quarta-feira, novembro 30, 2016

Durante 3 ( três!) horas percorri as salas do Museu de Arquelogia de Madrid, um dos melhores museus que já visitei.
este documento, embora não seja dos mais interessantes captou-me porque menciona Encinasola, terra de muitos parentes meus, vila geminada em carne e espírito com Barrancos.
Mas foi talvez esta espécie de abaco/secretária uma das muitas que me deixou fascinado...

Um museu que para além da linearidade histórica nos deixa fascinados pelas inter-relações que estrutura  e pelo presente em que nos mergulha.
Também não teria votado as moções a favor de um ditador, aqui um artigo que subscrevo quase a 100%:
http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/28-11-2016/caderno-1/temas-principais/porque-continuo-anticastrista-por-daniel-oliveira
embora tenha a certeza que o futuro verá muitos mais arrependidos...

terça-feira, novembro 29, 2016

Em Madrid temos uma panóplia de lugares de culto, da gastronomia.
Estive em vários e apreciei os repastos e o ambiente, excelentes.
Madrid é uma cidade vibrante, sempre cheia de movimento e o restaurantes sempre cheios e a abarrotar de memórias.
esta é notável!
No Gijón, onde almocei entre museus e exposições.
e antes das iluminações...
que já marcam Madrid.




Sexta à noite, depois de uma ida ao Thyssen ver uma simpática exposição de Renoir, que tenho que dizer que não faz muito o meu gosto, e uma visita a um dos mais notáveis museus que já visitei, o Arqueológico, fabuloso (ver o blog Insignificante), depois de jantar num restaurante histórico fui a um dos locais que nunca perco, uma espécie de Hot Club de Madrid, o Café Central, onde assisti a um retemperador concerto de Anaut:
Sábado passei o dia numa reunião, com o objectivo de salvar Lisboa de um possível acidente nuclear em Almaraz, não sem antes, ainda na sexta, ter dado o meu contributo a uma manifestação de furiosas e furiosos contra o machismo e a violência sexual:

No dia que cheguei fui ver duas fantásticas exposições no Prado, de Clara Peeters e sobre Meta- Painting, uma evolução pela ideia de arte, além de ter dado uma volta pelos meus clássicos...noutro blog tenho imagens...
e fui ver se haveria bilhetes para a peça  " La Cocina" no Valle-Inclan, referenciado nesse dia no El Pais.
Já estava esgotado, a sala de 350 lugares esgota todos os dias...
Por artes mágicas arranjaram-me um bilhete, na 1ª fila!

Tenho que dizer que foi uma das melhores, talvez mesmo a melhor peça da minha vida.
Cenários fantásticos, e durante duas horas e meia, a actividade frenética de uma cozinha " industrial", por cerca de 30 actores de alta qualidade, sem uma quebra, com uma trama apropriada para os nossos tempos, o interculturalismo e o relacionamento social.
Fantástico!

Antes de ir a Madrid estive na Povoa de Sta Iria:
http://omirante.pt/sociedade/2016-11-24-Populacao-nao-pode-desistir-de-fazer-justica-no-caso-da-legionella
cheguei de Madrid e estive a falar numa iniciativa do: Centro Europe Direct Aveiro
Falei da União da Energia e critiquei, ferozmente a cultura da soberania, assim como a incapacidade de superar os horizontes nacionais e desenvolver uma nova cultura da Energia, inclusivé no quadro do recuado novo pacote da Energia em final de processamento.
A Europa continua a ser um sonho, mas só esse é que nos poderia afastar do pesadelo que se aproxima a passo de gigante.
O quadro de Rubens, o rapto da Europa, sobre a cultura que vale, que é universal, local e cosmopolita.
Trarei em próximas postas imagens e relatos de como vai Madrid!
 

