É SEMPRE bom quando um determinado objecto pode ter mais do que uma utilização. Há casos pouco nobres (como o do livro que também é usado para calçar uma cama empenada), mas há outros bem curiais - como estas sacas amarelas, concebidas para guardar ou transportar materiais (mais comummente, pedras de calçada) e que também servem para os munícipes colocarem o seu lixo doméstico.
quarta-feira, agosto 31, 2011
segunda-feira, agosto 29, 2011
Soldados de uma Guerra a ser ganha!
Parafraseando o colega Carlos Medina Ribeiro, mas a contrario sensu!
Pois somos, e seremos, Soldados de uma Guerra a ser ganha com tenacidade e sem tréguas.
Todos juntos, vamos conseguir.
Apresento-vos a Petição Pública:
«Petição em defesa, salvaguarda e reabilitação do Alambor Primitivo Norte (Séc. XII) do Castelo Templário de Tomar»
Por favor
LEIAM, ASSINEM, PASSEM
Pois somos, e seremos, Soldados de uma Guerra a ser ganha com tenacidade e sem tréguas.
Todos juntos, vamos conseguir.
Apresento-vos a Petição Pública:
«Petição em defesa, salvaguarda e reabilitação do Alambor Primitivo Norte (Séc. XII) do Castelo Templário de Tomar»
Por favor
LEIAM, ASSINEM, PASSEM
Soldados de uma guerra perdida
ULTIMAMENTE, tenho visto, com mais frequência, estes simpáticos carrinhos "grão de bico", cuja função, como se sabe, é desimpedir as paragens da Carris e as faixas BUS.
Em tempos, li que havia apenas 3 unidades para fiscalizar os 600 ou 700 km de linhas da empresa. Não sei se os números ainda serão esses; sei apenas que a eficácia deste carrinho, que aqui se vê na mesma zona e em dias diferentes, é (passe o eufemismo...) "variável"...
Em tempos, li que havia apenas 3 unidades para fiscalizar os 600 ou 700 km de linhas da empresa. Não sei se os números ainda serão esses; sei apenas que a eficácia deste carrinho, que aqui se vê na mesma zona e em dias diferentes, é (passe o eufemismo...) "variável"...
sábado, agosto 27, 2011
Crime de Lesa Património Histórico em Thomar
Em Thomar está a ter lugar um crime de lesa património histórico do alambor (base de muralha ou sapata) do Séc. XII do Castelo de Thomar.
Divulguem este crime.
É necessário, de uma vez por todas, acabar com a a deslealdade pública das entidades estatais responsáveis por zelar, defender, conservar e preservar o património histórico português
Aqui, trata-se de Património da Humanidade que foi destruído, e que neste momento querem pespegar-lhe betão e aço!!
Uma barbaridade sem limites. Sem escrúpulos de qualquer ordem, um vandalismo completo.
Querem acabar com algo que tem quase 900 anos ...
A Câmara de Tomar e o IGESPAR dizem, dizem ..., que está tudo bem, que está a decorrer normalmente, que foi uma Revelação ...
Destruíram o alambor, e as terras à volta escorregaram.
Vejam e ajuizem por Vós
Divulguem este crime.
É necessário, de uma vez por todas, acabar com a a deslealdade pública das entidades estatais responsáveis por zelar, defender, conservar e preservar o património histórico português
Aqui, trata-se de Património da Humanidade que foi destruído, e que neste momento querem pespegar-lhe betão e aço!!
Uma barbaridade sem limites. Sem escrúpulos de qualquer ordem, um vandalismo completo.
Querem acabar com algo que tem quase 900 anos ...
A Câmara de Tomar e o IGESPAR dizem, dizem ..., que está tudo bem, que está a decorrer normalmente, que foi uma Revelação ...
Destruíram o alambor, e as terras à volta escorregaram.
Vejam e ajuizem por Vós
(fotos: António Rebelo)
- Antes da destruição -
- Aquando e depois da destruição -
- Antes da destruição -
- Aquando e depois da destruição -
1º Capítulo
Jornal O Público
2º Capítulo
3º Capítulo
Enviem os Vossos protestos para o IGESPAR e a Câmara Municipal de Tomar.
Preencham os Livros de Reclamações em Tomar.
Já é tempo de acabarmos com a destruição do Património Histórico de Portugal.
Que este, seja o fim da destruição e o Início da Conservação.
Lisboa, cidade de tocos...
O TOCO de árvore que há muito ornamenta o passeio do lado poente do Rossio (imagem de cima) até nem ficava mal, pois era uma espécie de contraponto ao monumento a D. Pedro IV.
Mas há que reconhecer que a existência de um outro, do lado nascente da praça (foto de baixo), permite um equilíbrio urbanístico ainda melhor!
Bem-haja, pois, quem assim zela pela harmonia de tão nobre zona da cidade!
Mas há que reconhecer que a existência de um outro, do lado nascente da praça (foto de baixo), permite um equilíbrio urbanístico ainda melhor!
Bem-haja, pois, quem assim zela pela harmonia de tão nobre zona da cidade!
sexta-feira, agosto 26, 2011
À atenção da troika, uma notícia bizarra: «O passivo da EMEL aumentou...»
