sábado, julho 11, 2020

Hoje no El Pais leio um excelente artigo sobre "Guernica" de Pablo Picasso, entre outros quadros igualmente fabulosos. O artigo, que li em papel, é só para assinantes em digital, por isso dou-me a algumas liberdades.
É contra o chamado, sem que ninguém seja capaz de o definir, politicamente correcto.
Começa por defender que este quadro, sublime, de vero, seja colocado no armazém, dado o perfil de womanizer, atracador de mulheres, do seu autor, contando a sua história com Dora. E igualmente o seu quadro (racista?) das "Demoiselles d'Avignon", o artigo divaga sobre outros pintores, machistas e ou misóginos (esquece Dali e tantos outros...).
É claro que o artigo está carregado de ironia. Toda a arte teria que ser colocada em armazéns, quase toda dado que haverá poucos pintores, escultores (o David de M.A.) que não sejam incorrectos no quadro da leitura actual.
A polémica com a autora do Harry Potter é um exemplo do exagero do discurso femichista, sem capacidade de se questionar e de entrar em lógicas racionais. Mas de igual forma a campanha de destruição de estátuas, que não tem em conta o tempo e a história.
Já aqui escrevi sobre a matéria, recentemente entrei em mais uma polémica, por defender de há muito a legalização de partidos fascistas (desde que respeitem o direito e o Estado desse), a edição de livros de nazis (Celine ou Adolf Hitler, de qualidade obviamente a anos luz, mas os dois necessários para análise e conhecimento).
Sou favorável a que se estude e no caso de concluir tal, se faça a muitas, algumas, estátuas o que se fez à de Carmona, escondida no Museu da Cidade, julgo que é de um dos mestres da escultura Leopoldo de Almeida, e o mesmo a nomes de ruas, ainda há muitas com avatares do fascismo o que tenho aqui, e mais em Espanha por inconcebível (atenção evitar o que se fez em Madrid onde também retiraram de nomes de ilustres escritores, só por terem regressado à Espanha franquista, e de alta qualidade!), mas atenção tem que ser feita análise cuidadosa e não se pode aceitar a vandalização, ainda por cima (caso do Padre António Vieira), de figuras de primeira plana de todos, todos os pontos de vista. Não foi só por ignorância o que esses energúmenos fizeram, foi uma provocação grosseira, que deve ser criminalizada.
Bom muito haverá ainda para comentar sobre a matéria mas haverá outros momentos e ocasiões.
Ainda não está no armazém!!!!

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