada também com estes, que nos dão uma perspectiva alucinante dos desvarios da política anti-proibicionista.
conheci, julgo que nos tempos da SOMA, o Nuno Torres, que organiza este livro, recolha de testemunhos de alta craveira, sobre diferentes aspectos da política das drogas. Recordo conversas sobre os erros dramáticos cometidos quando se (João Soares) pôs fim ás equipas deambulatórias, no quadro do "encerramento" do Casal Ventoso...
E, este estupendo:
enquanto me drogo, com uma taça de cafeína (atenção: https://www.freedomunited.org/news/slavery-uncovered-in-brazilian-coffee-industry/ ) e fumo um nica, fantástico.
Logo já tenho preparado um porro com um bourbon, que também foram proibidos,,,,
conheci, julgo que nos tempos da SOMA, o Nuno Torres, que organiza este livro, recolha de testemunhos de alta craveira, sobre diferentes aspectos da política das drogas. Recordo conversas sobre os erros dramáticos cometidos quando se (João Soares) pôs fim ás equipas deambulatórias, no quadro do "encerramento" do Casal Ventoso...
E, este estupendo:
enquanto me drogo, com uma taça de cafeína (atenção: https://www.freedomunited.org/news/slavery-uncovered-in-brazilian-coffee-industry/ ) e fumo um nica, fantástico.
Logo já tenho preparado um porro com um bourbon, que também foram proibidos,,,,
sexta-feira, dezembro 20, 2019
Leio os jornais, após concluir o visionário livro de Reiser (não haverá ninguém para dar conteúdo aos seus projectos? agora com o desenvolvimento tecnológico?) e vejo agigantar-se, o Big....
tudo está cada vez mais controlado, num mundo que mergulha no consumismo mais absurdo e no maior dos dispilfários.
A vida prossegue, cada vez mais automática.....
tudo está cada vez mais controlado, num mundo que mergulha no consumismo mais absurdo e no maior dos dispilfários.
A vida prossegue, cada vez mais automática.....
quinta-feira, dezembro 19, 2019
Um livro de grande folgo, de um enorme
linguista, documentado e estudioso.
Que li com o maior deleite, talvez por
confirmar intuições e observações que de há muito tenho vindo a fazer e romper
com alguns esquematismos, línguas de pau, e ilusões nesta área,
desmascarando-as até com firmeza brutal nalguns casos, e não fazendo cerimónia
em contradizer o discurso nacionalista a raiar por vezes o chauvinismo do nosso estimado
Presidente Rebelo de Sousa.
A nossa língua, originária do galego, e
abastardada com castelhanismos e outras, muitas outras introduções, não é a
nacionalidade, que é a diversidade, desta e do território com as mitologias que
lhe foram dando corpo.
Um livro de imprescindível leitura, obrigatório,
mesmo.
Um livro que me volta a questionar sobre a fala de Barrancos e que reforça as minhas opiniões sobre a ocupação do território de os dialectos de contacto destes. Nada a ver com o astúrio-leonês residual por terras de Miranda.
Agora para pausa vou dedicar-me (fonte de tantas expressões na nossa língua "galega") nesta continuação, repetindo todavia outros enredos... de Edgar Pierre Jacobs:
terça-feira, dezembro 17, 2019
Edgar Morin é um personagem de referência e autor de uma notável obra, além de ter um percurso de vida fantástico.
Mas chegado a um momento de vida (98 anos) é melhor poupar-se a envergonhar-se e a aviltar a sua obra... conhecemos muitos outros casos em que a decrepitude, normal, se associa a erros, omissões, ditos desnecessários, a que falta sobretudo uma mão que corrija ou evite...
Este livro de quase 800 páginas, é certo que uma letra fácil tem 600 que são desnecessárias, seja por escritas sem lógica nem método, sim sem qualquer método, de um homem que se distingue por nos fazer pensar e estruturar o pensamento, repetições a esmo, desincronia total, saltos e contra-saltos, pormenores "escabrosos" que esses se poderiam evitar, erros ou gralhas(?), insinuações já indesmentíveis, e absolvições duvidosas, e um quarto do livro com informações, estórias interessantes para um fazedor de estórias, e de História.
É pena.
Mas chegado a um momento de vida (98 anos) é melhor poupar-se a envergonhar-se e a aviltar a sua obra... conhecemos muitos outros casos em que a decrepitude, normal, se associa a erros, omissões, ditos desnecessários, a que falta sobretudo uma mão que corrija ou evite...
