sábado, janeiro 31, 2009

Na terra das leis da treta - VI

Av. de Roma, junto ao N.º 27
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Av. de Roma, junto ao N.º 47
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A foto de cima (por sinal tirada num lugar que dá direito a um dos fabulosos Prémios António Costa - almoços de lagosta no Gambrinus!) mostra o que um simples carro pode fazer, ao obrigar os autocarros a pararem numa das duas únicas faixas de rodagem.
A de baixo, mostra um 'senhor de verde'...
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Apesar de ter inúmeras fotos semelhantes para afixar, hoje vou ficar por aqui - estas já chegam para mostrar porque é que não levo a sério António Costa quando ele nos vem falar de planos de mobilidade na cidade.

Na terra das leis da treta - V

Av. de Roma - um dia destes - 18h15m / 18h35m
O carro que se vê do lado esquerdo é de uma "madama" que, em plena hora de ponta, ignorou o lugar de estacionamento disponível, ligou os 4 piscas e foi às compritas. Fotografei a cena, e fui dar uma volta. Quando regressei, uns 20 minutos mais tarde, a cena mantinha-se - só o engarrafamento criado é que estava espectacular!

Na terra das leis da treta - IV

Na terra das leis da treta - III

Av. da Igreja, esta semana
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A cena é mais-do-que-habitual:
Perante um generoso lugar de estacionamento disponível, dois condutores estacionam na faixa de rodagem (um atrás, e outro à frente...) e vão à sua vida, alheios aos caos que provocam, mas certos - e com toda a razão! - da impunidade. Repare-se, além do mais, no traço contínuo.

Na terra das leis da treta - II


Descubra as diferenças

Na terra das leis da treta - I

Av. Fontes Pereira de Melo
30 Jan 09 - 12h45m

Leio e pasmo

O vereador com o pelouro do Espaço Público, Sá Fernandes, quer garantir que 'sejam respeitadas as regras quanto à protecção de vistas e não ocupação de passeios e garantir que algumas zonas fiquem livres de propaganda'.
Leio isto e pasmo. Não porque não saiba que há abusos e que devem ser travados. Não por achar que a cidade é uma selva e que os partidos podem usar e abusar da Cidade.
Leio e pasmo por saber que o vereador que agora vem com esta é o mesmo da Skoda na Praça das Flores. O mesmo dos mamarrachos da TMN exactamente em locais que, esses sim, deviam ficar livres daqueles impactos negativos.
Leio e pasmo.

Gebalis deu obras de 2 milhões a amigos

A empresa municipal que gere a habitação social em Lisboa atribuiu, no final de 2004, 16 empreitadas a uma construtora sem capacidade económica e financeira.
No mesmo dia em que técnicos da Gebalis desqualificaram a empresa num dado concurso, a administração ofereceu-lhes por ajuste directo um autêntico jackpot, para outras obras. A gestão da Gebalis está a ser investigada pela PJ.

Isto vem amanhã (daqui a bocado) no 'Expresso' em papel. A ler, acho eu.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Professora falta, meninos contra a parede?!


Pois na minha escola primária do Bairro de São Miguel, quando um(a) professor(a) falta (e como falta!), os meninos da turma respectiva ficam sem aulas e, vai daí, são incluídas noutra turma com professora mas, pasme-se, em vez de se sentarem e seguirem a aula como os outros colegas, são colocados virados para a parede, entretendo-se com desenhos e coisas à margem da aula que está a ser dada aos outros colegas. Este ensino está de pantanas! Ninguém chuta com a ministra 'the rock'?

quinta-feira, janeiro 29, 2009

VIDEO AQUI
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Andar a pé
A tormenta dos peões em Lisboa

Nós Por Cá -SIC 28-01-2009
Publicação: 29-01-2009 10:06 Última actualização: 29-01-2009 10:08
Perigo de morte
Peões sem condições de segurança na Av. das Forças Armadas
No passado dia 6 de Janeiro, mostrámos o percurso que uma cidadã faz a pé, entre casa e o trabalho, em Lisboa. No trajecto, detectámos várias situações complicadas para o peão. A situação mais perigosa acontece na Av. das Forças Armadas. Pedimos explicações à Câmara MunicipalNem o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) nem o Director Municipal de Tráfego deram entrevista. A autarquia enviou apenas uma nota escrita em que reconhece a gravidade da situação mostrada por nós. Quem segue pela Av. das Forças Armadas, no sentido Sete Rios – Entrecampos, junto ao cruzamento com a Av. dos Combatentes, vê-se de repente numa ilha sem condições de segurança para atravessar a rua e prosseguir caminho.
Documento:
NotaCML.doc
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A CML admite que no local não existe uma ligação segura entre zonas pedonais. Contudo, entende que a pintura de uma passadeira no local teria o inconveniente de dar uma falsa sensação de segurança ao peão, colocando-o em maior risco, devido à saída dos peões situar-se no final de uma curva a descer, sem grande visibilidade.
Ora qual a solução apresentada pela CML? O impedimento da circulação pedonal, até à realização de obra que permita o atravessamento em segurança.
A CML não explica como vai impedir a passagem, nem quando começará a obra, nem para quando está prevista a conclusão dos trabalhos.
As pessoas que passam todos os dias pelo local reclamam mais segurança e que lhes seja dada uma alternativa de circulação, se a passagem for mesmo encerrada.
Nós por cá também esperamos que a anunciada obra não se fique pelo papel e que os peões possam circular na cidade sem pôr em risco a própria vida.
Carla Castelo

Irritações solenes (4)

Há dias atrás. Há anos atrás. Etc., atrás. Mas atrás do quê? Da porta? Acabem com o isso do atrás, por favor.

Irritações solenes (3)

A propósito da alteração da ZPE para o Freeport avançar, lê-se e diz-se que nada tem a ver com, e tudo tem a ver com. Ora nada tem a ver e tudo tem que ver. Bolas, que chateia.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Lisboa de 1600


7 colinas de Olíssipo ou Lisboa

Como as 7 colinas de Tomar, Roma, Jerusalém ou Constantinopla ...

Narram as lendas que Lisboa foi fundada por Ulisses, o chefe dos Argonautas que veio até aqui.

Diz a lenda que Ulisses se tomou de amores por Ofíussa, e quando o herói homérico regressou à sua Tróia, no navio "Argos", Ofiússa vendo-se abandonada e só, enfureceu-se e fez estremecer o planalto do Tejo, cujos estertores telúricos fizeram nascer as 7 colinas de Olíssipo.

A Primeira Colina é a de "S.Vicente de Fora"

Á esquerda desta, vai-se levantando uma outra, a Segunda Colina, que sobe até ao "Postigo de Stº André".

A Terceira Colina, é a mais alta de todas, e tem no cimo o Castelo de S.Jorge.

A Quarta Colina, é a de "Stª Ana"

A Quinta Colina, é a de "S. Roque"

A Sexta Colina, a ocidente, na parte direita, fica a das "Chagas", cujo nome lhe é atribuído em razão da Igreja, edificada pelos marinheiros da rota da India, em louvor às Chagas de Cristo.

A Sétima Colina, é a de "Santa Catarina" do Monte Sinai.


