sábado, outubro 31, 2020

 Ridículo, ridículo:


o testemunho da insanidade de António Costa e do governo. E inconstitucionalidade.

Hoje entre Oeiras e Cascais. E havia 3 ou 4 caminhos alternativos.

sexta-feira, outubro 30, 2020

Era um grande homem, estive com ele em convergências e divergências na U.E.D.S. e estive já depois com ele em Castanheira de Pêra, sempre com grande cordialidade e sentido.

Marcou o sindicalismo e a política portuguesa pela sua integridade e ética.  É uma referência, que hoje e bem Francisco Louçã recordou no seu excelente comentário político.

Recordo-o com menos 30 anos mas aqui uma bela fotografia da Câmara Municipal da sua terra de adopção:

                                                          Kalidás Barreto


 Hoje, no dia de mais uma tontada do governo, e basta falar com algumas pessoas para perceber o disparate, fui ver um filme "Work or to Whom Does the World Belong", que me conduz ao fim do proletariado, já escrito há muito e à passagem do eleitor comunista (ou no caso dos States só de esquerda) directamente para o fascismo (ou o Trump).

A classe operária, seja isso o que seja é a base do pensamento mais troglodita e reaccionário dos tempos actuais, os sectores operários americanos votam 80% no Trump, na Europa o eleitorado comunista em França é sugado pela Le Pen, em Itália pelo Salvini, em Espanha o Vox começa a montá-lo e em Portugal com o fim do PCP irá todo, já circula para o Chega, as bases estão lançadas.

A falta de clareza política dá espaço a todas as demagogias. Uma indústria caduca, onde o papel de progresso seria o de estimular o seu fecho e a criação de alternativas, a mineração de carvão é o toque de finados de uma esquerda passada e imóvel.

No comboio leio um livro curioso, na linha de outro que mais sério que estou a ler.

A cerveja, o álcool, como fonte da evolução. Curioso. Claro que o autor ignora o papel de outras drogas, a cannabis e os cogumelos....

mas somos, de facto, todos macacos, bêbedos.


quarta-feira, outubro 28, 2020

 "Os comunistas turineses devem manifestar a sua firme oposição a qualquer nova restrição aduaneira e exigir que a economia nacional se baseie nos caminhos da liberdade"

" o povo de que tanto falais é uma abstracção sociológica"

ao ler estes contos do que penso é o sardo mais notável olho com o maior desprezo para outros comunistas, que usam a língua de pau sem sequer saber do que estão a falar.

Os trabalhadores e o povo, conceitos abstractos que substituiram a classe operária e o campesinato, que  se desvaneceram no quadro de uma economia que alterou as lógicas de produção e as contradições entre forças produtivas e relações de produção.

Infelizmente nunca tivemos ninguém no movimento comunista português com a estatura intelectual e humana de Antonio Gramsci....que nesta recolha de artigos de juventude e de jornal se revela como um  percursor de novos pensamentos.

terça-feira, outubro 27, 2020

 Sou a favor de um chumbo do Orçamento. 

Infelizmente, embora, nos últimos dias de tal se tenha falado este Orçamento é mais que números e contas, sendo que as habilidades e matreirices em relação a essas (de facto este atribui menos, muito menos guito ao S.N.S. que o do ano passado, acrescentando o suplementar) que não me cativam (as cativações são a espada em cima deste, também).

Mas um Orçamento não é só números, e eles lá estão, disfarçados para o BES/ Novo Banco, e bem à vista para o ourtro poço sem fundo que é a TAP, que devia fechar, com um plano e dando nascimento a outra mais pequena e racional. E também lá estão investimentos píblicos sem sentido ou lógica, e nem sequer estopu a referi o aeroporto do Montijo, paz à sua alma, mas o TGV Lisboa/ Porto, quando a prioridade é Lisbo Madrid e ligação por Evora a Badajoz/Sines. Construir de raiz uma linha Lisboa/Porto é não ter a mínima sobre o nosso país. O investimento necessário é (infelizmente deita-se $ à rua a melhoria (já lá vão 10 anos de obras!) do Lisboa Porto, sem outro.

O Orçamento, e saúdo o BE com quem tenho muitas críticas e divergências, por este passo corajoso a romper com o servilismo e o agachar de outros e a dar um muro na mesa. 

