sábado, junho 28, 2008

AINDA OS EXCÊNTRICOS DA BAIXA E CHIADO

AINDA OS EXCÊNTRICOS DA BAIXA E CHIADO

Um leitor enviou-me um e-mail a perguntar se hoje ainda havia, pelo Chiado e pela Baixa, excêntricos e figuras características como o "Burnay de pataco", o "procurador-geral da coroa" que corria os cafés e restaurantes da zona a pedinchar moedas de cinco tostões, nas primeiras décadas do século XX, e que levantei do pó dos mortos na crónica da semana passada.

Penso bem que não. O último excêntrico genuíno, digno desse nome, que pisou as calçadas do Chiado e da Baixa, deve ter sido Arnaldo Ferreira, o grande pintor de Lisboa, o "noivo eterno" sempre irrepreensivelmente vestido, que sobressaltava os clientes da Bertrand, as senhoras do chá e dos bolos da Bénard e os turistas de calções e máquina fotográfica ao pescoço, com os seus gritos de "Canalhas! Biltres!", dirigidos sabe-se lá a quem. Morreu há oito anos e não teve sucessor.

Também já lá estão os dois tontinhos dos Restauradores e do Rossio, o que fazia ordem unida no perímetro entre o Éden (hoje um hotel) e o Condes (hoje Hard Rock Cafe), com caricas coladas na lapela do casaco a fazer de condecorações, e o que relatava alto os jogos de futebol, completos e com todos os jogadores certos, pondo uma lata de conservas ao ouvido a fazer de transístor e sempre a correr de um lado para o outro. Mas já ninguém ouve os relatos da bola em transístores, nem sequer os tontinhos.

Um dos maiores excêntricos dos tempos de glória da Baixa e do Chiado - e amparo-me de novo em O Chiado Pitoresco e Elegante, de Mário Costa - até foi colaborador regular do DN. Francisco Leite Bastos, jornalista e dramaturgo, entre escrever peças e vir ao jornal entregar a sua crónica, andava caricatamente vestido e corria as ruas metido num carrinho puxado por um cavalo cadavérico, uma lamentável pileca. Leite Bastos detinha- -se em tudo que era taberna para escorropichar copos de vinho, e também dava a beber ao animal, que abraçava e beijava, como se fosse um familiar próximo ou um amigo do peito. Um dia, abriu uma casa de penhores que rapidamente faliu, porque o principal cliente era ele.

Outro, erudito ilustre, era o arqueólogo e numismata Teixeira de Aragão. Deslocava-se de cavalo para toda a parte, e era a cavalo que entrava em casa, para espanto dos transeuntes e grande gozo da vizinhança. Um dia que tinha marcado um encontro à porta de casa com um amigo, circunspecto professor da Universidade de Coimbra, atrasou-se e, quando chegou, já tinha a visita à espera dele. Teixeira de Aragão desceu da montada, abriu a porta, mandou o esbugalhado amigo entrar e depois voltou a montar no cavalo e entrou ele, para não fugir à regra.

E que dizer do boémio, elegante e desocupado de profissão Domingos Ardisson? Tinha um tal orgulho na sua barba loira, que nos dias em que ventava muito, e para que não ficasse "desarrumada", metia-a num saco que atava à cabeça, e assim se passeava pela Baixa e pelo Chiado, a cumprimentar a gente conhecida.

Sombras e fantasmas de patuscos, pândegos e castiços de uma Lisboa que já passou.
Eurico de Barros no DN
(Isabel G)

sexta-feira, junho 27, 2008

Diga NÃO ao mono do Rato!


Subscrevendo e divulgando esta petição: http://www.petitiononline.com/lgrato/petition.html. As gerações futuras agradecem.

30 euros para inspeccionar uma cozinha mais formulário

Bolos caseiros quase tinham de pagar inspecção (IOL)
Mães de um grupo de escuteiros cozinharam para uma festa de angariação de fundos
Quando as mães dos escuteiros de Campolide quiseram fazer bolos para uma quermesse, ficaram a saber que tinham que preencher um formulário, abrir as cozinhas a uma inspecção e pagá-la. Depois de inúmeros telefonemas, perceberam que tinham sido mal informadas por várias entidades.
As mães dos escuteiros do agrupamento 53 do Corpo Nacional de Escutas, sedeado em Campolide, estiveram quase a pagar aquele 30 euros para que a sua cozinha fosse inspeccionada antes de começarem a confeccionar os bolos para serem vendidos nas festas da freguesia para angariação de fundos.
«Como queria fazer as coisas correctamente para as festas decorrerem sem problemas reuni-me com a ASAE, que remeteu mais esclarecimentos para o Ministério da Agricultura e aí começou a confusão», contou Jorge Santos, presidente da Junta de Freguesia de Campolide.
Durante mais de três de horas em telefonemas para o Ministério, Direcção Regional de Agricultura e Pescas, Direcção-Geral de Veterinária e Câmara Municipal de Lisboa, a assessora do autarca, Margarida Pais, tentou perceber o que era necessário fazer para que as mães dos escuteiros pudessem doar os bolos e os pastéis para vender na festa.
O (1) primeiro telefonema foi para o Ministério da Agricultura, que reencaminhou o assunto para o (2) Gabinete de Planeamento e Políticas, que informou que as mães tinham de preencher um formulário. A junta teve de contactar posteriormente o (3) Núcleo Técnico de Licenciamento da Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, que explicou que era necessário preencher o formulário para a realização de uma vistoria a casas das «cozinheiras» que tem um custo de 30 euros.
Na altura, perguntaram a Margarida Pais se os bolos levavam ovos. Perante a resposta afirmativa, a DRAP aconselhou-a a ligar para a (4) Direcção-Geral de Veterinária. No entanto, a Direcção-Geral de Veterinária «chutou a bola» para o (5) veterinário da Câmara de Lisboa, que por sua vez reencaminhou a chamada (6) para o canil municipal. Daí, remeteram para a (7) Direcção Municipal de Actividades Económicas, que finalmente explicou que «no regulamento 852/2004 há uma norma de excepção para casos de acções de beneficência que à priori evita todo este procedimento», contou Margarida Pais.
Contactado pela Agência Lusa, o Ministério da Agricultura esclareceu que «as operações como o manuseamento, a preparação, o armazenamento e o serviço de alimentos praticados ocasionalmente por particulares no âmbito de eventos tais como as festas de igreja, escolares ou de aldeia não são abarcadas pelo âmbito do regulamento».
«Neste contexto a Junta de Freguesia de Campolide pode realizar o referido evento sem ter que dele dar conhecimento a qualquer Autoridade Competente, ou fazer qualquer registo, uma vez que a venda dos bolos elaboradoO s pelas mães dos escuteiros para angariação de fundos na festa da Junta de Freguesia está excluída do âmbito do Regulamento», acrescentou.
Confrontado com o esclarecimento do Ministério da Agricultura à Lusa, o autarca de Campolide lamentou não terem logo dado esta resposta no primeiro telefonema, evitando assim uma semana de angústia.
Para o autarca, era «ridículo inspeccionar as cozinhas das mães, pagar 30 euros e depois dizer que não passava na inspecção». No entanto, Jorge Santos já tinha uma solução para o caso: «Se fossem 15 mães a fazer bolos, cada uma a pagar 30 euros por vistoria, no total eram 450 euros. Com esse dinheiro comprava os bolos num supermercado ou numa padaria, mas com factura porque senão não passavam na inspecção».
(ISABEL G)
parêntesis meus

quinta-feira, junho 26, 2008

Processo Kafkiano na Rua das Janelas Verdes: continua o desespero dos moradores.

Moradores das Janelas Verdes desesperam com ruído de bares

Os moradores da Rua das Janelas Verdes exigiram hoje da Câmara de Lisboa o encerramento de quatro bares da zona, alegando o incumprimento da lei do ruído verificado através de testes realizados pelo Instituto Superior de Qualidade.
«Eu não durmo há um ano», sintetizou Cristina Francisco, representante dos moradores, que interveio hoje durante a reunião pública do executivo municipal.
Os moradores queixam-se do barulho até cerca das 05h00, mais intenso de quarta-feira a sábado, proveniente da música dos bares, de «desordem pública à porta dos estabelecimentos» e de uma máquina de extracção de fumos.
Segundo Cristina Francisco, a PSP é contactada diariamente mas o efeito da acção da polícia tem como consequência a diminuição do barulho durante cerca de 15 minutos.
A moradora entregou na autarquia testes realizados pelo Instituto Superior de Qualidade (ISQ) que, alega, provam a violação da lei do ruído por parte dos estabelecimentos que, afirma, também não possuem «licença» para funcionar.
O vereador responsável, José Sá Fernandes (BE), respondeu que as medições, essenciais como meio de «prova» para a autarquia actuar, têm-se revelado «inconclusivas» mas a moradora contrapõe que os bares são «avisados» sempre que os testes se realizam.
Sá Fernandes comprometeu-se a promover mais medições e a averiguar o «valor de prova» dos testes realizados pelo ISQ, cujo relatório prometeu analisar.
«A Câmara terá de fazer quatro testes para certificar o ruído, de acordo com a lei», explicou, garantindo que, assim que seja provada a eventual infracção a autarquia não deixará de «agir».
«Não tenha dúvidas que vamos agir», afirmou.
Outros artigos:

Pedido de Informação sobre Processo Nº978/DCA/07 :18-Abr-2008
Requerimento para pedido de informação sobre o Processo Nº 978/DCA/07, apresentado pelo Grupo Municipal do PEV, a 18 de Abril de 2008.
*
(...) Os moradores das Janelas Verdes são continuamente massacrados pela fauna adolescente que vomita nos passeios, à porta de suas casas, com protecção da polícia e da Direcção Geral de Saúde, que não toma posição sobre a venda livre de shots a crianças de 12 anos.(...) (Origem das Espécies)
(ISABEL G)

Falta de reabilitação urbana está a prejudicar comércio de rua

"Falta de reabilitação urbana está a prejudicar comércio de rua no DN
Estudo.
Consultora imobiliária conclui que leis são ineficazes
Investidores antecipam melhores dias, mas mudanças tardam

As medidas legislativas recentemente aprovadas que pretendem agilizar a reconversão urbana dos centros históricos das grandes cidades não estão a surtir efeito prático. Quem o afirma é a consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W), que ontem divulgou o seu primeiro relatório sobre comércio tradicional em Lisboa e Porto. "Continuamos a assistir a processos de licenciamento demasiadamente longos, que em muitos casos acabam por impor restrições de tal modo exigentes que provocam o abandono dos projectos [de reabilitação] por parte dos investidores", afirma o documento a que o DN teve acesso.
Este tom de crítica, que se encontra em várias partes do relatório, não impede, no entanto, que a consultora esteja optimista em relação ao futuro do comércio de rua e proximidade. "No mercado de investimento tem-se verificado um crescente interesse na constituição de portfólios de lojas de rua, numa clara estratégia de antecipação da evolução esperada do mercado", afirmam os analistas da C&W. Por outro lado,"também os consumidores mostram cada vez maior apetência pelo comércio de rua", já que "cada vez mais o acto de compra é uma derivação natural da necessidade de lazer".
O estudo incidiu sobre as principais artérias comerciais de Lisboa e Porto. Na capital, foram levadas em linha de conta a Avenida da Liberdade e a zona da Baixa-Chiado, incluindo entre outras a Rua Augusta e a Rua Garrett, enquanto no Porto foram estudadas as principais artérias do centro, bem como a zona envolvente da Praça Mouzinho de Albuquerque (Boavista) e a Rua de Cedofeita.
Tomando como exemplo a Avenida da Liberdade, a C&W estranha que "a par de inquilinos prestigiantes, a avenida continua com o mal generalizado do centro histórico de Lisboa, sendo frequente encontrar prédios devolutos ou em mau estado de conservação que colocam naturalmente em causa o prestígio que se pretende ver associado a esta importante artéria".
Também a questão do arrendamento urbano merece críticas da consultora, a par de uma esperança renovada. Os moldes da nova lei "defraudaram de algum modo as expectativas do mercado", mas acabarão "de uma forma mais demorada que o desejável" por introduzir novas dinâmicas. Neste contexto, a C&W estranha a "situação pouco comum" de ocupação do espaço, no qual "excelentes centros comerciais, merecedores de prémios internacionais, convivem com centros históricos decrépitos que não oferecem quaisquer condições para se imporem como mais um segmento do tão bem sucedido mercado de retalho nacional".
A C&W concluiu ainda que a existência de um elevado número de lojas individuais (não inseridas em grupos) diminui a capacidade de criar valor e serviço para o cliente. Fez ainda contas ao nível de desocupação nas principais áreas estudadas, concluindo que anda à volta dos 10% do espaço. No entanto, esta oferta mostra-se desajustada à procura de prestígio e daí - também - a necessidade e reabilitação."
((ISABEL G)

A vergonha

Quando uma lei é injusta não se lhe deve obediência e pode (deve, segundo a consciência de cada um) opor-se-lhe resistência. Foi uma aquisição de civilização na Europa. De São Tomás de Aquino a Radbruch. Vem isto a propósito da ironicamente chamada Directiva do Retorno, aprovada pelo Parlamento Europeu a 18 de Junho, com 369 frios votos a favor (uma má estreia do Parlamento Europeu em matéria de imigração, em processo de co-decisão com o Conselho).

A Directiva do Retorno é, na verdade, a directiva da Vergonha, como já a designam. Está pejada de uma neutra linguagem burocrática, em que uma criança só é transmutada num ‘menor não acompanhado’ que passa a poder ser detido em centros de detenção especializados com possibilidade de o ser em estabelecimento prisional. Tratar imigrantes que não tiveram possibilidade de regularizar a situação como criminosos? Faz isso algum sentido? Há nisso algum pingo de Justiça? São criminosos? Não. Então...

Que fazes tu, Europa? Que aprovas tu e que Espaço e Instituição passas a ser? Que legitimidade internacional te reconhecerão?

Imagine o leitor uma situação de fome ou de guerra no sítio onde vive, ou mesmo de perseguição étnica ou política. É legítimo que procure outro sítio onde respirar ou proteger a família ou simplesmente buscar, com o trabalho, o preço de um pão. Aconteceu durante toda a história da Humanidade.

Imagine que ao chegar a um novo destino o espera um campo de detenção ou que, depois de ter sido útil em obras ou noutro sector de mão-de-obra barata, o encerram num campo de detenção... por um período que pode ir até ano e meio para o devolverem ao sítio de onde partiu. Imagine que os menores são devolvidos – sós – ao inferno de onde tinham saído.

Cada um do ser humano que somos é devolvido à fome ou à morte. De forma organizada, higiénica.

Não há pinga de solidariedade. A directiva não é claramente compatível com a Declaração Universal dos Direitos do Homem: abandona o núcleo fundamental de direitos humanos. Ideologicamente é um retrocesso, humanamente é uma lástima. Civilizacionalmente é incompreensível.

Por isso, realisticamente, apele-se também ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Humanamente oponha-se-lhe resistência.

No que me diz respeito simplesmente não acatarei a directiva da Vergonha. Opor-lhe-ei resistência. Em nome da Justiça, que é bem mais do que a lei.


Paula Teixeira da Cruz



In Correio da Manhã

quarta-feira, junho 25, 2008

«Av.República (e imediações) à espera do fim»




Desculpem qualquer coisinha, mas o estado calamitoso das Avenidas Novas, ali ao lado, já vai na 34ª depressão and counting, por isso, algum alheamento.

Fotos. FJ

Dia 2 de Julho: próxima reunião pública descentralizada

Próxima reunião pública descentralizada
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Dia 2 de Julho-Quarta feira, 18.30 no Ateneu Comercial (Rua Portas Santo Antão, 110)
*
Destina-se aos munícipes das freguesias de S. José, Pena, Anjos, Coração de Jesus, Santa Justa, Socorro, São Cristóvão/São Lourenço, Madalena, São Nicolau, Mártires e Sacramento
*
(Transmissão em directo através do site da CML: www.cm-lisboa.pt)
*
(Isabel G)

«Al Gore sou eu e tu ...»



Uma série com grandes admiradores na CML.

Parquímetros da EMEL voltam a tarifar estacionamento automóvel entre a Almirante Reis e a Estefânia

Parquímetros da EMEL voltam a tarifar estacionamento automóvel entre a Almirante Reis e a Estefânia (Público 25/6/2008)

«Os parquímetros entre as avenida Almirante Reis e Rovisco Pais e a zona da Estefânia, em Lisboa, deverão reentrar em funcionamento no mês que vem, depois de um longo período em que estiveram avariados. São dois mil lugares que a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) volta a tarifar.
A empresa reparou alguns parquímetros daquele perímetro e transferiu para o local outros que tinha em locais diferentes para poder passar a contar com 75 máquinas operacionais. A Avenida Almirante Reis continuará, por ora, com estacionamento gratuito, uma vez que a EMEL pretende que seja resolvido o problema das cargas e descargas antes de começar a cobrar. Já a Rua D. Estefânia e a Pascoal de Melo estão entre as artérias onde se voltará a pagar.