As 7 colinas têm ainda significado simbólico:


1 - Colina de S.Jorge (Mouraria) (Atómico)

2 - Colina de S.Vicente (Alfama) (Sub-atómico)

3 - Colina de Sant'Ana (Anunciada) (Etérico)

4 - Colina de Stº André (Graça) (Ar – Radiante)

5 - Colina das Chagas (Carmo) (Gasoso – Fogo)

6 - Colina da Stª Catarina (Camões) (Liquido – Água)

7 - Colina de S. Roque (Bairro Alto) (Sólido – Terra)

A referência às sete colinas num contexto sagrado e primordial, nasceu entre os autores dos séculos XVI e XVII dos quais se destacam Damião de Góis, Luis Marinho de Azevedo e Frei Nicolau de Oliveira, entre outros.

Mas é Frei Nicolau quem primeiro define e descreve, desta forma, as 7 colinas, sendo que ainda hoje se conservam aí os 7 principais templos de Lisboa.

Historial das OGME em Belém:



«Instalações do Ministério da Cultura, Avenida da Índia, 136
Antigas Cocheiras Reais (século XVIII)
Antigas Oficinas Gerais de Material de Engenharia (Século XX)


O início das Oficinas Gerais de Material de Engenharia remonta ao ano de 1916 a 1 de Novembro, com outra nomenclatura, o P.A.M. Parque Automóvel Militar, instalado no prédio Militar N.º 23 de Lisboa, situado em Belém com entrada pela Av. da Índia N º 136, frente a Estação da C.P.
Convém no entanto relembrar que nesse local estiveram instaladas as Cocheiras Reais que serviam o Palácio que remonta ao reinado de D. João V [1706-1750].
Posteriormente o Estado tomou posse por acto de entrega pela Administração da Casa Real ao Ministério da Guerra, em 14 de Dezembro de 1885. Era ao tempo limitado o espaço, a Norte pela Rua da Junqueira, a Sul pela antiga Rua Marginal do Tejo a Este pela Praça D. Fernando e a Leste pelo Largo da Alfândega Velha.
Com o aterro do Tejo (1890-95) foram aumentados os espaços e erguidos vários edifícios de uma interessante arquitectura industrial [ala Sul] onde se realça um, em estrutura de ferro com uma área bastante vasta coberta [Arqueologia Subaquática].
Nesse local estiveram ainda instalados o Depósito de Forragens, o Picadeiro do Regimento de Cavalaria N.º 4 e o Quartel da 3ª Companhia de Administração Militar, o que lhe dá também um relevo Histórico e Militar.
O P.A.M. (Parque Automóvel Militar) surge no início do século XX, contemporâneo dos primeiros veículos Automóveis e tinha por finalidade proceder à reparação de Hipomóveis e Automóveis do Exército. Nascido administrativamente em 9 de Fevereiro de 1918, pela Portaria Nº 1.223. O seu Brasão em 1920 era composto por uma viatura automóvel de capota amovível, com uma chave de parafusos cruzada com um martelo.
No entanto por ordem do Ministério da Guerra, o P.A.M. é extinto em 31 de Julho de 1928, com base em razões de ordem financeira.
Surgem então as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, (O.G.M.E.) conhecidas militar e popularmente como as Oficinas Gerais de Belém por Decreto Nº 16.629 de 19 de Março de 1929 com a seguinte missão:
• Reparar material automóvel
• Executar trabalhos de construção civil.
• Instruir em assuntos especiais, teórica e praticamente, para habilitar Sargentos e Cabos artífices de engenharia e mecânica automóvel

Em 7 de Maio de 1930, através do decreto Nº 18.297 é aprovado e posto em execução o Regulamento das Oficinas Gerais de Material de Engenharia, como Estabelecimento Fabril Militar, que define:
• A Missão.
• A Organização.
• A constituição dos Organismos.
• Os quadros de Pessoal.

O seu brasão era composto por uma roda dentada, apoiada num sem-fim horizontal cortada no topo a 1/5, onde surgia uma imagem de castelo, tendo mantido no interior da roda dentada o martelo e a chave de parafusos traçadas.
Com uma área total de 16.540 m2 e uma área coberta de 12.111 m2 e cerca de 280 trabalhadores as instalações foram cedidas em 7 de Dezembro de 1994 por protocolo do Ministério da Defesa Nacional (M.D.N.) à Secretaria de Estado da Cultura. São então instaladas nas Terras do Desembargador, antigas instalações do Grupo Armazéns de Belém, dependência do Depósito Geral de Material de Guerra, terrenos de Picadeiro do antigo Quartel de Cavalaria Nº7 e terrenos da Policia Militar hoje designada de Regimento de Lanceiros Nº2.
[Desde 1996 que as antigas instalações das OGME, sob a Tutela do recém-criado Ministério da Cultura, foram sendo ocupadas por diversos dos seus organismos (IPPAR, IA, IGAC, TN, etc), sendo que a maior parte da área se encontrou até 2007 ocupada pelo Instituto Português de Arqueologia que efectuou obras mais ou menos profundas em diversos edifícios. Com a criação do IGESPAR, em 2007, este organismo ocupa cerca de 75% das instalações.]

Fonte: Portal do Exército Português

Viver em Portugal

Andamos todos ressabiados. Invejamo-nos, desprezamo-nos; se os outros não tiverem defeitos, inventamo-los; deixámos de ser transeuntes, cidadãos: trespassamo-nos com a indiferença, o ressentimento e o ódio. A notícia da prisão deste ou daquele, banqueiro ou vizinho, amigo ou inimigo, lança no nosso íntimo uma alegria obscena. Não vivemos - existimos no pequeno mundo de obcecações que nos cegam. Que nos aconteceu? Quem nos roubou a humanidade que permite a clarividência e a energia necessárias para suportar a adversidade, a mentira, a infâmia? Tudo nos conduz e nos empurra para um futuro ainda mais amargo, mais confuso e ambíguo do que este presente. E, no entanto, é preciso perceber que o comportamento individual pode responder às exigências dos grandes compromissos e das grandes fidelidades. Todos os dias as notícias são medonhas. Todos os dias tomamos consciência de novas verdades, de novas mentiras e de constantes tentações para a irresponsabilidade. Aquele vai embora e nem um breve aceno lhe concedemos. Aqueloutro foi despedido e a nossa impassibilidade é um muro gelado. Que fizemos de nós? Nós, que somos a nossa própria criação e a criação do outro. Foi esquecida a condição de todos, que considerava a condição de cada qual. As coisas revolutearam confusamente; mas as coisas não aconteceram por acaso. Não conseguimos manter intacto o que era fundamental. E estamos envolvidos numa perplexidade sem limites que provoca desassossegos desnecessários.

