quinta-feira, dezembro 31, 2009

Mistérios de Lisboa

Cenário típico
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Cenário atípico, para o qual se procura explicação
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ESTA RUA (a martirizada Frei Amador Arrais, que liga a Av. Roma ao Bº S. Miguel) já aqui foi referida, inúmeras vezes, e sempre pelas piores razões: carros, jipes, carrinhas e camionetas em 2ª fila a perder de vista, outros tantos em cima do passeio, outros ainda a bloquear a entrada para um estacionamento residencial (a que ninguém consegue aceder), etc.
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Pergunta-se: o que é que sucedeu para que nada disso se veja na foto de baixo? O prémio, a quem primeiro der a resposta certa, será um exemplar de «Desafio à Polícia» (de Carter Dickson).

Actualização (16h04m): a resposta certa foi dada às 16h00m. Ver o comentário a seguir a esse.

Bom Ano 2010

Votos de um Excelente Ano 2010

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Ninguém tem vergonha na cara?

29 e 30 Dez 09
DEPOIS de carros a atafulhar passeios, e paragens da Carris onde sucede o mesmo, eis que Lisboa dá um passo em frente, juntando essas duas realidades terceiro-mundistas: usar as paragens de autocarros para aceder aos passeios!
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Falando a sério: o problema já não é só o caos em si mesmo - o que já seria preocupante. O problema é que ele, longe de diminuir, aumenta a olhos vistos. Nunca assisti a nada como nos últimos dias!

Nunca ouviu falar em tal coisa?

"Nunca ouviu falar em tal coisa?
Publicado por Helena Matos em 30 Dezembro, 2009 no BLASFEMIAS


«Quanto ao desaparecimento das laranjeiras na Praça de Alvalade, nas recentes obras de remodelação da respectiva estação? O presidente da transportadora [METRO] ignora-o. Diz que nunca ouviu falar em tal coisa.» PÚBLICO, 28 de Dezembro

Recordo que um dos argumentos utilizados pela CML para justificar este abate das laranjeiras se prendia com as raízes das ditas laranjeiras prejudicarem a linha de metro que ali passa. Em que ficamos? "





Fonte: CML

terça-feira, dezembro 29, 2009

Ainda a Av. João XXI

JÁ POR VÁRIAS vezes aqui se chamou a atenção para um facto curioso: o esquecimento da colocação de um ou outro pilarete, de tal forma que é possível que os carros acedam aos passeios em determinados locais.

Estas fotos são todas relativas ao mesmo local, onde esse esquecimento abrangeu, salomonicamente, os dois lados da avenida.

A Santa Aliança

Na Av. João XXI, quer de dia...
... quer de noite.
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O QUE AQUI se passa é um pouco diferente daquilo que se documenta no post anterior, pois este espaço para motociclos é tão pequeno que não cabe lá um carro. Bem... não cabe se se quiser estacionar paralelamente às faixas de rodagem...

Como noutro lado se diz, há, pelo menos em Lisboa, uma espécie de Santa Aliança tácita entre quem faz, quem deixa fazer e quem podia evitar que se fizesse... e não mexe uma palha.

Uma pergunta sem prémio...

POR MAIS do que uma vez se elogiou aqui a decisão de proteger os parques de motociclos com pilaretes, por forma a evitar a sua ocupação indevida por parte de automóveis. E até se mostraram imagens do que sucede nos casos em que isso não foi feito.
Estas duas fotos são do mesmo parque (na Av. João de Deus, em Lisboa), mas tiradas com algumas semanas de intervalo. A questão que se coloca pode dividir-se em duas partes:
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O que é que a foto de baixo tem de especial?
O que é que documenta uma 3ª foto (tirada pouco depois)?
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As respostas podem ser vistas [aqui]

PS avança com proposta contra corrupção urbanística

In Diário de Notícias (28/12/2009)
por SUSETE FRANCISCO

«Socialistas vão apresentar projecto para criminalizar infracções no domínio do ordenamento do território. CDS já entregou proposta na Assembleia da República com o mesmo objectivo.

