O Movimento Ibérico Antinuclear (M.I.A.) esclarece um ministro
mal-informado!
No dia 28 de Janeiro foi divulgada a notícia, por fuga de informação no
El Pais, de uma vistoria de 4 inspectores do Conselho de Segurança Nuclear (C.S.N.)
a Almaraz que identificou um problema no funcionamento das válvulas do circuito
terciário de refrigeração (uma das peças , um”corta-óleo”, sofre desgaste com o
uso e pode provocar paragem das bombas, sendo verdade que cada unidade de
Almaraz tem 2 bombas e ainda uma de segurança)
Mas uma falha no circuito terciário pode provocar um grave problema no
núcleo do reactor ao evitar que o calor
procedente do núcleo seja extraído.
O C.S.N. deliberou, todavia, que a central poderia continuar a
funcionar, tendo embora referido que ao falhar uma bomba ordenará a sua
paragem.
Isto foi o que foi transmitido às autoridades portuguesas (mantidas
tantas vezes na ignorância dos inúmeros incidentes, percalços e paragens
forçadas desta central ao longo de 35 anos de funcionamento e até de emissões
radioactivas da mesma!) e extremenhas.
Parece-nos (M.I.A.) evidente que a central está a funcionar em
condições deficientes, o que passados 35 anos e com o historial que só pessoas
fora do meio podem desconhecer não será novidade.
Sendo embora pouco provável uma falha nas duas bombas de arrefecimento,
dadas as actuais circunstâncias da central, o risco de acidente é muito maior.
A paragem da central, seja para resolver este problema é
fundamental. Não podemos andar a brincar com o fogo!
O governo português, que já foi contactado pelo M.I.A. no
ano passado para receber toda a informação relevante e verdadeira sobre Almaraz
não pode fazer de Pilatos, ou manifestar a “credulidade” do sr. Ministro, na
entrevista ao Público de 16 deste mês.
A 22 de Abril de 1986 o então
director da Serviços Nucleares portugueses dizia-nos que era impossível, nunca iria
acontecer, um acidente nuclear com explosão do reactor. Dia 26 do mesmo mês o
reactor 4 de Chernobyl....há 5 anos no dia 15 de Março foi Fukushima...
O seguro para morrer de velho
requer acção do governo português, que se junte à do governo da Extremadura e
às preocupações da sociedade e exija toda a informação do governo espanhol, e
numa altura em que esta central já está em prolongamento do seu período de
vida, se considere desde já o seu encerramento.
Portugal, a Extremadura, a
Ibéria e o seu Tejo agradecem.
Para mais informações:
Paco Castejon 34. 639 104 233
António Eloy 351. 919289390
Sem comentários:
Enviar um comentário