Escreve João Seixas hoje um artigo culto e arguto sobre os Correios, no Público.
E tenho que deixar o meu veemente protesto para com o Executivo da C.M.L. por até agora ( e se me escapou peço desculpas!) não ter tomado uma posição, um protesto desde logo, perante esta insidiosa acção de fecho das estações do correio, na cidade, e sem qualquer aviso prévio (o que desde logo revela a maior má fé) por todo o país!
Mais que as paróquias/freguesias que tem por função tratar dos enterros, o encerramento dos correios é o fecho do país.
lembrei-me deste filme em que a sobrevivência dos U.S.A. se articula com a manutenção do serviço postal.
De facto para a manutenção e sobrevivência socio-cultural do território os correios (que em Portugal se estruturam com o Estado/nação nos finais século XIX) são fundamentais*.
Hoje uma lógica de boa administração deveria, integrando outros recursos (por exemplo polos de internet ou afins) ser uma das âncoras do território.
As estações de correios são (e não são as floristas ou super-mercados que as substituem) elementos fundamentais de referência para o Estado e da confiança dos cidadãos nesse.
Nem sequer há discussão sobre o assunto!
Mas hoje a lógica financeira (e mesmo essa sem quaisquer rigores ou análise de casos!) prevalece, mas é inconcebível que uma das funções do Estado (que é assegurar a ligação entre os que o constituem) seja com esta leviandade encerrada.
Aqui, hoje, esta nota.
* Bem sei que desde, talvez, o século XVI houve Correio-Mor, mas com outras funções...
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