O PS vai avançar com uma proposta para a criação da figura do crime urbanístico. De acordo com fonte da bancada parlamentar socialista, esta é uma das questões que está a ser abordada no grupo de trabalho interno que está a discutir um pacote de medidas contra a corrupção. E será alvo de uma proposta concreta, a discutir no âmbito da comissão parlamentar que, durante os próximos seis meses, tentará consensualizar medidas legislativas anti-corrupção.

Os socialistas juntam-se assim ao CDS, que apresentou já na Assembleia da República um projecto a defender a consagração na lei do crime urbanístico. Uma figura legal que terá como principal alvo os licenciamentos e autorizações urbanísticas que muitas vezes resultam em operações imobiliárias. Neste âmbito inclui-se a violação de instrumentos de ordenamento do território, caso dos Planos Directores Municipais (PDM) ou planos de pormenor, por exemplo em questões como a reclassificação de terrenos (de uso agrícola para uso habitacional), a construção em zonas interditas ou acima da volumetria permitida.

O diploma do CDS é aplicável aos funcionários da Administração - central ou local -, bem como aos detentores de cargos políticos. Os centristas propõem um aditamento ao Código Penal, prevendo uma pena de prisão para quem favoreça licenciamentos ou autorizações urbanísticas "conscientemente e contrariando as leis e regulamentos aplicáveis e com intenção de prejudicar ou beneficiar indevidamente alguém". No caso de funcionários da Administração, a pena prevista é de um a seis anos. No caso dos decisores políticos, o quadro legal proposto é de dois a oito anos.

Muito embora a proposta do PS não esteja ainda no papel, a concordância com o CDS na criação deste tipo de crime abre a porta a um entendimento nesta matéria.

Actualmente, o desrespeito às regras de ordenamento urbanístico constitui uma violação administrativa, só configurando um ilícito penal se for provado um acto de corrupção ou tráfico de influência.

A alteração ao actual quadro legal nesta matéria é há muito reclamada por vários agentes da Justiça. Ontem, em entrevista ao Correio da Manhã, o juiz Carlos Alexandre (que tem em mãos alguns dos processos mais complexos da Justiça portuguesa) defendeu que "o crime de abuso urbanístico merece ser pensado porque há uma lacuna na lei".

"Tenho vindo a perceber que depois de aturado trabalho neste tipo de processos se chega à conclusão de que não há ilícito, não há chapéu", refere o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal. Para acrescentar ainda: "Está ali o jeitinho feito, está ali o resultado alcançado, mas não existe instrumento jurídico na nossa lei para o combater."

Quem defende também a criação deste novo de crime é a associação sindical da Polícia Judiciária. A ASFIC fez, aliás, chegar aos vários grupos parlamentares uma proposta em que defende a criação da figura do crime urbanístico, propondo a punição de funcionários e de decisores políticos que desrespeitem o ordenamento urbanístico com o objectivo de benefício próprio ou a terceiros.»

...

Trata-se de uma excelente notícia, que só peca por tardia. Mas é bom que seja para valer e não para fazer de conta. E é bom que seja aplicada já em 2010 e com retroactivos.

Só falta é saber em que moldes: violação dos PDM, inclusive dos inventários municipais? Violação do RGEU? PP feitos à medida de terceiros? Aumentar o grau de exigência dos pareceres de entidades terceiras? Renovar o âmbito da figura da sindicância? Averiguar o enriquecimento súbito dos agentes envolvidos, nomeadamente ligados às entidades que aprovam os projectos? E quais as penas a aplicar? E os PIN???

domingo, dezembro 27, 2009

Retrato de um Portugal em Ruínas

"Ruin'Arte" é um projecto de livro que já conta com fotografias de perto de centena e meia de estruturas deixadas ao abandono. É um retrato desolador do país, ainda que marcado por uma beleza decadente

sábado, dezembro 26, 2009

O caos em roda livre - Homenagem a quem faz e a quem deixa fazer

Av. João XXI, junto à Av. de Roma
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Como se já não bastasse a paragem da Carris estar sempre atafulhada de carros (obrigando os autocarros a ocupar uma das faixas de rodagem), a imagem documenta um novo nível de caos e impunidade: a ocupação, por um par de automóveis e uma carrinha, de uma faixa de rodagem, levando os autocarros a usar a outra, bloqueando completamente a avenida
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Sem comentários
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ENQUANTO nos apregoam (e muito bem!) as vantagens dos transportes públicos (nomeadamente na poupança de energia e na luta contra as emissões de CO2), é assim que eles são acarinhados em Lisboa (e já não falamos do que se passa nas faixas BUS, invariável e impunemente invadidas por transportes particulares).
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Estas duas fotos (tiradas na mesma zona e com poucos minutos de intervalo) não mostram nada que não se conheça, pelo que só têm interesse quando completadas com uma terceira. Alguém adivinha porquê, ou o que ela documenta?
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Actualização: a resposta pode ser vista [aqui].