Estas informações foram divulgadas pela presidente da Empresa unicipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), Marina Ferreira, à margem do fórum Municípios Inovadores. A ex-vereadora explicou ainda que está em negociações com a Sociedade Interbancária de Serviços para que os novos parquímetros que a sua empresa vai adquirir por concurso público incluam pagamento por Visa e por multibanco, quer para parqueamento quer para regularizar multas.
Também vai ser possível pagar estacionamento através de títulos de transporte como o cartão Lisboa Viva. "Um parquímetro com funcionalidades médias custa cinco mil euros", jusgtifica Marina Ferreira. O aumento do número de funções reflecte-se na subida do preço da máquina.
A empresa tenciona, por outro lado, propor à câmara tarifários diferenciados nas zonas residenciais, como acontece em Madrid. Neste sistema, os lugares gratuitos para residentes não desaparecem, mas os moradores que os encontrem todos ocupados podem estacionar a preços reduzidos em lugares alternativos, que se tornam mais caros quando o seu ocupante é um visitante do bairro.
Outra novidade é o facto de a página da EMEL na Internet passar a permitir aos automobilistas aceder à sua ficha de cliente e tratar de processos em que estejam envolvidos. As fardas verdes dos fiscais da empresa vão passar a incluir azul - "porque é uma cor que dá mais tranquilidade", diz Marina Ferreira. PÚBLICO/Lusa

75 são os parquímetros que voltam a operar a partir de Julho, deixando mais algum tempo livre à Almirante Reis»
(ISABEL G)

Lisbon citizens, beware!

terça-feira, junho 24, 2008

Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje



Exposição: Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje

"Exposição inédita mostra plano histórico que transformou a cidade e que assinala a passagem dos 250 anos sobre o plano urbanístico elaborado na sequência do terramoto de 1755, estará patente até 1 de Novembro.
Organizada pela Câmara Municipal e pelo Turismo de Lisboa, a exposição “Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje” visa dinamizar o debate em curso sobre a reabilitação da baixa da capital portuguesa e dar a conhecer, ao grande público e aos especialistas, o processo urbano de reconstrução do centro de Lisboa pós-1755.
Trata-se, igualmente, de uma oportunidade única para ficar a conhecer, através de material audiovisual, todos os elementos constituintes de um dos planos urbanísticos mais relevantes, consistentes e coerentes jamais produzidos em Portugal.
Três anos depois do terramoto que destruiu Lisboa em 1755, uma série de decretos reais, então elaborados, definiram o futuro desenho urbano e arquitectónico, as regras administrativas e a engenharia financeira subjacentes à renovação da baixa da cidade.
Este conjunto codificado de regras urbanísticas muito precisas constitui, provavelmente, o primeiro plano urbano moderno nacional, que apresenta como particularidade o facto de ter sido concretizado.
A mostra está organizada em três secções principais, a primeira referente aos contextos e antecedentes ao plano. A segunda secção é alusiva ao plano de 1758, em todas as suas perspectivas e características, com especial relevância para as questões metodológicas. Por último, a terceira fase é relativa à evolução da área-plano da baixa entre a segunda metade do século XVIII e a actualidade, incluindo a estratégia delineada pelo actual Executivo para a revitalização desta zona de Lisboa.
Comissariada por Ana Tostões, do Instituto Superior Técnico de Lisboa e por Walter Rossa, da Universidade de Coimbra, com design do ateliê Henrique Cayatte, a exposição “Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje” disponibiliza, também, um espaço destinado às actividades do Serviço Educativo e outro local onde os visitantes poderão fixar sugestões sobre a regeneração da Baixa-Chiado.
“Lisboa 1758, o Plano da Baixa hoje” constitui uma oportunidade única de celebrar e conhecer a história e o planeamento urbanístico de uma das zonas mais importantes do país: a baixa lisboeta. "

Esta Mostra está patente no Páteo da Galé (Ala Poente)- Praça do Comércio- todos dos dias, das 11H00 às 19H00, até ao dia 1 de Novembro de 2008
(ISABEL G)

sábado, junho 21, 2008

Boa aproximação...

EM VÁRIOS POSTS aqui colocados, digo que «... ofereço uma refeição de lagosta (e um suminho no Frutalmeidas...) ao primeiro leitor que, em cada mês, me enviar uma foto de um carro (um único!) a ser rebocado (pela PSP, EMEL ou PM) de cima deste passeio (esquina do N.º 43 da Av. de Roma, junto ao banco Santander-Totta)» - e mantenho a oferta.
*
A foto que aqui se vê foi-me enviada por M. S. Graça, reclamando o prémio correspondente a este mês de Junho.
Por mim, podemos ir almoçar quando quiser. Mas, para ser eu a pagar a lagosta, preciso de saber onde é que está o reboque - que não o vejo na foto.

sexta-feira, junho 20, 2008

Ainda sobre a Praça das Flores




Algumas fotos do local, de braços-abertos para o Skoda, mas votando ao ostracismo os moradores.

A PRAÇA DAS FLORES

A polémica: a Praça das Flores, catita e tradicional, um enclave de bom gosto entre o Príncipe Real e a Rua de São Bento em Lisboa, foi cedida pela Câmara Municipal de Lisboa a uma empresa privada, a Skoda, para divulgação de novo modelo de automóvel e realização de festas e concertos para convidados durante 15 dias consecutivos de Junho. Que espécie de cedência foi esta? Quem autorizou? Devemos censurar a marca Skoda por ter capital para o evento? Que contrapartidas para a câmara e os moradores? Por quê tantos dias consecutivos do melhor mês do ano para se viver em Lisboa? Será isto um arraial?

Os factos: a Skoda paga à câmara de António Costa 150 mil euros pelo aluguer do espaço público (espaço público que ficou vedado aos moradores e limitado ao comércio durante o horário das festas, todos os dias) e garante ainda a reabilitação da praça e jardim depois de finalizado o evento. Não parece mau, mas é presente envenenado. Pergunto: para onde vão os 150 mil euros? E a “reabilitação” da Praça das Flores (custo 30 mil euros) assegura manutenção futura? Gostaria de pensar que parte dos 150 mil euros venham a ser entregues a empresas de jardinagem, mas não sei. Falamos daqui a uns meses, para confirmar (ou não) o abandono da praça.

Eu não sou morador da zona e, apesar de sistematicamente censurar o fecho da Avenida da Liberdade ou Praça do Comércio para realização de festividades, acredito na privatização excepcional e pontual de espaços públicos, desde que gerida com sensibilidade e respeito (nunca por tantos dias consecutivos). Na Praça das Flores, o evento desrespeitou o biorritmo dos moradores (mais do que um bairro tradicional, é zona habitacional) e insultou a indulgência dos comerciantes que ficaram excluídos do perímetro das festas. O que falta discutir: o elitismo da coisa. Se a Skoda tivesse ocupado uma praça onde residem menos “opinion makers”, talvez a questão não tivesse chegado à imprensa. Mas teria sido uma pena esconder o escândalo (em que a câmara privatiza um espaço público) apenas por ele se realizar na Mouraria ou em Marvila, onde vivem menos jornalistas. Por isso, felizmente, ele aconteceu na Praça das Flores e foi denunciado. Claro que o facto de o padrinho da iniciativa ter sido Sá Fernandes, vereador da câmara pelo Bloco de Esquerda, ajudou a polarizar a questão. É verdade que ele deu a cara, que assumiu a responsabilidade e o risco do negócio (a câmara precisa de dinheiro, toca a alugar praças), mas isso não o iliba. De certa forma, ele traiu a nossa confiança. E para restituir a confiança não basta devolver a praça ou oferecer flores. Para começar, é preciso que Sá Fernandes não pareça ser igual aos outros. Ora, a melhor maneira de não se ser confundido é distinguindo-se. Preferivelmente pelas boas razões ou uma causa ainda melhor.

Miguel Somsen


In Metro

quinta-feira, junho 19, 2008

O novo 'emplastro' das iniciativas da CML


A própósito desta exposição, fica aqui o registo do 'emplastro' digno de rivalizar com o dos directos da SIC, e agora disponível em qualquer iniciativa pública da CML próxima de si. Brevemente, com novo visual.

Perdoem-me este post mas é-me impossível resistir-lhe.

Nota bene: Peço desculpas ao simpático modelo da Yaris, que por portas travessas serve de ilustração ao mesmo. Prometo redimi-lo.

Eurocracia vigilante

Era uma vez um projecto necessário e ainda por cima bonito: chamava-se Europa e destinava-se à constituição de um grande mercado de trocas e de aprofundamento de liberdades. Garantiu a paz durante décadas. Tinha servidores dedicados. E era um sonho comum.

O grande espaço foi crescendo em prosperidade económica e em liberdade. Os servidores também cresceram em número e em benesses e passaram a preocupar-se cada vez mais com eles próprios: ganharam poder, isolaram-se dos cidadãos e passaram a dedicar grande parte dos meios e energias a garantir a sua própria influência e a desenhar um projecto de poder político. Legislaram contra a natureza das coisas e apesar delas. Preocuparam-se em controlar, em condicionar, em nome de estranhas políticas que diziam necessárias aos povos, embora muitos não as compreendessem.

O mercado foi empobrecendo e as liberdades foram sendo questionadas. Já ninguém entendia o porquê de tanta regra e vigilância. Mas os servidores continuaram a criar regras, exerciam o poder e tentaram impor um projecto político chamado Constituição Europeia, ao qual não faltava sequer o elogio em boca própria. Os cidadãos deram sinais de desconforto.

Então os servidores – alguns já não eram servidores – deram ao projecto outro nome (por acaso até o de uma Cidade linda) e resumiram-no, dizendo tratar-se de outra coisa e que por isso já não precisavam de ouvir os povos. Povos e países inquietaram-se: ao fim e ao cabo a agilização do funcionamento da União Europeia não é um fim em si mesmo, mas um meio para alcançar o bem-estar dos povos.

A Irlanda, um país que conquistou a sua independência com muito sangue, suor e lágrimas, percebeu muito bem o que estava em causa com a Constituição rebaptizada de Tratado. Disse não.