Embora lamente que oiça cada vez mais língua de pau nos seus dirigentes, além da simpática picareta eléctrica, que não sabem explicar-se e não são capazes de um discurso de ruptura. Continuam a abanar o rabo à espera do osso, perdoem a comparação canina, mas este também é um partido que tem o seu pior no animalismo, outra ilusão para ganhar nada e coisa nenhuma, contra o ambiente e o bom senso.

sábado, outubro 24, 2020

 Hoje na Cinemateca:


e



quarta-feira, outubro 21, 2020

 Um artigo deveras interessante e que poderá desaparecer da face da Terra se....

https://www.commondreams.org/views/2020/10/21/scott-atlas-trumps-doctor-death

uma estória fascinante que mostra como a realidade ultrapassa, em muito, a pior, pior ficção.

terça-feira, outubro 20, 2020

 Já esta 5ª, embora as entrada sejam restritas, será o lançamento, já li e recomendo. Uma excelente prenda para os miúdos e... graudos que o desconhecimento abunda.

Um professor de grande, grande qualidade, que hoje já o posso confessar, seria o representante do então M.I.A. (extinto, embora me digam que tentou ressuscitar, com "outra" gente) se a visita ao Armazém Temporário de Individualizado (de armazenamento resíduos nucleares) tivesse sido séria e com um elemento independente. O Manuel, hoje um expoente das energias renováveis e solares, de formação é... nuclear. Por isso....

segunda-feira, outubro 19, 2020

 Vemos toneladas de revistas nas tabacarias, as chamadas caras e cús, então abundam sem sequer servir o propósito de limpar o dito, vivemos de facto os tempos da necro-política....

destas, assim com tantas outras de qualidade, nem rastos...mas  a 10 kms da fronteira temos uma escolha de alta qualidade:


não que me pareça feliz a escolha do texugo de capa, mas esta, neste número menos, é sempre uma revista de interesse


além das sementes, sempre uma expectativa, esta tem sempre notícias de grande actualidade sobre todo o mundo da Planta, e estórias que se não existissem tinham que ser inventadas, ou o são mesmo.

E muita meditação....

sexta-feira, outubro 16, 2020

 É um personagem curioso, dele aprecio sobretudo os seus livros sobre a estória, a mediação do re-ligar, do religioso, notáveis. O seu percurso, como tudo tem altos e baixos e hoje é um guru, que debita, palavras e uma cultura que já não se usa e da qual faz gala, nem sempre com bom senso.

Este panfleto, de uma colecção de panfletos da Gallimard " a nossa liberdade de pensar não se pode exercer exterior à nossa vontade de compreender" ou só  "vivemos as palavras quando são justas", mas será uma palavra justa (ou justement un mot!?), é irrelevante, e com um título enganador, mas teve o mérito de me levar  à escrita de um novo livro, que começo a estruturar.

#Porque razão não há movimento ecologista independente em Portugal?

Das origens à actualidade a história da captação, cooptação do associativismo pelo Estado, ou por interesses, das estruturas associativas.#

Quem, como eu desde 1975, com alguns desvios anteriores, está imerso no pensamento da ecologia e sociologia política, conheceu alguns dos principais protagonistas mundiais do movimento ecologista e todos, todos os nacionais, dos piores aos melhores, e tem acompanhado todo o movimento tem muito, muito a dizer....

quinta-feira, outubro 15, 2020

 Sou um dos 8 ou 9 milhões de portugueses que não instalou, nem tenciono instalar a app (aliás não instalo nenhuma app, no meu telemóvel!) do covid. E essa nem obrigado.

Duvido que se essa lei passar no Parlamento passe no Constitucional, para já não falar do chumbo liminar da Comissão de Protecção de Dados.

E cito Ana Isabel Sá Lopes:

#Imaginemos que esta obrigação era constitucional, o que não deverá ser. Está o Orçamento do Estado preparado para financiar a compra de smartphones para os tais segmentos da população que o executivo identifica? Ou o Governo acha que toda a gente tem smartphones compatíveis com a dita app? Comprar um telemóvel com memória suficiente passa também a ser obrigatório, como descontar para a Segurança Social, pagar o imposto automóvel e as portagens?#

claro que aproveitar esta pandemia e o medo que novamente se agiganta, convenientemente manipulado, para instalar um, mais um controle sobre a vida do zé povinho não é para desprezar.