Cada um segundo as suas possibilidades

Rua Frei Amador Arrais - lixo de classe média
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Praça de Londres - lixo de pobre
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NESTES DIAS, não se nota 'diferença de classes' quando o que está em causa é contribuir para que Lisboa seja - e cada vez mais - uma cidade suja, caótica, sem um mínimo de auto-estima e de onde fujo sempre que posso.

NOTA: repare-se que os ecopontos da foto de cima, e ao contrário do que frequentemente sucede (ali e um pouco por toda a cidade), nem sequer estão cheios.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

No Reino do Absurdo

Descendo...
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Subindo...
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A eliminação de umas boas dezenas de lugares de estacionamento na Av. Frei Miguel Contreiras (onde ele já era escasso, mesmo para os moradores) deu lugar a um passeio com 3m de largura (numa zona onde quase não há peões) e a uma ciclovia com 2m (onde quase não há bicicletas).

Além disso, como a erva vai invadindo o empedrado (e, com a humidade, tornando-o escorregadio), os poucos peões que ali passam fazem o que qualquer pessoa com um mínimo de senso faria. Senso esse que parece estar ausente de quem projecta coisas como esta.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Boas Festas

A Paz é um bem que cada ser humano detém…
É uma serenidade que faz parte da nossa alma.
Fonte onde cresce o amor e se suaviza a calma…
É uma benesse dos céus para reflexão do homem!

É um apelo em forma de silêncio contra uma guerra…
Sempre tão nefasta em qualquer ponto da Terra.
É o santuário que nos abre as portas para a felicidade…
Onde baniremos a pobreza que assola a humanidade!


- Rui Pais, A Paz

terça-feira, dezembro 22, 2009

Irritações solenes (16)

O seguidismo cego assume sempre foros de patético. Mas quando se vira o bico ao prego no espaço de dias, só porque o "bispo" fez ver a "luz" ao fiel, isso irrita-me tremendamente. Vem isto a propósito de choupos.

Testemunho de um leitor




O leitor que assina "Zé Quitoles" enviou-nos estas fotos que merecem divulgação. Repare-se na magnífica solução para aquela minúscula «ilha»: nada mais nada menos que 18 (dezoito) pilaretes!
Já agora: na imagem de baixo, veja-se como está tudo num brinquinho junto à Embaixada da Suécia.

Mais um fogo "espontâneo"




E agora? Espero que a CML, no âmbito do PP do Parque Mayer, elabore desde já medidas preventivas para que os responsáveis por este incêndio não levem a sua avante, e, sobretudo, não haja efeito multiplicador de fogos naquela zona. URGENTE.

Votos de um ecológico ano novo para Lisboa

Tudo o que não cabe naquela maquete virtual de escritórios cheios de gente jovem, elegante e saudável.

A morte é um embaraço*
Publicado por Helena Matos no Blasfémias - 21 Dezembro, 2009

E em Lisboa não se lhe arranja lugar. A autarquia lisboeta indeferiu novamente um projecto que visava a construção de um complexo funerário. As razões foram mudando consoante o promotor ia respondendo às questões levantadas pela autarquia, o que desde logo não abona nada em favor da transparência e da equidade dos processos de licenciamento. Afinal quais são os investidores que podem não só esperar anos e anos por um licenciamento como ter capacidade para responder com sucessivos estudos às exigências que a autarquia apresenta “às bochechas”, para usar a expressão visualmente eficaz do presidente do Supremo Tribunal de Justiça?
(...)
Em Lisboa o caso é mais grave pois não só faltam capelas funerárias como cemitérios,
já que o cemitério tipo relvado inglês que a autarquia construiu em Carnide, nos anos 80 do século XX, não só custou o dobro dos cinco milhões de euros inicialmente previstos como acabou por revelar-se inútil já que os sete mil cadáveres ali enterrados nunca chegaram a decompor-se. E assim, de cemitério de humanos se viu transformado em necrópole de automóveis para abate. (Deste erro clamoroso na escolha do terreno não se conseguiu até agora que a Câmara Municipal de Lisboa prestasse qualquer esclarecimento.)(...)
*PÚBLICO
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NOTA PESSOAL
Seria de esperar que os responsáveis pela construção, estudo, projecto, aprovação, etc. da vergonha que é o cemitério de Carnide não continuassem a andar por aí. Mas sabendo que nesta bendita terrra não há responsabilização pessoal nem política, desconfiam andam sim, por todo o lado...