«Em locais bem conhecidos de Lisboa, onde a impunidade do estacionamento selvagem é a regra, a EMEL 'olha para o outro lado' e segue em frente...»
.
ESTA foto (de uma elucidativa sequência publicada recentemente no Passeio Livre) é mais do que uma alegoria, pois é um exemplo real e concreto daquilo que toda a gente sabe:
.
.
NESTE caso, trata-se das famigeradas esquinas sul da Av. Sacadura Cabral com a Rua David de Sousa, em Lisboa, onde os pilaretes, oportunamente, sumiram (de ambos os lados) e nunca foram repostos. Podia indicar aqui uma mão-cheia de outros locais (só nas 'avenidas novas') onde isso sucede, mas a lista, além de fastidiosa, não acrescentaria nada ao que é do domínio público.
O grande mistério é porque é que temos de continuar a pagar os ordenados desta rapaziada toda - desde o fiscal (m/f) mais 'míope' até aos gestores de topo (que, como qualquer pessoa que anda nas ruas de Lisboa, sabem muito bem o que se passa - ou será preciso levá-los pela mão a visitar esses sítios "intocáveis"?).
segunda-feira, agosto 22, 2011
Antigo cinema Odéon desaba lentamente sobre o passeio
Assim relatava a edição em papel do DN, de 17 de Agosto.
Contudo, há que esclarecer que o Odéon não "desaba" sobre o passeio, trata-se das galerias, obviamente, e que não desabam, o que desaba é o estuque...
Como é possível ainda não ter havido expropriação neste caso?
Como é possível ter-se uma jóia como o Odéon - única sala de espectáculos Déco - assim?
Como é possível continuar-se a debitar bitaites de como a sala está a "cair" assim?
Como é possível ter o Igespar arrumado na prateleira o seu processo de classificação?
Como é possível isto?
Chiça, raio de cidade e raio de país.
Mais discussão em http://www.facebook.com/group.php?gid=103706563009747#!/groups/196197060396922/.
Em breve, voltará a ser notícia, assim espero.
Etiquetas:
CML,
destruição de património,
Igespar,
Odéon
Conferência internacional “Tejo e suas Margens – Desafios para o Futuro”
No dia 13 de Setembro, realiza-se no museu da electricidade a conferência internacional “O Tejo e suas Margens – Desafios para o Futuro”.
Com este encontro, a CCDR-LVT pretende promover a discussão pública alargada sobre o futuro do rio Tejo e as oportunidades que este oferece para gerar riqueza, atractividade e competitividade para o território regional.
A conferência pretende de manhã, discutir a estratégia regional e as políticas de regeneração urbana com um enfoque específico nos projectos de regeneração urbana das suas frentes ribeirinhas, seguindo-se uma apresentação de experiências internaionais de sucesso de regeneração de waterfront.
Da parte da tarde propõe-se um debate alargado sobre o futuro do Rio e do Estuário do Tejo, moderado por um jornalista e com a presença dos principais agentes e actores regionais.
Em paralelo o evento conta com uma mostra dos 10 projectos municipais financiados pelo POR Lisboa (show room), no âmbito do QREN (2007-2013).
Com este encontro, a CCDR-LVT pretende promover a discussão pública alargada sobre o futuro do rio Tejo e as oportunidades que este oferece para gerar riqueza, atractividade e competitividade para o território regional.
A conferência pretende de manhã, discutir a estratégia regional e as políticas de regeneração urbana com um enfoque específico nos projectos de regeneração urbana das suas frentes ribeirinhas, seguindo-se uma apresentação de experiências internaionais de sucesso de regeneração de waterfront.
Da parte da tarde propõe-se um debate alargado sobre o futuro do Rio e do Estuário do Tejo, moderado por um jornalista e com a presença dos principais agentes e actores regionais.
Em paralelo o evento conta com uma mostra dos 10 projectos municipais financiados pelo POR Lisboa (show room), no âmbito do QREN (2007-2013).
domingo, agosto 21, 2011
sexta-feira, agosto 19, 2011
De "acordo"?
Av. João XXI
NESTAS coisas de placas, há dois erros que são tão frequentes como irritantes: trata-se do Proíbido e do Residêncial.
No caso que esta imagem documenta, aqueles que, como eu, se interrogam se isso fará parte do Novo Acordo Ortográfico, têm a resposta lá escarrapachada - e até no plural: ACORDOS.
Bem-hajam!
terça-feira, agosto 16, 2011
O "cúmulo"
SANTANA Lopes está sempre disponível para tudo o que lhe der visibilidade, excepto para fazer aquilo para que foi eleito e para que os contribuintes lhe pagam: fazer uma oposição eficaz naquela outra "santa casa" que é a autarquia de Lisboa.
Há dias, disseram-me que essa minha acusação era injusta. Seja ou não seja, o certo é que ficou sem resposta a questão que, em seguida, coloquei:
«Então indique-me UMA ÚNICA acção (ou intervenção) de Santana Lopes – sim, uma única! – real, concreta e com impacto sério – face ao caos em que a capital se tornou. É que nunca se viu Lisboa tão desumana, tão porca, tão esburacada, tão intransitável, tão desorganizada, tão despersonalizada como agora – um local de que só apetece fugir! E o que faz Santana Lopes, face a esse verdadeiro maná de oportunidades que António Costa lhe dá de mão-beijada?».
