segunda-feira, agosto 31, 2020

Não conheço ninguém, nem mesmo uns velhos camaradas ainda membros do P.C.P. (que me dizem que irão estar noutro sítio....) que vá ao festival do Avante, festa do P.C.P. (onde por despautério foi em tempos o actual Presidente).
É me totalmente indiferente que haja ou não turbas a agitarem-se uns em cima dos outros neste.  O prejuízo, que irá acrescentar ao que já se acumula (pela teimosia, intransigência, dogmatismo, etc), será só dos que irão e que com grande probabilidade sairão de lá para o confinamento, o hospital ou pior, sabendo a idade média dos militantes do P.C.P.
E vai quem quiser, já informado de todos os riscos a que se sujeita, prezando eu a liberdade, e indo no dia que esta começa para bem longe, de onde volto já com o confinamento dos que lá forem a acabar.
Nada do que este partido está a fazer (vejam bem que há 6 meses não faz uma única, uma única proposta ou apresenta um, um projecto a não ser falar do mealheiro que é a festa) me surpreende.
Vou hoje à Culturgest ver um filme que me dizem ser histórico sobre o funeral de Stalin, que ainda hoje é idolatrado por militantes comunistas e está na alma do partido, que é certo nunca teve como o seu extinto congénere (estão quase todos excepto o da China e do camarada Kim) o P.C.E. que titulava brigadas "Ramon Mercader", ou "Piolé" (picareta, não preciso dizer a função....), na linha do que fizeram a Andrés Nin.
É pena, mas é a vida. O P.C.P. está infectado há muito, muito tempo, e não reconhece o vírus e não procura adaptar-se ao tempos modernos, em nome dos trabalhadores e do povo, que classe operária há muito não é falada  nem sequer vista!
É a vida, com as alterações das condições produtivas alteram-se as relações de produção, com novos procedimentos de comunicação alteram-se os processos de gestão socio-políticos, mas para eles Stalin continua vivo nos corações do membros do partido, e a língua de pau continua a dominar o discurso, a cassete.

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