Bom. Não gosto daquilo que o eng.º José Sócrates representa, dos caminhos ínvios para os quais conduziu a pátria e nos compeliu. Porém, ele é o resultado da nossa imaturidade e da nossa atonia cívica e ideológica. Sócrates não tem convicções. Nós, também não. Vogamos ao sabor das contingências. Sócrates, obcecado pelo seu destino individual, tripudiou sobre o nosso futuro comum. Não gosto dele porque nos fez admitir a política do irremediável. Porém, este caso do Freeport fez-me reflectir sobre a natureza da indignidade e os fundamentos da sordidez. Nos últimos três anos, o homem foi acusado de forjar uma licenciatura, de ser homossexual (uma acusação abjecta, com remetente conhecido) e, agora, de estar envolvido numa tecelagem de corrupção. A história escora-se numa trama obscura, mas o estilo caracteriza a procedência. Não pertenço à matilha. As desprezíveis fugas de informação parecem obedecer a um calendário político. Seria Sócrates muito tolo, e não o é, acaso se se deixasse enredar numa teia tão rudimentar e insensata quanto os noticiários no-lo revelam. Creio que esta ruideira não o afectará politicamente. Lembram-se da campanha contra Sá Carneiro? Viver em Portugal é perigosíssimo.


In DN

domingo, janeiro 25, 2009

Lisboa - Av. EUA
Alguém será capaz de dizer o que é que esta foto documenta?

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Visite as OGME que o Governo quer destruir por causa do Novo Museu dos Coches




Exemplar de Arquitectura Industrial (séc.XIX-Séc.XX), já raro em Lisboa (uma vez que Alcântara foi dizimada pela própria CML no que toca ao património arqueológico industrial) as antigas instalações das Oficinas Gerais de Material de Engenharia são hoje ocupadas por serviços do Instituto Português de Arqueologia, contando não só com um valiosíssimo espólio de peças adquirido pelo Estado (em vias de ser 'distribuído' por várias unidades museológicas do país), como uma vasta biblioteca sem destino traçado.

A pressa em demolir estes pavilhões do princípio do séc.XX é tanta que os atropelos são muitos. Por exemplo, esquece-se o Governo, esquece-se a CML das recomendações ao tempo do protocolo celebrado entre o Ministério da Defesa e a Sec. Estado da Cultura, em 1997, quando se pretendia levar os coches para as OGME (e não se falava de demolição!), recomendações essas em prol da conservação dos pavilhões pela sua valia em termos de arqueologia industrial.

Esquecem-se do equilíbrio urbanístico que o edifício projectado para o novo museu dos coches implicará na zona, em termos estéticos, volumétricos e tráfego. Em termos de violação do perímetro de protecção do Palácio de Belém. Esquecem-se que a Casa de Bragança muito dificilmente abdicará da sua colecção de coches em Vila Viçosa. Esquecem-se que há inúmeros pareceres técnicos que inviabilizam a instalação do picadeiro real no espaço do actual Museu dos Coches e que, portanto, este belíssimo e histórico local se arrisca a servir de salão de festas e banquetes oficiais. Esquecem-se que, no presente momento, em São Petersburgo se está a colocar a colecção de coches no antigo picadeiro real e em Lisboa quer-se fazer exactamente o contrário: colocar coches em salões brancos, esterilizados, mais próprios de Brasília do que de uma zona como Belém.

Vem aí o Novo Museu dos Coches. Exprima-se! Não fique quedo e mudo quando lhe destroem o pouco património existente! Visite as OGME:

http://www.youtube.com/watch?v=ahSS9Vt2qU0

quinta-feira, janeiro 22, 2009

A foto, tirada na semana passada, mostra a famosa paragem junto ao N.º 27 da Av. de Roma, para a qual existe um Prémio António Costa - Local A - ver [aqui].
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Alguém sabe porque é que esta cena não deu direito ao tão cobiçado prémio que, por sinal, continua por atribuir (desde Abril de 2008...)?
Paragem de autocarro
A cena habitual provocada por um simpático utente que, depois de ler o jornal, o deixa para quem vem a seguir...

O pior é que, em geral, 'o que vem a seguir' é o vento (e lá vai tudo pelos ares e pelo chão...), ou a chuva (como neste caso).

Será?

É incontornável falar no novo presidente dos Estados Unidos – do próprio – da sua mensagem e da primeira medida que tomou.

Quanto ao presidente, independentemente do que venha a ser a sua actuação, o simbolismo que carrega e o seu circunstancialismo são já distensores da forma como o Mundo vê a América. Não vale a pena tentar defender o contrário, seja isto certo ou errado, porque o Mundo não vê mesmo nada bem os Estados Unidos da América: da Europa à Ásia, a opinião pública construiu uma espécie de antipatia, quando não um preconceito, em torno do seu papel neste nosso pequeno/grande Mundo.

Quanto à mensagem, há uma grande simplicidade no primeiro discurso, desarmante na sua simplicidade, dirigido aos cidadãos, a falar para as pessoas e até com alguma humildade na assunção de que estando o Mundo a mudar a América também deve – tem de – mudar.

Também não é neutra a afirmação de que os mais novos rejeitaram o mito da geração apática. E isto tem muito que se lhe diga porque é um apelo directo à participação política da juventude, como se um novo contrato com ela houvesse sido celebrado.

Se houve humildade no discurso, também houve ambição. Muita. O presidente falou em reconstrução da Nação e na capacidade de mudança e reiterou o 'sim, somos capazes', o eficaz slogan que utilizou.

Finalmente, quanto à primeira medida que o novo presidente tomou, a saber, o pedido de suspensão dos julgamentos em Guantánamo, feito aos juízes militares para pôr fim a um sistema de excepção, fora dos tribunais, não vem carregado de menor simbolismo. Trata-se de limpar uma mancha incompatível com os princípios estruturais de qualquer sociedade democrática, em particular no que respeita aos direitos humanos, o que é contraditório com um País que nasceu com base num valor de Liberdade. Tal acto permite ler no presidente uma atitude humanitária contrastante com a imagem bélica do País (uma vez mais de forma justa ou injusta, é irrelevante, porque é um facto). E é uma actuação que simultaneamente retira capital de queixa a muitos adversários.

Talvez o espírito da coisa se propague a esta Europa incapaz de mudanças e a precisar tanto delas. É que por cá ouviu-se Trichet afirmar que os receios de ruptura do euro são infundados e a moeda já mostrou capacidade de resistência à crise. Não se trata da necessidade de resistir, mas de agir. E aí vai toda uma diferença Europa/América: a de nova atitude.



In CM

quarta-feira, janeiro 21, 2009

:: Lisboa: Assembleia propõe geminação com Gaza -20-01-2009
Lisboa, 20 Jan (Lusa) - A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje, numa moção do Bloco de Esquerda, a realização de um acordo de geminação entre a capital portuguesa e Gaza.


A moção foi aprovada com a abstenção do PSD, PS e CDS-PP e os votos favoráveis do BE, PCP e PEV. Foram aprovadas outras duas moções sobre o conflito na Faixa de Gaza, uma do PS e outra do PCP, mas apenas a do BE propõe a geminação com Lisboa e é a mais dura para com Israel. A moção do BE condena a "ocupação militar e os ataques perpetrados por Israel na Faixa de Gaza" e condena as "flagelações cometidas pelo Hamas a Israel" que, lê-se no documento, são "causadoras de vítimas inocentes, ainda que esporadicamente, e que não contribuem para o isolamento internacional da agressão israelita, dificultando o processo político para se atingir uma solução de paz justa e digna". Os deputados apelam também ao "fim da punição colectiva da população da Faixa de Gaza, resultante da ocupação israelita e do cerco imposto anteriormente a esta invasão". O conflito tem "resultado no impedimento da entrada de ajuda humanitária, nomeadamente assistência e evacuação de feridos, constituindo um claro crime de guerra de incalculáveis consequências humanitárias", acrescentam. A moção do PS, aprovada com a abstenção do PSD e do CDS-PP, apela à "consolidação do cessar-fogo" e ao regresso à "via negocial" e saúda a contribuição do Governo português de 400 mil dólares para a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos. A moção do PCP, aprovada com a abstenção do CDS-PP, apela ao cumprimento "urgente" da resolução 1860 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao retomar do processo negocial, à abertura das fronteiras de Gaza e à imediata entrada de ajuda humanitária no território. ACL. Lusa/Fim.

