domingo, fevereiro 23, 2020

Enquanto aguardo esta encomenda:
termino este sobre esse, um tema, a língua, a linguagem as formas de expressão e construção das línguas, a sua tipicação e as alterações do seu vocabulário (notável como todas as palavras atribuidas ao barranquenho são, na realidade pequenas adulterações do castelhano ou português antigo*) e da sua grafia:
ler Klemperer hoje é também lutar contra as mistificações, a nova língua de pau, dos novos nazis, mas também os discursos cassete que hoje dominam todos os partidos políticos, no tempo e no modo, e até nos vestuários (lembram-se do sobretudo do Freitas!? ou de tantos outros)
A língua confiscada é de facto a re-invenção que fazemos, todos os dias, das  nossas formas de expressão e as rupturas que somos capazes para resistir ao rolo compressor das ideias feitas, refeitas, por ideólogos e arrivistas.
* "Transformar a fonetização em ortografia contribui unicamente para transformar a fala em mais obscura (afastada) a ela mesma"

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