quinta-feira, março 30, 2017

Vamos andando, por aqui e por ali...
aproveitarei para comer um torricado de bacalhau...

sábado, março 25, 2017

carregar para leitura.


Vivemos nos discursos como o peixe vive na água.
Construímos e articulamos palavras e damos sentido à realidade, aos sentimentos e à fantasia com esses.
Mas estamos a chegar ao fim, novas lógicas de poder, que também passam pela ignorância dos discursos e da sua construção com a ciência e o conhecimento começam a introduzir-se em todos os sectores da sociedade. A simplificação gerada por novos sistemas de comunicação, governar por 200 digitos, dar a mesma valia à religião e à ciência, ignorar a ciência quando essa se opõe a lógicas económicas, ignorar o peso da palavra quando a imagem, forjada pelo ecrán faz de espelho  da realidade.
Vivemos tempos em que os discursos se vão esvaziando, como os mares aumentando e alterando as suas correntes e temperatura e o degelo vão perturbando os ciclos atmosféricos e os peixes vão tendo cada vez mais dificuldades em viver, também porque as palavras em que se baseia a sua vida está poluída, degradada alterada por padrões de desenvolvimento que não tem consideração pelos discursos.
Vivemos nos e dos discursos mas cada vez mais enfrentamos muros na nossa interligação, na construção da sociabilidade e da suficiência.
Temos que resistir inventando novas formas de comunicar, dando a nossa voz e empenho sempre que podemos e não calando a palavra que vai, por razões diversas sendo cada vez mais, estando cada vez mais isolada.
Tenho, ultimamente, falado sobre alterações climáticas, energias renováveis, nuclear, petróleo, abelhas, biodiversidade, sobre o que comemos e como, sobre cultura e como manter esta é importante, porque ela é o discurso estruturado em formas diversas e vivas.
Vivemos nos discursos como o peixe vive na água.
Mas estamos como esses a sufocar.
Porque os modelos de crescimento conduzem-nos a becos sem saída de silêncio e incompreensão. Porque a organização das nossas sociedades e a sua concentração reduz os espaços de cidadania. Porque o domínio de novas tecnologias em vez de nos ter dado mais capacidade e alargado o espaço da civilização tem vindo a reduzir a humanidade ao manipular digital onde a comunicação se dispersa sem sentido.
Temos que lutar para manter os discursos vivos, temos que dar ar, dar mais ar aos nossos pulmões e romper os bloqueios, por onde os rios das nossas palavras possam encontrar continuidade e criar.
Plantar uma couve, caminhar por uma várzea ou ao longo de um rio, participar numa tertúlia, assinar e envolver a nossa palavra num acto, acarinhar o vivo e reconhecer o seu papel na formação social, são momentos onde o discurso pode romper. Por aqui e por ali.
Hoje vivemos tempos difíceis para os discursos, vivemos tempos difíceis para a espécie que os constrói e com esses a realidade, que a partir desses emergiu.
Não deixemos os discursos acabar, mantenhamos o olhar atento, o ouvido à escuta, continuemos a cheirar as flores e a sentir o vento e saboreemos a realidade, com a língua que a faz, ou pelo menos a faz para nós.
É esse, é também esse o papel dos educadores, que somos todos os que não deixamos morrer o discurso!

quinta-feira, março 23, 2017

Novamente de viagem, como sempre a perseguir o clima, Almaraz, e outras maldades e enquanto marina um texto sobre a Europa, aqui algumas fotos de uma das nossas centralidades, europeias...

