O mês passado deve ter
sido, até agora e de sempre, o mês em que fiz mais conferências/sessões seja em
escolas, umas 80, seja públicas 7 ou 8, todas sobre o clima e a
sustentabilidade energética.
Foi também, talvez, o mês
em que as renováveis garantiram, em Portugal continental uma maior fatia da
produção de electricidade 3.863 Gigawatt/hora ou seja 75% do consumo.
Talvez seja de manter esta
média, com prejuízos para as minhas costas, embora tenha tentado ao máximo
transportes colectivos eléctricos, quando possível. Mas pelo menos as da produção,
articuladas como foi o caso com contenção no consumo!
Mas a nossa rede de
caminhos de ferro já conheceu melhores, muito melhores dias. É fundamental, não
percebo a política governamental nesta área electrificar alguns troços,
aumentar e revitalizar a circulação noutros e inclusive recriar algumas que por
falta de visão estratégica foram retiradas de circulação, seja para mercadoras
seja para tipo "metro" rápido.
Em Lisboa também não
estivemos mal:
Durante o último mês, 142% das necessidades
de electricidade de uma família típica na região de Lisboa foram
cobertas/satisfeitas por uma instalação padrão de painéis solares
fotovoltaicos.
Temos cada vez mais e mais qualificados
instaladores de painéis fotovoltaicos que são um investimento com amortização
cada vez mais curto. Incompreensível que quem e onde se possa esse investimento
não seja concretizado!
E igualmente, aí com amortização com prazo de
meses!, o térmico. Em Portugal, com o nosso Sol o nosso registo nesta área é 5
vezes inferior, per capita, ao alemão!
Uma instalação média de painéis solares
térmicos na região de Lisboa permitiu cobrir 76%, quase 14 m3 de gás natural,
das necessidades de aquecimento de águas de uma família padrão.
Já a produção de electricidade de origem
eólica no mês passado permitiu abastecer 20 % das habitações de Lisboa, o que
tendo em conta a nossa população e número de fogos é muito significativo.
E já agora... ainda a semana passada, em
Bragança, enfrentei-me com uma insensatez do nosso sistema eléctrico. A Câmara
Municipal fez um investimento excelente no desenvolvimento do fotovoltaico.
Pois é, é penalizada por produzir... a mais. Isto é inacreditável.
É urgente modificar a legislação e permitir
ao sector em auto-produção vender os seus excedentes!
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