Mordomias???

EMEL
Funcionários não pagam multas

Funcionários Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa acumulam dívidas de milhares de euros em multas por estacionamento irregular em zonas geridas pela própria empresa.
Funcionários da EMEL – Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa – acumulam dívidas de milhares de euros em multas por estacionamento irregular em zonas geridas pela própria empresa.

O CM apurou, por exemplo, que a secretária do presidente do Conselho de Administração da EMEL, António Júlio de Almeida, contava em 16 de Dezembro passado com 282 avisos de pagamento, que totalizam 1296 euros.

A este valor acresce ainda um mínimo de 8469 euros, no caso de a empresa proceder ao levantamento da contra-ordenação, que, de acordo com o Código da Estrada, se pode situar entre os 30 e os 150 euros para situações de incumprimento da proibição de estacionar em zonas de duração limitada. O valor destas contra-ordenações é pago à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que posteriormente transfere 30 por cento da quantia para a EMEL.

Outro caso diz, curiosamente, respeito a uma funcionária do departamento de contra-ordenações da EMEL que no dia 17 de Dezembro contava com 496 avisos de taxas de estacionamento, num total acumulado de 2371 euros. Se somarmos a esta quantia, o valor da aplicação da contra-ordenação, esta funcionária contabiliza uma dívida total de 17 251 euros.

A EMEL não respondeu às solicitações do CM para prestar esclarecimentos sobre esta matéria. Um antigo administrador da empresa garantiu, porém, que estes casos 'são apenas a ponta do icebergue', adiantando que, durante o seu mandato, havia uma lista com cerca de 12 funcionários em situação de dívida para com a empresa.

Este responsável tentou, aliás, contornar algumas situações, recordando um caso particular em que conseguiu acertar com o funcionário o pagamento da respectiva dívida em prestações. No entanto, por estar 'isolado' no Conselho de Administração, a medida não se generalizou.

'ENCERRAMENTO DA EMPRESA SERÁ REALIDADE'

O problema não é novo. A falta de pagamento de multas por parte de alguns funcionários da EMEL tem levado a empresa a uma situação preocupante, tendo já sido delineadas iniciativas para travar o fenómeno. O CM sabe inclusive que o anterior Conselho de Administração, liderado por Marina Ferreira, optou por distribuir e até pagar lugares de estacionamento arrendados no Centro Comercial do Campo Pequeno a funcionários devedores.

'A situação é insustentável, pois penaliza funcionários cumpridores em detrimento dos prevaricadores', considerou um ex-administrador. 'Ou a Câmara Municipal de Lisboa escolhe pessoas competentes para estar à frente da EMEL ou o encerramento da empresa será uma realidade a prazo', concluiu o antigo responsável.

PARQUÍMETROS PORTÁTEIS POR TRINTA EUROS

A EMEL vai colocar à venda a partir de Janeiro e pelo valor de 30 euros um dispositivo electrónico que funciona como um parquímetro portátil que os utilizadores transportam consigo e activam com um cartão pré-carregado sempre que estacionarem numa zona tarifada. O presidente da EMEL, António Júlio de Almeida, defendeu, em declarações à Lusa, que este sistema 'será muito benéfico para a empresa e para o utente, porque deixam de existir as situações em que o utente ou paga menos tempo do que fica estacionado ou paga a mais'. A comodidade é outra das vantagens apontadas.
VIA PASSEIO LIVRE

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Irritações solenes (15)


Que uma Papelaria, dita da Moda, e uma outra, dita Fernandes, não tenham simples envelopes brancos com respectivos cartões igualmente brancos em vários tamanhos, que não sejam empacotados para perfazerem boas maquias, ou com piroseiras decorativas, é coisa que me irrita. Ainda por cima, impingidos por funcionários "simpáticos". Por mim, faliam já e fechava-lhes as portas, já!