Os povos, onde puderam votar, onde se puderam exprimir – sobre a versão original ou sobre a versão revista do projecto político – primeiro na Holanda e na França, agora na Irlanda, disseram não.

Então os servidores – alguns já não eram servidores – revelaram-se: onde fosse possível o povo não votar, não votava e onde votasse era preciso repetir as votações até que o resultado fosse sim. Se o resultado continuasse a ser não, pois expulsava-se.

Os servidores tornados vigilantes querem o seu projecto político eurocrata.

Mas o projecto da eurocracia vigilante não é o nosso: falta-lhe a marca imaterial da Democracia.


Paula Texeira da Cruz

In Correio da Manhã

ONDE PÁRA A ESQUERDA?

De súbito, o Estado viu-se confrontado com movimentações "inorgânicas", de camionistas e de pescadores, sociologicamente situados à direita. Se o poder dos sindicatos, sobretudo os associados à CGTP, tem demonstrado ser necessário acabar com o maniqueísmo e a ilusão de tábua-rasa, e inscrever, na esquerda, uma nova visão do futuro, as dificuldades emergem a cada momento. Numa entrevista à Rádio Renascença e ao Público, José Saramago recolocou a questão central: "À direita não lhe interessa as ideias, porque pode governar sem elas; à esquerda deviam interessar-lhe as ideias, porque não tem outra maneira de governar senão com elas (...) Sem ideias, a esquerda vai-se estiolando. E mais agora, quando a pretensa salvação da esquerda é a aproximação ao centro. Mas a aproximação ao centro é a aproximação à direita."

A esquerda não possui ideias de seu porque deixou de ler, de estudar, de reflectir, de analisar. Ajeitou o pretenso discurso a essa anomalia política, designada por "pragmatismo", e impôs a sua definição de democracia ao funcionamento dominante do capitalismo.

A direita, que é forjada nos aparelhos ideológicos de escolas e de universidades, não despreza as ideias, apenas não precisa delas, porque dispõe de veículos privilegiados, como, por exemplo, a cultura, as artes e os media para a transmissão das suas heranças de poder. As omissões e os esquecimentos deliberados, a rasura de nomes, a preeminência de autores "neutrais" sobre outros, inscrevem-se nesse quadro.

Há mais de 40 anos que a esquerda tem como garantia insensata a solidez da democracia. Maio de 68 abalou a convicção, pondo em causa o "estado de paz" e o capitalismo no seu próprio excesso. A perplexidade, não só na sociedade em geral, mas no interior do Partido Comunista Francês, incapaz de encontrar respostas fora das contidas na cartilha, conduziu a um modelo operatório que o sentenciou. Alberto Morávia, num livro importante, Diário Europeu, afirmou, então, que os partidos comunistas ficariam reduzidos a uma espécie de "travão social", cada vez mais com maiores dificuldades. A atitude interrogatória evaporou-se com a hegemonia do pensamento único. Com uma esquerda assim, a direita não precisa de ideias.

A complexidade dos acontecimentos mundiais, a derrocada do comunismo e a deterioração do socialismo abriram caminho à doutrina "liberal", assente no mais nefasto retrocesso histórico de que há memória. Porém, no que parece a força inexpugnável do "mercado" e do que lhe subjaz, consiste, também, a sua fragilidade. O Estado português arquejou de pavor. Bastou que um movimento "inorgânico" juntasse os elos. Uma vez mais, Sócrates não percebeu os sinais. E a esquerda, no geral, também não. Mas algo de novo abalou o esquema.


Baptista-Bastos


In Diário de Notícias

quarta-feira, junho 18, 2008

18 DE JUNHO DE 1896

Realizava-se a provável primeira exibição de cinema em Portugal, no Coliseu da Rua da Palma, em Lisboa.

(Fotografia do Arquivo Municipal)

segunda-feira, junho 16, 2008

Falta de respeito na Praça das Flores

foto de Dias dos Reis


Falta de respeito. Essencialmente, é esta a expressão que na minha opinião resume tudo o que se passou em torno da questão da Praça das Flores.

A forma como foi conduzido este processo da chamada “venda” do espaço público a privados pelos vereadores Marcos Perestrelo e Sá Fernandes é um sintoma de alguém que se rendeu recentemente à economia de mercado e ao capitalismo e por isso está mal preparado para conviver com essa realidade. Ou então de alguém deslumbrado com as “maravilhas” do capitalismo. Ou então, simplesmente de alguém que não tem vocação para as responsabilidades de gestão da cidade (como parece ser um dos casos).

Não alinho no discurso fácil e hipócrita de considerar um sacrilégio qualquer ocupação do espaço público. Mas há um limite. O limite do respeito e da consideração pelas pessoas e pela cidade. No caso da Praça das Flores, esse limite foi claramente ultrapassado. Esse é o problema.

Aliás, a utilização de contrapartidas para a cidade pela utilização de espaços não é uma invenção deste executivo. Acontece em todas as cidades em todo o mundo. Em Lisboa também não é uma novidade. No mandato anterior foram vários os exemplos de negociação de contrapartidas para a cidade em troca da utilização de espaços da cidade. A diferença está nos limites…

O caminho escolhido pelos actuais responsáveis autárquicos para a cedência da Praça das Flores não foi equilibrado. Não respeitou moradores, demais cidadãos que utilizam a praça e não considerou a cidade. Cedeu tudo. E quando tudo se cede nunca se é justo.

Convínhamos que vedar uma praça inteira durante duas semanas entre as 17h e a meia-noite e condicionar a circulação mesmo aos moradores colocando seguranças a controlar todos os movimentos não é aceitável, não é tolerável!

Uma ocupação semelhante àquela que se encontra na Praça das Flores poderia ser admissível noutra zona da cidade, talvez num parque urbano ou numa zona “descampada”. Mas não no centro da cidade, não numa zona histórica, não numa zona residencial.

A ocupação da Praça das Flores, como está, revela falta de sensibilidade e desrespeito para com os moradores e é uma violência para Lisboa.

Tenho assistido, sem me pronunciar, ao desenvolvimento do processo da ocupação da Praça das Flores e às tomadas de posição (ou ausência delas) dos diversos actores políticos. Agora já é tempo de afirmar que não é sério que se queira “vender” esta operação aos lisboetas como a única forma de requalificar espaços públicos sem recursos financeiros da câmara e que é inédito este modelo em Lisboa.

É possível encontrar formas de intervir na requalificação da cidade sem recorrer apenas aos meios financeiros da câmara. Mesmo do ponto de vista do envolvimento e co-responsabilização dos cidadãos e das empresas na manutenção da cidade é mesmo um caminho desejável. Afirmo com a convicção de ter iniciado e experimentado com sucesso esse caminho. Este é um património do mandato anterior que pode ser comprovado. E é possível faze-lo com respeito pelas pessoas e pela cidade. Basta querer!

A Praça da Alegria (com algumas semelhanças com a Praça das Flores) foi recuperada no mandato anterior (que durou um ano e meio) sem a utilização de recursos financeiros da CML. Mas também não foi necessário veda-la (ou “vendê-la”). A vontade e a iniciativa da junta de freguesia local e o diálogo estabelecido com a CML permitiu reunir e coordenar esforços que concretizaram a renovação do jardim Alfredo Keil do Amaral (no centro da praça). Hoje, a renovada Praça da Alegria é um espaço bem cuidado com animação no verão. Um espaço ganho para a cidade e para os lisboetas.



António Prôa

1º Seminário do Projecto SOS Azulejo – 20.06.08 - Aveiro

«AVEIRO, Edifício da antiga Capitania

PROGRAMA

09h- Recepção, Documentação;
09.15h- Sessão de Abertura: Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Dr Élio Maia, e Coordenadora do Projecto SOS Azulejo (Museu de Polícia Judiciária), Dra Leonor Sá

SESSÃO DA MANHÃ

1ª PARTE: Moldura temática: O azulejo lagunar de Aveiro
Moderador: Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro
9.30h – O Azulejo da região de Aveiro: - Dr. José Meco
- Prof.Dr Manuel Ferreira Rodrigues – Universidade de Aveiro
- Dra Isabel Ferreira – Câmara Municipal de Ovar.

10.45h- COFFEE BREAK

2ª PARTE - TEMA: O azulejo: problemas de segurança
Moderadores: Representante a nomear por parte da PSP e Major Nuno Andrade da GNR
11.15h - A Investigação Criminal e os Furtos de Azulejos Históricos e Artísticos:
a) “Traços e troços: da lei e da investigação” - Dr. João Alves de Oliveira, Coordenador de Investigação Criminal da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária;
b) “Realidade Criminal / Diagnósticos e terapias” – Inspectora Teresa Esteves, Brigada de Obras de Arte da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária

12h - O “Projecto SOS Azulejo”: Prevenção Criminal versus Conservação Preventiva de Azulejos Históricos e Artísticos em Portugal – Dra Leonor Sá, Museu e Arquivos Históricos de Polícia Judiciária, Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais

12.30h DEBATE
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SESSÃO DA TARDE –

1ª PARTE - TEMA: Conservação do Património azulejar
Moderador: Representante do Departamento de Materiais da Universidade de Aveiro

15h – Principais patologias dos Azulejos de fachada – Prof. Dr João Coroado, Instituto Politécnico de Tomar e Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, Coimbra

2ª PARTE:
TEMA: Boas Práticas Camarárias de Salvaguarda do Património Azulejar Português
Moderadores: - Dr Fernando Cruz, Associação Nacional dos Municípios Portugueses
- Arquitecto Jorge Brito e Abreu, IGESPAR.