Tolerância zero a mais barbaridades em Monsanto

Discursos ocos ouvidos moucos

Na semana que passou eles estiveram em congressos, conclaves, magnos encontros. Que nos revelaram? Só estiveram a falar, não disseram rigorosamente nada. Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Paulo Portas, em defesa e ilustração de um "sistema" que tem limitado a influência da política na vida das pessoas, estão absolutamente ausentes das numerosas dimensões da realidade. Ouvimo-los com a complacência e o desgosto de quem deixou de acreditar no poder da palavra. E, também, com a sensação de que as construções teóricas deles obedecem a um pequeno teatro mimético. Quando Manuela Ferreira Leite acusa Sócrates de "ser o coveiro da pátria" estamos perante uma forma intrinsecamente instável de politicar. Quando Paulo Portas declama que não fará alianças com ninguém; e quando José Sócrates se recomenda como o principal fautor do "equilíbrio" português - todas estas afirmações são manifestações de fragilidade, degradadas e degradantes. A base, digamos empírica, dos pressupostos contidos nestes discursos está irremediavelmente ultrapassada. O afastamento das pessoas da política e do acto cívico resulta do facto de os dirigentes não se distinguirem uns dos outros - a não ser no modo de vestir. Acreditou-se, ingenuamente, num código universal de conduta do capitalismo. Ora, o capitalismo, como se está a ver, não está para aí virado. O "mercado" é alérgico ao Estado, o qual, em condições normais, reduz o perímetro do lucro e afecta a ganância. Um pouco por toda a parte o desassossego alastra como endemia. São escassas as diferenças entre as acções praticadas ou propugnadas pelos dirigentes políticos "com vocação de poder", e as que se registam por todo o mundo. A escandalosa desigualdade de rendimentos, as injustiças generalizadas, o crescente aumento do desemprego, da fome, da miséria, da agitação nas periferias revela-nos que a hierarquia normal de valores foi pulverizada. O poder económico deve subordinar-se à democracia, e não o oposto, como acontece, aliás, de um modo absolutamente desabusado. Os discursos de José Sócrates, Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas nem sequer ao de leve se inclinaram nestes temas - afinal, a razão de ser dos nossos maiores problemas. As últimas intervenções de D. Manuel Clemente e de D. Carlos Azevedo não só demonstram a preocupação da Igreja Católica como são mais profundas, mais veementes e mais corajosas. Somente as formas em movimento crítico são susceptíveis de reforçar a democracia. Nenhum daqueles três, que desenharam o retrato político da semana, adopta critérios alternativos ao lodaçal em que vivemos - exactamente porque não sabem criar a persistência das diferenças.


Enfim: haja Obama!


In DN

terça-feira, janeiro 20, 2009

É fácil de barrar


O Sr. Vereador Sá Fernandes, prosseguindo naquela sua luminosa ideia de alugar o espaço público, seja ele qual for, quando for e quanto for, lembrou-se agora de propor à CML a feitura de contrato com a UNILEVER com a contrapartida desta arranjar os espaços verdes, plantar árvores (palito, suponho), etc., ou seja, fazer o que deve ser trabalho dos serviços que o próprio tutela. Mais, as árvorezinhas vão ter a honra de expor no tronquinho, na folhinha, ou talvez num OUTDOOR, a marca 'PLANTA!.

PS-Depois do mesmo vereador dizer que serão as verbas do Casino Lisboa a patrocinarem a recuperação de miradouros, jardins, etc., omitindo qual a razão por que os seus serviços precisam sequer de orçamento da CML, a pergunta impõe-se: porque não se fecha o Pelouro dos Espaços Verdes

Os Serviços

No sábado passado, o sol convidou os lisboetas para a rua mas o frio de Janeiro empurrou-os para dentro dos restaurantes ribeirinhos, com graciosa vista sul e o intacto espelho de água. Não fui excepção. Entrei num desses espaços populares com minha filha e sua mãe. Mas antes de me aburguesar na esplanada, achei delicado informar a “gerência” sobre as minhas intenções. Contei todos os empregados em trânsito, umdoistrêsquatrocincoseissete formiguinhas, e eis-me chegado a um balcão de hiperactividade e destreza profissional.

“Queria uma mesa para dois e um bebé, por favor”. Alguém: “As reservas são aí atrás”. Sendo que o “aí atrás” era a zona de recepção que deveria ter alguém a receber a clientela. Esse alguém, a gerente de sala, não estava presente. Mas uma vez apresentada em serviço rigoroso e tardio, a moça sexy e empinada não serviria os meus propósitos imediatos: “De momento não temos nada!”. E aquelas mesas em baixo? “Ali é a esplanada, não serve refeições, só crepes e tostas mistas!”. Então arranje-me uma mesa na zona de refeições, por favor. “Fumador ou não fumador?”. Não fumador: somos dois adultos e uma bebé, por enquanto só inalamos ópio.

Dez minutos depois, estávamos sentados na última mesa para não-fumadores disponível ao cimo da terra. Ao lado, já na zona de auto-flagelação assumida, um cliente saca de seu charuto e a respectiva névoa invade território vizinho, o nosso. Em suma, a balcanização de espaço num sábado à tarde. Foi então que a mãe exigiu: “Não é possível um homem estar a fumar um charuto ao lado da minha filha, quero outra mesa!”. Pareceu fácil a deslocação da nossa comitiva de uma sala para a outra, mas lamentei os dois pãezinhos de soja que ficaram na mesa. Com eles, terá permanecido no limbo o pedido de dois pratos que dariam imenso jeito a um casal de adultos com apetite. Uma coincidência o facto de a fome, mesmo ao fim de semana, acontecer sempre à hora do almoço.

