Mosteiro do Carmo
Pertenceu à Ordem do Carmo - os Carmelitas
1389 - fundação, por iniciativa do Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira; da Ordem do Carmo, também designados como carmelitas. Foi edificado em terrenos adquiridos irmã de D. Nuno, Beatriz Pereira e ao almirante Pessanha;
1393 - início da construção;
1407 - estava concluída a capela-mor e absidíolos da igreja conventual, aí tendo lugar os primeiros actos litúrgicos;
1423 - encontrava-se concluída a parte residencial, passando os religiosos carmelitas a habitá-la nessa data; professa-se D. Nuno com o nome de Fr. Nuno de Santa Maria, o Condestável, D. Nuno Álvares Pereira;
1551 - albergando 70 religiosos e 10 servidores, o Mosteiro possuía uma renda de 2500 cruzados;
1755 - o terramoto de 1 de Novembro danifica gravemente o Mosteiro, perecendo a biblioteca (constituída por 5000 volumes). Os 126 religiosos tiveram de abandonar o edifício, deslocando-se inicialmente para a Cotovia, depois para o Campo Grande;
1800 - obras nos telhados da zona habitacional;
1810 - as estruturas do Mosteiro eram ocupadas pelo Quartel da Guarda Real de Polícia;
1814 - encontrava-se aquartelada no local o Batalhão de Atiradores;
1815 - pinturas na zona habitacional;
1831 - parte do Mosteiro foi ocupado por um regimento de milícias;
1834 - início de obras a cargo da Repartição de Obras Públicas, com vista à adaptação de parte do Mosteiro para receber o Tribunal do Juízo de Direito do 3º Distrito;
1835 - Junho, o espaço habitacional foi arrendado e utilizado como oficina de serração;
1836 - após a expulsão das ordens religiosas, e de uma grande campanha de obras, é instalada nas antigas dependências habitacionais a 1.ª e 2.ª Companhia de Infantaria da Guarda Municipal;
1845 - instalação no edifício do 1º Esquadrão de Cavalaria;
1902 - grande campanha de obras, responsáveis, designadamente, pela fachada que dá para o Lg. do Carmo;
1911-1912 - reconstrução da muralha do Carmo, com colocação de amplos arcos ritmados, da autoria do arquitecto Leonel Gaia;
1955 - autorização para a execução de obras de conservação e reparação das fachadas e cobertura do quartel pela Delegação nas Obras de Edifícios de Cadeias das Guardas Republicana e Fiscal e das Alfândegas;
1969 - 28 Fevereiro, um abalo sísmico provocou danos nas estruturas da nave.
A Trindade
Real Mosteiro da Trindade
Pertenceu à Ordem da Trindade ou dos Trinitários
Construído no lugar de uma antiga ermida. O segundo mais antigo, sendo o primeiro o Mosteiro de S. Vicente de Fora.
A história oficial:
Convento da Trindade
1286 / 1325 - período de edificação do convento da Santíssima Trindade, com protecção da Rainha Santa Isabel ocupando a área compreendida entre a Rua Nova da Trindade, o Largo Trindade Coelho, a Rua da Misericórdia, o Largo da Trindade e a Rua de Oliveira ao Carmo;
Séc. XVI - pinturas do retábulo-mor por Garcia Fernandes, com uma Natividade, uma Ressurreição, Apresentação no templo, Ascensão, Pentecostes, Baptismo, Transfiguração e Santíssima Trindade;
1531, 26 Janeiro - terramoto que afecta gravemente a Igreja do Convento da Trindade;
1551, 28 Janeiro - novo terramoto que concorreu para intensificar a ruína da Igreja do Convento da Trindade;
1569 - desmoronamentos na Igreja do Convento da trindade e início de grandes obras de reconstrução e modificação de Igreja e Convento;
1613 - incêndio que destruiu por completo a capela-mor da Igreja do Convento da Trindade;
1629 / 1631 - entre estas datas avança-se consideravelmente nas obras do edifico conventual, com a construção do dormitório e das casas dos Provinciais;
1635 - avanço da obra de reconstrução da Igreja;
1640, 2 Setembro - ruiu o coro e as duas naves da primitiva igreja do Convento da Trindade;
Séc. XVII (terceiro quartel) - novo avanço das obras e alargamento da massa construída em relação ao primitivo convento;
1705 - execução do retábulo-mor por José Rodrigues Ramalho, o qual importou em 1:700$000;
1708, 21 Setembro - incêndio no Convento da Trindade e posterior reconstrução;
1755, 1 Novembro - o terramoto e o incêndio subsequente destroem praticamente por completo o Convento da Trindade;
1755 / 1788 - os Providenciais da ordem trinitária procederam a diversas campanhas de obras no edifício conventual;
1834, 10 Fevereiro - o Convento da Trindade foi suprimido por Portaria e entregue á Prefeitura da Província da Estremadura;
1834, 4 Julho - o Tribunal do Tesouro Público manda tomar posse de tonos os bens dos Trinos; o Governo desiste do projecto de instalar no antigo Convento o Tribunal da Prefeitura da Estremadura, decidindo lotear os terrenos resultantes das demolições já levadas a cabo para essa obra; os lotes de terreno foram comprados por Joaquim Ferreira Bastos, Manuel Alves Martins, e Valentim José Lopes, Joaquim Peres, tendo este último arrendado e depois vendido os seus terrenos a Manuel Moreira Galego; Manuel Moreira Galego instala em barracões já existentes no terreno uma Fábrica de Cerveja;
1838 - data do início da construção do prédio actual destinado desde logo a cervejaria por Manuel Moreira Garcia;
1854 - em Alvará real Manuel Moreira Garcia torna-se o Fornecedor de Cerveja da Casa Real, podendo com este título colocar as Armas Reais no frontispício do seu estabelecimento;
1863 - no antigo refeitório fradesco é definitivamente instalada a Cervejaria Trindade, com azulejos pintados por Luís Ferreira, o Ferreira das Tabuletas; revestimento da fachada com azulejos do demolido convento da Trindade;
1876 - decoração do tecto pelo pintor Vale, irmão de José António Vale;
1934 - a Fábrica e a Cervejaria passam a propriedade de um consórcio cervejeiro;
1935 - A fábrica encerrou e a exploração da cervejaria é entregue à Sociedade Central de Cervejas;
1945 / 1948 - obras de modificação e ampliação, é criado o novo salão e pequena sala anexa, com paredes decoradas com paineis em mosaico de Maria Keil;
1959 / 1972 - entre estas datas esteve activo o Restaurante Folclore, com funcionamento independente da cervejaria;
1974 - restabelecimento da ligação entre todas as salas, devolvendo á Cervejaria a configuração dos anos 40;
1986 - comemorações dos 150 anos da Cervejaria, inaugurando-se a Galeria de Arte;
1987 - Atribuição á Cervejaria da medalha de prata de Mérito Turístico pela Secretaria de Estado do Turismo;
1949 / 1983 - obras de adaptação;
1997 - A Direcção Geral de Turismo declara o imóvel de "relevante valor histórico-cultural";
1998 - obras de beneficiação na Cervejaria, procedendo-se á limpeza e conservação dos azulejos do Ferreira das Tabuletas, intervenção nas duas salas revestidas a azulejo, beneficiação da galeria de arte e esplanada.
2 comentários:
Agora faltam as obras de beneficiação da cozinha e serviço da cervejaria...
... o tratamento "primoroso" que dão ao Património Histórico:
«cozinha e Necessárias».
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