sábado, maio 17, 2014

Envia-me o meu amigo Miguel Boieiro este texto, do qual transcrevo a parte sobre Lisboa:
"

Ligustro
As artérias que cruzam a Avenida de Roma ou as pequenas ruas que lhe são paralelas encontram-se arborizadas e ajardinadas com esmero, valorizando imenso aquela zona moderna de Lisboa. É agradável passear pelo bairro, observando as espécies botânicas que brotam espontaneamente, ou não, em jardins particulares e públicos. Alguns moradores cuidam a preceito dos seus quintais e até organizam pequenas hortas a despeito da exiguidade dos espaços. Outros, talvez mais atarefados, deixam os logradouros abandonados mas, mesmo assim, a natureza não se faz rogada e as ervas, que por vezes erradamente se apelidam de daninhas, surtem nas épocas próprias bem viçosas. Ora, este sujeito curioso pelas coisas da natureza costuma preencher o tempo que antecede a aula de fitoterapia que dirige na Universidade Sénior dos Coruchéus, para passear pelas redondezas, coscuvilhando e apreciando cheiros e coloridos. Tais passeios dão, algumas vezes, o mote para os colóquios que se seguem, pois frequentemente colhe um raminho da planta que irá protagonizar a lição do dia.
Em pleno mês de maio é impossível resistir ao aroma dos ligustros floridos que formam as sebes dos quintais e por isso elegi hoje esta planta para uma breve identificação.
O ligustro, também conhecido como alfenheiro, pertence à família das oleáceas, tal como a oliveira. Refiro-me ao Ligustrum vulgare L., nativo da Europa e do norte de África, dado que este género apresenta cerca de 180 espécies, todas ornamentalmente lindas com as suas florinhas miúdas e intensamente perfumadas.
"

Sem comentários: