sábado, novembro 30, 2013
quinta-feira, novembro 28, 2013
Colina de Santana: Vem aí a 2ª fase de debate
Mas se nada se sabe sobre isso, o mesmo se sabia sobre os loteamentos referidos, pois só há poucos meses a CML abriu uma ‘discussão pública’ sobre os Pedidos de Informação Prévia (PIP), submetidos à CML pelo promotor (ESTAMO), sendo que aquela, contudo, neste Verão, em final de mandato, a publicaria num anúncio ‘invisível’ (alguns dos vereadores nem o viram e não o veriam não fora o alerta público dado por alguns atentos), estipulando um prazo de participação tão miserável que apenas se explica pela sofreguidão em o fechar “asap”. Mas as pessoas mobilizaram-se, por “e-mail”, carta, expondo a quem de direito, em artigos de opinião, abaixo-assinados, SMS. A ‘sociedade civil’ está de parabéns!
Contudo, passaram já 2 meses e ainda não houve divulgação do relatório de ponderação. É que se a CML o costuma publicar (obrigada por lei, é certo) aquando dos Planos de Pormenor, também aqui o deve fazer pois são loteamentos de grande importância para o futuro da cidade que conhecemos; além do mais é uma questão de boas práticas.
Em vez disso, a CML anunciou que «face ao interesse que estes projectos têm despoletado…será de realizar uma 2ª fase de debate». Muito bem. E, há dias, que a Assembleia Municipal de Lisboa a irá protagonizar com «uma sessão de abertura, outra de encerramento e três debates», cabendo aos deputados municipais moderar e relatar «sobre o que os cidadãos venham a perguntar ou opinar». Depois, a AML «tomará a decisão final sobre o loteamento em causa». À primeira vista parece que voltamos a ter AML, mas fica a dúvida: terá esta poderes (Lei n.º 75/2013, Artigo 25º) para chumbar loteamentos? Pois. Porque se é para dali se produzirem recomendações à CML, o ‘filme’ no antigo Cinema Roma será de “reprise”: o Vereador do Urbanismo já referiu publicamente (e tem razão) que recomendações são apenas e só recomendações.
Voltando ao essencial, aos PIP para a “Colina de Sant’Ana” (o que faz Santa Marta numa colina?), e reconhecendo, obviamente, que no caso de Todos-os-Santos avançarem há mesmo que planear novos usos e valências para os hospitais a encerrar, e demolir muito anexo e recuperar muito atraso, é bom não esquecer o seguinte:
Há um vasto património, classificado e por classificar, que está ameaçado com a construção nova e os novos usos, e as memórias justificativas e descritivas dos PIP não o defendem por inteiro porque padecem de erros crassos, omissões, inventários incompletos (ex. S. José ‘esqueceu-se’ de S. Lázaro; não existe memória sobre o tributo imenso dos Jesuítas; a história hospital é reduzida ao trivial; há edifícios de valor que é como se não o tivessem – Instituto de Medicina Legal; cozinha, enfermarias e convento do Bombarda, etc.), pelo que se deve corrigir os PIP.
Além disso, nada se sabe de concreto sobre o uso futuro dos edifícios já classificados de interesse público e existentes nos lotes: igreja, Sala da Esfera, escadaria e corpo central do convento de S. José; Pavilhão de Segurança e Balneário D. Maria II do Miguel Bombarda, igreja e claustro de Sta. Marta, alas azulejadas do Palácio Melo nos Capuchos. E há uma confusão imensa sobre algo que há muito devia ser consensual: Lisboa precisa de um Museu Nacional da Saúde (S. José?) e de um Arquivo Municipal condigno (enfermarias e corpo conventual do Bombarda?). E muita indiferença sobre uma evidência: Lisboa deve manter o seu Museu de Arte Outsider “in situ”, i.e., também no Bombarda.
Finalmente, e talvez mais importante, estes loteamentos vão ‘fazer colina’ e fazer cidade, e os PIP em apreço (ainda que uns mais do que outros) vão fazer nestes locais mais cidade de inspiração Expo, com torres, estacionamento subterrâneo, superfícies comerciais, condomínios, muito perfil de alumínio e muita árvore “bibelot”. Será uma cidade radicalmente diferente.
Haja debate!
segunda-feira, novembro 25, 2013
sexta-feira, novembro 22, 2013
Pensa-se que aqui houve árvores...
(Zona para deficientes)
quarta-feira, novembro 20, 2013
Cinema Odéon, o princípio do fim?