Possivelmente, Santana Lopes tem má-consciência, e com alguma razão, pois as desgraças da cidade também tiveram, a seu tempo, o seu contributo:
Aliás, desde o CDS até ao BE (passando pela CDU, pelo PS e por Independentes - destes, gosto especialmente daquele simpático cavalheiro que tem a alcunha de “vereador para a mobilidade”!), Lisboa tem conhecido uma inumerável colecção de pândegos que nos saem caros e bem caros. Santana Lopes é apenas mais um - embora com pinta de bom rapaz, valha-nos isso.
Passatempo: quais, das fotos aqui apresentadas, foram tiradas no tempo de Santana Lopes e quais o foram no de António Costa?
.
Há dias, disseram-me que essa minha acusação era injusta. Seja ou não seja, o certo é que ficou sem resposta a questão que, em seguida, coloquei:
«Então indique-me UMA ÚNICA acção (ou intervenção) de Santana Lopes – sim, uma única! – real, concreta e com impacto sério – face ao caos em que a capital se tornou. É que nunca se viu Lisboa tão desumana, tão porca, tão esburacada, tão intransitável, tão desorganizada, tão despersonalizada como agora – um local de que só apetece fugir! E o que faz Santana Lopes, face a esse verdadeiro maná de oportunidades que António Costa lhe dá de mão-beijada?».
Possivelmente, Santana Lopes tem má-consciência, e com alguma razão, pois as desgraças da cidade também tiveram, a seu tempo, o seu contributo:
Aliás, desde o CDS até ao BE (passando pela CDU, pelo PS e por Independentes - destes, gosto especialmente daquele simpático cavalheiro que tem a alcunha de “vereador para a mobilidade”!), Lisboa tem conhecido uma inumerável colecção de pândegos que nos saem caros e bem caros. Santana Lopes é apenas mais um - embora com pinta de bom rapaz, valha-nos isso.
Passatempo: quais, das fotos aqui apresentadas, foram tiradas no tempo de Santana Lopes e quais o foram no de António Costa?
.
segunda-feira, agosto 15, 2011
Apontamentos de Lisboa
ESTAS imagens mostram duas esquinas, fronteiras uma à outra, na Av. de Paris. O que as distingue é o seguinte: sendo ambas apetecíveis para os pinta-paredes, uma (a do Montepio) é invariável e imediatamente limpa quando esses 'artistas' actuam; a outra... nem por isso.
Ora, sabendo-se como é importante, para esses "pintores", que as suas marcas fiquem (eles, como os cães que urinam nos candeeiros e nas árvores, quem dizer à comunidade «Eu passei por aqui!», é fácil de constatar, por quem ali passa com frequência, que os resultados, em termos de (des)encorajamento são reais.
.
Ora, sabendo-se como é importante, para esses "pintores", que as suas marcas fiquem (eles, como os cães que urinam nos candeeiros e nas árvores, quem dizer à comunidade «Eu passei por aqui!», é fácil de constatar, por quem ali passa com frequência, que os resultados, em termos de (des)encorajamento são reais.
.
quarta-feira, agosto 10, 2011
Fazendo pela vidinha...
terça-feira, agosto 09, 2011
Como nos vêem
NESTA magnífica obra (editada já este ano), o autor descreve, sem grandes erros (e a maioria deles deve-se, porventura, à tradução do Inglês), como somos vistos pelos outros. Refere o que gosta (a paisagem, a gastronomia, a hospitalidade, alguns períodos da nossa História) e o que não gosta - ou o espanta.
Dentro da 2ª categoria, refere:
... como deitámos pela borda-fora os dinheiros das Índias (primeiro), do Brasil (depois) e da CEE (já recentemente);
... o Ministro da Defesa que, quando saiu, levou consigo 60 mil fotocópias de documentos do seu ministério sem que ainda hoje alguém protestasse.
... a Justiça inoperante, que pode levar 20 anos para julgar um caso. O da Casa Pia já vai em 5, e não se lhe vê o fim.
... a corrupção - que bloqueia a sociedade portuguesa e que, juntamente com a justiça lenta, é uma das causas que afasta o investimento estrangeiro. Não conhece o nome de um único corrupto preso, e estranha que tenha sido o próprio PS quem mais se tem oposto a que seja criminalizado o enriquecimento ilícito.