quarta-feira, novembro 23, 2016

Morreu hoje uma Ex Presidente da Câmara de Valência e senadora.
Trago o tema aqui não pela senhora, desde logo no âmbito privado sendo de lamentar a ocorrência, mas pela dimensão pública e política que já está a ter esse evento.
A sra estava acusada de corrupção, aliás toda a sua vida política está repleta das piores manigâncias e traficâncias, conhecemos bem casos parecidos.
O caso é que logo hoje foi proposto um minuto de silêncio na congresso dos deputados e desse se ausentaram ( e eu que os crítico acerrimamente aplaudo o gesto!) os deputados do PODEMOS, que mencionaram o respeito pessoal mas o inapropriado que seria prestar uma homenagem política a uma pessoa acusada de múltiplos crimes de corrupção em acto.
Recordei pelo menos uma vez quando com Nunes da Silva tivemos que recusar uma homenagem (política) municipal a já não recordo quem, mas um fascista empedernido, que não sei por alma de quem o então Presidente António Costa decidiu prantear essa. Não ficámos sós, um ou dois socialistas e o PCP também recusaram, esse tributo.
Os momentos de homenagem devem ser para quem os merece e quem com a sua vida os honra.
Todas as mortes são momentos de reflexão

terça-feira, novembro 22, 2016

É já amanhã, pelas 18.30 na livraria #Palavra de Viajante# que vamos falar, também, disto:
Convite posta abaixo!

domingo, novembro 20, 2016

Foi aqui mesmo ao lado.
Por negligência criminosa de uma empresa de adubos, como está completamente, completamente mesmo, provado, morreram 14 pessoas e algumas centenas, mais de 4 centenas ficaram com sequelas da legionella. Foi aqui mesmo ao lado.
Ontem estive numa conversa no Grémio Dramático Povoense, e dei uma entrevista a um jornal local, a falar sobre as consequências da actividade industrial descuidada ou impossível de cuidar, como é o caso do urânio e todo o seu processo, embora aqui o enfoque fosse esta bactéria.
Quando das perguntas vários atingidos pelo crime desta empresa, e também pela incúria do Estado e das autarquias, além da incapacidade do sistema judicial e a leviandade de alguns dos seus agentes, tive ocasião de os colocar em contacto, estimular o associativismo e dar alguns conselhos da mais límpida sensatez para um maior empenho e pressão.
Conheço o choradinho desses bandidos e criminosos. Se pagarem indemnizações irão falir ( e lá irão uns postos de trabalho) a culpa foi do bêbado nesse dia (mas não foram vários, muitos?) ao serviço, foi um raio que caiu na cuba ( e então não se tomaram providências) ou não há provas ( mas como se a origem da bactéria foi completamente rastreada!).
A sessão embora pouco concorrida foi animada e julgo que ficou uma semente.
É preciso obrigar ao empenho autárquico, é preciso que o Estado e o sistema de justiça se mexam. Houve mortos, houve e há atingidos na sua vida e saúde. Todos, todos somos vítimas da legionella quando estes assuntos ficam em águas da dita.
A culpa não pode morrer solteira.
Agradeço à Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e ao Grémio Dramático Povoense, assim como ao meu velho camarada Mota Redol o terem-me permitido falar e ouvir estas bravas gentes, que não podem ficar paradas. Vamos todos caminhar!

quinta-feira, novembro 17, 2016

Com o sistema de pesos e contra pesos em total ruptura, com um racista, misógino, contra as identidades sexuais, e defensor do criacionismo mais boçal (todo ele é boçal) e negacionista da realidade ( as alterações climáticas já nem são matéria de controvérsia cientifica, como a evolução...) a situação mundial, e desde logo nos E.U.A., onde conflitos poderão surgir, está no caminho do tal Armagedão.
E os fogos ( do inferno, para os bíblicos!) anunciam-se:
http://public.wmo.int/en/media/press-release/provisional-wmo-statement-status-of-global-climate-2016
atenção que isto não são os tais radicais...

quarta-feira, novembro 16, 2016

Para a agenda, tem um capítulo sobre os cafés... também, sobretudo de Lisboa!
e,

http://www.esferadocaos.pt/pt/catalogo_detalhe_semcoleccao297.html
… e aqui:
http://www.esferadocaos.pt/pt/
… e aqui:
http://www.esferadocaos.pt/pt/novidades.html
… e aqui:
https://www.facebook.com/esfera.do.caos.editores/photos/a.262529900540496.62136.262499113876908/1006270166166462/?type=3&theater
… e aqui:
https://www.facebook.com/esfera.do.caos.editores/photos/pcb.1004679562992189/1004679199658892/?type=3&theater

segunda-feira, novembro 14, 2016

Lua Cheia
Gatos no telhado
Cheira a chuva

Estive ausente 4 dias,
fui ver um fabuloso Escócia - Austália, numa cidade fantástica, onde há muitos bons exemplos para Lisboa.
desde logo a iluminação de monumentos e outras obras de arte, que tem uma vida e cria uma empatia excepcional!