15.30h- A Experiência da Câmara Municipal de Aveiro e seu Banco de Azulejos - Dra Patrícia Sarrico

16.00h- A Experiência da Câmara Municipal Porto e seu Banco de Azulejos -Dra MªAugusta Marques

16.30h - A Experiência da Câmara Municipal de Lisboa / Museu da Cidade (a confirmar).
17.00h – DEBATE; 18.00h - Encerramento

INSCRIÇÃO GRATUITA, OBRIGATÓRIA E LIMITADA.
CONTACTOS: Museu da Cidade de Aveiro Telef: 234406485; fax: 234406307; e-mail: museucidade@cm-aveiro.pt
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A 'experiência' da CML resume-se ao C.V. de sucessivos roubos e actos de vandalismo que todos os anos ocorrem por tudo quanto é azulejo (antigo ou moderno, interior ou exterior, público ou privado) de Lisboa.

Veja-se o caso do Palácio Pombal (propriedade da CML), Quinta de Nossa Senhora da Paz (tb), Pavilhão dos Desportos (ainda), etc. ou o caso dos painéis públicos do prolongamento da Av.E.U.A., da Avenida Infante Santo ou Miradouro do Monte Agudo.

Mas há outros, de exteriores e interiores de prédios privados, devolutos, regra geral, como os exemplos dos azulejos dos prédios da Av. Duque de Loulé, do Saldanha, da Av. Casal Ribeiro, etc., etc. Alerta-se quem de direito e tudo fica na ... mesma.

POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL!

O AUTOMOBILISTA (m/f) que atravancou completamente este passeio não parou ali "só por um instantinho" - como costuma dizer quem o faz. Nada disso; meteu o resguardo do sol, e foi à sua vida calmamente, pois bem sabe que, numa terra onde a impunidade reina, o único risco que corre é que lhe roubem a bandeirinha com que mostra o seu amor pelo país.

16 DE JUNHO DE 1910

O Governo classifica o Castelo de S. Jorge como monumento nacional.

sexta-feira, junho 13, 2008

As agruras de Sócrates e a Câmara de Lisboa

Há uns quantos observadores que apostam em como Sócrates não se quer recandidatar a Primeiro-Ministro. Eu ainda não tenho dados para o afirmar. Mas já tenho uns laivos de sinais que vão nesse sentido e tornam a hipótese minimamente razoável. E aposto em como, se Sócrates hesitar mesmo, António Costa pensará duas vezes.
Não por causa de Santana. Esse já morreu. Nem Manuela Ferreira Leite ia nessa. Seria o descrédito global do PSD para mais de 20 anos.
Mas por causa de três factores distintos: 1º - a baixa votação que o PS obteve, a que se junta... 2º - o desgaste assutador que Sá Fernandes acarretou (não está a somar nada: está a subtrair); e, 3º - a elevada probabilidade de Carmona e PSD / Ferreira Leite juntarem votações.
Mesmo no melhor dos casos, essas três circunstâncias chegam para dar que pensar a qualquer um.
Mas se a tudo isso juntarmos o caso Sócrates, então a coisa fica mesmo negra ainda.
Falemos então de Sócrates e das razões que tem para eventualmente estar a ponderar não querer sujeitar-se a novo sufrágio:
1º - um forte impedimento de carácter subjectivo: não suportará uma derrota (para o ego dele será derrota obter apenas maioria relativa e ter de negociar e de baixar a garimpa - desculpem a crueza da expressão, mas é disso mesmo que se trata);
2º - um caso específico por ele mesmo dramatizado com grande inabilidade nos últimos dias: o resultado do referendo na Irlanda sobre o Tratado de Lisboa. Foi ele mesmo que disse na AR que o NÃO seria mau para a sua carreira política. Foi ele mesmo que disse hoje que esta é uma derrota pessoal;
3º - o falhanço na economia e nas Finanças. Tanto sacrifício para nada - é o que milhões de portugueses estão a pensar;
4º - o facto de ter muitos sectores contra ele: foram os professores, os médicos, os utentes de serviços de saúde, os autarcas, agora os camionistas, os agricultores, os pescadores... sei lá... manifestações de rua as maiores de sempre da CGTP, os excessos da ASAE que puseram os comerciantes todos em polvorosa - mesmo que saibam que nos davam mixórdias a comer - mas os desgastes eleitorais também vêm por aí, a revolta da Igreja oficial por causa dos ATLs das paróquias e adjacentes - um adversário a ter em conta, em termos eleitorais;
5º - esta solução Ferreira Leite para o PSD: junta os pedaços e pode ser uma surpresa nas urnas.
Tudo junto, só pode ter uma consequência lógica: derrocada eleitoral do Governo. E isso é mais do que a arrogância conhecida de Sócrates aguentaria.

Pelo meio, a Câmara de Lisboa e as soluções PS. Curtas e ainda em incógnita. Claro que a hipótese «desafiar o resto da esquerda para uma unidade face ao perigo da direita» está sempre em cima das mesas de São Pedro de Alcântara e do Largo do Rato. Mas pode não estar noutras mesas, dada a direcção que as coisas estão a tomar cada vez de forma mais preocupante em sede de Paços do Concelho em cada dia que passa...
E uma coisa é certa: com Sócrates a hesitar ou a ser dado cada vez mais como estando a hesitar cada vez mais, coisa que, em termos de grande opinião pública, vem a dar exactmente no mesmo - o que reduz o «élan» do PS em torno de um PS forte e ganhador e, pelo contrário, quebra a dinâmica de vitória; com uma só lista do PSD e no pé em que as coisas estão e pelos vistos contiinuarão a estar do lado das esquerdas, não sei, não... Mas até acho que sei: tudo isto é já uma grande dor de cabeça acrescida para António Costa também.
É chato ter de escrever isto mesmo ao fechar do dia de Santo António, o dia da Cidade, mas esta é a análise que se me vai impondo com uma nitidez cada vez maior.


Santo António de Lisboa II

Oh meu rico Santo António
Ao colo tens o Menino
Põe-me a mim no outro braço
Que ainda sou pequenino...

Santo António
Santo Antoninho
Dá-me um copo de água
Que eu dou-te um de vinho.


Santo António, Santo António
Oh meu rico Santo Antoninho
Dá-me um saco de pão,
E um pipo para o caminho!


(originalmente publicado aqui)

Santo António de Lisboa

Oh Santo António, meu Santo
Santinho da minha devoção,
Traz-me um namorado bonito, e
Bom de Coração


Santo António, Santo António
Oh meu Santo milagreiro
Arranja um moço bonito
Para uma rapariga solteira.


Meu rico Santo António
Santinho do meu coração
Dá-me riqueza e saúde
Muita paz e muito pão.


(originalmente publicado aqui)

quinta-feira, junho 12, 2008

Lisboa ao fundo

Uma cidade incapaz de planear o seu futuro. Um futuro que há muito se adivinha instável e problemático. Um problema em grande medida insolúvel.

A crise energética mundial não é uma incómoda brisa passageira. É o sinal de que o mundo vai sofrer profundas e traumáticas mudanças, que muitos países se poderão tornar inviáveis, e que o modo de vida que conhecemos hoje tem os dias contados. As róseas promessas de energias limpas, renováveis e inesgotáveis são pouco menos que perigosos embustes.

O futuro das médias e grandes urbes adivinha-se feito de penúria, de tensão social, de aumento das desigualdades. Cidades com mais de 150.000 habitantes serão ecologicamente insustentáveis, socialmente incontroláveis, politicamente ingeríveis.

Lisboa será apenas mais um exemplo de idiotia colectiva da espécie humana. Mas é a cidade em que eu, e muitos outros pobres idiotas vivemos - uns com mais e outros com menos consciência de que nos estamos a empurrar a nós próprios para o abismo.

Se há alguém que pensa estrategicamente o futuro da cidade, esse alguém não aparece para nos alertar contra o perigo que corremos. Enquanto se vão acumulando os sinais de que algo está profundamente mal com os monstros que permitimos fossem criados (a cidade e a edilidade), cidadãos e edis assobiam para o lado, uns gritando urras à selecção nacional de futebol, e os outros clamando por obras públicas e aprovando obras privadas que não farão mais que acelerar a destruição da orgânica urbana de Lisboa.

Caricatura suprema, o auto-proclamado herdeiro de Ribeiro Teles suicida-se na Praça pública (ou será privada?) das Flores.

