NEGATIVO:
Depois de 12 anos de obras, de um triplo atropelamento trágico, de uma condenação excepcional de uma condutora, a passadeira frente à Gare Marítima do Terreiro do Paço continua na mesma: é uma ratoeira terrível para peões e automobilistas, uma prova dolorosa de que as autoridades públicas e privadas não se sentem minimamente interessadas em prover às necessidades humanitárias dos cidadãos que circulam na cidade.
POSITIVO:
Depois de 12 anos de obras no Terreiro do Paço, de um triplo atropelamento trágico e de indícios indesmentíveis de incúria da CML e do Metro de Lisboa, uma condutora foi condenada a prisão efectiva pela morte de dois peões e ferimentos graves noutro. A pena inverte uma cultura instalada de passividade e impunidade perante os crimes rodoviários contra os peões lisboetas. E dá-nos esperança que a CML e o Metro de Lisboa percebam um dia que têm de prover às necessidades humanitárias dos cidadãos que circulam na cidade.
1 comentário:
Inverte essa cultura de passividade, face ao condutor (esse ser a priori odioso). E consagra o pilatiano lavar de mãos das autoridades - da autarquia, pelo menos - que continuarão impunes e soberanamente a incumprir, como muito bem revela o esquema que ilustra o "post".
E, a avaliar do texto, está muito bem assim, para o autor do "post" que espera, aparentemente em beatífica ilusão (pela redacção empregue), que um dia a CML e o Metro percebam que têm de prover às necessdidades dos cidadãos que circulam na cidade.
Ou seja, sob o automobilista derrame-se a raiva pública e a mão da Justiça (e se houve culpa, seja). Sobre os entes públicos, as "autoridades", o "poder", fica uma temerosa alusão, um submisso desejo, a que um dia - um dia... - nos concedam a honra sublime de se lembrarem de cumprir a sua elementar obrigação.
Lamentável país do respeitinho...
Costa
Enviar um comentário