No que toca ao português-médio, o autor nota que:
... tem uma baixa auto-estima (é o primeiro a dizer mal de si mesmo - vejam-se as anedotas em que entra "um português");
... tem um ar triste (em comparação com o brasileiro), a que o fado dá o tom;
... prefere pensar que "não há-de ser nada" (a propósito de não haver planos de emergência para catástrofes como a de 1755) ;
... não é dado a pensar a longo prazo («Só penso nos problemas à medida que eles aparecem» - como disse António Vitorino na TV);
... deixa tudo para o último dia;
... não percebe que o "desenrascanço" é um defeito e não uma qualidade nacional;
... é incapaz de chegar a horas a uma reunião, mesmo de negócios do seu interesse;
... é capaz de se gabar em público que comete o crime da fuga aos impostos;
... acha que a culpa do que lhe corre mal é sempre dos outros (sejam acidentes de trânsito ou a economia);
... é capaz de estacionar em 2ª fila ou em cima dos jardins e dos passeios mesmo desnecessariamente - só pelo gozo de violar a lei;
... cria leis de excepção quando não é possível fazer cumprir a actual (cita o caso das touradas de morte de Barrancos);
... a 1ª coisa que faz quando vai a um serviço público (repartição, hospital, etc) é ver "se conhece lá alguém que dê um jeitinho";
... não condena a cultura da "cunha" (acha que passar à frente dos outros, num concurso, p. ex., é normal e aceitável) ;
... reza para que venha o Papa e as multas de trânsito sejam amnistiadas, o que sucede regularmente e aos milhões;
... apesar de avesso, por natureza, a cumprir regras, o português gosta da autoridade (mas só para os outros). «Haja quem meta isto na ordem! Faz falta um outro Salazar!», são frases que se ouvem com frequência;
... vive obcecado com "o que dizem de nós lá fora" (quando, afinal, a maioria dos estrangeiros julga que Portugal é uma província de Espanha);
... aceita, como normal, que um médico chegue com 2 horas de atraso (ou nem apareça...) e nem sequer peça desculpa aos doentes.
... sofre de um racismo moderado/envergonhado («Não tenho nada contra os brasileiros, mas...»);
... a incapacidade de tomar decisões "de uma vez por todas" (as voltas e reviravoltas do TGV - que ora tem 5 linhas, ora não tem nenhuma - e nem se sabe onde passará, se alguma vez se fizer...).
Dentro da 2ª categoria, refere:
... como deitámos pela borda-fora os dinheiros das Índias (primeiro), do Brasil (depois) e da CEE (já recentemente);
... o acordo ortográfico (75% das alterações foram impostas pelos brasileiros - e não por Portugal, o país da língua-mãe);
... a destruição urbanística - do Algarve, mas não só...
... o poder dos Chicos-espertos (refere o caso de uns sobreiros abatidos à má-fila...)
... a destruição urbanística - do Algarve, mas não só...
... o Ministro da Defesa que, quando saiu, levou consigo 60 mil fotocópias de documentos do seu ministério sem que ainda hoje alguém protestasse.
... a Justiça inoperante, que pode levar 20 anos para julgar um caso. O da Casa Pia já vai em 5, e não se lhe vê o fim.
... a corrupção - que bloqueia a sociedade portuguesa e que, juntamente com a justiça lenta, é uma das causas que afasta o investimento estrangeiro. Não conhece o nome de um único corrupto preso, e estranha que tenha sido o próprio PS quem mais se tem oposto a que seja criminalizado o enriquecimento ilícito.
No que toca ao português-médio, o autor nota que:
... tem uma baixa auto-estima (é o primeiro a dizer mal de si mesmo - vejam-se as anedotas em que entra "um português");
... tem um ar triste (em comparação com o brasileiro), a que o fado dá o tom;
... prefere pensar que "não há-de ser nada" (a propósito de não haver planos de emergência para catástrofes como a de 1755) ;
... não é dado a pensar a longo prazo («Só penso nos problemas à medida que eles aparecem» - como disse António Vitorino na TV);
... deixa tudo para o último dia;
... não percebe que o "desenrascanço" é um defeito e não uma qualidade nacional;
... é incapaz de chegar a horas a uma reunião, mesmo de negócios do seu interesse;
... é capaz de se gabar em público que comete o crime da fuga aos impostos;
... acha que a culpa do que lhe corre mal é sempre dos outros (sejam acidentes de trânsito ou a economia);
... é capaz de estacionar em 2ª fila ou em cima dos jardins e dos passeios mesmo desnecessariamente - só pelo gozo de violar a lei;
... cria leis de excepção quando não é possível fazer cumprir a actual (cita o caso das touradas de morte de Barrancos);
... a 1ª coisa que faz quando vai a um serviço público (repartição, hospital, etc) é ver "se conhece lá alguém que dê um jeitinho";
... não condena a cultura da "cunha" (acha que passar à frente dos outros, num concurso, p. ex., é normal e aceitável) ;
... reza para que venha o Papa e as multas de trânsito sejam amnistiadas, o que sucede regularmente e aos milhões;
... apesar de avesso, por natureza, a cumprir regras, o português gosta da autoridade (mas só para os outros). «Haja quem meta isto na ordem! Faz falta um outro Salazar!», são frases que se ouvem com frequência;
... vive obcecado com "o que dizem de nós lá fora" (quando, afinal, a maioria dos estrangeiros julga que Portugal é uma província de Espanha);
... aceita, como normal, que um médico chegue com 2 horas de atraso (ou nem apareça...) e nem sequer peça desculpa aos doentes.
... sofre de um racismo moderado/envergonhado («Não tenho nada contra os brasileiros, mas...»);
... a incapacidade de tomar decisões "de uma vez por todas" (as voltas e reviravoltas do TGV - que ora tem 5 linhas, ora não tem nenhuma - e nem se sabe onde passará, se alguma vez se fizer...).