Uma hora depois, já com a bebé impaciente, o “comer” chegou à mesa. Pior do que uma criança com birras são dois adultos esfomeados e intratáveis, pais de uma criança com birras. Soluções? Guardar tudo num tupperware ou comer rapidamente e pedir à bebé para pagar tudo com o American Express Junior. “Desejam sobremesas?”. Traga-nos um café e a conta. Demorou-se o café e nunca chegou a conta. Até hoje. As formiguinhas não terão compreendido a indolência da solicitação: “Tra-zia-me-a-con-ta-se-faz-fa-vor?”. Deveria ter acrescentado: “Hoje”? A mãe e filha seguiram para a rua, eu desloquei-me ao balcão munido de cartão de crédito, e aguardei, aguardei, aguardei, antes de sair do restaurante sem pagar pelos serviços prestados. Prometo não voltar a fazer uma coisa destas antes da próxima vez que tiver necessidade de fazer uma coisa igual.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

O lobo-mau e os porquinhos

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RECEIO do perigoso animal que se vê na foto da esquerda pode ser uma boa (?) desculpa para que o típico lisboeta-porco não deite o lixo no sítio devido. Mas... qual será a justifificação nos casos em que não há feras à vista?

domingo, janeiro 18, 2009

O mistério do pátio vazio

A FOTO mostra a situação habitual num pátio de um determinado prédio das avenidas novas. Tem 4 garagens e 6 lugares marcados no pavimento e, embora a uso há muito tempo, está quase sempre vazio - o que é estranho pois, em toda a zona, há grandes dificuldades de estacionamento.
No entanto, há - pelo menos... - uma boa razão para isso ser assim. Alguém quer aventar algumas?
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Actualização (18h30m): não posso garantir, mas talvez as fotos e as legendas que se vêem [aqui] ajudem alguém mais perspicaz do que eu a achar a resposta...

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Pergunta de algibeira

A foto, tirada ontem, mostra dois carros a serem multados por um motivo muito especial! Alguém adivinha qual é?
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A resposta vai poder ser vista [aqui], mas só a partir das 12h00m de sábado, dia 17.
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Actualização
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Agora que já se sabe a resposta [v. aqui], pode perguntar-se:
Numa zona onde há tanta falta de estacionamento, tem algum jeito haver 2-lugares-2 (!!) destinados a veículos eléctricos que, pura e simplesmente, nem sequer existem? Se é apenas para propaganda, bastaria um cartaz a dizer qualquer coisa como «Aqui ficará um posto de carregamento para os futuros carros eléctricos»; e se é para carregar os novos Segways da P. Municipal, há que ter em conta que eles só circulam nos passeios.
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Bem... a menos que seja para «caça à multa». Nesse caso, estará "bem", pois ainda agora lá estavam (como sempre, aliás) carros a ocupar os lugares - e até outros, em 2ª fila!

O Diabo esconde-se nos pormenores

PELOS VISTOS, o erro de ortografia que ostentavam os cartazes da BP tem vindo a ser corrigido - a foto da direita é de hoje.
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Dir-se-á que mais vale tarde do que nunca, mas o B-A-BA da Qualidade também diz que se deve tentar fazer bem à primeira - e este era um caso em que tal teria sido, mais do que fácil, obrigatório; pois quanto poderá ter custado o erro em termos de imagem da empresa? E a correcção, com a subsequente substituição? Sendo uma multinacional, muito provavelmente já terão alguém a fazer as contas...
ESTA é uma das muitas fotos enviadas da Alemanha pelo leitor Luís Bonito. Nela se vê a "Polícia Municipal" de Leipzig a explicar aos jovens que está na altura de apanharem o lixo que fizeram.
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Morei durante muitos meses na Alemanha, e sei duas coisas: as leis, por lá, são mesmo para cumprir e a polícia (seja a de giro, a de trânsito, o outra qualquer) não é para brincadeiras...

O papel dos porcos

O CESTO de papéis que se vê na foto da esquerda faz-me lembrar um outro que, segundo dizem, havia na A. E. da Faculdade de Direito de Lisboa - tinha a seguinte inscrição:
«Se vier a guerra, mete-te aqui dentro - nunca cá ninguém acertou, sequer, com um papel!»

quinta-feira, janeiro 15, 2009

As 'reflexões' de Sampaio

O documento que Jorge Sampaio fez publicar, anteontem, no DN, sob o título de "Cinco Reflexões sobre os Desafios de uma Estratégia Nacional", comporta uma forma de revolta delicada, uma crítica mansa, e um pouco melancólica, aos egoísmos corporativos, e o desejo de que as fracturas sociais crescentes não atinjam zonas irremediáveis. O texto possui a honestidade intelectual do autor e o sentido de um apelo que desemboca em largas inquietações.

Como se pode mobilizar um povo, convocá-lo para a causa comum, se a classe dirigente tem tripudiado sobre a cultura de relação de que se compõe a democracia avançada? Nada nesse sentido tem sido realizado, sequer tentado. O próprio Sampaio, quando Presidente, ao rejeitar Ferro Rodrigues, e abrir as portas a um intermezzo cómico, participou, activamente, no retrocesso histórico que fez aumentar a indiferença e o desencanto portugueses. As desproporções obscenas entre os sacrifícios impostos e as regalias generosamente distribuídas por uma casta de privilegiados não são de molde a entusiasmar a população. O discurso oficial desloca--se numa falsa euforia e passa para a depressão mais inquietante. Ninguém, de boa fé, acredita nestes "políticos", cuja representação é diariamente demolida pelas evidências dos factos. E Jorge Sampaio bem o sabe.

As "Reflexões" não eliminam o sentido crucial dos problemas, mas também não indicam, ou sugerem, como seria natural, o combate ideológico contra a ideologia que intimida os governos e os intima a praticar regras unilaterais. Há, em tudo isto, uma perversão moral que condiciona o comportamento ético. O texto de Sampaio é omisso nestes aspectos, e percorre-se em generalidades. E talvez devesse ser, pelo estatuto e pelo passado do autor, nesta desordem e nesta perturbação, um aviso de que as abdicações não são o caminho para o resgate das servidões. A desmobilização cívica do País é uma das consequências da ausência da instância Estado, da falta de comparência de um ideal de libertação (sim, de libertação) que nos empolgue. E é, igualmente, a descaracterização ideológica dos partidos, essa base lógica que explica e justifica as grandes conquistas dos trabalhadores no imediato pós-guerra. Quando um estudo revela que os portugueses são o povo europeu que menos ri ou sorri, o caso pode animar solertes comentadores do óbvio - mas não deixa de ser significativamente pesaroso. Já ninguém vai "contra os canhões marchar, marchar". Estamos marcados pelo mais atroz niilismo e identificados com o mais absoluto indiferentismo.

O documento de Jorge Sampaio é, certamente, estimável, mas o seu conteúdo não revela a originalidade exigível.


In DN

Da falta de saúde

Salvo entre nós, são muitas as publicações sobre a necessidade de novas formas, novos paradigmas de Governo (alguns adoram dizer governança nesta moda que vai inglesando tudo quanto é palavra), sobre a qualidade das democracias e na delegação de funções administrativas no sector privado.

São questões que se repercutem directamente nas necessidades colectivas dos cidadãos, em particular nas mais relevantes. E uma delas é inquestionavelmente a Saúde, tema escolhido para o debate quinzenal no Parlamento com o primeiro--ministro (até ia a escrever Governo, mas, de facto, não é assim).

Sobre esta matéria e para além da frieza dos números – e já lá vamos – é bom ouvir quem anda por esse mundo: profissionais do sector e utentes (também me recuso a dizer clientes). O que mais me assusta são os constantes atropelos éticos de que oiço insistentemente falar, misturando serviços à revelia de todas as regras de boas práticas, com gravíssimas consequências na saúde dos cidadãos, em nome de uma contenção de custos que resulta precisamente no contrário, face às sequelas que vão ficando nas pessoas; a politização férrea de cargos que só deviam ter um único critério, o da competência, em casos como directores clínicos e chefes de serviços hospitalares. De norte a sul do País e com casos comprovados.