Foto

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Rotundamente triste

Já me tinham avisado que as iluminações de Natal no Marquês de Pombal estavam de uma pobreza confrangedora, mas nunca imaginei que a penúria fosse tão grande.
A não ser que metade da estátua estivesse de luzes apagadas, o que não acredito, o que vi foi um Marquês polifracturado, enfaixado por ligaduras desde a clavícula até ao tendão de Aquiles. Umas luzinhas em forma de gaze pareciam querer proteger o monumento das diversas luxações e até afrontas de que tem sido alvo, nomeadamente, publicidade a céu aberto mesmo nas barbas do Marquês a empresas de telecomunicações, marcas de automóveis, isto sem falar no o deserto paisagístico na Fontes Pereira de Melo, etc. Tudo feridas expostas a quem passa naquela zona e que em tempos foi uma das mais nobres da cidade.
Depois das luzes apagadas, até os leõezinhos devem estar aparvalhados com as strobe lights por detrás da juba. Um monumento nacional versão tuning, nunca tinha visto.

A Câmara de Lisboa encontrou solução para mais de metade das 61 famílias identificadas na zona de risco da encosta do Bairro da Liberdade onde serão demolidas habitações, mas há ainda 23 por realojar.
Segundo o ponto de situação feito ontem pela vereadora da Habitação, Helena Roseta, entre estes 23 estão dez casos "mais complicados"
porque as famílias estão a recusar as casas que lhes têm sido apresentadas pela autarquia.
"
A Câmara está aqui a substituir-se ao senhorio e, com tantos casos de carência económica que há no concelho, é muito difícil quando nos dizem que não aceitam a casa porque não cabem os electrodomésticos", afirmou Helena Roseta, realçando que estas dez famílias têm um prazo até final do ano para deixarem as casas.
"É um caso de necessidade e de situação de risco. Mesmo para as famílias que prescindem do realojamento ou não se enquadram nos critérios para atribuição de habitação, a autarquia tem previsto, em último recurso, atribuir um ano de renda média como indemnização pelo sacrifício do bem", afirmou.
Helena Roseta sublinhou a urgência de ver resolvidas até ao final do ano as situações pendentes, alegando que no início de Janeiro serão consignadas as obras e até lá as casas terão de ficar livres.

A responsável pelo pelouro da Habitação deu ainda conta de algumas situações caricatas encontradas pelos técnicos da autarquia, como foi o caso de três famílias identificadas no bairro e que já tinham sido indemnizadas em 2006 pela câmara. Das 61 famílias identificadas, 21 já aceitaram a nova habitação e 12já têm as chaves

quinta-feira, dezembro 17, 2009

A Agenda

Estes dias políticos confrontam-me com um trecho de Séneca, em ‘Cartas a Lucílio’: "Convence-te de que as coisas são tal como as descrevo: uma parte do tempo é-nos tomada, outra parte vai-se sem darmos por isso, outra deixamo-la escapar. Mas o pior de tudo é o tempo desperdiçado por negligência. Se bem reparares, durante grande parte da vida agimos mal, durante a maior parte não agimos nada, durante toda a vida agimos inutilmente."

O Tribunal de Contas ‘chumba’ os contratos de cinco concessões da Estradas de Portugal. O Tribunal de Contas ‘chumba’ a criação da Central de Compras para o Serviço Nacional de Saúde, entendendo que carece de fundamento legal e que não foi apresentado um estudo sobre as vantagens da centralização das compras.

A Comissão Europeia, por seu turno, entende que a adjudicação directa dos computadores ‘Magalhães’ constitui uma violação do direito comunitário.

Estas decisões, postas em causa pelo Tribunal de Contas e pela Comissão, são decisões tomadas ao mais alto nível político e administrativo, e dizem-nos respeito a todos, quer na mobilidade, quer na saúde, quer na educação. É por isso que há situações que não servem a ninguém, e estas são paradigmáticas, porque sempre implicam gastos para as entidades públicas e para as empresas e prejuízo para os utentes. E além disso nós precisamos que as instituições funcionem e bons projectos se materializem. Para isso há que prepará-los bem, fundamentadamente e integralmente e também para isso existem estruturas administrativas.