Reserva estratégica

Junho é mês de festas de tradição. Lisboa fica diferente, esplêndida nos seus bairros e colectividades, pátios e recantos, nas suas vistas ainda não maculadas, nos milhares de escadas quase secretas e nos seus jacarandás floridos. Custa a acreditar que o mundo à volta nos obrigue a mudar de vida, já que não nos preparámos para essa mudança, contra toda a evidência. A iniciativa de um conjunto de presidentes de junta para acorrer a situações de carência em Lisboa e o apelo à responsabilidade social é exemplo de que há quem não baixe os braços para além de todas as limitações.

O primeiro-ministro e o Partido Socialista claudicam, curiosamente não pelas suas más políticas – nuns casos – ou ausência de políticas – noutros – nem mesmo pela arrogância e funcionalização da sociedade, mas por causa do petróleo... crise a que são alheios mas com a qual tinham obrigação de contar.

Protestos de camionistas, produtos a faltar nos supermercados, o aumento generalizado dos preços, prejuízos nas exportações, juros em alta, aumento do desemprego... As respostas do Governo têm sido parcas e de mera reacção, sem capacidade de antecipação. São necessárias respostas conjunturais, mas inseridas em programas estruturais, que enfrentem estes novos tempos. A começar pela União Europeia, que tem muito que repensar.

Perante a ruptura do abastecimento de petróleo e frescos, o Governo ficou sem resposta. Não pode. A nós, cidadãos, resta--nos as dificuldades e a responsabilidade, mesmo contra vontade. Para que o caos e a raiva não se venham a transformar em feridas difíceis de curar.

O PSD tem de ter uma alternativa, uma atitude diferente de resposta para o País. Se as não tiver e chegar ao Governo apenas por demérito do actual primeiro-ministro e do Partido que o suporta, o País rapidamente o entenderá: o poder não é um fim em si mesmo, mas o meio para a realização do bem comum. Há que afirmar ‘a diferença’ com uma matriz reformista, capaz de gerir crises, que foi património do PSD.

Os britânicos, com o sentido prático que lhes é reconhecido, já anunciaram o regresso aos campos. Desta crise resulta claro que a noção de reserva estratégica também passa pela Agricultura. Já não é má esta interiorização numa Europa que pagou o abate de oliveiras centenárias.

Passa a haver um novo conceito estratégico: o de reserva alimentar. É urgente levá-lo a sério. Já.


Paula Teixeira da Cruz

In Correio da Manhã

quarta-feira, junho 11, 2008

O bom exemplo

INDICAM-SE, SEGUIDAMENTE, alguns nomes de políticos e autarcas que aproveitaram a actual crise dos combustíveis para darem o exemplo, passando a utilizar os transportes públicos:
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E qualquer dia Lisboa vira ...

Em pleno...


Primeiro foi o RinR, depois as ventoínhas, o Continente, o estacionamento do Skoda na Praça das Flores; eis que vêm aí o Deltatejo e o Pleno Out Jazz (será o último?). É o espaço público (e os espaços verdes) arrendado em pleno ...

terça-feira, junho 10, 2008

Hoje, 10 de Junho, 20h, na SIC...

HOJE, O PROGRAMA «Nós por cá», da SIC («Jornal da Noite», 20h), vai referir-se ao escândalo que são estes buracos no jardim do Campo Pequeno - já aqui denunciados por mais do que uma vez.
NOTA: Se alguém puder gravar essa parte do programa (por forma a que se possa, depois, afixar no YouTube), agradeço que me contacte para medinaribeiro@iol.pt.
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Actualização (para quem não viu): como sempre faz, a equipa responsável pelo programa da SIC não se limitou a denunciar o problema: foi também tentar obter respostas.
Pois bem... A sociedade que gere "a coisa" não deu quaisquer esclarecimentos. A Câmara Municipal de Lisboa, disse que estava "a pensar" em substituir as lajes por outras mais fortes. Vamos lá ver se, ao menos, é verdade que «os gestores portugueses são muito bons a resolver os problemas que eles próprios criam»...

Carta por causa de uma esquadra

Resolvi escrever uma carta ao Sr. Deputado Miguel Coelho a propósito da esquadra de polícia para o Alto do Lumiar.
Começa assim: "Sr. Deputado Miguel Coelho, o Senhor decidiu «solicitar (a 6 de Junho) ao Sr. Ministro da Administração Interna que informe: 1º - Que critérios levaram a Direcção Nacional da PSP a alterar unilateralmente o uso das instalações cedidas pela Câmara Municipal de Lisboa; 2º - Se é intenção da Direcção Nacional da PSP cumprir o espírito do Protocolo estabelecido, instalando uma esquadra policial que sirva com eficácia o conjunto das populações residentes nas freguesias que integram o Alto do Lumiar.»
O modelo de perguntas sugere já duas respostas anunciadas: «Eficácia» para a primeira e «Sim» para a segunda. E pronto: fica o calendário cumprido, como se diz na gíria da actividade política."
(...) E vai por aí adiante.
Pode ler aqui a carta na íntegra.

segunda-feira, junho 09, 2008

Metam-se com os Santos, metam ...


A propósito da anunciada investida da ASAE às sardinhadas, bifanas (courato, não, obrigado!), chouriço assado e outros petiscos do Santo António, não será essa a melhor maneira de começar o fim da dita cuja? Pago para ver se têm coragem de investir contra os moradores (e comerciantes espontâneos) de Alfama, Mouraria, Castelo, Sé, Madragoa ou Marvila, sob pena dos arraiais populares virarem arraiais de pancadaria.

"Há um debate sobre a responsabilidade directa de José Sá Fernandes ou de Marcos Perestrelo na cedência da Praça das Flores à Skoda. Ora, a responsabilidade é da CML. E é das autarquias, em geral, que julgam deter o título de propriedade das cidades que administram. Este problema gerado pela Praça das Flores adquiriu mais notoriedade porque vive lá mais gente que pode protestar e que tem opinião publicável, o que não impede de ser classificado como escandaloso. Os moradores das cidades são maltratados, e é estranho que os malfeitores sejam, em geral, as autarquias. Mas são.

Retirar 15 dias de vida de jardim à Praça das Flores em nome de um contrato que até pode ser lucrativo para a CML não me parece um bom princípio. Os moradores do Bairro Alto maltratados pelo lixo, seringas no chão e toda a merda deixada pelos frequentadores barulhentos que não deixam dormir ninguém, também me parece um escândalo. Os das Janelas Verdes são continuamente massacrados pela fauna adolescente que vomita nos passeios, à porta de suas casas, com protecção da polícia e da Direcção Geral de Saúde, que não toma posição sobre a venda livre de shots a crianças de 12 anos. E os moradores de zonas permanentemente em obras, com jardins espatifados, valas abertas, árvores destruídas, muros derrubados, máquinas a arrasarem tudo (por dois, três ou quatro anos), também me parece que mereçam a nossa atenção. Quando se organiza um «evento», mesmo que seja «a merda de um evento» com o apoio das autarquias, os direitos dos munícipes são sempre esquecidos. Há sempre uma corrida de amadores que espalham centenas de garrafas de água mineral pelo chão. O trânsito alterado por causa de uma agremiação que vai fazer gincanas na rua, é abusivo. Os moradores de Chelas sofrem o Rock in Rio durante um mês. Os foguetórios privados que arruinam a paciência e o sono dos moradores também me incomodam. E os festivais de rua em que os decibeis sobem dentro de casa (mas os organizadores e frequentadores moram noutro lado). O espaço público é uma treta. "
Francisco José Viegas no "Origem das Espécies"
(ISABEL G)

É o que eu digo: Cá em Lisboa não gostam de árvores nem de flores

A Diana Ralha fez uma reportagem fotográfica para o Cidadania LX sobre a limpeza que os Espaços Verdes da CML fizeram na zona onde reside a sua mãe (Av EUA). Chama "eugenia" a esta operação desbaste: [os serviços] ão têm nada contra jarros, também nada a declarar contra agapantos, até gostam de rusgo porque deixaram um pezinhos aqui e além, o arbusto de madressilva ficou intacto, mas o que tinha mesmo que ser arrancado eram os grandes maciços de acantos, alteias e jalapas...

E já agora, será que alguém pode responder a esta questão colocada pela Diana Ralha?:

"Já que estamos a falar de Jardins de Sá Fernandes, e porque o tema da venda do espaço público está ao rubro por causa da Praça das Flores, digam-me lá se é impressão minha ou a TVI arrancou parte do jardim de buxos do Parque Eduardo VII para transmitir a bola? Quanto pagaram os senhores? Ou aqui é o patriotismo que justifica tudo? "
(ISABEL G)

Chegado por email:

«Bom Dia

Sou moradora na Picheleira e desde que me lembro sempre houve um acesso directo à Calçada da Picheleira, mesmo depois de construída a rotunda.Há uns anos atrás uma Vereadora quis arrecadar mais uns tostões para a sua conta bancária (não consigo pensar noutro motivo) e autorizou a construção de um edifício em frente da entrada da Calçada da Picheleira, tendo o empreiteiro chegado a fechar a rua com a execução de passeios e colocação de lancis.