Este livro de quase 800 páginas, é certo que uma letra fácil tem 600 que são desnecessárias, seja por escritas sem lógica nem método, sim sem qualquer método, de um homem que se distingue por nos fazer pensar e estruturar o pensamento, repetições a esmo, desincronia total, saltos e contra-saltos, pormenores "escabrosos" que esses se poderiam evitar, erros ou gralhas(?), insinuações já indesmentíveis, e absolvições duvidosas, e um quarto do livro com informações, estórias interessantes para um fazedor de estórias, e de História.
É pena.
domingo, dezembro 15, 2019
sábado, dezembro 14, 2019
Algumas dezenas, talvez 5 ou 6, de activistas juntaram-se hoje no terminal de chegadas da Portela, para protestar, contra a expansão ( como é possível ao arrepio das leis que nos regem sem qualquer avaliação de impacte ambiental) da Portela e contra o aeroporto aquático e produtor de churrascaria de aves, quando não de...outras coisas do Montijo,
os dois sem haver um estudo global sobre os movimentos aeroportuários, sem estudos de prospectiva sobre a evolução do transporte aéreo no quadro das alterações climáticas e sem qualquer avaliação global estratégica, que inclua as valências já existentes para o tráfego aéreo, e um enquadramento e articulação dessas com o transporte ferroviário (falei com um ferroviário francês que não queria acreditar quando lhe referi o estado das nossas linhas!).
os dois sem haver um estudo global sobre os movimentos aeroportuários, sem estudos de prospectiva sobre a evolução do transporte aéreo no quadro das alterações climáticas e sem qualquer avaliação global estratégica, que inclua as valências já existentes para o tráfego aéreo, e um enquadramento e articulação dessas com o transporte ferroviário (falei com um ferroviário francês que não queria acreditar quando lhe referi o estado das nossas linhas!).
quinta-feira, dezembro 12, 2019
quarta-feira, dezembro 11, 2019
terça-feira, dezembro 10, 2019
hoje no Público:
mas como alguns não poderão ler, aqui:
é que não vale a pena fazer mais leis contra a corrupção quando ela está à vista de todos!
À vista, desarmada!
Este mama no sítio certo...
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Burros
domingo, dezembro 08, 2019
sábado, dezembro 07, 2019
Não tenho Frans Snyders por um pintor excepcional, mas as suas naturezas mortas são poderosas.
esta, por exemplo.
Ou esta
que acho muito melhor.
A censura, sempre defendem uma lógica totalmente absurda obrigou a que fosse retirada do refeitório da Universidade de Cambridge.
Vivemos tempos complicados.
https://elpais.com/internacional/2019/12/03/mundo_global/1575374803_843838.html
esta, por exemplo.
Ou esta
que acho muito melhor.
A censura, sempre defendem uma lógica totalmente absurda obrigou a que fosse retirada do refeitório da Universidade de Cambridge.
Vivemos tempos complicados.
https://elpais.com/internacional/2019/12/03/mundo_global/1575374803_843838.html
MAIS AVIÕES NÃO!
PORTELA MAIS MONTIJO
NÃO É SOLUÇÃO!
O
Governo de Portugal, juntamente com a concessionária ANA/VINCI preparam-se para
quase duplicar o número de movimentos de aviões na região de Lisboa, com grande
incidência no Aeroporto Humberto Delgado incluindo o período nocturno e, em
paralelo, construir um designado aeroporto da Base Aérea do Montijo,
complementar à Portela.
Trata-se
de um processo que não serve os interesses do país e que é contra as pessoas, o
seu bem-estar, a sua saúde e a sua segurança e é um grave atentado ao ambiente.
Num
quadro em que até o Parlamento Europeu “decretou” a Emergência Climática, o
procedimento das autoridades portuguesas é o pior contributo que se pode dar no
combate e no empenhamento que, por todo o planeta, milhões de cidadãos,
nomeadamente as novas gerações, travam para contrariar as nefastas
consequências decorrentes das alterações climáticas.
Tudo
isto é feito à revelia da legislação e dos procedimentos a que o estado está
obrigado, e no caso da Portela sem qualquer Avaliação de Impacte Ambiental.
O
aumento da pressão sobre a região de Lisboa, nomeadamente na capital, é
inaceitável e vai-nos condenar a viver pior durante mais umas décadas e, se
nada fizermos, até ao fim da concessão à ANA/VINCI em 2062.
Por estas e muitas outras
razões, um grupo de organizações e cidadãos decidiu levar a cabo uma acção de
protesto em Lisboa que tem por base o combate ao aumento do ruído, da poluição
atmosférica e pela preservação da segurança de pessoas e bens. Esta iniciativa
insere-se no quadro geral da luta contra as alterações climáticas e da
emergência em que vivemos mergulhados. Mais aviões não!
