sexta-feira, maio 15, 2020

Acabei este livro/tijolo de 600 páginas.
sou um apaixonado por Cabo Verde, onde já percorri todas as ilhas, menos a deserta que dá título a este.
Sou descendente de sefarditas, regressados de Marrocos julgo no final do século XVIII, e tenho conhecimentos seja de história seja de socio-antropologia.
E tenho que confessar que me irritou bastante este livro, que li, todavia, com relativo agrado, talvez fruto do cofinamento.
Faltou a este,  uma moda recente destes prescinde, faltou um editor, edição, pelo que este livro é uma misturada, com alguns erros lamentáveis sem nexo ou sentido.
A autora poderia ter escrito com isto, limado por um editor competente 3 livros, um sobre as suas ligações judaicas (e tirar o muito disparate nessa parte) e até articulações com Cabo Verde, onde visitei 4 cemitérios judaicos e ouvi muitas estórias, que poderia ter aprofundado. Outro sobre Cabo Verde mesmo, onde também há alguma efabulação mas acrescenta, mesmo para um conhecedor, Outro com as visões, alguma engraçadas mas também delírios e esse não me teria comprador. 3 livros de 150 páginas expurgadas e até eventualmente  numa só obra.
E não percebo porque carga de água optou pelo acordês, que refere no início não ser do seu agrado.
Um livro caro (23€)  para pagar muito papel, algum útil.

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