Tudo isto é Europa. Talvez seja a que não é do gosto de apreciadores de piadas grossas e de vexames baratos, e de ordinarices de carroça. Mas é a que foi berço de cultura e civilização, que infelizmente não chegou a alguns bárbaros.

quarta-feira, março 22, 2017


terça-feira, março 21, 2017

Sou um europeista, radical, e também um iberista de todos os costados.
Vejo a península como uma comunidade de diversas culturas integrada numa grande e forte União ou mesmo Federação Europeia.
Detesto todos os nacionalismos e fanatismos.
Por isso venho aqui hoje denunciar mais um e apelar ao envolvimento cidadão para dar força aos que o procuram contrariar.
O fanatismo dos que pensam que o lucro da oligopolia energética vale mais que a vida e saúde da terra e dos homens, dos que desafiam as leis da física e julgam que não haverá consequências.
Os que contra as evidências querem continuar o caminho do abismo.
Aqui:
http://signos.blogspot.pt/search/label/Contesta%C3%A7%C3%A3o%20ao%20ATI%20de%20Almaraz
está o documento que todos e cada um deve direccionar à A.P.A. com as alegações porque razão o A.T.I. e a continuação de Almaraz não devem ir para a frente.
Por Portugal, por Espanha, pela continuidade da vida e da nossa tranquilidade.

segunda-feira, março 20, 2017

É já hoje a abertura, na Torre do Tombo, ao Campo Grande, desta exposição que não irei, certamente, perder:
muitas estórias e memórias me passam por aqui....

sexta-feira, março 17, 2017

Não poderei ir à inauguração, mas não deixarei de ir ver ou revisitar.
Já conheço a obra, e a autora, as fotos são mais que fotos...

Hoje é sobre paisagem que aqui venho.
E de um velho conhecido que sobre ela, sobre uma escreve.
Conheci o Zé Navarro ou na política, ele era maoísta, o que nunca foi da minha quinta, ou no cinema, ele era a secção de cinema da F.L.L. e eu que era um dos da ecologia e cheguei a organizar um ciclo de cinema ambiental, para ele, e a iniciar aí a minha actividade de crítico de cinema, que exerci durante alguns anos em 3 jornais.
Leio agora um simpático e muito bem escrito livrinho, que conta estórias mas também é um registo de memórias da terra e dos que a fazem.
Neste também apreendi algumas coisas, eu que sou também filho do Alentejo.

terça-feira, março 14, 2017



Sessão Pública Central Nuclear de Almaraz

"Que consequências para Portugal | Que riscos para o Rio Tejo e Populações"

17 Março (sexta) | 21h | Salão da Junta do Forte da Casa

Com: José Faria (Eurodeputado | Partido Terra)
António Eloy (Escritor e especialista nuclear)
António Redol (Especialista em economia de centrais nucleares e de energia nuclear)

segunda-feira, março 13, 2017

Lisboa deveria seguir os bons exemplos e a nossa comunicação social em vez de dar voz a discursos obsoletos e cheios de mentiras devia falar com quem sabe e tem informações sobre a alteração deste paradigma, que se está a tornar dominante nos EUA e por todo o mundo, agora chegando também à folha de coca.
Legalize IT!
A legalização de todas as drogas é inevitável, globalmente, mas temos que caminhar localmente.
Em Espanha há muitos bons exemplos e por cá, apesar desses aventesmas que falsificam estatísticas e anunciam desgraças e aos quais só podemos, assim como aos jornais que os acolhem aconselhar uma boa ganza e uma ida a Barcelona:
http://www.huffingtonpost.es/2017/03/12/barcelona-la-nueva-meca-del-cannabis_a_21880334/?utm_hp_ref=es-homepage

quinta-feira, março 09, 2017

Fui à UTAD falar de clima, de energia, de petróleo e de nuclear, de renováveis de política e sociedade.
Hoje vai-se de Lisboa a Vila Real em 3/4 horas, sem acelerar demasiado e encontrei uma Universidade viva e com muita gente para lá ida de Lisboa e instalada.
Noutro blog coloco algumas notas sobre a excelência do campus.
Percorri no regresso alguns pontos do nosso melhor românico, além de ter ficado no excelente local que é a Casa da Calçada, que recomendo a todos os que passem por Amarante.
Lamento que nos restaurantes locais e vi a lista de inúmeros, os pratos, os soberbos pratos de gastronomia regional pura e simplesmente tenham sido abolidos e trocados seja pelo bacalhau, que ainda vale e por hamburguers e picanhas ou pratos de outras zonas.
Acabei por comer uns rojões medíocres no único local que oferecia... um prato local.
Valha-nos S. Gonçalo...