PARTICIPAR AGORA É O CAMINHO MAIS SEGURO E
CERTO PARA GARANTIR UM FUTURO MELHOR E MAIS AMIGO DAS PESSOAS E DO AMBIENTE.
Participa e “Traz Um Amigo Também”.
Organização: (Aberta a futuras adesões).
“Lisboa Precisa”, “ATERRA”, “URTICA”, “FAPAS”,
“GlocalDecide”, “União dos Sindicatos de Lisboa-CGTP-IN”, “Plataforma Cívica
Aeroporto BA6-Montijo Não”, “Zero” e outras organizações
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Poupem o Montijo
Apresentei hoje na A.G. da A.I.
Ninguém contestou. Não havia ninguém!
Chega ao fim a minha relação com a secção portuguesa da Amnistia Internacional, de que sou fundador (da secção portuguesa) e da qual fui julgo que em pelo três mandatos dirigente e para a qual contribui com uns milhares de euros, de direitos de autor, além dos donativos.
Recordo no inicio as primeiras cisões. Foram por decidirmos que a AI era contra a pena de morte. Antes só nos preocupávamos com os prisioneiros de consciência. As cisões ocorreram também em Portugal, país pioneiro na abolição dessa.
Depois, julgo que por cá não houve grandes sobressaltos quando a AI se investiu nos direitos das mulheres ao seu corpo e na Interrupção Voluntária da Gravidez como direito. Mas a nível internacional houve muitos conflitos internos, e a excomunhão pelo Vaticano. 2 vezes.
Já os tive (conflitos), e muitos por cá, quando a AI reconheceu as lutas de género (demissões por cá) e quando reconhecemos o direito ao casamento e sobretudo à adopção por casais do mesmo sexo, um grupo local foi desfeito (e até, vejam lá, diziam que tinham por lá um homossexual) e tive que o xingar até ao tribunal (os pretéritos reizinhos).
Tivemos alguns problemas depois, uma tentativa de assalto pelos animalistas (direitos dos animais) que ficou por aí, e a AI, nos novos documentos até avança decididamente pelo tema das alterações climáticas e pelas questões (da legalização, claro) das drogas, o que me agrada.
Mas a organização têm se vindo a transformar numa estrutura leninista, em que a burocracia, os funcionários e etc, que recebem 80% do orçamento, pelo menos em Portugal, para não serem vistos nem ouvidos em sítio nenhum, e a burocracia escolhe e controla os órgãos sociais, numa lógica que faz lembrar as células do leninismo, todas controladas pelo famoso controleiro, braço do comité central e do grande staline, seja ele quem seja. Tudo é cozinhado entre o grupo dirigente, que ninguém sabe de facto quem é.
Isto que já vem de traz tem-se vindo a acentuar e a agravar. As A.G.s transformaram-se nos novos congressos do PCUS, tudo controlado e quando não há unanimidade fora....
E isso reverte-se na política da organização. A última foi o apoio ao independentismo catalão ( esclareceu-me o diretor da A.I. que o apoio foi só aos criminosos condenados! Por gastarem dinheiros públicos em ilegalidades e infringirem as leis do Estado, aparentemente o que está no facebook é.... apócrifo! Nunca visto na A.I.) E o apoio aos direitos humanos da maioria dos catalães que não o é e é, pelo contrário assediada e com violência por uns sujeitos portadores da verdade e do paraíso? E que querem obrigar todos a segui-los.
Não há mais paciência. Hoje a AI tem menos audiência, menos influência do que quando tinha só uma funcionária e um trigésimo do orçamento que hoje tem (ultrapassa os milhão euros) 80 % é para pagar a burocracia, 20 funcionários, a sede e tal e tal, e escassos voluntários, mesmo. Passem bem que eu também.
Continuarei a ser um dos fundadores, continuarei a ser membro de uma secção da AI (noutro país), onde não me tenho que preocupar com estas coisecas, e claro um infatigável defensor dos Direitos Humanos, aqui, ali e acolá!
E por aqui me fico!
Ninguém contestou. Não havia ninguém!
Chega ao fim a minha relação com a secção portuguesa da Amnistia Internacional, de que sou fundador (da secção portuguesa) e da qual fui julgo que em pelo três mandatos dirigente e para a qual contribui com uns milhares de euros, de direitos de autor, além dos donativos.
Recordo no inicio as primeiras cisões. Foram por decidirmos que a AI era contra a pena de morte. Antes só nos preocupávamos com os prisioneiros de consciência. As cisões ocorreram também em Portugal, país pioneiro na abolição dessa.