.
No entanto, o autor adora viver em Portugal. Casou com uma portuguesa, e não tenciona ir-se embora tão cedo, pois acha que, a par das coisas verdadeiramente boas, todo este caos que nos envolve tem o-seu-quê de bizarro, de único, de primitivo. A filha dele, que já nasceu cá, dá-se mal com a sociedade inglesa, quando lá vai: "demasiado organizada para os seus gostos e hábitos"... segunda-feira, agosto 08, 2011
Ainda o aumento do preço dos transportes públicos
Como, em Lisboa, os transportes públicos são acarinhados:
Paragem da Carris na Av. de Roma, junto ao n.º 27
Paragem da Carris na Av. de Roma, junto ao n.º 27
.
O BLOGUE Passeio Livre acaba de anunciar uma iniciativa curiosa para protestar contra o aumento do preço dos transportes públicos - ver [AQUI].quinta-feira, agosto 04, 2011
Gravatas e aventais
In Público (4/7/2011)
Helena Matos
«Portugal é um país que adora entreter-se com aparentes futilidades - no caso as gravatas -, enquanto ilude o que é verdadeiramente importante - ou seja, os aventais.
Pelo que li, nas últimas semanas o país tem vivido uma guerra entre aventais, ou mais precisamente entre as diversas lojas maçónicas em que colocam o avental de irmãos diversos membros dos serviços secretos e de informações. Mas o que na verdade nos inebria é a decisão da ministra Assunção Cristas de abolir as gravatas no seu ministério, coisa que começou por ser apresentada como uma medida visando a poupança de energia e já vai a caminho de ser celebrada como um acto que, segundo a deputada Elza Pais, se "poderá traduzir na emergência de novas masculinidades, essas sim, fundamentais para mudar de paradigma".
Das energias tratarei noutro lugar, pois se existem muitas alternativas no que respeita às energias. O mesmo não se pode dizer dos símbolos fálicos (ao que consta as gravatas serão um símbolo fálico), coisa que até este bendito tempo nunca foi problema, antes pelo contrário, mas agora é. Vivemos rodeados de símbolos e francamente os símbolos fálicos parecemme tão estimáveis quanto os outros.
Presumo que os saltos altos nas mulheres devem ser um símbolo doutra coisa nefanda qualquer. Isto para já não falar dos soutiens, dos vestidos e das saias, que nestas coisas do simbólico o feminino é sempre mais reiterativo. Por este andar acabaremos, homens e mulheres, vestidos com aqueles fatos de poliuterano que fizeram a fortuna dos nadadores, de touquinha a cobrir os cabelos e quiçá com as mulheres cobertinhas de pêlos, pois ainda se há-de dar o bendito caso de a depilação passar a ser vista como um sinal da submissão feminina à sociedade falocrática.
Como é que dos homens sem gravata vão emergir novas masculinidades e por alma de quem é que tal coisa deverá acontecer e ainda por cima nos é apresentada como positiva é que me parece uma reactualização perigosa dos mistérios da fé. Mas não duvido que ainda vamos no princípio desta luta contra a falocracia das gravatas. E sou mesmo levada a acreditar que, caso os membros da maçonaria em vez de aventais (coisa tida como feminina) usassem uns adereços mais fálicos, talvez merecesse mais atenção o que acontece nessa sociedade de que alguns compagnons dessa route gostam de dizer que de secreta passou a discreta.
Antes de passarmos à maçonaria propriamente dita convém que faça uma declaração de desinteresse: não tenho qualquer interesse ou simpatia por sociedades secretas ou discretas e numa democracia nem percebo a sua razão de ser.
Irrita-me solenamente a presunção dumas pessoas que a si mesmas se definem como homens bons e sobretudo todos aqueles rituais de igreja a fazer de conta que não é igreja, mais os aventais e os martelos que me parecem muito, mas mesmo muito ridículos. Tal como as gravatas parecerão a outros. Mas enquanto as gravatas lá andam despojadamente no domínio do simbólico, os aventais da maçonaria movem-se cada vez mais no domínio do material.
Não há na política deste país negócio obscuro, tráfico de influências, cumplicidades entre público e privado que não nos levem à irmandade dos aventais. Para cúmulo somos também informados de que os membros dos serviços de informações têm outras lealdades para lá daquelas que devem ao país e que inevitavelmente conduzem a esse enredo de lojas, grémios e orientes.
Se alguns milhares de homens deste país se sentem felizes por andar de avental, chamando-se irmãos e dizendo-se homens bons, essa é sinceramente uma coisa que não nos diz respeito e a mim me causa particular fastio. Mas a democracia que somos tem o dever de investigar o tráfico de influências em que justa ou injustamente a maçonaria surge no cerne e muito particularmente os partidos, sobretudo o PS e o PSD, têm de ser capazes de olhar para dentro e analisar as consequências para si e para o país das cumplicidades maçónicas de muitos dos seus dirigentes.
Deixemos as gravatas em paz e já agora os símbolos fálicos e a masculinidade também, que bem precisam. E preocupemo-nos com os aventais que, ó deliciosa vingança feminina!, se tornaram no símbolo daquilo que em Portugal o poder não pode e muito menos deve ser. Ensaísta
P.S. É curioso como os jornalistas que investigam todos aqueles que por razões políticas contactaram ou foram contactados pelo terrorista de Oslo esquecem nessa averiguação os seus irmãos maçons.