No mais, para além de cerca de 600 mil doentes em listas de espera na rede hospitalar – no 26º lugar numa lista de 31 países –, no sistema de cuidados de saúde, com indicadores equiparáveis à Roménia e à Bulgária, também continuam os encerramentos dos SAP e a extinção de serviços de urgência hospitalar, sem alternativas assistenciais, estando suspensos ou adiados os projectos de construção de dez novos hospitais. Só entre 2006 e 2007, as taxas moderadoras nas Urgências aumentaram cerca de 23% e os processos de introdução no mercado de medicamentos inovadores chegam a demorar três anos. O número de médicos nos centros de saúde diminuiu e o número de hospitais especializados passou de 21 para 15; o número de camas foi reduzido, sendo certo que o número de atendimentos aumentou.

Estou mesmo a falar de Portugal. Este. Onde a politização férrea de cargos na Saúde e a violação das boas políticas nos podem comprometer, muitas vezes, a vida.


In Correio da Manhã

quarta-feira, janeiro 14, 2009



Lisboa quer dar alojamento de charme a visitantes cada vez mais exigentes-PUBLICO.-14.01.2009, Ana Espada

Autarquia vai colocar à venda seis dos seus palácios centenários, respondendo à necessidade de maior oferta hoteleira da cidade. A venda poderá permitir o encaixe de 20 milhões de euros

O projecto Lisboa, Capital do Charme, apresentado ontem pelo presidente da autarquia, António Costa, visa a venda de um conjunto de seis edifícios municipais, de elevado valor patrimonial e arquitectónico, e a sua conversão em hotéis de charme, à medida do turismo de cidade e de visitantes com elevado poder de compra e cada vez mais exigentes.
Segundo explicou o autarca, a Câmara Municipal de Lisboa, em colaboração com a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), pretende com este projecto diversificar a oferta turística na cidade, mas também melhorar a qualidade urbana, através da reutilização de seis edifícios de interesse público. Os futuros hotéis, ditos de charme, serão assim direccionados para um público com "elevado poder de compra", que procura "experiências novas e dificilmente repetíveis em qualquer parte do mundo", resumiu António Costa.
Para aprofundar a ideia do projecto, Vítor Costa, director da ATL, explicou que o paradigma do turismo tem sofrido alterações, e neste momento assiste-se a um "aumento gradual do turismo de cidade". Em 1997 Lisboa recebia, aproximadamente, um milhão de visitantes por ano, o que correspondia a nove mil quartos de alojamento. Em 2007, o número de turistas duplicou para cerca de dois milhões, respondendo o alojamento com a subida da oferta para 14 mil camas. Consequentemente, a oferta hoteleira tem vindo a ser reforçada, e os hotéis de charme vêm preencher as necessidades de um segmento da sociedade turística mais exigente e requintada.
Preservar património
Os edifícios em questão são o Palácio Braamcamp (sec. XIX), o Palácio Pancas Palha (XVIII), o Palácio do Machadinho (XVIII), o Palácio Visconde do Rio Seco (XVIII), o Palácio Benagazil (XIX) e o Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça (XVII), todos situados em zonas históricas da cidade. A capacidade hoteleira destes edifícios poderá ser ampliada através da construção de novos pisos, mas tendo em conta as condicionantes impostas pela CML como forma de preservar valores patrimoniais existentes.
A análise valorativa destes edifícios, requisitada pela CML, foi feita com base no "método do custo e rendimento", afirmou António Costa, e patenteou o "estado de viabilidade para a instalação de cada unidade hoteleira". De acordo com esta análise, o Palácio Braamcamp possui as características adequadas ao segmento hoteleiro pretendido - charme, qualidade arquitectónica e patrimonial -, mas a sua oferta em termos de alojamento é reduzida. Por sua vez, o edifício da Graça necessitará de ser sujeito a uma reconstrução estrutural, fundamentada em estudo histórico da evolução arquitectónica e arqueológica. Se todos os futuros hotéis de charme procederem a obras de ampliação do espaço irão ser criadas, aproximadamente, 200 unidades de alojamento.
Tendo como objectivo a qualificação turística em Lisboa, António Costa afirmou que "a alienação destes edifícios irá ser feita "um a um", podendo apenas aceder a candidatura de concurso as empresas do sector hoteleiro. Da mesma forma, irá ser estipulado um prazo máximo para o início da actividade", de forma a evitar "abandonos" dos imóveis por parte das mesmas. A exposição dos edifícios no mercado está prevista para Fevereiro deste ano, mas o projecto ainda tem de ser aprovado pela Assembleia Municipal.

Os palácios -14.01.2009

Palácio Braamcamp -Páteo do Tijolo e Travessa do Conde de Soure - Santa Catarina
Segundo refere a Câmara de Lisboa, "os terrenos, no sítio do Moinho, pertenciam aos condes de Soure, e após sucessivas transacções foram adquiridos pela família Braamcamp para ali edificarem a sua residência. Após a morte de Anselmo José Braamcamp, político eminente, outro estadista ocupou o palacete: Fontes Pereira de Melo. Em 1917, a venda do imóvel ao Governo francês trouxe a École Française de Lisbonne, que até meados do século XX teve aí as suas instalações. Em 1962, a CML, que adquirira o imóvel em 1945, disponibilizou-o para sede da sua Caixa da Previdência e Serviços Sociais, que aí permaneceram até 2008.

Palácio Benagazil -Rua C (Aeroporto de Lisboa) - Santa Maria Olivais/Charneca
Na descrição da nota histórica elaborada pela CML, era a casa de recreio de uma das quintas dos limites da cidade - a Quinta do Policarpo, junto ao pequeno aglomerado habitacional da Portela. O 1º visconde de Benagazil, Policarpo José Machado, foi o responsável pela sua construção. Integrado nos terrenos adquiridos para a construção do aeroporto de Lisboa, o palácio sobreviveu até hoje, tendo sido ocupado pela TAP, com a sua creche e o Clube TAP. Após a saída da TAP, o palácio foi ocupado pela Divisão de Museus e Palácios. Para além de algumas obras menores de adaptação à creche, o palácio nunca foi objecto de intervenções de vulto.

Palácio Pancas Palha -Rua de Santa Apolónia e Travessa do Recolhimento de Lázaro Leitão - Santa Engrácia
Refere a CML que foi construído no segundo quartel do século XVIII por D. Luís de Meneses, senhor de Pancas e de Ponte da Barca. Em 1820 é comprado pela família Palha. A CML adquire-o à família Van Zeller, para demolir e alargar a Rua de Santa Apolónia, em 1968. À classificação do Edifício de Interesse Público, nos anos 80, segue-se a candidatura a fundos comunitários para a sua recuperação. O projecto foi do arquitecto Frederico George.

Palácio do Visconde do Rio Seco -Rua da Atalaia e Travessa da Água-da-Flor - Encarnação
De génese setecentista, refere a nota da autarquia, o palácio é, no final do século XIX, propriedade do visconde do Rio Seco. Por sua iniciativa, o edifício é revestido a azulejos estampilhados a azul e branco, como era então moda. Nos anos 20 e 30 do século seguinte, realizam-se obras no imóvel, a cargo da Sociedade Editorial Democrática e, em 1936, instala-se uma casa de pasto no rés-do-chão da Rua da Atalaia, a Empresa Nacional de Culinária, cuja memória persiste na fachada.

