Foi numa sala cheia que nem um ovo, que no ISEG se realizou ontem uma apresentação do documento sobre política macro-económicas e enquadramento da acção que o P.S., se for governo irá ter em conta.
A economia é como uma máquina de fazer salsichas, depende do produto que nela se introduzir, da forma que se queira dar ao produto, dos ingredientes que nele se coloquem, do tamanho ambicionado.
Não existe economia no vazio, como aliás bem disse na intervenção inicial Paulo Trigo Pereira, mas balizada por opções e orientações políticas e sociais, como foi sublinhado também por uma intervenção da plateia e esteve presente em todas as intervenções, de que destaco a de Vítor Bento por colocar questões a um nível de debate e utilidade para uma melhor elaboração ou correcção deste interessantissimo documento, que coloca a discussão das nossas políticas públicas e do seu financiamento a outro nível (este, V.B., esteve completamente errado na avaliação de Piketty, mas essa é outra conversa!, a luta contra as crescentes desigualdades é fundamental!).
Este documento deverá do meu ponto de vista ser corrigido, a questão da TSU, e contra mim empresário falo, não faz qualquer sentido e os custos do trabalho não devem no quadro global da economia serem reduzidos, falácia que anima o actual primeiro ministro.
E é pena continuar-se a flutuar no etéreo, sem introduzir as questões da realidade, da diminuição de recursos, das alterações climáticas e das migrações, na balança e se continuar com o discurso mitológico sobre a diminuição da natalidade, quando não existe nenhum problema demográfico!
E Lisboa?
Pois a alteração da política de representação deveria também ser compaginada neste quadro, a organização do território e os seus custos...
Tudo está articulado. O antigo Convento das "madres de Goa" (Madragoa!) dito das inglesinhas onde também passei ontem foi templo de pensamento e boa discussão.
Cá fora a malta desbundava, o que também é cultura...
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