Na altura alguns moradores mais esclarecidos opuseram-se à ideia "magnífica" da "tal" vereadora e esta se calhar com receio da publicidade negativa recuou na decisão, sem nunca ter mandado concluir oa arranjo da zona que continua sem passeios, passadeira para peões, limpeza e iluminação.Agora vem a Junta de Freguesia e a Câmara, entidades que nunca mas nunca fizeram nada por este bairro, "perguntar" através da revista "O Beato" se a população concorda com o novo traçado para o trânsito dentro do bairro (importante: A revista "O Beato" é distribuída com quase um mês de atraso).

No "boneco" que mostra o actual traçado e o novo traçado que dizem eles visa melhorar a circulação e aumentar os lugares de estacionamento já está incluído o fecho da via que dá acesso directo à Calçada da Picheleira e que obriga a quem circula na Rotunda das Olaias e se dirige para o Bairro da Picheleira a ir dar a volta junto ao Centro Comercial Olaias Plaza.

Querem eles que a População local se prenuncie por telefone se concorda ou não. A mim isto parece uma forma encapotada de fazer aprovar o encerramento da via de acesso a Calçada da Picheleira e a construção do tal edifício afim da tal senhora finalmente receber o seu suborno. Não conheço a tal senhora, se calhar até não recebeu nada. Mas não entendo o porquê desta teimosia. Não haverá mais nunhum local para construir um edificio?

Peço a divulgação no vosso blogue deste "caso" pois não consigo entender porque é que a Picheleira fica sempre de fora, seja para arranjo dos pavimentos, iluminação, limpeza e agora até isto.

Cumprimentos, e obrigado pela atenção, Fernanda Ribeiro.»

A ESQUERDA FINANCEIRA

Por iniciativa da esquerda, mais especificamente do PS e do Zé que fazia falta, a Praça das Flores, em Lisboa, está hoje sob sequestro político-comercial.

Chegado por email:

«Só quem é morador na zona da Praça das Flores (como eu sou há dezenas de anos) pode avaliar a extensão do desaforo que presentemente ali se verifica. Estamos a ser impedidos (por grades e dezenas de polícias e "seguranças") de aceder a um espaço público que sempre nos pertenceu e passou agora a ser exclusivo dos convidados de uma marca de automóveis. Há ruas cortadas, lugares de estacionamento eliminados, acesso a residências dificultado, batuque musical de fazer estremecer as paredes, etc.. Só visto. Parece que, em troca desta ofensa à população local, o autarca responsável pelo desconchavo contratou com a automobilística marca o arranjo do jardim. Ao que chegámos!
Será que o crime da Praça das Flores, um manifesto abuso de poder, vai ficar sem castigo?

Cumprimentos do v/ "cliente" assíduo

Torquato da Luz
http://oficiodiario.blogspot.com»

domingo, junho 08, 2008

Como é gasto o nosso dinheiro

ESTA PASSAGEM para peões, em Alcântara, custou, dizem-me, 6 milhões - não sei se "de contos" ou "de euros", mas também não é isso o que mais interessa.
O que me interessa é constatar que está fechada deste tempos imemoriais e - cereja em cima do bolo! - vir a saber agora, e de fonte segura, que vai ser desmantelada!
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sábado, junho 07, 2008

Futebol na cidade

"Febre do futebol em ecrãs de Norte a Sul do país
Há várias opções para quem prefere ver o europeu em grupo
Ninguém quer ficar de fora do Euro 2008. Por isso, de Norte a Sul do país multiplicam-se os preparativos para receber a febre do futebol, através dos ecrãs de rua.
A bola vai rolar na TVI, que transmitirá os jogos da selecção das quinas em alta definição, de 7 a 29 de Junho, através de plasmas gigantes.

Em Lisboa, estará aberto ao público, com entrada livre, o «Football Fan Park», um espaço patrocinado pela TMN, no Parque Eduardo VII, onde os portugueses poderão ver todos os jogos do campeonato que integram a Selecção Portuguesa. A euforia também se fará sentir na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, um espaço patrocinado pela Optimus, que será um dos grandes palcos dos fãs portugueses. "(...)
(Diario iol)
ISABEL G

sexta-feira, junho 06, 2008

Guerra Junqueiro - Guerra perdida

A COLECÇÃO de fotos que eu aqui tenho - e que documentam o lixo que ornamenta a Av. Guerra Junqueiro - dava para encher vários blogues mas não mostraria nada de novo: jornais, copos, sacos de plástico, caca de cão... Mas não resisto a compartilhar convosco esta, tirada há cerca de uma hora.
Aluna atropelada saiu da escola sem autorização (JN)

O atropelamento de uma menina de 12 anos por um autocarro, anteontem, na Musgueira, em Lisboa, originou um protesto de pais e colegas de escola, que exigiram a colocação de uma passadeira junto à EB 2,3 D. José I.

"Enviei muitos ofícios para a Câmara para que resolvesse o problema ", revelou ao JN, Nuno Roque, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar. "Nos últimos dias foi colocada uma passadeira, mas não frente à escola. Também devia ter sido colocada uma grade que canalizasse os alunos para a passadeira, evitando que isto acontecesse", acrescentou, frisando que a circulação automóvel naquela estrada - que tem quatro faixas - apenas se passou a fazer nos dois sentidos há poucos dias . Já Manuel João Ramos, vereador na Câmara de Lisboa (CML) também não poupa críticas à actuação da edilidade. "Como vereador não fiz outra coisa que não elaborar propostas para a promoção da segurança", revelou, lembrando a promessa de António Costa de haver passadeiras frente a todas as escolas. "Independentemente da responsabilidade que a menina tenha tido ao sair da escola", frisou. Do total de 480 escolas do concelho, a autarquia já fiscalizou 341 e decidiu intervir numa primeira fase em 233, das quais 138 terão trabalhos de pintura e repintura de passagens de peões.
Joana era aluna da D. José I em Lisboa, e, segundo a directora de turma, na tarde de anteontem terá saído da escola sem autorização. Conta quem assistiu ao acidente que a jovem atravessou, sem parar no separador, a Avenida Carlos Paredes, porque queria ver uma briga do outro lado da rua. As amigas ainda lhe gritaram que não passasse, mas ignorou os avisos e avançou, acabando por ser colhida por um autocarro da Carris, que lhe esmagou a cabeça com a roda traseira, provocando-lhe morte imediata.
Na zona onde tudo aconteceu - frente ao portão da escola - não existe qualquer passadeira. A mais próxima está a dezenas de metros e foi pintada há apenas cerca de 15 dias. Ontem, durante a manifestação organizada por pais e alunos, a revolta falou mais alto. Entoando cânticos com o nome da colega falecida, todos quiseram chamar a atenção para a falta de passadeira e para o facto de nem sequer haver um sinal que avise os automobilistas da proximidade do estabelecimento.
Os pais pedem que seja instalada uma vedação metálica no separador central da estrada, que obrigue os alunos a atravessar na passadeira recentemente pintada. Os alunos, para vincarem a sua pretensão, pintaram uma passadeira frente à escola, a qual, no entanto, não tem qualquer valor legal. O Conselho Executivo da D. José I e o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar lamentam terem chamado, variadas vezes, a atenção da Câmara e nada ter sido feito para impedir uma desgraça, há muito anunciada. Por seu turno, a autarquia anunciou a "abertura imediata de um processo de inquérito", cuja conclusão terá de ser feita "com a máxima urgência".
Durante a manifestação de ontem, muitos foram aqueles que quiseram homenagear a colega desaparecida. Bruna Ferreira, com uma fotografia de Joana, recordou a sua melhor amiga. "Conheço-a desde a creche. Ainda ontem (anteontem) estive com ela só para lhe dar um beijinho... parece que foi a despedida", contou, tristemente, descrevendo a amiga como "bonita, simpática, espectacular e muito teimosa". Anabela Rodrigues, a directora, adiantou que era previsível que "qualquer coisa de grave acontecesse". "Faz falta uma passadeira e o passeio arranjado para que não tenhamos de andar na estrada", disse, lembrando os vários pedidos feitos à Câmara para a resolução destes problemas. A autarquia terá relativizado a situação e respondido que tudo seria feito "na altura em que as obras todas (Plano de Urbanização do Alto do Lumiar) ficassem concluídas", contou a presidente do Conselho Executivo, Alexandra Tavares. "Temíamos que isto acontecesse e alertámos a Câmara várias vezes ", referiu.
(ISABEL G)

Ocupar logradouros poderá ser solução para estacionamento

Ocupar logradouros poderá ser solução para estacionamento-PUBLICO-06.06.2008

Vereador Manuel Salgado admite que a medida não será consensual, mas aponta-a como possível solução para alguns bairros residenciais de Lisboa Manuel Salgado, vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, admite que uma das soluções para o estacionamento em alguns bairros da cidade passará pela criação de espaço nos logradouros interiores dos edifícios em determinadas freguesias.
Foi em resposta às queixas dos munícipes, anteontem à noite, na casa do concelho de Tomar, que Salgado anunciou a possível solução para o problema de estacionamento dos residentes dos bairros de Alvalade, São João de Brito, São João de Deus e Campo Grande, que confrontaram o autarca na reunião mensal descentralizada da autarquia.
O vereador admite que a solução não é consensual, justificando que será necessário clarificar primeiro a questão patrimonial dos logradouros e a quem pertencem, mas reconheceu que é preciso "uma acção mais decidida da câmara". Resolvida essa questão, Salgado disse acreditar
que será possível determinar a ocupação para os logradouros, seja com parques de estacionamento ou reconhecendo o direito de ocupação com hortas, mantidas há anos por moradores.
Leonor Santa Rita, que mora na freguesia de São João de Deus, criticou aquela intenção, afirmando que não podem ser lixeiras, como se verifica em algumas situações, mas que devem ter condições de ser espaços de lazer.
Já Nuno Domingues, morador da Avenida do Brasil, acusou a Polícia Municipal de fazer "caça à multa" entre os moradores, que "não têm alternativa" de estacionamento. "Estou cansado de acordar com o carro bloqueado, porque não tenho alternativa", afirmou, defendendo "tolerância" por parte da Polícia Municipal.
Já o presidente António Costa teve de dirigir crítica aos serviços de tráfego da autarquia - "seguem uma doutrina contrária à deste executivo, pois o conflito entre tráfego e peões tem que ser decidido a favor dos peões" - para responder à queixa de uma munícipe, que disse não ter tempo para atravessar uma passadeira no seu bairro. PÚBLICO/Lusa
(ISABEL G)

quinta-feira, junho 05, 2008

Fado de olhos em bico!!

