Leio, sem surpresa, que a maior parte das verbas da campanha eleitoral são para encher o país e a nossa cidade de monos, cheios de frases ridículas, com fotos aberrantes, que destróiem o espírito dos sítios, desfeiam a paisagem urbana e pelo país todo rural, nos locais mais inacreditáveis (alguns até podendo provocar acidentes rodoviários).
Pois a parte de leão das campanhas é para os cartazes e painéis infectos que pululam e ninguém será responsável por os retirar passada a mesma.
A outra suponho que será para as canetas, os sacos e aventais e isqueiros e balões para as crianças e outras compras de igual jaez (houve tempos em que electro-domésticos entravam na dita ou um dinheiro para os miúdos e -não esqueças de dizer aos teus pais- , hoje paga-se à descarada a renda e os remédios...)
E em relação ao resto, que programas, projectos, informações sobre o que de essencial preocupa a coisa pública,,, nada, nada, nada, ou quase nada.
Mas...
" ser escoltado diariamente por um séquito numeroso(de beijoqueiros) dar-vos-á uma excelente reputação e um grande prestígio" entre parentese meu.
" a vossa campanha seja repleta de fausto(...) para que exiba uma grandeza majestosa e uma dignidade incomparável. E cobri de ignomínia os vossos adversários"
...
são velhos príncipios de campanha que já Quinto Cícero aconselhava ao seu irmão Marco.
Estou a ir, novamente para retiro, para evitar ataques biliares com a infâmia e podridão que alastra pela maior parte das campanhas.
Poucas, muito poucas se aproveitam, não que não haja muita gente decente por aí, mas quem leva o bastão e tem a cenoura...
" se incitarmos sobremaneira o zelo dos nossos partidários, se atribuirmos uma função precisa a cada um dos cidadãos ( e assesores) influentes que nos são dedicados, se mantivermos os nossos adversários receosos perante a ameaça"
pois, nem mais.
E discussão sobre a reforma do sistema autárquico, sobre a funcionalização administrativa das freguesias e uma outra estrutura do poder municipal, isso, isso vade retro ...
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