Mas instalar (haverá mais umas centenas de milhar...a fazé-lo) é uma coisa, mas dar os dados sobre .... é outra, outra bem diferente.

Mais um tiro onde estava o pé do governo, onde estava o pé.....

terça-feira, outubro 13, 2020

 É, com falhas normais, é dos grandes momentos para os cinéfilos, em Lisboa:

https://doclisboa.org/2020/

este ano, por razões espartilhado no espaço e no tempo, mas com filmes a despertar o apetite.

 Encontrei por mero acaso:

Quando don Benito, nel capitolo XII, cita l’esempio del disastro di Longarone che fece, con la rottura della diga, più di duemila vittime, sottolinea infatti: «Duemila persone: quante i Raganà che prosperano qui ne liquidano in dieci anni […]» Raganà è «uno di quei delinquenti incensurati, rispettati, intoccabili» che accompagna l’onorevole Abello, con il quale Rosello intrattiene rapporti di amicizia e quasi certamente anche di affari.

mas é um pequeno conto policial ou não estupendo!


que entra no âmago das relações e do poder, na Sícilia, em todo o lado

segunda-feira, outubro 12, 2020

 Sigo a: https://www.greenpeace.org/brasil/

que merece apoio e carinho.

Hoje enviam-me esta foto deliciosa. Lá parece que é dia da criança (esta tudo trocado).



domingo, outubro 11, 2020

 Do El Pais de hoje um pouco da crónica de Manuel Vicente

num dia em que passei por alguma poesia, acabei dois livros e começo este Yoga, desde já simpático:

dele contarei.....

sábado, outubro 10, 2020

 Desligo da covid, não que não continue a ouvir tudo e o seu contrário e sobretudo os propagandstas do medo e da ignorância, que palram sobretudo nas Tvs.

E conversas nos cafés onde se vê como a ideologia do trump vai penetrando ajudada pelo dito.

E ninguém, aparentemente sabe do que está a falar, tudo e o seu contrário. E a memória.


 este esteve quase, quase extinto, hoje continua em grande risco, mas já há algumas, algumas dezenas por aí. Mas.... se continuarmos a dar cabo da base, dos seus habitats, não vale de nada gastarmos milhoes, muitos, em centros de reprodução. Se o bitcho não se reproduz no natural.... alguma coisa não passa.

sexta-feira, outubro 09, 2020

 Hoje:

https://www.publico.pt/2020/10/09/opiniao/opiniao/palavras-vazias-letras-maiusculas-1934285 

importante!

Dado queixas de alguns que não podem abrir, aqui envio o texto:

http://signos.blogspot.com/search/label/nuclear

 

não nos podemos deixar iludir, pelas palavras.
 

quinta-feira, outubro 08, 2020

 

MÁRIO CLÁUDIO

Mário Eloy, "Auto-retrato" (1930-1932), Museu Nacional de Arte Contemporânea

Mário Eloy, "Auto-retrato" (1930-1932), Museu Nacional de Arte Contemporânea

D.D.

Implanta-se a três quartos defronte do espelho, oculta a orelha sinistra, e lança ao mundo a suspeita de que, ele também, a terá cortado, possesso do etílico ciúme do génio comum. De olhos esbugalhados no pavor da fala, refugia-se na arrogância do perseguido, do anómalo, e do indecifrável. Pudesse a coragem ampará-lo, optaria pela fuga, de pernas e braços ensarilhados, insecto derrubado, e incapaz de se levantar. Na exiguidade do atelier defende-se do frio que nasce de dentro, e que ele enfrenta com sucessivos abastecimentos de ripas à salamandra.

Vigia o fogo com tanta frequência que a fuligem lhe impregna a camisola, ora verde, ora marron, consoante a intensidade da luz da tardinha. Com um pedaço amachucado do Diário de Notícias improvisa a mecha para reacender o cachimbo, instrumento que lhe atenua a raiva, lhe desfaz a confusão, e lhe elimina a cefaleia.