Adeus, Odéon (https://www.facebook.com/groups/103706563009747/?fref=ts). Fotos de Arq. José Manuel Fernandes, em cima, com o lustre (entretanto escavacado no Verão passado aquando de um roubo de metais) de néons alemães dos anos 30 iluminando o tecto de madeira do Brasil e o 2º balcão em todo o seu esplendor lá no alto do mais alto pé-direito dos cinemas de Lx; e de Jp Joaquim (de há dias e já com a sala sem cadeiras, caixa de palco, etc. e aqdo de uma visita da Cinemateca para recolha de elementos de eventual interesse arquivista). Ficam as memórias e a revolta, claro.
terça-feira, novembro 19, 2013
http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2013/02/cinema-odeon.html
e notável o desplante com que tratam do nosso património.
A demolição está para breve.
No comments!
segunda-feira, novembro 18, 2013
sexta-feira, novembro 15, 2013
Vem aí o piso URBANO-DEPRESSIVO:
Já está na zona da Avenida de Roma, em breve estará em toda a cidade com excepção das zonas 'postalinho'. Geee, coisa mais triste e medonha. (foto: Pedro Wanzeller Rebordão, no grupo facebook da «Avenida de Roma»)
terça-feira, novembro 12, 2013
segunda-feira, novembro 11, 2013
Hoje há muitos chás e vai faltando cada vez o que define este.
Aqui fica o convite para um chá, que remete para memórias...
talvez lá me encontrem...
sábado, novembro 09, 2013
Conversa Amiga em Lisboa
Para ler mais, aceda por aqui.
sexta-feira, novembro 08, 2013
E esta 'coisa', qdo é que a DGPC termina a classificação?
Esta coisa chama-se Palacete e Jardins de Santa Sofia, na Cruz Quebrada, o palacete é da autoria do Arq. José Luís Monteiro e o processo de classificação em boa hora aberto pela DGPC (Agosto de 2012) já leva mais de um ano de burocracia, acho que já está na hora de finalizar o processo administrativo, classificando o conjunto. Ou estão à espera que isto cá de baixo avance?
quinta-feira, novembro 07, 2013
Petição "Pela Manutenção da Calçada Portuguesa na Cidade de Lisboa!"
Para assinar, clicar AQUI
À atenção do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Considerando que a Calçada Portuguesa é “ex-libris” da cidade de Lisboa, factor identitário da cidade aquém e além-fronteiras, elemento central da sua beleza e luminosidade, ambientalmente sustentável, regulando a temperatura e aumentando a permeabilidade do solo, vantagem competitiva, e, não poucas vezes, elemento valorizador do nosso espaço público;
Considerando que desde há décadas se assiste à má colocação e à pior manutenção da Calçada Portuguesa um pouco por toda a cidade, fruto de um sem-número de problemas por resolver (utilização de material de má qualidade, colocação por não calceteiros, obras constantes no subsolo, estacionamento automóvel nos passeios, etc.), que resultam em calçada esburacada, escorregadia e perigosa para o peão, sobretudo em arruamentos íngremes, contribuindo assim para uma compreensível aversão dos transeuntes à mesma;
Considerando que a Câmara Municipal de Lisboa, incompreensivelmente, tem vindo a procurar resolver este problema de forma ilógica, planeando a sua substituição por blocos de lioz e outros materiais a toda a cidade excepto à Lisboa histórica (contudo já o fez no Miradouro de Sta. Catarina e na Rua da Vitória, por ex.), e não, em vez disso, optando por corrigir as más práticas referidas no parágrafo anterior;
Os abaixo assinados SOLICITAM AO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA para que providencie no sentido de, doravante, a CML:
1. Combata eficazmente o estacionamento automóvel em cima dos passeios, causa de grande parte da destruição da calçada portuguesa.
2. Proíba a colocação de pedras que não de calçada portuguesa no espaço público de Lisboa, seja em obras da iniciativa da CML seja de terceiros.
3. Regulamente de forma eficaz as obras de infraestruturas (com calendarização regular de inspecções) levadas a cabo por terceiros, obrigando a que aquelas utilizem calceteiros credenciados para o efeito.
4. Dignifique a profissão de calceteiro (incentivos financeiros e outros).
5. Crie unidades de intervenção imediata de calcetamento, que monitorizem a cidade diariamente.
6. Elabore e torne público o ‘caderno de encargos’ que se pretende em termos de piso alternativo (materiais, novas abordagens, estética, etc.) nos casos e zonas em que tal se revele inócuo, a fim de se evitar um resultado como o verificado no Miradouro de Santa Catarina.
Lisboa, 7 de Novembro de 2013.