Palácio do Machadinho -Rua do Machadinho e Rua do Quelhas - Santos-o-Velho
Na segunda metade do século XVIII, José Pinto Machado, o Machadinho, fidalgo da Casa Real, torna-se proprietário de um palácio seiscentista à Madragoa, empreendendo uma campanha de reedificação, ampliação e redecoração do edifício. Após a sua morte sucedem-se os proprietários e inquilinos, dos quais se destacam o poeta António Feliciano de Castilho e seu filho, o olisipógrafo Júlio de Castilho. Em 1948, a Câmara Municipal de Lisboa adquire o palácio, que estava bastante degradado e após a sua reabilitação, sem grandes alterações, o edifício passou a albergar serviços municipais.

Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça -Costa do Castelo e Largo Rodrigues de Freitas - Socorro
A construção deste edifício insere-se na renovação da área da Mouraria, após a expulsão dos mouros decretada em 1496 por D. Manuel I, no seguimento da qual se inicia na zona a construção de palácios, conventos e igrejas nos séculos XVI, XVII e XVIII. Diz ainda a nota histórica da CML, que o edificado, com origem no século XVII e de tipologia pré-pombalina, encontra-se integrado num conjunto de edifícios notáveis que formam o conjunto setecentista de Arquitectura Nobre a Santo André, com proposta de classificação como Edifício de Valor Concelhio.

«Aprovado. Obra a obra, Lisboa melhora!»


Santana tinha telões gigantescos (ainda há uns quantos em circulação...) com promessas, publicidade enganosa (aquele das 'reabilitações em curso' no quarteirão do Mundial, por ex.), peneiras tontas (ex. aqueles com a figura do Marquês), que custaram uma pipa de massa e de nunca deu contas.

Esta vereação é mais modesta, chegando mesmo a ser deprimente os telões de propaganda espalhados pela Baixa: pequeninos, tímidos, não poluentes, sem panache. Mas propaganda, sempre. Já agora, quanto custaram?

Foto: FJ

terça-feira, janeiro 13, 2009

PARA VARIAR

Para variar apeteceu-me informar-vos que o Museu Colecção Berardo vai realizar visitas temáticas à exposição "A Intuição e a Estrutura: De Torres-García a Vieira Da Silva 1929-1949", apresentando ao público em cada domingo de Janeiro e Fevereiro um percurso e abordagens diferentes dos núcleos da mostra. Para 18 de Janeiro, às 16:00, está prevista uma primeira visita guiada, com entrada gratuita, sobre o tema "Lisboa, Paris e o Mundo - Os Palcos do trabalho de Vieira da Silva", seguindo-se, a 25 de Janeiro, "Vieira da Silva e a Arte do seu Tempo".

Já o Centro Português de Serigrafia de Lisboa mostra até sábado, 17 de Janeiro, uma exposição antológica da obra gráfica de José Espiga Pinto, sintetizando cerca de 50 anos do seu trabalho, entre linóleos, xilogravuras, litografias e serigrafias sobre papel e sobre tecido. Pintor, desenhador, escultor, gravador, ilustrador, medalhista, Espiga Pinto nasceu em 1940, em Vila Viçosa, estudou escultura Escola Superior de Belas Artes de Lisboa entre 1957 e 1960, fez investigação a nível de espaço urbano e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Realizou diversas exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Em 2001 participou na Colectiva “Anos 60/70”, na Fundação de Serralves, Porto.

E Almada Negreiros é homenageado na Fundação Portuguesa das Comunicações, ao Conde Barão, dia 15 às 19:00, no âmbito da exposição colectiva de pintura e de escultura, "Caligrafias, uma realidade Inquieta", comissariada por Maria João Fernandes. Haverá uma mesa-redonda, um recital de poesia e o lançamento de uma serigrafia de Maria João Fernandes em homenagem ao pintor e escritor. A mesa-redonda contará com a participação de Ernesto M. de Melo e Castro, que se ocupará do tema "Dos Caligramas de Almada Negreiros à Poesia Visual em Portugal", Eugénio Lisboa, que dissertará sobre "O Diálogo entre as Artes, do Modernismo à Actualidade", e Maria João Fernandes, que falará sobre "Caligrafias, uma Aventura Poética". No final serão lidos poemas de Almada pelo seu filho, de Fernando Pessoa por Diogo Dória e de Mário de Sá Carneiro por André Gomes.

Fonte: Lusa

segunda-feira, janeiro 12, 2009

O ÚLTIMO DOS CORREEIROS

O último dos correiros de Lisboa, a loja Vitorino de Sousa, Lda. com estabelecimento aberto na R. dis Correiros no nº de polícia 88, pode virar hotel de charme. A não ser que o imóvel venha a ser classificado pela C. M. L..

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Foi há 3 anos!


E não é que este país ainda atura ambas as personagens?! Até quando?


Foto: Visão

Se o mal dos outros é consolo...






ESTAS FOTOS, tiradas ontem em Lagos (no Algarve, e não na capital da Nigéria...), são só para animar os lisboetas que se queixam do estacionamento selvagem...
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Nessa simpática cidade, com pretensões a destino turístico de qualidade, há a agravante de a Câmara Municipal disponibilizar largas centenas (ou até milhares!) de lugares de estacionamento gratuitos por toda a cidade - ver alguns [aqui].
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Todas estas cenas se passam a escassas dezenas de metros desses parques.
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Quanto ao que fazem as autoridades, a imagem de arquivo que se vê [aqui] continua 100% válida...

O Natal vai regressar a Lisboa!!

Ai o clima ...

Poderá nevar em todo o litoral, incluindo Lisboa, avisa Instituto de Meteorologia
A Protecção Civil aconselha cuidados acrescidos para os grupos mais vulneráveis devido à possibilidade de queda de neve em todas as regiões do litoral até ao Algarve, incluindo na região de Lisboa. Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), o tempo frio, com acentuado arrefecimento nocturno, vai continuar até domingo e a neve poderá cair, entre hoje e o início de amanhã, em todas as regiões do litoral até ao Algarve, nomeadamente na região de Lisboa. Para as regiões do Norte e Centro também há previsão de neve até sábado.

(...)

Vaga de frio ...

... revela casos de risco escondidos na Lisboa antiga

- A autarquia garante acompanhamento da situação
O auxílio diário tem sido dado nas instalações dos Sapadores Bombeiros

As equipas de rua que estão desde quarta-feira a percorrer alguns dos bairros mais envelhecidos e degradados de Lisboa para transmitir aos munícipes medidas de autoprotecção contra o frio já identificaram cerca de 30 situações de risco, que foram encaminhadas para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Muitos são idosos doentes, que vivem sozinhos, em casas sem condições de habitabilidade e praticamente sem agasalhos.

Os bairros históricos de Lisboa como Alfama, Mouraria e Bairro Alto, onde há uma maior predominância de população idosa, são algumas das zonas já visitadas no âmbito da campanha de proximidade desencadeada pela Câmara de Lisboa. Nesta acção, que se prolongará enquanto as baixas temperaturas o justificarem, participam cerca de 200 pessoas, entre elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL), da Polícia Municipal, de corporações de bombeiros voluntários e dos serviços municipais de protecção civil.

