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Há 38 anos... o mundo em risco!
15 de Março de 1976, o povo de Ferrel, ainda que com muita
desinformação e manipulação sobre as suas gentes, mas também com amigos, de que
destaco o Prof. Delgado Domingos e o jornalista Afonso Cautela, marchou contra
central nuclear ( e para esta estava previsto o reactor Westhingouse B...) e acabou com a ilusão de uma central nuclear,
perto de uma falha sísmica (recordemos Fukushima , em 12 de Março de 2011!).
Em final de Janeiro de 1978, quando o 1º governo constitucional se
empenhava, ainda e a fundo, nessa construção, alguns milhares foram também a
Ferrel, organizados informalmente pela Gazeta das Caldas e incipientes grupos
ecologistas.
A batalha de Ferrel foi ganha, mas ainda custou muito empenho, suor e
cérebro! E a nuclear, apesar de tentativas insistentes, e muitas aventuras e
tentativas de corrupção dos seus opositores, que um dia verão a luz, é um
projecto defundo.
E em 28 de Março de 1978 a nuclear, enterrou-se nos Estados Unidos. Um
reactor Westhingouse B (o mesmo que hoje
nos assombra, em Almaraz!) entrou em processo de fusão (na altura o chamado
síndroma da China)
Chernobyl em 26 Abril de 1986, mostrou que a tecnologia não tem
ideologia, mas que o risco está lá sempre, a imprevisibilidade de uma
tecnologia não dominada nem segura, articulada com o factor humano, pode
provocar as maiores catástrofes ( e hoje os riscos com o terrorismo
decuplicam-no!).
E, entretanto em Almaraz...
Os últimos incidentes (dos quais o nosso ministro do Ambiente terá
sido mal informado) revelam falta de uma cultura de segurança e mostram falhas
humanas evidentes e sem controlo, apesar da longa trajectória de acidentes e
incidentes desde 1979, que continuam a provocar inquietude e desconfiança na
população (apesar da recomendação que pastilhas de iodo sejam distribuídas num
raio de 20 Kms!, feita pelas instituições internacionais).
Os últimos incidentes tem um perfil idêntico ao ocorrido em Fukushima e
Chernobyl (cada uma com o seu enquadramento). O Conselho de Segurança Nuclear
deveria ter parado esta central até ser desenvolvido um novo modelo de bombas
de refrigeração, o que ocorreu noutras centrais com este problema.
Desde 1979, e das lutas contra o programa nuclear espanhol, e a moratória na construção de mais centrais nucleares, ou do empenho contra o cemitério nuclear de AldeaVila, que sabemos que um acidente nuclear não tem fronteiras nacionais e que no caso de Almaraz o Tejo, em Portugal, seria grandemente afectado, como já foi num ou noutro caso (o referimos na Comissão Parlamentar do Ambiente) e sobretudo Portugal seria seriamente afectado e algumas zonas estariam em área de evacuação.
Mobilizando activistas e militantes
da 1ª hora da luta anti-nuclear ibérica, por novas energias e pela
sustentabilidade o Movimento Ibérico Antinuclear vem lembrar hoje Harrisburgo,
o acidente de Three Mile Island
No dia 4 de Abril teremos uma
reunião com a Comissão Parlamentar do Ambiente a quem remeteremos um dossier
sobre a central de Almaraz, os seus acidentes, os seus riscos e o impacte do
prolongamento do seu tempo de vida.
António Eloy,
Pelo M.I.A.
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Felizmente há luar... e...
sol para nele se reflectir...
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