Para assinar, clicar AQUI
quarta-feira, novembro 06, 2013
Referi, por diversas vezes, aos vereadores responsáveis a importância, por todos os motivos, da introdução de charettes em Lisboa. Além dos bico/taxis e outras novidades que se veêm em inúmeras cidades por esse mundo fora.
Se as bico/taxis ainda mereceram alguma, e sem frutos, reflexão, as charettes foram descartadas por razões obscuras.
Qualquer delas cria emprego, anima a economia local, é limpa (as ditas têm recolha do produto in loco) e aumenta a lentidão urbana, tão necessária para reduzir os elevadissimos níveis de poluição, e tambémaumentar o tempo de viver.
Recomendo a todos, até porque não percebo porque o turismo equestre ( por exemplo em Monsanto) não se desenvolve mais...
e sei lá talvez o novo vereador das pequenas obras e do trânsito e se houver alguém a tratar do ambiente urbano possam reconsiderar estas ideias...
a segunda nota é para as agendas. Dia 11 de Dezembro eu e o meu colaborador e amigo Nuno Farinha iremos, com apresentação de Carlos Pimenta, e edição da Esfera do Caos apresentar oficialmente os primeiros 4 livros da nossa colecção de 7 sobre a Vida na Terra e os problemas a ela associados.
A Terra, a Água, o Ar e o Fogo serão os primeiros volumes.
Ao fim da tarde, em local a confirmar lá conto convosco...
domingo, novembro 03, 2013
É um momento de excelência na cidade, que devia apostar mais na cultura, sendo que estes 10 dias as salas estiveram com ocupação muito boa e centenas de visitas se podem contabilizar para os cinemas que o acolheram, centenas, muitas acima da média.
E um fervilhar de gentes, testemunhos e emoções.
Excelentes filmes, embora julgue que muitas coisas há a limar (desde alguns docs que vivem do estatuto e são medíocres até à inacreditável cerimónia dos prémios!) e um ambiente super simpático.
E não posso deixar de felicitar o Joaquim Pinto, que conheci noutra vida e com quem partilhei esperanças, pelo seu excelente filme, triplamente premiado #E Agora? Lembra-me #
sábado, novembro 02, 2013
Nem nos pelouros supostamente mais transparentes há senão opacidade e assessorismos "funcionais", a libertação de informação é a que se sabe, o respeito pela cidadania voltou aos tempos de Abecassis (em que vereadores eleitos só tinham direito a... uma gaveta e meia secretária!) e as fitas camarárias (e a tal envelopagem) continuam sem rédea.
Voltarei ao tema que hoje me traz...
au bout du chagrin...
sexta-feira, novembro 01, 2013
O Cais do Sodré não é…
Convivem com prédios a cair aos bocados (prédio sim, prédio não), passeios e esquinas repletos de lixo (não há meio deste povo ser civilizado), tubos de escape e buzinas (a circulação automóvel na R. do Arsenal continua a ser um pesadelo), etc. Não bastava isso para lhes testar a resiliência e uma vontade em quererem habitar a Lisboa histórica, para a CML insistir agora em fazer da zona um Bairro Alto II, promovendo mais bares abertos (sem licença), fontes de ruído e sujidade, e esquecendo-se de tudo o mais que fez do BA um dos maiores quebra-cabeças da capital: como compatibilizar um mínimo de qualidade de vida de quem nele mora com uma animação nocturna que lhe serve de ex-libris? Não se percebe, portanto, como é que a CML embarca na irresponsabilidade de promover um novo BA no Cais do Sodré, Corpo Santo e São Paulo, antes mesmo de resolver o problema grave daquele, que dura há mais de 10 anos, sem resultados positivos: tentou-se limitar a circulação automóvel, nada; limitar os horários dos bares, nada; acabar com os graffiti, nada; tenta-se agora, e bem, combater a insegurança pela colocação de videovigilância mas é preciso esperar para ver… Qual é a pressa em replicar o BA no Cais do Sodré? Há alguma razão por detrás ou simplesmente uma razão que a razão desconhece?
Se a CML quiser efectivamente melhorar a vida de quem habita e trabalha no Cais do Sodré, que promova a reabilitação do edificado respeitando a traça, coloque pilaretes, recupere os passeios, promova um verdadeiro urbanismo comercial, lave diariamente as ruas e o espaço público, recolha o lixo, discipline as esplanadas, pedonalize mais ruas, desvie o trânsito poluidor o mais possível da zona residencial, faça cumprir aos bares a Lei. Mas não venha com mais côr-de-rosa!
Paulo Ferrero (13.8.2013)