Uma pequena aspiração
Continua, no entanto, por satisfazer a modesta 'aspiração' que consiste em obter uma resposta satisfatória para uma pergunta já mil vezes colocada:
Dado que o lógico é que o custo das máquinas (e do pessoal a elas afecto) seja suportado, pelo menos em parte, pelos infractores, quantas coimas foram aplicadas (e, já agora, quanto "renderam") - desde que foram compradas (ou, p. ex., no último ano)?
ZERO ou ZERO-VÍRGULA-ZERO?
6 comentários:
O Costa, com a sua ideia de a CML funcionar menos um dia por semana, para poupar algum, sem querer disse tudo: a CML pouco ou nada faz, pelo que, quando se pede ao país para tabalhar mais 1/2 hora por dia, na CML o que dá resultado é trabalharem menos.
Porque é que, em vez de mandar a boca para o ar, não pergunta directamente ao gabinete do vereador do pelouro, o exmo sr dr. José Sá Fernandes? Experimente mandar-lhe um e-mail com esta questão e depois, então, publique a resposta. Cpts
Caríssimo,
A "boca" é sua, e explico porquê:
É que eu, DE FACTO, já experimentei abordar a autarquia, pessoalmente e por mais do que uma vez, para expor problemas da minha zona. Evidentemente, o meu caro amigo não faz a mínima ideia de como tudo aquilo (a CML, a AML, a PM, a EMEL, etc) funciona.
1 - Na AML interpelei, pessoalmente, um vereador: virou-me as costas, e deixou-me a falar sozinho.
2 - Por mail, interpelei uma vereadora: disse-me que sabia do problema, mas não havia nada a fazer.
3 - Idem, um ex-vereador (que convidei para almoçar, para lhe pedir conselhos sobre como resolver problemas do bairro onde moro). Com um sorriso, desenganou-me: "Eles não estão lá para isso".
4 - Escrevi para a Polícia Municipal por várias vezes. Tive, de facto, uma resposta, mas o problema não foi resolvido.
5 - Interpelei, pessoalmente, polícias, fiscais e agentes nas ruas.
Etc., etc.
Invariavelmente, os resultados oscilam entre ZERO e ZERO-VÍRGULA-ZERO.
(Cont.)
A minha resposta anterior carece de alguns esclarecimentos:
Antes de mais, Sá Fernandes só indirectamente tem a ver com o assunto, porque a pergunta, no meu 'post', é colocada à Policia Municipal («quantas coimas foram aplicadas...?») e não a ele.
E no que toca a perguntas/respostas feitas/dadas a/por essa entidade julgo poder falar com conhecimento de causa.
No entanto, já fará sentido uma pergunta aos serviços camarários. Pois já foi feita, por mim, e por várias vezes - mas sob a forma de carta aberta, que pode ver [AQUI]. Trata-se do chamado «Local G» (a foto da caca até é a mesma), e foi divulgada no Correio da Manhã, no Jornal de Notícias, no Público (várias vezes!) e até na SIC (em directo).
Finalmente, um apontamento:
Se queremos saber se os fósforos de uma caixa de fósforos são bons, podemos perguntar ao vendedor, podemos experimentá-los todos, ou podemos experimentar alguns, ao acaso.
Pois bem. Moro em Lisboa há 63 anos, no decorrer dos quais vi inúmeros cães (acompanhados pelos donos) a defecar na rua, e nunca vi um único dono a ser autuado.
Se o meu caro amigo já viu algum, felicito-o vivamente, pois deve ser o único cidadão que teve o privilégio de assistir a uma cena dessas.
Esta porcaria já CHEIRA MAL pois nunca vi Lisboa livre destes presentes....
Antigamente eram os cães vadios....agora são os donos porcos!
Este problema, no entanto, não é só nosso:
Existe também em Nova Iorque (p.ex.), onde se estima que haja cerca de 1 milhão de cães.
Há, no entanto, uma "pequena" diferença: lá, discute-se o problema, e procuram-se soluções (nomeadamente como identificar os infractores).
Por cá, onde a estima pela cidade está praticamente ausente, o problema é como se nem sequer existisse.
E o desleixo nem sequer é exclusivo dos bairros degradados. Nas 'avenidas novas', p. ex. (habitadas quase exclusivamente pela classe média), as demonstrações de falta de civismo são mais do que muitas, e vão desde o lixo até ao estacionamento selvagem.
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