Segundo José Rocha, do RSBL, numa primeira fase equipas formadas por bombeiros e polícias visitam zonas da cidade previamente estabelecidas, onde desenvolvem um trabalho de “sensibilização porta a porta” para divulgar medidas de autoprotecção contra o frio. Como explica o subchefe, sempre que são identificadas “situações gritantes”, nomeadamente “pessoas com problemas de saúde, carenciadas, sem acompanhamento social”, é alertada a Protecção Civil.

Através desta acção, esclarece por sua vez o director do departamento municipal de protecção civil, Victor Vieira, já foram identificadas cerca de 30 situações de risco que até aqui permaneciam escondidas dentro de quatro paredes e desconhecidas dos serviços de acção social da Câmara de Lisboa e de outras instituições. Depois de referenciados, os casos estão a ser analisados pela Protecção Civil e pela SCML, que desencadearão acções como alertar familiares ou amigos, providenciar acompanhamento domiciliário permanente ou encaminhar as pessoas para centros de dia.
Mas a face mais visível e mediática deste plano desencadeado pela Câmara de Lisboa para fazer frente à vaga de frio dos últimos dias é a tenda montada na Avenida D. Carlos I para receber os sem-abrigo.

Filomena Marques, do departamento de acção social da autarquia, garante que também aqui os efeitos da iniciativa se prolongam no tempo e vão além de medidas pontuais, como a oferta de agasalhos, comida e apoio médico.

Segundo a técnica, em “situações de crise” como esta, os sem-abrigo “estão mais vulneráveis e disponíveis para outros projectos de vidas, para encontrar soluções em termos de emprego, para tratar de documentos”. Até à tarde de ontem passaram pela tenda 50 pessoas, das quais, diz Filomena Marques, 21 já estavam a ser acompanhadas por instituições e sete foram encaminhadas para albergues nocturnos, um centro de acolhimento da SCML e o Exército de Salvação.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Experiência inolvidável a de tirar o Cartão do Cidadão


Fugindo da babel deprimente da Loja do Cidadão do defunto Eden, onde de manhã já não havia senhas para fazer o cartão avant garde da nosso governo, eis que a solução encontrada (uma vez que os serviços do Areeiro só fazem BI válidos por 1 ano - para quê?) passou por uma ida ao 'modernaço' prédio da Defensores de Chaves, nº 52.

Entrada às 12h20 e 50 pessoas à frente, entre 'deficientes' prioritários (aconselho aos incautos o uso da bengalinha da praxe, ou que metam uma almofada debaixo do pullover!), gente encostada à parede por falta de bancos, alguns écrans de televisão debitando propaganda, e uma decoração esterilizada ao jeito do próximo museu dos coches (cruzes canhoto).

Saída às 15h20, não sei antes elogiar o trabalhinho da funcionária de serviço, autêntica mártir dos computadores de serviço; cujo sistema operativo pela sua 'rapidez' pedirá meças ao da NASA. Ena, o MIT e a Microsoft devem achar um piadão a este país;-)


Foto

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Sr. Vereador? Encomendou os bustos ao Buonarroti, foi?


É que por alturas da 'inauguração' em Fevereiro passado do jardim-miradouro de São Pedro de Alcântara (como dei conta aqui), o Dr.Sá Fernandes afirmou que teria encomendado os bustos que faltam no patamar inferior daquele espaço. Ora, passados 11 meses, com o patamar semeado de suportes sem busto, é caso para perguntar se os seus serviços andam a imitar os do 'menino guerreiro'...

terça-feira, janeiro 06, 2009

BARÓMETRO DA MOBILIDADE - por Cristina Leal
Positivo
Reabertura do Cais das Colunas
Após onze anos impossibilitados de usufruírem deste cais (desmontado e transformado em estaleiro desde 1997 devido às obras de expansão do Metropolitano de Lisboa), os lisboetas e
visitantes da cidade podem finalmente fazê-lo de novo.

NEGATIVO
Mais obras no Terreiro do Paço
As obras de expansão do Metropolitano e as de reposição do Cais das Colunas não foram articuladas com os trabalhos de saneamento. Estes irão arrancar a 5 de Janeiro, prolongando-se por um período de aproximadamente um ano, obrigando (de novo) ao condicionamento da circulação no Terreiro do Paço. Aproveitemos o Cais até ao dia 4! Depois… só no Reveillon de
2009/2010 (ou será no de 2010/2011?)!

JdL#12
JdL#12.pdf
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JORNAL DE LISBOA
JANEIRO 208

CAPA:

"Ruptura familiar" e "padrão de vida" "deram" casa a ex-presidente da Gebalis

Isabel Soares, actual chefe de gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, teve uma casa Camarária por, na altura, estar numa "situação de grave ruptura familiar".(...)

Santos-o-Velho requalifica-se

Campolide tem consultas gratuitas

Quente... quente...

A IMAGEM que aqui se vê mostra um fiscal da EMEL a fazer aquilo para que lhe pagam o ordenado, numa situação muito próxima da do «Tipo C» dos Prémios António Costa - ver [aqui].
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Alguém sabe dizer o que é que faltou para que o autor da foto tivesse, de facto, direito ao prémio de 6 pastéis-de-massa-tenra, lá anunciado?
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Actualização: o passatempo já terminou. Entretanto, já obtive mais fotos, documentando cenas igualmente elucidativas...

sábado, janeiro 03, 2009

Bacelar Gouveia é o mandatário da candidatura de Santana Lopes

Esta era uma das últimas notícias que esperava ler!

Um ilustre jurista a meter-se em chatices ...

... é a vida.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Como é gasto o nosso dinheiro

Praça de Londres
Marquês de Pombal
JÁ HÁ ALGUNS MESES que é possível tropeçar, na Praça de Londres, num misterioso posto para «Carregamento de Veículos Eléctricos», que parece estar operacional - pelo menos a avaliar pela posição "ON" dos disjuntores e dos dois lugares de estacionamento reservados para esse efeito.
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Pois bem; passo por lá uma dúzia de vezes por semana, às horas mais variadas, e nunca tive a sorte de ver o equipamento a funcionar.
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No entanto, e até para me redimir da eventual injustiça do título deste post, ofereço um lanche na pastelaria Mexicana ao primeiro leitor que me enviar uma fotografia que mostre o referido equipamento a ser utilizado.
*
NOTA-1: Existe pelo menos um outro, no Marquês de Pombal, sobre cuja utilização não me pronuncio, pois passo por lá mais raramente. Em ambos os casos, publicarei, com muito prazer, fotografias que comprovem que os equipamentos têm uma utilização diferente daquela que os cães costumam dar aos candeeiros.
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NOTA-2: Perto dali, no edifício do Ministério de Vieira da Silva, continua 'de boa saúde' o monumento à incúria, à incompetência e ao desperdício que dá pela deliciosa alcunha de Infocid - ver [aqui]. Relembro que há um prémio de €50 (nunca reclamado, pelo que está em vias de subir para €100) para o primeiro leitor que encontrar um único, e em qualquer ponto do país, que funcione...