Mas neste contexto de horrível desemprego (para não falar no subemprego e nos salários e pensões mais baixos), de endividamento e do pelo menos aparente desnorte do Governo na condução das coisas públicas, discutem-se agora eleições antecipadas e regionalização; condições de governabilidade e reptos institucionais.

Mas a quem interessa esta agenda política tão alienada da realidade? A quem interessa a intriga palaciana constante, também constantemente acompanhada por um discurso pouco polido, para não dizer desastradamente vulgar, na pior acepção do termo? Com cerca de 40% da população a atingir níveis de pobreza, não fora a ajuda pública. As últimas sondagens dizem tudo.

Chega de ruído, de desculpas, que o País precisa de trabalho, a começar pelo Governo.

Mas, se nos rodearmos de pequenos calígulas, a situação só propiciará mesmo a corrupção económica e moral desta nossa sociedade.




In Correio de Manhã

domingo, dezembro 13, 2009

Faço minhas as suas palavras


«EMEL lança parquímetro individual e serviço de transporte de crianças» A EMEL que se caracteriza por não conseguir tomar conta duns parquímetros pretende agora fazer uma rede de transporte de crianças? Já agora essa rede da CML/ EMEL é uma alternativa a esta anunciada pela CML/Alfacinhas?

Quando eles querem...

ESTAS DUAS fotografias mostram o mesmo local de Lisboa (Av. João XXI, junto à Av. de Roma), onde há uma paragem da Carris habitualmente atafulhada de carros perante o alheamento do agente da PSP que costuma estar ali - o que não se lhe pode censurar porque, estando ele de serviço a um estabelecimento comercial, não pode (ou não é obrigado a) interferir no que se passa à sua volta.

Mas atente-se agora na foto de baixo: alguma coisa se passou naquele local para que a realidade tenha sido (e durante bastante tempo!) completamente diferente do que é habitual.
Pergunta-se: o que terá sido?
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Actualização: a resposta pode ser vista [aqui].

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Na terra das Leis-da-Treta

R. Frei Amador Arrais, R. Braamcamp, Av. Óscar Monteiro Torres e Restauradores.
Tudo esta tarde - um fartote!
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O que mais me irrita, em todos estes casos, é que aqueles a quem pagamos o ordenado para que isto não seja possível andam felizes e contentes...
Em breve mostrarei aqui como um polícia a sério impede situações semelhantes apenas com a sua presença (e 'cara de poucos amigos'...)

Hoje à tarde, na faixa BUS da Rua do Ouro

Camionetas de turismo, carros particulares...

De novo a CRIL

CDS questiona autarquia por que não pediu paragem das obras do último troço da CRIL - Por José António Cerejo-PUBLICO

António Carlos Monteiro considera contraditória a actuação de Sá Fernandes quando estava na oposição e a sua posição actual, no caso da CRIL, na zona da Damaia
Como é que se chegou a uma situação qualificada de "crime" e considerada "irreversível" por vários verea-dores da maioria da Câmara de Lisboa, sem que esta tenha feito o necessário para a evitar. Esta foi, no essencial, a pergunta que o vereador António Carlos Monteiro, do CDS-PP, dirigiu anteontem ao executivo, a propósito da obras do último troço da CRIL, na zona de Santa Cruz de Benfica e da Damaia.
"Queremos saber como é que se chegou a uma situação irreversível e por que é que o senhor vereador Sá Fernandes não mandou parar as obras por desconformidade com o estudo ambiental", afirmou.
Tomando como ponto de partida as notícias sobre as alterações ao projecto feitas no decurso das obras e que, segundo os moradores, violam a declaração de impacte ambiental (DIA), António Monteiro perguntou se a autarquia validou essas alterações e se também considera que a DIA não está a ser cumprida.
Visando directamente Sá Fernandes, enquanto responsável pelo Ambiente, questionou-o sobre o motivo pelo qual "não solicitou de imediato a paragem das obras", uma vez que "parece que a DIA não está claramente a ser respeitada", e que, "enquanto cidadão, nunca se coibiu de embargar obras". Um dos aspectos que podem indiciar esse desrespeito é o facto, reconhecido por Sá Fernandes, de as imagens divulgadas pela Estradas de Portugal (EP), há meses, nada terem a ver com o que está a ser feito.
Sá Fernanades disse ao PÚBLICO que logo após a posse deste executivo foi pedida uma reunião à EP, que se realizou na semana passada, e na qual ficou claro que, para a câmara, "o respeito pela DIA é imprescindível". Acrescentou não ter ainda elementos para dizer que esse documento, que fixa as condicionantes da obra, não está a ser cumprido, mas garantiu que "o assunto está em cima da mesa" e que "esta é a altura certa para o discutir". Na sua opinião "ainda é possível garantir" a solução das questões paisagísticas e de mobilidade, estando "a decorrer reuniões técnicas" com a EP.
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Uma pergunta minha:
Onde estava o CDS quando o movimento CRIL Segura iniciou a contestação?