Quem disse que só os portugueses gostam de fado? Hã?!
Ora vejam os nipónicos a darem-lhe bem :))

Fado - Mª Teresa de Noronha

Fado

Festa do Fado - Programa

Fado nos Eléctricos

Carreiras nº 18, 25 e 28
1 a 29 de Junho, 5as e Domingos às 16h e 19h

Porque percorre um número assinalável de bairros típicos Lisboetas, tradicionalmente associados ao Fado, e porque se trata de um roteiro particularmente frequentado por turistas, o itinerário da carreira nº28 foi o escolhido para desenvolver o projecto "Fado nos Eléctricos".
Considerando o sucesso da iniciativa, em 2008, as Festas de Lisboa, em parceria com a Carris, alargaram a experiência a outras paragens e percursos, sem abandonar a "estrela" deste projecto que já conta com quatro anos de existência.

Carreira 18: 5 e 12 de Junho
Carreira 25: 19 e 25 de Junho
Carreira 28: 1, 8, 15, 22 e 29 de Junho

(fonte: EGEAC)

OS DESMANDOS DO VEREADOR CAUTELAR

"A Praça das Flores, maneirinha e romântica, ali entre a R. de S. Bento e o Príncipe Real, onde os reformados apascentam as tardes mornas e as crianças se espraiam nos baloiços, foi retirada durante 3 semanas ao usufruto dos lisboetas. Sá Fernandes, na qualidade de vereador da CML, rendido às «migalhas do capitalismo», entregou a Praça ao uso e abuso de uma marca de automóveis. Gradearam a Praça e mandaram os reformados, as crianças e os moradores bugiar para outro lado. O aparato é de tal ordem que, se o destino se encarregar de tal desastre, os bombeiros (terão dado parecer positivo?) não têm acesso à Rua Marcos de Portugal. Num bairro antigo em que uma fagulha pode incendiar a pradaria. Como foi Sá Fernandes que autorizou aquela ocupação, cabe perguntar: ninguém entrega num tribunal uma providência cautelar contra tais desmandos? "

Tomás Vasques, no Hoje Há Conquilhas.

Esta também dá lagosta! (*)

A Leste nada de novo - 5 Jun 08
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COMO SE SABE, a Rua Conde de Sabugosa, em Alvalade, entronca na Av. dos EUA. Até aí, nada de novo. O que é curioso é que, para Leste desse entroncamento (onde passo todos os dias e por várias vezes), NUNCA VI um reboque (da EMEL, PSP ou PM) a actuar.
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A foto que aqui se mostra foi tirada há minutos - uma madama acaba de estacionar o carro como se vê. Ora, para um país pacóvio onde o povo tanto se preocupa com o que os estrangeiros pensam de nós, seria interessante ouvir o que este casal comentou...
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(*) Tal como no caso referido no post anterior, também para esta zona ofereço UMA REFEIÇÃO DE LAGOSTA a quem fotografar um reboque (da EMEL, PSP ou PM) a fazer aquilo que é suposto fazer.

Relembrando: QUEM QUER COMER LAGOSTA?

28 de Maio 08
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RELEMBRO que ofereço uma refeição de lagosta (e um suminho no Frutalmeidas...) ao primeiro leitor que, em cada mês, me enviar uma foto de um carro (um único!) a ser rebocado (pela PSP, EMEL ou PM) de cima deste passeio (esquina do N.º 43 da Av. de Roma, junto ao banco Santander-Totta).
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O prémio, que não teve quem o reclamasse em Maio, é renovado todos os meses (a partir das 00h00m de cada dia 1) e será válido até ao dia das próximas eleições autárquicas, quando os leitores serão convidados a tirar conclusões acerca da forma como os peões de Lisboa têm sido tratados.
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A este concurso, poderão concorrer funcionários da EMEL, da PSP e da Polícia Municipal.
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António Costa, Carmona Rodrigues, Santana Lopes, Jorge Sampaio, João Soares (e ainda todos os pândegos que, por acção ou omissão, têm contribuído para a actual vergonha) também serão - apesar de tudo - bem-vindos!
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NOTA-1: A foto, que deverá indicar data e hora e ser tirada por forma que o local seja identificável, deverá ser enviada para sorumbatico@iol.pt. Os vencedores (se algum dia os houver...) serão anunciados aqui, neste blogue.
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NOTA-2: A colocação de um par de pilaretes (que resolveria o problema de uma vez por todas...) também seria festejada com foguetes! Mas também já se percebeu que nem isso será feito, porque a resolução de problemas-de-chacha, como este, não faz parte das altas preocupações da 'rapaziada' a quem pagamos o ordenado.

'Destino incerto para a Biblioteca, Arquivo e Publicações do ex-IPA, hoje IGESPAR, IP'

«Exmo Senhor Ministro da Cultura


Os subscritores deste abaixo-assinado manifestam a sua grande apreensão com o futuro da maior biblioteca especializada em património arqueológico do País, que tem vindo a servir estudantes universitários professores e investigadores, além do público interessado.

Referimo-nos à Biblioteca de Arqueologia do IGESPAR, IP, que resultou da cedência, em 1999, em regime de comodato, pelo Estado Alemão ao Estado Português, aquando da extinção da delegação de Lisboa do Instituto Arqueológico Alemão, vindo a integrar o então Instituto Português de Arqueologia (IPA).

Não menos importante tem vindo a ser a permanente e necessária actualização do acervo desta biblioteca, garantida fundamentalmente pela permuta das publicações de arqueologia de edição própria (a “Revista Portuguesa de Arqueologia” e a série monográfica “Trabalhos de Arqueologia”) com centenas de instituições congéneres e de investigação arqueológica, nacionais e estrangeiras. Tais publicações têm desempenhado um papel fundamental na divulgação da actividade arqueológica nacional realizada durante a última década.

Acresce ainda a preocupação com o Arquivo do ex-IPA, com um acervo histórico complementar ao da Biblioteca, onde se encontram os relatórios dos trabalhos arqueológicos realizados em Portugal desde o Estado Novo até à actualidade, muitos dos quais nunca foram publicados, pelo que são de extrema importância para qualquer investigação

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 78/2008, (D.R. n.º 94, Série I de 15-05), referente à requalificação e reabilitação da frente ribeirinha da cidade de Lisboa, prevê que na área onde actualmente se localiza a Biblioteca de Arqueologia e o Arquivo se venha a construir o novo Museu Nacional dos Coches, devendo iniciar-se a obra ainda no decorrer do corrente ano, de forma a encontrar-se concluída a tempo das comemorações do primeiro centenário da implantação da República em 2010.
Gostaríamos, por conseguinte, de alertar V. Ex.ª para a importância de que se reveste a continuidade desta Biblioteca bem como das publicações arqueológicas a ela associadas, cuja qualidade tem vindo a ser reconhecida além-fronteiras


Este é o texto completo da petição.

Dada a importância do tema. Dada a idoneidade dos peticionários. Dado que o que resta do Convento do Carmo, além de ser um fabuloso museu de arqueologia, nos deu o mote para este blogue, aqui fica o pedido para que assinem. É um dever de todos!

O que vai cair na Avenida da República

Ali ao lado. Já volto.

Sardinhas Floridas, by ...

... EGEAC

Olhá faneca!

Este é o logotipo das Festas Populares de Lisboa de 2008

A propósito do dito, foram entrevistar algumas peixeiras para saberem da respectiva opinião, de cor, aqui ficam algumas reacções:

- Então, que lhe parece o novo logotipo? São mesmo sardinhas?

+ Sardinhas?! , ele parece mais com uma faneca!

+ Não, as sardinhas são mais redondas na barriga!

+ Não, não, parece é carapau! O carapau é mais comprido!

Ora, nem sardinhas, nem carapaus, ele é mesmo é mais faneca!