terça-feira, maio 28, 2019


Urânio
Hoje estive a fazer contactos e a mobilizar o “povo” para a grande acção ibérica contra os projectos de exploração de urânio em Zahinos, quase em cima da fronteira e a escassos quilómetros de Mourão. Sobre a mineração deste minério não há nada mais a dizer, não é comparável a nenhum outro, seja ao ouro, que produz contaminação por mercúrio e para pouco serve, seja aos petróleo e outros fósseis que devem ficar onde estão porque o clima não os aguenta mais e porque os problemas de vertimentos são desastrosos, seja o carvão com os problemas de contaminação atmosférica e também dos trabalhadores e população no entorno.
Todas as minerações, mesmo que arautos do progresso e do crescimento as defendam, tem custos ambientais e sociais. A questão é da sua compatibilização com a história....e essa é difícil....
Mas o urânio destrói as suas áreas de mineração, por lixiviados para recuperar o concentrado, que são altamente radioactivos e vão para os freáticos e cursos de água e por o seu movimento libertar gases radioactivos, nomeadamente o radão, que se espalham junto à superfície e contaminam solos, gado e populações (Canas de Senhorim continua a ter toda, toda a sua população abrangida por medidas preventivas/paliativas do câncer!).
Este urânio, que não vale nada, além de deixar toneladas, toneladas de resíduos, tem que ser enriquecido, sujeito a bombardeamentos atômicos para aumentar a sua potência de produção de calor ( isotópica)  e essa tem que ser feita em unidades industriais que não há, neste momento na nossa zona ....e depois serve para a produção electro-nuclear ou para armamento, seja enriquecimento das armas clássicas seja outras.
Pois o urânio deve ficar onde está, debaixo da terra, isolado e sujeito a controle, ou nos armazéns, depósitos onde está acumulado, na Urgeiriça, vigiado e sujeito a protecção e nunca, nunca vendido (como foi em tempos a algum ditadordezo do norte de África ou do Médio Oriente!).
Na próxima 5ª feira iremos estar juntos con nuestros hermanos extremenhos a dizer bem alto, que assim nos entendemos, Dehesa Sin Uránio!


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