domingo, abril 26, 2020

Iniciei no dia 17 a leitura desta história das crises financeiras, manias/loucuras, pânicos e quebras/caracs, acabei agora.
Um livro denso e duro, muita informação e minúcia, detalhes, alguns muito divertidos, mas parece ser, é a história de um casino, contínuo.
Tudo é um jogo, de especulação, créditos, quase sempre malparados, arrivismos, sem trapézio, pois falta sempre regulação e a rede para amparar.
Mas amparar o quê? As manias e as ilusões do capital financeiro, e o que é incrível é que ao longo deste livro vamos passando pelo desconforto de nunca, mesmo nunca sabermos da economia, da verdadeira economia, da produção, das mais valias reais, do trabalho que move as máquinas, das relações de produção e das forças produtivas e das suas contradições.
Os mercados financeiros, tantas vezes confundidos com o mercado, quando de facto são meros casinos de apostas e batota, de bandidos e trafulhas. E os bancos, claro em vez de entidade sérias são agiotas no mesmo segmento de irrealidade.
Um livro notável e aconcelhável a quem tem ilusões sobre a valência do capital financeiro a pairar sobre as nossas cabeças. Nada, nada mesmo neste animal tem qualquer relação com o mundo de gente que vive, sobrevive, resiste e luta para angariar o seu sustento  e o leva e compra no mercado real.

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