Da sesta ao ar condicionado
• A decisão da ministra Assunção Cristas de abolir as gravatas no seu ministério garantiu-lhe uma revoada de boa imprensa, pois nesta medida foi descortinado um sinal de informalidade e a imprensa, como se sabe, adora informalidades. Enfim, tão formal será ter de usar gravata como ser proibido de a usar, mas passemos à poupança de energia propriamente dita.
Tenho sérias dúvidas sobre as poupanças de energia conseguidas com o facto de os homens não usarem gravata (se as mulheres usassem proporcionalmente o ar condicionado em função das especificidades do seu vestuário o consumo de energia do planeta disparava!), mas sobretudo há que registar a sorte da senhora ministra com o facto de o Verão ir anormalmente frio (umas boas almas já nos andam a avisar que o tão falado aquecimento global é capaz de vir a ser sim arrefecimento).
Caso estivéssemos nos 40° mais alguns graus do costume e o ministério de o Ambiente, Agricultura, Pescas... etc, etc. com os respectivos aparelhos de ar condicionado desligado acabaria a ter de introduzir a pausa para os funcionários devidamente desengravatados fazerem sesta ou se irem refrescar para o café mais próximo.
O que seria muito importante do ponto de vista da efectiva poupança de energia é que as construções deixassem de ser concebidas como se Portugal vivesse em eterna Primavera, delírio que as torna infrequentáveis sem o recurso ao ar condicionado no Verão e ao aquecimento no Inverno. Ou que o Ministério do Ambiente tomasse uma posição pública de condenação das opções feitas pela Parque Escolar que levaram a que tenha triplicado a factura de consumo de energia de muitas escolas.
E, já que vamos nesta dicotomia do vestuário versus consumo da energia, o Ministério do Ambiente já deixou de apoiar a campanha mais cretina do ponto de vista ambiental alguma vez vista e que visava nada mais nada menos do que erradicar os estendais da roupa dos prédios portugueses?
Quando o problema está na lei
• Recentemente o ministro da Solidariedade e da Segurança Social defendeu a desburocratização das regras para os equipamentos sociais, pois como afirmou: "Há muitas regras que hoje não se justificam e quem conhece as instituições conhece vários casos em que, por eventualmente o pé-direito ser 1,97 metros e não ser 2 metros como é exigido nas regulamentações, o que acontece é que equipamentos ficam fechados."
Não é difícil dar razão a Mota Soares: Portugal especializouse em produzir legislação de tal modo arrevesada e burocracia de tal modo cara que o resultado são instituições a funcionar abaixo da sua capacidade, como sucede na Fundação do Gil que, segundo declarou no fim de 2009 a sua administradora Margarida Pinto Correia, recebe menos crianças do que aquilo que poderia, caso a lei não colocasse como limite apenas duas crianças por quarto.
Ou então caem nas franjas da (i)legalidade, como acontece num dos melhores equipamentos para idosos existentes no nosso país, a aldeia de Alcalar, cujo responsável, o padre Domingos Costa, se recusa a pagar os custos absurdos do licenciamento, argumentando que quando uma Misericórdia gasta 100 mil euros para obter um certificado de qualidade isso é dinheiro mal gasto.
Infelizmente as consequências desse binómio legislação absurda/ burocracia cara não se ficam pelos equipamentos sociais. Confrontamonos com elas mal saímos à rua no número de estabelecimentos fechados. Porque não podem esses espaços outrora de comércio ser usados como habitação é um mistério nacional. Em muitas cidades europeias o que distingue um espaço comercial de um espaço habitacional é simplesmente a presença de cortinados. Ou às vezes nem isso, pois não são raros os casos em que os residentes do que já foi uma loja deixam que a luz e o olhar dos transeuntes penetrem na sua sala de estar.
Em Portugal tal mudança de uso é quase tecnicamente impossível. Não por causa das obras de adaptação necessárias, mas muito prosaicamente por causa da burocracia e dos custos dela. Não só o custo dos licenciamentos para transformar um espaço comercial em habitacional pode, entre nós, ultrapassar em muito os custos das obras de adaptação propriamente ditas, como as exigências burocráticas são tais que essa é uma aventura impraticável mesmo para uma autarquia.
Por exemplo, a Câmara Municipal de Lisboa tem mais de mil lojas fechadas em bairros sociais. Para lá do óbvio desaproveitamento destes espaços, muitos deles são alvo de vandalismo e transformam-se em focos de insegurança e insalubridade.
Muitos deles poderiam ser transformados em espaços de habitação, mas para isso a legislação terá de ser simplificada. E a obra no papel tem de deixar de ser mais demorada e mais cara do que a obra propriamente dita. »
Helena Matos
«Portugal é um país que adora entreter-se com aparentes futilidades - no caso as gravatas -, enquanto ilude o que é verdadeiramente importante - ou seja, os aventais.