Percorri a rota do românico, que de facto está espectacular e passei pelo convento, onde me dizem que Alvaro Siza está a intervir, Mosteiro de Santo André de Ancede. Lindo.
Aqui, para conhecer: http://www.rotadoromanico.com/vPT/Paginas/Homepage.aspx
Um excelente argumento para descobrir estas terras...
Acabei na igreja de Tarouquela, e aqui vinguei-me com uma fantástica lampreia ofertada em excelente restaurante, regional, pelos meus amigo da Rádio Montemuro.

domingo, março 05, 2017

Lá estarei....
temos que ser como... um machado firme a cair sobre a especulação, a agiotagem, a sacanagem, a corrupção, a bandalheira e hipocrisia que vai essa sim alastrando.

sábado, março 04, 2017

O Tejo desagua no Mediterrâneo, que é para onde lhe são roubados milhões de hectolitros, para campos de golfe, culturas intensivas ou usos deletérios.
O Tejo está a ser degradado por empresas como a CELTEJO ou A Centroliva, e ao longo da sua passagem por Portugal com a criminosa complacência das nossas autoridades "vamos" deixando que a cloaca se espalhe, além das actividades de areeiros e suiniculturas...ou empresas farmaceuticas...
e ainda temos as centrais de Trllo e as duas de Almaraz....

Hoje em Vila Velha de Ródão 500/600 pessoas disseram BASTA!
BASTA JÀ!

sexta-feira, março 03, 2017

Já aqui tenho falado da Coopérnico.
E nos tempos que correm meia dúzia de cidadãos por dia telefonam-me angustiados com a incapacidade do nosso governo de se manter firme pelo encerramento de Almaraz e a perguntar-me o que fazer.
Aderir aos grupos ecologistas, reforçar a corrente que exige firmeza ao nosso governo e responsabilidade ao governo do P.P. em Espanha. Agir!.
E também aderir à Coopérnico!
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quinta-feira, março 02, 2017

Em 2 minutos e 59 segundos fiquei sem palavras!
Aqui:
http://expresso.sapo.pt/multimedia/259/2017-03-02-Temos-de-fazer-escolhas-mais-acertadas-no-dia-de-amanha
e para dar vida ás escolhas ....

Energia Fotovoltaica
A produção doméstica de electricidade a partir de painéis fotovoltaicos correspondeu a 203,5 kWh, o que permitiu abastecer os electrodomésticos da cozinha e a iluminação.

Energia Solar Térmica

O aquecimento de águas a partir de painéis solares térmicos em Lisboa permitiu a uma família poupar, por exemplo, 7,10 m3 de gás natural, durante o último mês.

Energia Eólica

A produção de electricidade de origem eólica no mês passado permitiu abastecer 32 % das habitações de Lisboa. 

As renováveis, são um caminho. Mas evitemos a demagogia, não há 100% renováveis no horizonte, para manter a rede funcional. O futuro assa por mudanças de comportamentos e mentalidades e também por avanços tecnológicos um re-equilibrio do mundo em que vivemos. E também pela auto e micro geração.
E o fim das lógicas a que vamos assistindo. 
Já escrevi que é intolerável o silêncio e o meter a cabeça na areia de muitos que deveriam estar na 1ª linha a aplaudir, em relação à reposição da legalidade, do Estado de Direito e da protecção ambiental, até surpresa, por aqueles que estão contra a inofensiva, em si, prospecção de petróleo. (Atenção eu estou contra, seja pela economia,  seja pelas consequências, seja a exploração, seja o desvio das prioridades, seja o risco da exploração!)  
Estou a falar, é claro, da expropriação dos clandestinos e da demolição das constuções em área de Domínio Público Marítimo!
 

quarta-feira, março 01, 2017

A Fábrica


Uma filme com a estória da Fábrica. Um local de todos os cultos, de todas as iniciativas. Um espaço fantástico que lustra a cidade de Lisboa, os seus ocupantes e a C.M.L. que soube agir no momento certo para proteger este pulmão socio-cultural da cidade.
Um dragoeiro!