Assembleia municipal pede garantias para Príncipe Real

Assembleia municipal pede garantias para Príncipe Real -PUBLICO

A Assembleia Municipal de Lisboa exigiu ontem, por unanimidade, que a câmara "dê garantias" de que o património das espécies vegetais do jardim do Príncipe Real não fica "comprometido" com a requalificação em curso. O CDS-PP pediu mesmo a "imediata suspensão das obras" até que todo o processo esteja explicado,
Além da moção apresentada pelo PSD, e apoiada por todas as bancadas, os deputados aprovaram duas recomendações sobre o jardim do Príncipe Real, tema que dominou a discussão da assembleia municipal. A moção exige à autarquia "toda a informação sobre a situação de cada árvore abatida ou a abater".
Foram abatidas mais de 40 árvores, sobretudo choupos, num "estado fitossanitário muito grave", de acordo com o vereador do Ambiente, José Sá Fernandes. A autarquia deve dar "garantias de que o património das espécies vegetais no jardim não fica comprometido com esta intervenção" e abrir um "debate público", defende o texto aprovado.
A assembleia exigiu igualmente informações sobre um eventual parque de estacionamento a construir no perímetro do jardim. O presidente da Junta de Freguesia das Mercês pediu a presença do vereador do Ambiente, José Sá Fernandes, na assembleia de freguesia do próximo dia 16, para prestar esclarecimentos.
Confrontado com as preocupações de todas as bancadas, Sá Fernandes afirmou-se "muito sereno".
"Foram prestados esclarecimentos, distribuídos mais de 6000 folhetos, e colocados cartazes. Admito que no momento do corte [das árvores] deveria ter havido mais informação", argumentou, reiterando tratar-se de um "projecto de grande categoria". Foi ainda aprovada uma recomendação para a elaboração de um "regulamento de utilização do espaço público".

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Lisboa, Reino do Absurdo

Lisboa - Av. João XXI
1 Dez 09
Não contente com usar um parque para motociclos, o condutor dste carro ainda achou que podia dispor do passeio... apesar de ser feriado e, portanto, dia de estacionamento abundante e gratuito.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Uma boa notícia


"O Museu de Arte Popular, em Lisboa, vai reabrir em 2010 no edifício onde originalmente funcionou, na zona de Belém, afirmou hoje a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
O Museu de Arte Popular "é para manter-se tal como estava e para o qual foi concebido, dedicado à arte popular portuguesa", disse Gabriela Canavilhas à agência Lusa no final da inauguração de uma nova sala de ensaios do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.
A decisão contraria, assim, a decisão das anteriores tutelas do Ministério da Cultura de adaptar o edifício do antigo Museu de Arte Popular para acolher o futuro Museu da Língua Portuguesa."
LUSA
Mercado da Primavera no Museu de Arte Popular

No Reino do Absurdo e das Leis da Treta

Lisboa - Av. das Forças Armadas
2ª feira, 7 Dez 09, 9h30m
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Para além da certeza da impunidade, o que é que pode levar inúmeros condutores (como o desta carrinha) a descerem toda esta avenida na faixa BUS?!

Criado site sobre o nº 28 da Rua de Alcolena:


http://alcolena28.weblog.com.pt

Parabéns, Cátia Mourão. E FORÇA!

Declaração do ICOM-P