sábado, novembro 09, 2013

Conversa Amiga em Lisboa




Ser solidário
Uma forma simples de ajudar
Apenas ir ter com as pessoas que vivem sozinhas na rua

A Associação Conversa Amiga (ACA) tem como missão oficial «Diminuir o sentimento de solidão e exclusão pelo isolamento humano em pessoas e grupos fragilizados». Simples de enunciar? Sem dúvida. Simples de implementar? Vamos saber mais um pouco nesta entrevista.
Duarte Paiva, mestre em Arquitectura, é o Presidente da Direcção da Associação e foi seu fundador há sete anos. Este responsável é também gestor de voluntariado e assume o papel de formador de voluntários da Associação.
O nosso entrevistado vai esclarecer quais os objectivos da ACA, quais os resultados da intervenção desta instituição na Cidade de Lisboa e também que futuro antevê para cada um dos projectos em marcha.
Para tanto, fomos à conversa com Duarte Paiva, que, entre muitas outras coisas, nos disse o seguinte:
«Neste momento somos cerca de 70 voluntários regulares na ACA (cerca de 4.200 voluntários envolvidos em actividades neste ano na ACA). São mais de 8.000 horas de voluntariado no corrente ano. No que respeita a pessoas que beneficiam de algum tipo de contacto e ajuda da ACA são cerca de 6.100 pessoas/ano. Temos mais de 600 actividades/ano (entre actividades dos projectos e formações). Em 2007 tínhamos cerca de 20 actividades/ano. Temos 14 parceiros pois funcionar em parceria é muito importante para nós… Este ano prevemos ter como gastos cerca de 20.000€ e ter receitas na mesma ordem. É muito insuficiente para tudo o que fazemos e para onde queremos ir».
«Temos voluntários que visitam pessoas em situação de exclusão humana e carências diversas. Pessoas sem-abrigo, pessoas idosas, temos voluntários que acompanham crianças sozinhas e em contexto de pobreza (…) Conversar, que é aquilo que muitos de nós gostamos de fazer, é um dos melhores meios de bem-estar e anti-exclusão que podemos ter ».
«… aguardamos a resposta para um segundo projecto que levará mais de 6.500 visitas/ano de médicos e enfermeiros a pessoas idosas em Lisboa. Se assim for aprovado pela CML. … O Estado deve criar mais e melhores incentivos para que também o privado apoie muito mais as associações sem-fins lucrativos».
«… é importante que, a longo prazo, pela actividade de voluntariado, ocorram mudanças em nós, enquanto pessoas – tornando-nos mais conscientes e sensíveis para o mundo que nos rodeia. Isso irá sem dúvida nenhuma mudar o mundo, tornando-o mais equilibrado, mais justo, eliminando as causas que levam às situações de sofrimento que hoje temos, e em que associações como a ACA e muitas outras são obrigadas a intervir».

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