Estive a reler uns textos de Thomas Paine, um
dos revolucionários liberais do século XVIII, teórico da revolução americana e
da francesa.
Autor de um livro muito difundido #Senso Comum
# que está em relevo na minha biblioteca.
Um defensor do Estado mínimo, sobretudo para
limitar os vícios da cidadania e defender a liberdade e segurança, e de
direitos civis máximos, mas também um crítico da economia sem regras.
Recordo quando me apareceu já na Universidade
o olhei um pouco de lado, ainda estruturado por algum dogmatismo.
Hoje com os tempos a mudarem seria necessário
voltarmos a estes clássicos e estabelecer regras claras, formas de gestão
funcionais e respeito pelo futuro, que desde logo é também o passado vivo no
presente.
A informação de que está em gestação uma lista
para a Assembleia Municipal de Lisboa mostra-me que os Grillos já chegaram a
Lisboa.
A total falta de sentido e senso dessa
iniciativa, a desvalorização da política como processo, que obviamente deve ser
reflexão e propositura no âmbito em que é relevante e nesse no enquadramento
adequado a efectivação dos projectos de cidade defendidos.
Não há novos métodos quando se constroem
nuvens.
Temo que estas autárquicas, que continuam a
ser disputadas num quadro eleitoral herdado da revolução, para dar albergue a
todos, e desenvolver compadrios e moscambilhas, onde os interesses instalados e
repartidos entre os Dupont e Dupond e Dupong, temo que as próximas autárquicas
venham a ver poucas, muito poucas
novidades e listas verdadeiramente independentes e de cidadania.
Em Lisboa, era necessária uma, que seguisse o
exemplo do Porto, e talvez de mais um ou dois locais, onde poderão surgir
vontades e confluências locais e empenhos cívicos que vejam as terras antes das
bandeiras. No meio de uma baramunda de dependentes de interesses e de vaidades,
de listas ditas independentes...mas tantas delas nas mãos dos piores patifes.
Mas estamos a entrar num mundo virtual, com
ideias virtuais, candidatos virtuais, em jogos virtuais e eleições que também
se estão a tornar virtuais.
E sem sentido...
Mas como recordo do meu professor de física,
que descobri poeta # não há ventos que não prestem, nem marés que me detenham #.
Continuarei a trabalhar nas alternativas e ao Sol.
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