e, além de excelentemente conservada por toda a cidade estão assinalados os locais ou casas de memória!
E claro a animação é do melhor, aqui...
Mais fotos e opinião em http://signos.blogspot.pt

quarta-feira, novembro 09, 2016

A democracia é um sistema perverso, Hitler também foi eleito democraticamente, sabemos que com a cumplicidade dos comunistas, como hoje Trump é eleito com a ajuda de alguma esquerda, que continua a defender a lógica do quanto pior melhor, ou a ignorar as diferenças entre as direitas, que também saiu derrotada.
Ainda recentemente me diziam que o voto aconcelhável era... em branco, sem perceber que esse é um voto numas eleições bipolares é o voto num, assim como o voto foclórico.
A democracia é um sistema perverso, hoje à mercê de populismos endinheirados, ou não, e pela Europa, e aqui mesmo ao lado,  também já os temos.
Hoje é um dia triste, não para a democracia que está jubilada e cooptada pela demagogia e extremismos, mas para as liberdades públicas e os direitos.
Felizmente em mais Estados, nos E.U.A., pode-se fumar uma ganza, em público, sem ir para a prisa. Logo que tenha os resultados finais aqui os divulgarei.Ao menos o sonho ganhou mais liberdade. Infelizmente o mundo abeira-se da guerra e um maluco tem o dedo no botão.
Pode destruir Lisboa!
Um artigo visionário:
http://www.huffingtonpost.es/michael-moore/trump-va-a-ganar_b_11212536.html?utm_hp_ref=spain
aqui:
http://www.nola.com/elections/index.ssf/2016/11/marijuana_referendum_results_9.html 

segunda-feira, novembro 07, 2016

Os edifícios e o sector dos transportes são uma parte maioritária das emissões de CO2 e áreas onde as alterações têm que ser radicais.
http://www.pt.cision.com/cp2013/ClippingDetails.aspx?id=ee84b467-5945-46a0-8113-36e396a45cfd&analises=1
neste excelente artigo temos matéria para reflexão e também tópicos sobre a mudança urgente e necessária.
A electrificação do sector dos transportes deveria ser paralela a alterações na lógica de ocupação do território e novas valência que abram caminho a um regresso da ruralidade, como transportes com uso de animais, que impõe também ritmos diferentes do/no tráfego urbano, e o aproveitamento de resíduos alimentares em locomoção, processos que infelizmente praticamente acabaram no nosso país, com o desaproveitamento total do óleo alimentar e outros resíduos valorizáveis em substituição do diesel.
E nos edifícios muito há para fazer, mas certamente não é solução, antes pelo contrário a peregrina ideia de substituir as fontes de calor, seja o esquentador seja o aquecimento pelo todo eléctrico, como ouvi este fim de semana a uma especialista!, porque usar a electricidade para obter calor é uma dupla maldade!!!
Isolamento, melhoria das condições térmicas, com cortiça e novas janelas, melhoria da insolação e utilização de processos mais clássicos para um optimum ambiental no interior das habitações são algumas das soluções.
E aguentar, que ou temos novas baterias em breve ou... isto vai ultrapassar e muito os 3 graus que agora já são assumidos como evidência, mas atenção que esses 3 são 4, porque um já tinha sido comido quando Paris falou em 2!
Bem sei que ainda falta, eu irei a Edimburgo, e ao norte do país até lá, mas desde já para a agenda, serão contadas estórias da luta contra a mineração de urânio e também em torno da legionella, e outros temas....

domingo, novembro 06, 2016

Julgo que esqueci de aqui mencionar o Caldas Nice Jazz ( estava esgotado, esta!), que este ano, novamente. foi excelente.
Escrevi uma crónica a propósito da Big Band...
"
Música de negros, tocada por brancos para um público de todas as cores

