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Ligustro
As artérias que cruzam a Avenida de Roma ou as
pequenas ruas que lhe são paralelas encontram-se arborizadas e ajardinadas com
esmero, valorizando imenso aquela zona moderna de Lisboa. É agradável passear
pelo bairro, observando as espécies botânicas que brotam espontaneamente, ou
não, em jardins particulares e públicos. Alguns moradores cuidam a preceito dos
seus quintais e até organizam pequenas hortas a despeito da exiguidade dos
espaços. Outros, talvez mais atarefados, deixam os logradouros abandonados mas,
mesmo assim, a natureza não se faz rogada e as ervas, que por vezes erradamente
se apelidam de daninhas, surtem nas épocas próprias bem viçosas. Ora, este
sujeito curioso pelas coisas da natureza costuma preencher o tempo que antecede
a aula de fitoterapia que dirige na Universidade Sénior dos Coruchéus, para
passear pelas redondezas, coscuvilhando e apreciando cheiros e coloridos. Tais
passeios dão, algumas vezes, o mote para os colóquios que se seguem, pois
frequentemente colhe um raminho da planta que irá protagonizar a lição do dia.
Em pleno mês de maio é impossível resistir ao aroma
dos ligustros floridos que formam as sebes dos quintais e por isso elegi hoje esta
planta para uma breve identificação.
O ligustro, também conhecido como alfenheiro, pertence à família das oleáceas, tal como a oliveira.
Refiro-me ao Ligustrum vulgare L.,
nativo da Europa e do norte de África, dado que este género apresenta cerca de
180 espécies, todas ornamentalmente lindas com as suas florinhas miúdas e
intensamente perfumadas.
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