As paredes apertam-no num abraço letal, movidas pelo ronco do cláxon dos automóveis, pelo assobio do vento nas tílias, e pelo frigir da telefonia do vizinho do terceiro direito. Quem como ele não consegue reunir a maquia bastante, e tirar do prego a ensebada gabardine, compensa a vergonha com o contorno rigoroso dos lábios. Mas ao atribuir-se a seriedade do adolescente bem comportado, e ainda não despedido da criança mimalha, cristaliza na mirada que lhe atraiçoa o propósito, e que o traz sob a ameaça do presídio, ou do manicómio.

Não conta com a solidariedade do irmão, nem com a estima do amigo. Admiram-lhe o talento de que duvidam, e festejam-lhe a excentricidade de que troçam, recusando subsidiá-lo por receio da fraude que os desautorize. A esclerótica de uma das vistas, mais patente do que a da outra, se não lhe denunciar o excessivo estrabismo, acusará a noite mal dormida, a ceia de açorda sem jaquinzinhos, ou a aturada frequência da girl do Parque Mayer. Quando a manhã desperta a pequena tela, expondo valores que ele próprio não considerara, a corda do pesadelo apaga-se-lhe da lembrança, e apercebe-se do cachecol colorido, tricotado pela assistente da galeria de Berlim.

O auto-retrato quase completo dissocia-se das imagens da mulher e do filho, afastados na impossibilidade de arrostar com o homem da casa. Exauridas as economias que as amesquinham, acabou-se-lhes o acesso aos luxos pelintras, um par de meias de vidro, ou uma bandolete doirada, coisas que as reconciliam com o galão antes de se deitarem.

Sem emprego para a sua negra energia, e pressentindo a inexplicável certeza da conclusão da obra, consente-se o devaneio da escuta da Singer da rapariga do rés-do-chão, uma perliquitetes que se ri dele, sempre que o encontra no átrio, constrangido no fato gasto, e largando o cheirinho da água-de-Colónia favorecida pelos chulos, e pelos inscritos na Legião Portuguesa. Internam-no no Hospital do Telhal, trémulo diante de facas e torniquetes, máscaras e relógios, e agulhas hipodérmicas. Procura às apalpadelas o cachimbo que deixou, de fornilho atascado de tabaco ardido, no peitoril da janela.

quarta-feira, outubro 07, 2020

 Continuamos afogados em notícias de treta e em conversas de chacha.

A questão da regulamentação das drogas e nomeadamente da Maria, aparentemente desapareceu, também temos os partidos que temos e o seu espelho que é a sua repercussão.

Hoje embrenhei-me na leitura deste, excepcional livro, ainda que muito sobre o institucional:


o desafio do cannabis, da maria, da maconha, do haxe, da pedra, da merda, da erva, sei lá quantas designações encontramos para a formosa planta.

Coordenado por Araceli Majón-Cabeza, autora de um livro notável sobre o proibicionismo, que aqui já devo ter comentado " A legalização das drogas, a solução" Ed. Debate (Espanha) e aqui com uma vasta e excelente equipa que nos conta diversos casos.

Infelizmente temos os partidos que temos e a comunicação social que os alimenta e os comentadores que temos e, e, e,

segunda-feira, outubro 05, 2020

 Viva a República, mas atenção quando se usam palavras com maiúscula,


temos que ter cuidado com elas. A URSS era uma República, o Estado Novo também, até Itália do Mussolini o era (Republica de Saló). Usar a maiúscula não quer dizer nada, como nos diz Simone Weil, o que conta é a existência do Estado de Direito, as liberdades cívicas e políticas, a democracia efectiva, a separação de poderes. República, pois claro!

O texto acima é de Simone Weil!

sábado, outubro 03, 2020

 Vale a pena dar lá um salto, enquanto podemos sair de casa!

o pior cego é o que não quer ver (não sei se é politicamente incorrecta mas é actual, vejam o caso Trump!!!!)


quinta-feira, outubro 01, 2020

 Nos anos 70, em Paris e por toda a França, o Libé não tinha distribuição em quiosque. Era vendido militantemente ( o próprio Sartre o fazia!) pelos cantos, por ex-68s e outros.

Meti conversa com alguns deles e cheguei a ter a esperança de assinar nele.

E sou Charlie, desde 1974, pelo menos....

ainda guardo alguns exemplares históricos do Libé, e claro muitos Charlies....

Fico feliz com este número, histórico, que guardarei!