Portugal:
Que as energias renováveis possam continuar a
afirmar-se, contrariando forças de bloqueio de diversas áreas e contribuindo
para a nossa suficiência energética mas também social e ambiental.
Que a agricultura biológica ou pelo menos a
alteração do actual paradigma de utilização de pesticidas e químicos na
agricultura se vá instalando e pesticidas comprovadamente perigosos sejam
proibidos.
Que nas cidades e conselhos, e aproveitando
as eleições autárquicas, novos modelos de gestão, maior proximidade do cidadão
e instrumentos de participação identificados como os orçamentos
participativos, as agendas XXI, as consultas populares e outras, assim como
mais agricultura urbana e peri-urbana e melhor uso da energia e transportes
limpos possam adquirir plenitude.
Que Portugal desempenhe um papel mais
pró-activo no quadro ibérico e possa contribuir para pôr fim a tempo da nuclear
aqui e nomeadamente com o fecho de Almaraz, neste momento a central mais velha
de Espanha a funcionar e um autêntico desastre e risco ambiental e civil.
Lisboa, 4 de Fevereiro.
Que se estruture uma política de defesa do
território, não só recuperando e articulando as zonas protegidas e muito
abandonadas mas também se desenvolvam políticas antecipatórias dos eventos
climáticos extremos que já estamos a enfrentar.
Mundo:
Que os desastres ambientais, políticos,
sociais e a xenofobia, o racismo, as sementes da serpente e a guerra que lhe
estão, historicamente associadas, tudo indícios demasiado presentes no actual
xadrez mundial não se desenvolvam, seja nos Estados Unidos, na Rússia, na Grã
Bretanha ou noutro país qualquer.
Que se possa continuar a lutar, seja a nível
local seja através de compromissos sociais e industriais, seja no quadro de
articulação regionais contra este Armagedão que também se avizinha que são as
alterações climáticas, as ocorrências daí resultantes seja para a humanidade e
sobretudo as populações mais pobres e em processos de migração, seja para a
biodiversidade do planeta em acelerada erosão.
Que a paz global e as condições para
ela, e nomeadamente as duas acima se possa manter e sobretudo que as
inúmeras guerras que se continuam possam ser mitigadas.
Que os desenvolvimentos tecnológicos e científicos
possam contribuir para alterações das economias e por tabela dos processos de
desenvolvimento e ajudar a transição que é cada vez mais necessária para novos
paradigmas de economia, novas formas de organização social e novas
solidariedades mundiais.
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