JÁ POR várias vezes se referiu aqui o curioso hábito da autarquia de Lisboa de alugar espaços públicos (por vezes praças e avenidas inteiras, e por vários dias!) para eventos de carácter publicitário (da SIC, da Renault, da Skoda, do Continente, da TMN...). Mas a utilização dos monumentos nacionais para exercícios de arte urbana talvez merecesse uma outra abordagem.
O que acham?
À volta da praça, há sempre gente a fotografar a cena, e os comentários que se ouvem são todos do género "Ai que engraçado!". A questão que aqui se coloca é, pois: «Deverão os monumentos estar protegidos (com ou sem guarda-chuvas...) do nacional-engraçadismo - ou não?»
O que acham?
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NOTA: Ressalve-se que, neste caso (e ao contrário dos atrás referidos), não parece haver ninguém a ganhar dinheiro com o "exercício artístico"; e também não está em causa a "arte do artista", em si mesma.À volta da praça, há sempre gente a fotografar a cena, e os comentários que se ouvem são todos do género "Ai que engraçado!". A questão que aqui se coloca é, pois: «Deverão os monumentos estar protegidos (com ou sem guarda-chuvas...) do nacional-engraçadismo - ou não?»
7 comentários:
Fácil, amigo Medina Ribeiro: engraçadismo, mas que vem no seguimento da tendência "Lisboa Engraçadística" dos últimos anos. Enfim, já não há pachorra.
Uma questão bem interessante....
e a resposta necessita pelo menos de formato A4. Mas o que vejo na imagem só me causaria sono....
Acho por bem que aquele ferro-velho saia rapidamete de onde está para a reciclagem, assim como mais ferro-velho despejado em outros pontos de Lisboa (p.ex., Praça Marquês de Pombal).
É uma questão interessante, mas a minha resposta é, pelo menos neste caso, não; talvez seja melhor optar por um depende.
A Praça do Chile é, na verdade, uma rotunda com uma estátua no meio, um lugar triste. Não gostei desta atitude da CML de não instalar iluminação de natal, nem que fosse pouca, e optar por estas instalações de gosto discutível. Mas desta gostei realmente, consegue dar alegria e até dignidade ao local.
Acho que as cidades, dentro dos limites do bom senso, deve dar algum espaço à sua dinâmica, surpresa, novidade, reinvenção. Bastante mais desrespeitador e vergonhoso é ter uma estátua numa pequenina ilha, cheia de trânsito em seu redor.
E também me admira muita gente ficar indignada com o mau gosto das placas de trânsito plantadas no Marquês de Pombal. O que acharam da construção de um túnel caríssimo a cuspir carros diretamente no centro da cidade, ou da qualidade do ar?!
Possivelmente, quem autorizou esta coisa nem sequer sabe quem foi Fernão de Magalhães...
Lógico: como fizeram aquele túnel horroroso no Marquês de Pombal, agora que vazem lá toda a espécie de lixo. Faz sentido.
(É o que temos)
Carlos, não gosto muito dessa visão de cidade, homenageadoras de personalidades, acima de tudo.
Eu se passar na Praça do Chile, um rotunda nojenta para os carros, estou-me pouco importando para a estátua e homenagem ao Fernão Magalhães, mas se vir essa instalação, talvez consiga tirar-me um sorriso.
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