Depois, julgo que por cá não houve grandes sobressaltos quando a AI se investiu nos direitos das mulheres ao seu corpo e na Interrupção Voluntária da Gravidez como direito. Mas a nível internacional houve muitos conflitos internos, e a excomunhão pelo Vaticano. 2 vezes.
Já os tive (conflitos), e muitos por cá, quando a AI reconheceu as lutas de género (demissões por cá) e quando reconhecemos o direito ao casamento e sobretudo à adopção por casais do mesmo sexo, um grupo local foi desfeito (e até, vejam lá, diziam que tinham por lá um homossexual) e tive que o xingar até ao tribunal (os pretéritos reizinhos).
Tivemos alguns problemas depois, uma tentativa de assalto pelos animalistas (direitos dos animais) que ficou por aí, e a AI, nos novos documentos até avança decididamente pelo tema das alterações climáticas e pelas questões (da legalização, claro) das drogas, o que me agrada.
Mas a organização têm se vindo a transformar numa estrutura leninista, em que a burocracia, os funcionários e etc, que recebem 80% do orçamento, pelo menos em Portugal, para não serem vistos nem ouvidos em sítio nenhum, e a burocracia escolhe e controla os órgãos sociais, numa lógica que faz lembrar as células do leninismo, todas controladas pelo famoso controleiro, braço do comité central e do grande staline, seja ele quem seja. Tudo é cozinhado entre o grupo dirigente, que ninguém sabe de facto quem é.
Isto que já vem de traz tem-se vindo a acentuar e a agravar. As A.G.s transformaram-se nos novos congressos do PCUS, tudo controlado e quando não há unanimidade fora....
E isso reverte-se na política da organização. A última foi o apoio ao independentismo catalão ( esclareceu-me o diretor da A.I. que o apoio foi só aos criminosos condenados! Por gastarem dinheiros públicos em ilegalidades e infringirem as leis do Estado, aparentemente o que está no facebook é.... apócrifo! Nunca visto na A.I.) E o apoio aos direitos humanos da maioria dos catalães que não o é e é, pelo contrário assediada e com violência por uns sujeitos portadores da verdade e do paraíso? E que querem obrigar todos a segui-los.
Não há mais paciência. Hoje a AI tem menos audiência, menos influência do que quando tinha só uma funcionária e um trigésimo do orçamento que hoje tem (ultrapassa os milhão euros) 80 % é para pagar a burocracia, 20 funcionários, a sede e tal e tal, e escassos voluntários, mesmo. Passem bem que eu também.
Continuarei a ser um dos fundadores, continuarei a ser membro de uma secção da AI (noutro país), onde não me tenho que preocupar com estas coisecas, e claro um infatigável defensor dos Direitos Humanos, aqui, ali e acolá!
E por aqui me fico!
segunda-feira, dezembro 02, 2019
Já sabemos que em Madrid,
além dos quase 80 milhões de gastos, fora os muitos milhões de particulares, e muitas, muitas palavras, e declarações, tal como antes em Paris, de Madrid não vamos ter nada na direcção de salvar a Humanidade, como diria Almada Negreiros, sobre as palavras para a salvar que já estão há muito inventadas.
Mas, é um momento.
Ficarei por cá a ler, este que julgo já existir em tradução para portinhol:
Uma obra, e basta-me o primeiro capítulo para o afirmar, de grande espessurae radicalidade. Necessaria e urgente. Não podemos esperar mais.
além dos quase 80 milhões de gastos, fora os muitos milhões de particulares, e muitas, muitas palavras, e declarações, tal como antes em Paris, de Madrid não vamos ter nada na direcção de salvar a Humanidade, como diria Almada Negreiros, sobre as palavras para a salvar que já estão há muito inventadas.
Mas, é um momento.
Ficarei por cá a ler, este que julgo já existir em tradução para portinhol:
Uma obra, e basta-me o primeiro capítulo para o afirmar, de grande espessurae radicalidade. Necessaria e urgente. Não podemos esperar mais.
domingo, dezembro 01, 2019
Hoje temos os aviõesinhos, na brincadeira, que é disso que se trata, com o aeroporto submergível do Montijo, também obreiro de muitos churrascos....
https://elpais.com/economia/2019/11/30/actualidad/1575138858_526873.html
e um pensamento de uma das nossas maiores filosofas Simone Weil
só ela para nos dar alento nesta canalhocracia em que vivemos, e ajudar a dar uma varridela na corrupção, fazer uma corruptura!!!!
https://elpais.com/economia/2019/11/30/actualidad/1575138858_526873.html
e um pensamento de uma das nossas maiores filosofas Simone Weil
só ela para nos dar alento nesta canalhocracia em que vivemos, e ajudar a dar uma varridela na corrupção, fazer uma corruptura!!!!
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