Li com agrado um artigo do meu amigo António
Tereno: https://toureio.pt/inicio/index.php/opiniao18/item/2523-chega-de-pasmaceira-vamos-actuar.html
sobre as causas do desfanecimento das
touradas, dos eventos taurinos e também da ruralidade que lhe está associada.
Atribui ele aos taurinos alguma, muita da
culpa desta situação.
Além como é óbvio do pensamento animalista e
ignorante, das campanhas desses, das
mentiras e aldrabices e da falta de cultura e compreensão do mundo rural
por parte dessa gente, que são na maioria dos casos urbanitas serôdios.
Infelizmente ele só menciona pela rama as
culpas dos denominados taurinos.
Esta é a principal:
o deixar-se capturar pelo pensamento mais aterrador e grotesco, o reacionarismo que se espalha pela aficcion, o deixar-se
capturar pelo pensamento direitista e fascistóide que vai dando o golpe mortal
ao toureio, aos festejos taurinos populares e com tal à destruição da
sustentabilidade sócio-cultural e também ambiental dos nossos campos, ao fim
das nossas festas e de tudo o que com elas está relacionado.
Tenho ido menos aos toiros porque a cooptação
destes por essa gente, que nem sequer percebe que está a destruir a corrida,
que em Portugal só resiste pelo carácter popular dos seus festejos e porque o
Partido Comunista, no quadro da sua inserção nos territórios de montado e
lezíria os tem apoiado.
Fora só a nossa direita, também muito
troglodita, a apoiar este elemento social e estaríamos tramados, como em
Espanha.
Infelizmente partilho do pessimismo de António
Tereno, a falta de espinha dorsal de tantos dos taurinos, o desrespeito por
regras e condutas, o turisticar absurdo de alguns eventos, e a incapacidade de
deixarem o discurso marialva, estronço,
e anti-liberal é uma estocada , quiçá mortal
nesta bela arte.
Mais penso que em Espanha a sorte, morte das faenas
está condenada. Como já referi em Portugal só devido à estupidez dos
animalistas é que resistimos. Não pela capacidade de resistência, estratégia,
ou visão dos amantes da fiesta.
Recordo, o disse a uma amiga desses grupos de
animalistas, o erro que cometeram ( pensaram que era o elo mais fraco...) ao
meterem-se com Barrancos, onde o sentir do povo está ligado aos momentos e silêncios,
dos encierros, das corridas, da gastronomia, com a carne do bicho, morto, e das
festas.
Seremos os últimos moicanos!
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