Pelo que li, nas últimas semanas o país tem vivido uma guerra entre aventais, ou mais precisamente entre as diversas lojas maçónicas em que colocam o avental de irmãos diversos membros dos serviços secretos e de informações. Mas o que na verdade nos inebria é a decisão da ministra Assunção Cristas de abolir as gravatas no seu ministério, coisa que começou por ser apresentada como uma medida visando a poupança de energia e já vai a caminho de ser celebrada como um acto que, segundo a deputada Elza Pais, se "poderá traduzir na emergência de novas masculinidades, essas sim, fundamentais para mudar de paradigma".
Das energias tratarei noutro lugar, pois se existem muitas alternativas no que respeita às energias. O mesmo não se pode dizer dos símbolos fálicos (ao que consta as gravatas serão um símbolo fálico), coisa que até este bendito tempo nunca foi problema, antes pelo contrário, mas agora é. Vivemos rodeados de símbolos e francamente os símbolos fálicos parecemme tão estimáveis quanto os outros.
Presumo que os saltos altos nas mulheres devem ser um símbolo doutra coisa nefanda qualquer. Isto para já não falar dos soutiens, dos vestidos e das saias, que nestas coisas do simbólico o feminino é sempre mais reiterativo. Por este andar acabaremos, homens e mulheres, vestidos com aqueles fatos de poliuterano que fizeram a fortuna dos nadadores, de touquinha a cobrir os cabelos e quiçá com as mulheres cobertinhas de pêlos, pois ainda se há-de dar o bendito caso de a depilação passar a ser vista como um sinal da submissão feminina à sociedade falocrática.
Como é que dos homens sem gravata vão emergir novas masculinidades e por alma de quem é que tal coisa deverá acontecer e ainda por cima nos é apresentada como positiva é que me parece uma reactualização perigosa dos mistérios da fé. Mas não duvido que ainda vamos no princípio desta luta contra a falocracia das gravatas. E sou mesmo levada a acreditar que, caso os membros da maçonaria em vez de aventais (coisa tida como feminina) usassem uns adereços mais fálicos, talvez merecesse mais atenção o que acontece nessa sociedade de que alguns compagnons dessa route gostam de dizer que de secreta passou a discreta.
Antes de passarmos à maçonaria propriamente dita convém que faça uma declaração de desinteresse: não tenho qualquer interesse ou simpatia por sociedades secretas ou discretas e numa democracia nem percebo a sua razão de ser.
Irrita-me solenamente a presunção dumas pessoas que a si mesmas se definem como homens bons e sobretudo todos aqueles rituais de igreja a fazer de conta que não é igreja, mais os aventais e os martelos que me parecem muito, mas mesmo muito ridículos. Tal como as gravatas parecerão a outros. Mas enquanto as gravatas lá andam despojadamente no domínio do simbólico, os aventais da maçonaria movem-se cada vez mais no domínio do material.
Não há na política deste país negócio obscuro, tráfico de influências, cumplicidades entre público e privado que não nos levem à irmandade dos aventais. Para cúmulo somos também informados de que os membros dos serviços de informações têm outras lealdades para lá daquelas que devem ao país e que inevitavelmente conduzem a esse enredo de lojas, grémios e orientes.
Se alguns milhares de homens deste país se sentem felizes por andar de avental, chamando-se irmãos e dizendo-se homens bons, essa é sinceramente uma coisa que não nos diz respeito e a mim me causa particular fastio. Mas a democracia que somos tem o dever de investigar o tráfico de influências em que justa ou injustamente a maçonaria surge no cerne e muito particularmente os partidos, sobretudo o PS e o PSD, têm de ser capazes de olhar para dentro e analisar as consequências para si e para o país das cumplicidades maçónicas de muitos dos seus dirigentes.
Deixemos as gravatas em paz e já agora os símbolos fálicos e a masculinidade também, que bem precisam. E preocupemo-nos com os aventais que, ó deliciosa vingança feminina!, se tornaram no símbolo daquilo que em Portugal o poder não pode e muito menos deve ser. Ensaísta
P.S. É curioso como os jornalistas que investigam todos aqueles que por razões políticas contactaram ou foram contactados pelo terrorista de Oslo esquecem nessa averiguação os seus irmãos maçons.
Da sesta ao ar condicionado
• A decisão da ministra Assunção Cristas de abolir as gravatas no seu ministério garantiu-lhe uma revoada de boa imprensa, pois nesta medida foi descortinado um sinal de informalidade e a imprensa, como se sabe, adora informalidades. Enfim, tão formal será ter de usar gravata como ser proibido de a usar, mas passemos à poupança de energia propriamente dita.
Tenho sérias dúvidas sobre as poupanças de energia conseguidas com o facto de os homens não usarem gravata (se as mulheres usassem proporcionalmente o ar condicionado em função das especificidades do seu vestuário o consumo de energia do planeta disparava!), mas sobretudo há que registar a sorte da senhora ministra com o facto de o Verão ir anormalmente frio (umas boas almas já nos andam a avisar que o tão falado aquecimento global é capaz de vir a ser sim arrefecimento).
Caso estivéssemos nos 40° mais alguns graus do costume e o ministério de o Ambiente, Agricultura, Pescas... etc, etc. com os respectivos aparelhos de ar condicionado desligado acabaria a ter de introduzir a pausa para os funcionários devidamente desengravatados fazerem sesta ou se irem refrescar para o café mais próximo.