Há muitos tipos de Jazz, assim como muitas teorias sobre a sua origem, todas elas atribuindo-a a populações afro-americanas no sul do Estados Unidos, assim como muitas teorias sobre a etimologia da palavra Jazz, todas elas gravitando em torno da sua ligação ao sexo.
O Jazz, o sexo, sempre foi uma música, uma atitude de resistência seja dos negros americanos, e acompanhou as lutas pelos direitos civis, seja contra o apartheid nos Estados Unidos, seja dos opositores às ferozes ditaduras soviéticas, com o director da Gazeta estivemos em locais de culto da Polónia ainda sobre as botifarras dos generais, onde do melhor Jazz nos encheu os ouvidos.
O Jazz opôs-se à lei seca e hoje é bandeira na luta pela legalização das drogas e continua, mesmo quando dominado por brilhantes orquestras que o suavizam para amplas audiências, a ser um som sempre diferente, sempre enquadrado no tempo e no espaço.
O Caldas Nice Jazz é dos melhores momentos de Jazz no nosso país, pelo projecto que lhe subjaz e pela qualidade dos músicos com que nos presenteia. Uma iniciativa a proteger, porque no seu entorno haverá bons frutos!
As Big Band tem um tempo no Jazz, corresponde à integração do Jazz da marginalidade para o “mainstream, as grandes audiências, na altura da II guerra mundial, por razões óbvias.
Nada de mal nisso, também o fado, o tango e até a morna se adocicaram para aumentar a sua difusão e ouvidorias.
Na sexta 27 tivemos uma das melhores e históricas big band da actualidade, num espectáculo inolvidável, Jazz de salão de baile, integrando-se na lógica “soft”, suave e para todos os públicos, tivemos Tchaikovsky, Rimsky Korsakov e até Frank Sinatra, entre outros, trabalhados em toada de Jazz.
O Jazz, esta espantosa música de negros, orquestrada e tocada por brancos, como o público, mas sem cor ou de todas as cores.
Uma grande noite, grandes músicos e um excelente ambiente no palco, grandes cantores e um excelente ambiente com e entre o público.
Caldas merece o Caldas Nice Jazz. O país merece ouvir este Jazz!"

António Eloy

sábado, novembro 05, 2016

Com regularidade falamos de questões de energia.
Hoje estive na reunião de discussão e formatação da Assembleia Geral da:
http://www.coopernico.org/
Interessante e nutritiva de ideias e projectos. Retive, tinha ideia que era ao redor de 20%, mas duas fontes garantiram que são de 17% as perdas no sistema eléctrico, ou seja só utilizamos 83% da electricidade que é enviada para a rede.
Falámos da questão do encerramento de Sines e da questões ligadas aos sistemas de redes e aos novos desafios para evitar que os 3 a 5 graus se se cumprirem os acordos de Paris, tornem irreversível a Armagedão. Que poderá dar um substancial passo em frente se Trump for eleito.
Mas vejamos como vão as coisas por cá, que é o único local onde podemos interferir...
ou seja apesar das tontandas do Bloco da Esquerda para acabar com os desenvolvimentos das eólicas, ao mesmo tempo que criticam e bem os contratos sobre o petróleo e a nuclear, mas errando tácticamente quando metem o gás no mesmo barco, as renováveis tem muito caminho para andar. Ou navegar.

terça-feira, novembro 01, 2016

Numa das minhas últimas presenças em reuniões do Executivo ( depois foi "achado" que eu era muito crítico!) levantei a questão da impreparação total e completa de Lisboa, da autarquia, dos serviços do Estado, da protecção civil, seja essa o que seja (não sabem os riscos de Almaraz, por exemplo!) para fazer face a um qualquer terramoto.
Referi também a total falta de atenção na maioria das nossas escolas e/ ou instituições de formas básicas de minimizar os desgastes e as consequências do "big one".
Ultimamente, seja na televisão, num daqueles programas que ninguém vê, seja aqui:
https://www.publico.pt/local/noticia/terramoto-de-1755-foi-maior-do-que-o-do-japao-e-pode-repetirse-diz-especialista-1749572
somos alertados, para o que referi então. Recordo que o P.S.L. se divertia ao telemóvel e o estimável Manuel Brito ainda tentou dizer umas coisas, enquanto foi, tal como eu ignorado pelos restantes, certamente satisfeitos com os seus egos e claro a senha de presença.
Mas, isto, isto não é brincadeira.
Lisboa arrisca-se a desaparecer, bairros inteiros cairão direitos ( ou melhor provocando muita murraça) e continuamos a confiar no seguro, o tal que morreu de velho.
Ou na Nº Sra de Fátima, a mesma que nos protegerá de qualquer acidente em Almaraz.
isto poderá ser o Bairro das Colónias ou a Graça, se...