quinta-feira, agosto 27, 2009

Desafio à malta do «Não há lugares!...»

Av. de Roma
Av. de Roma
Av. de Roma
Av. da Igreja
Av. da Igreja
Av. da Igreja
Av. da Igreja
Av. Paris
Rua José Duro
.
Tenho um arquivo gigantesco de fotografias só dedicadas ao estacionamento selvagem com lugares vagos mesmo ao lado - as que aqui se vêem são apenas algumas recentes.
.
DESAFIO

Em relação aos parques de estacionamento da Av. de Roma, Praça de Londres, Alameda, Berna, Valbom, Restauradores e Campo Pequeno (e, eventualmente, outros), procuro quem aceite apostas nos seguintes moldes:

Escolha um, e encontre-se lá, comigo, em dia e hora a combinar (ou a sortear).
Se, nessa altura, o parque tiver apenas 10 lugares vagos (ou menos), dar-lhe-ei, de imediato, €20. Caso contrário, pagar-me-á €1 por cada lugar vago acima dos 10 (*).

Os números em causa são meramente indicativos - podem ser outros, evidentemente; é tudo uma questão de se combinar. Escrever para medinaribeiro@iol.pt, indicando, em assunto, 'aposta'.

(*) - Para efeitos de se saber qual o número de lugares vagos existentes na hora aprazada, dirigir-nos-emos ao balcão de pagamento e tomaremos como bom o número indicado pelos funcionários de serviço.

13 comentários:

Anónimo disse...

A questão é que o lisboeta se habituou à rebaldaria e a não pagar o estacionamento.

E habitou-se porque lhe deram razão para isso: feitas as contas, as multas (que no fim de contas até prescrevem) compensam não pagar o estacionamento.

Bem, uma coisa também é verdade: andaram vários autarcas a prometer parques à superfície, que sairiam muito mais baratos e seriam só vantagens e parques à superfície, em edifícios, quantos são, quantos são?

Anónimo disse...

Há zonas de Lisboa onde não há esses tais locais.

Ali à Estrela, por exemplo.

Carlos Medina Ribeiro disse...

14h22m,

Também é verdade.

Aceito, pois, variantes à aposta, que incluam, p. ex., um raio de 200m.

E ainda podemos pensar em alargá-la aos parques da Praça da Figueira, do Chiado, da Praça do Município...

Carlos Medina Ribeiro disse...

E ainda:

Para os parques Roma e Campo Pequeno (ambos com 3 pisos), proponho-me (mantendo-se as restantes condições) pagar €50 (em vez de €20) e receber €0,50 (em vez de €1).

Miguel Carvalho disse...

Caro Carlos
tomei a liberdade de divulgar aqui
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/171212.html

Carlos Medina Ribeiro disse...

Muito grato!

Abraço

CMR

Unknown disse...

Gosto muito do vosso blogue e mais uma vez identifico-me com os assuntos.
o estacionamento selvagem é uma constante nesta cidade. E torna-se mais grave quando prejudica outras pessoas. Há uns meses atrás tinha eu o meu carro devidamente estacionado na Av. Defensores de Chaves junto ao parque do Arco do Cego. Precisei de sair porque tinha aulas e esperei 20 minutos que uma senhora aparecesse para tirar a sua viatura parada fora do estacionamento atrás do meu carro. Eu não tive alternativa se não esperar porque à frente estava uma árvore e o reboque da policia estava longe e ia demorar, como me responderam quando eu pedi ajuda. E a senhora lá apareceu muito descontraída como se nada tivesse acontecido, com um sorriso pediu desculpa e foi à sua vida. Eu sou uma pessoa calma mas só me apeteceu bater-lhe. Naquele dia tive pena de não ter um jeep.
Cheguei atrasada às minhas aulas porque o transporte público estava fora de questão devido à hora a que teria de regressar a casa.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Esqueci-me de mencionar o do Parque Eduardo VII. Pode ser que, entretanto, me lembre de outros.

Anónimo disse...

