terça-feira, abril 09, 2013



O maio é minha era!*


Hoje escrevo sobre iniciativas cidadãs, para contrariar o dominío da sociedade por estruturas e poderes que procuram usurpar a cidadania e restringir a polis e o contrôle da “cousa” pública pelos cidadãos.
Já alinhava umas linhas sobre sobre autarquias e a impossibilidade, salvo meia dúzia de casos, de se desenvolverem listas independentes, que não sejam as de trânsfugas de partidos políticos com o seu lixo associado ou indiciados por crimes lessivos do (nosso) património, num quadro em que os partidos políticos se estruturaram em conúbio com o construtor civil, o clube de futebol, o gabinete de “projectos” (ou até o “taxista”!), para destruir o território, explorar mais valias, e fartar vilanagem (alimentando os sacos de qualquer cor dos seus séquitos).
Infelizmente, por razões óbvias, o sistema autárquico (salvo a aventura dos dinossaurios voadores) ficou na mesma e até as freguesias, em vez de serem reduzidas a estruturas administrativas que são, continuam a ser génese de  dois orgãos eleitos, mesmo no quadro da sua, por vezes errada, restruturação. Decidi deixar o tema, que este ano haverá muita oportunidade. Porque:

bom, este é o incio de artigo que tenho em marinação. 
* O título é de um poema de Maiakovsky, morto devido ao seu pensamento e acção, pelos donos da verdade. 


E ontem convidaram-me para uma reunião para cozinhar uma lista, independente, só para a Assembleia Municipal.
O nosso país não se vai mover enquanto o pensamento estiver manietado por estas insuficiências. A Assembleia Municipal, no quadro actual é um órgão inútil, e ainda por cima ao concorrer só a esse órgão está-se a desperdiçar o que do meu ponto de vista deveria ser a única contribuição do erário para a política cidadã, um reembolso das despesas eleitorais.
A troika ainda não se deu conta que os partidos recebem chorudos contributos (e na Madeira então,,, é offshore!) dos Estado. Aí é que deviam ceifar lugar de atacarem o Estado Social, e nas prebendas e nas jotas, e nas despesas de fachada, e nas obras faraonicas...
E a candidatura do Seara desapareceu, como tinha previsto, no buraco judicial, onde vai marinar até, com a celeridade que sabemos o Tribunal Constitucional a mandar para o lixo.

1 comentário:

Carlos Medina Ribeiro disse...

No preciso momento em que escrevo, a AML tem, à sua porta, uma carrinha da autarquia e um carro da Polícia Municipal estacionados (como habitualmente, aliás) em local de Paragem Proibida.

À porta do Hotel Roma (e como sucede todas as 4ªs-feiras de manhã) está estacionada, em cima do passeio, uma carripana do Departamento de Cultura (será de cultura cívica?) da CML.

É com gente desta que vamos fazer uma cidade melhor?