O que seria muito importante do ponto de vista da efectiva poupança de energia é que as construções deixassem de ser concebidas como se Portugal vivesse em eterna Primavera, delírio que as torna infrequentáveis sem o recurso ao ar condicionado no Verão e ao aquecimento no Inverno. Ou que o Ministério do Ambiente tomasse uma posição pública de condenação das opções feitas pela Parque Escolar que levaram a que tenha triplicado a factura de consumo de energia de muitas escolas.
E, já que vamos nesta dicotomia do vestuário versus consumo da energia, o Ministério do Ambiente já deixou de apoiar a campanha mais cretina do ponto de vista ambiental alguma vez vista e que visava nada mais nada menos do que erradicar os estendais da roupa dos prédios portugueses?
Quando o problema está na lei
• Recentemente o ministro da Solidariedade e da Segurança Social defendeu a desburocratização das regras para os equipamentos sociais, pois como afirmou: "Há muitas regras que hoje não se justificam e quem conhece as instituições conhece vários casos em que, por eventualmente o pé-direito ser 1,97 metros e não ser 2 metros como é exigido nas regulamentações, o que acontece é que equipamentos ficam fechados."
Não é difícil dar razão a Mota Soares: Portugal especializouse em produzir legislação de tal modo arrevesada e burocracia de tal modo cara que o resultado são instituições a funcionar abaixo da sua capacidade, como sucede na Fundação do Gil que, segundo declarou no fim de 2009 a sua administradora Margarida Pinto Correia, recebe menos crianças do que aquilo que poderia, caso a lei não colocasse como limite apenas duas crianças por quarto.
Ou então caem nas franjas da (i)legalidade, como acontece num dos melhores equipamentos para idosos existentes no nosso país, a aldeia de Alcalar, cujo responsável, o padre Domingos Costa, se recusa a pagar os custos absurdos do licenciamento, argumentando que quando uma Misericórdia gasta 100 mil euros para obter um certificado de qualidade isso é dinheiro mal gasto.
Infelizmente as consequências desse binómio legislação absurda/ burocracia cara não se ficam pelos equipamentos sociais. Confrontamonos com elas mal saímos à rua no número de estabelecimentos fechados. Porque não podem esses espaços outrora de comércio ser usados como habitação é um mistério nacional. Em muitas cidades europeias o que distingue um espaço comercial de um espaço habitacional é simplesmente a presença de cortinados. Ou às vezes nem isso, pois não são raros os casos em que os residentes do que já foi uma loja deixam que a luz e o olhar dos transeuntes penetrem na sua sala de estar.
Em Portugal tal mudança de uso é quase tecnicamente impossível. Não por causa das obras de adaptação necessárias, mas muito prosaicamente por causa da burocracia e dos custos dela. Não só o custo dos licenciamentos para transformar um espaço comercial em habitacional pode, entre nós, ultrapassar em muito os custos das obras de adaptação propriamente ditas, como as exigências burocráticas são tais que essa é uma aventura impraticável mesmo para uma autarquia.
Por exemplo, a Câmara Municipal de Lisboa tem mais de mil lojas fechadas em bairros sociais. Para lá do óbvio desaproveitamento destes espaços, muitos deles são alvo de vandalismo e transformam-se em focos de insegurança e insalubridade.
Muitos deles poderiam ser transformados em espaços de habitação, mas para isso a legislação terá de ser simplificada. E a obra no papel tem de deixar de ser mais demorada e mais cara do que a obra propriamente dita. »
segunda-feira, agosto 01, 2011
Hoje é o grande dia... dos aumentos de preços
.
As fotos seguintes mostram alguns exemplos de locais onde os 'sábios' que nos governam poderiam ir buscar uma boa parte desses 27,4 milhões - ou mais ainda.
Resta saber porque é que não o fazem eficientemente, se até dispõem de largas centenas de funcionários, cujo trabalho consiste em efectuar essa 'cobrança' - àqueles que, ainda por cima, dão sobejas mostras de não se importarem de pagar!
Resta saber porque é que não o fazem eficientemente, se até dispõem de largas centenas de funcionários, cujo trabalho consiste em efectuar essa 'cobrança' - àqueles que, ainda por cima, dão sobejas mostras de não se importarem de pagar!
Paragens da Carris e faixas BUS:
Av. João XXI, Av. Roma, Av. Forças Armadas, Rua do Ouro, Praça da Figueira...
.
COMO já há algumas semanas que não vou a Lisboa, não sei o que as autoridades governamentais e autárquicas fizeram, entretanto, para melhorar a fluidez dos transportes públicos - factor relevante nos custos de exploração e, consequentemente, nos prejuízos que são a justificação para os aumentos dos respectivos preços.Av. João XXI, Av. Roma, Av. Forças Armadas, Rua do Ouro, Praça da Figueira...
.
Alguém me sabe informar se situações absurdas como as que aqui se documentam se podem considerar uma coisa do passado?
.
PS: foram prorrogados, até 31 Ago 11, os Prémios António Costa - ver [AQUI]..
Subscrever:
Mensagens (Atom)