Carlos,

É desonesto da sua parte a proposta - mas os 50 euros, que ganhará de certeza se aparecer algum incauto, gastá-los-á em apenas 15 dias de avença diurna no parque roma, ou 10 dias de avença 24 horas no mesmo parque.
Longe de mim contestá-lo, antes pelo contrário, mas o custo também faz diferença.
E repare, eu estou de acordo com elevados custos de estacionamento, por forma a incentivar a utilização de transportes públicos - apenas constato e justifico o facto da fraca utilização - é que fora, infelizmente, a malta ainda consegue ir não pagando - e, enquanto assim for, ninguém pagará de sua livre vontade
E você sabe perfeitamente que é esse o problema – quem lhe refere não haver lugares falacia sobre este facto.

cumprimentos e continue assim

Pedro controspilareteseagoramarquisestambém

Carlos Medina Ribeiro disse...

Caríssimo:

Como digo, «Os números em causa são meramente indicativos - podem ser outros, evidentemente; é tudo uma questão de se combinar».

O que eu afirmo (e mantenho) é que, quando aparece alguém a dizer «Estaciono em cima do passeio ou em 2ª fila porque não há lugares», o que quase sempre quer dizer é que «não há lugares gratuitos, ao pé de casa e de duração ilimitada».
Isso pode ser verdade. Mas, então, digam assim, e não venham com a outra "conversa da treta".

--

Estou também disposto a apostar que, em muitos casos, nem sequer a falta de estacionamento gratuito é verdade:
Das 14h de sábado até às 8h de segunda-feira (além dos feriados), poderei mostrar, a quem quiser, dezenas de carros em estacionamento selvagem.

E poderei mostrar o pátio do prédio onde moro, que tem 10 lugares vagos, e vazios - sendo que o principal motivo para esse facto é que não se consegue aceder à entrada (apesar do "Art.º 50").

Carlos Medina Ribeiro disse...

... evidentemente, mesmo aos dias de semana o estacionamento é gratuito, em toda a Lisboa, das 20h de um dia às 8h do dia seguinte.
A essas horas, quantos carros quer que lhe mostre, em estacionamento selvagem, tendo lugares disponíveis, vagos, mesmo ao lado?!

Isto para já não falar, p. ex., da Av. dos EUA, onde NEM UM ÚNICO parquímetro funciona, pelo que o estacionamento em cima do passeio (com lugares vagos à volta) é absolutamente revoltante - quase tão abjecto quanto a conivência e a incúria daqueles a quem pagamos para que isso não suceda.

Anónimo disse...

Carlos,

Esses de que fala são a 3ª classe.
A primeira serão os civilizados.
A segunda, os incivilizados por "necessidade".
Esta terceira são os selvagens.

Eu diria que havendo tanto laxismo das autoridades no tratamento desta questão, as pessoas já se habituaram e consideram normal parar no passeio, para ficar 10 metros mais perto de casa!
É como as marquises - dir-lhe-ão que os 2 metros quadrados eram imprescindíveis para caber lá a família - está tudo parvo! mas já há muitos anos.

Pedro controspilareteseagoramarquisestambém

Sergio disse...

Carlos,

Parabens por este artigo. Estou absolutamente de acordo consigo neste assunto. Sou estrangeiro e moro em Lisboa já há alguns anos. Ainda fico arrepiado, todos os dias, pela situação do estacionamento em Lisboa e, especialmente, pela aparente despreocupação que a maior parte dos Lisboetas mostram em relação a este problema. Lisboa, que é uma cidade única e maravilhosa, sofre o ataque diario de milhares de automovilistas sem escrúpulos que estacionam os seus carros sem o mais minimo respeito, o que a torna muitas vezes, aos olhos dos visitantes, numa cidade nada acolhedora.

Obviamente a solução do problema, como o Carlos diz, não passa pela criação de mais lugares de estacionamento (há sempre lugares vagos), mas por uma mudança de atitude dos utentes (automovilistas). Eu acho que está mudança deve ser impulsada desde duas frentes: por um lado campanhas de educação cívica, por outro um muito maior controlo do estacionamento ilegal (e limitação ainda maior do legal em superficie).

Os automovilistas têm que começar a assumir que que escolhe utilizar o carro para circular na cidade deve pagar um certo preço. O preço é fazer o esforço (físico, monetário, de tempo...) de estacionar a viatura de forma que não afecte o direito do resto dos cidadãos a desfrutar de uma cidade digna.