Luz e Paz!
quinta-feira, dezembro 22, 2011
segunda-feira, dezembro 19, 2011
quinta-feira, dezembro 15, 2011
Assine e divulgue, s.f.f.
In Público (15/12/2011)
Por Ana Henriques
«Figuras públicas assinam petição em defesa do património da cidade
Carrilho e Jorge Silva Melo assinam petição para salvar Cinema Odeon
O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho é um dos signatários de uma petição destinada a impedir a transformação do Cinema Odeon, em Lisboa, num recinto comercial.
A câmara emitiu recentemente um parecer prévio favorável sobre o projecto, que prevê a manutenção da fachada e de alguns elementos interiores considerados mais marcantes, como o tecto de madeira e o frontão do palco. No caso dos emblemáticos varandins metálicos rendilhados do edifício, a solução encontrada pela família proprietária do cinema passa pela construção de réplicas. A ideia é que no recinto funcionem várias lojas viradas para a cultura, como uma livraria de primeiras edições e uma loja de discos especializada em música contemporânea. Os planos aprovados pela câmara contemplam também uma sala de exposições, uma leiloeira de arte, uma enoteca e uma loja gourmet, além de um parque de estacionamento subterrâneo.
Os signatários da petição, que reúne nomes como Raquel Henriques da Silva, Jorge Silva Melo e o arquitecto José Manuel Fernandes, instam o Governo e a autarquia a encontrarem "uma solução para o Cinema Odeon que dignifique a cidade, o país e o património", em vez de aceitarem a transformação do recinto "em centro comercial e estacionamento". Se não for possível a manutenção do cinema, ao menos que não se destrua o miolo do edifício, pede-se na petição pública.»
...
A petição está disponível AQUI!
sexta-feira, dezembro 09, 2011
P.S. Agradece-se que não olhem para o caos que vai pelo largo mesmo em frente à igreja, aos prédios em ruína (aí sim), etc. Porque ainda tiram o prémio a Lx, ok?
segunda-feira, dezembro 05, 2011
Odéon, o princípio do fim?
A CML acaba de dar parecer positivo, por despacho do vereador MSalgado (29.11.2011), a um pedido de informação prévia dos proprietários com vista à transformação do Odéon em c.c. e estacionamento subterrâneo. Manter-se-ão a fachada e o tecto em madeira, em jeito de rebuçado. uma VERGONHA. Que fazer? Não sei. O que sei é que se ninguém se mexer, diremos adeus ao Odéon enquanto tal. Pessoalmente, é a desilusão completa, nas pessoas e nas instituições envolvidas.
quinta-feira, dezembro 01, 2011
Restauração da Independência de 1640
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial EnciclopédiaDá-se o nome de Restauração ao regresso de Portugal à sua completa independência em relação a Castela em 1640, depois de sessenta anos de regime de monarquia dualista (1580-1640) em que as coroas dos dois países couberam ambas a Filipe II, Filipe III e Filipe IV de Castela.
Nos anos imediatamente anteriores a 1640 começou a intensificar-se o descontentamento em relação ao regime dualista em parte dos membros da classe aristocrática, dos eclesiásticos (principalmente os jesuítas, que exploraram nesse sentido as crenças sebastianistas – e, em geral, «encobertistas») e acaso também entre os interessados no comércio com as províncias ultramarinas do Atlântico.
(…) A má administração do governo espanhol constituía uma grande causa de insatisfação dos Portugueses em relação à união com Castela.
Dessa má administração provinha o agravamento dos impostos.
(…) A 6-VII-1628 era expedida a carta régia que, sem o voto das Cortes (por tradição, indispensável para que se criassem novos tributos), mandava levantar, por meio de empréstimo forçado, as quantias necessárias para a defesa, durante seis anos, de todos os lugares dos nossos domínios ameaçados pelos estrangeiros.
A população mostrou logo a sua má vontade.
(…) A tensão agravou-se quando o clero (cujos privilégios o isentavam de tais imposições) se viu também incluído na colecta geral.
(…) Também no Ultramar surgiram protestos.
(…) Em 1635 era estendido a todo o reino o imposto do «real de água», bem como o aumento do das sisas. Em 1634 confiava Olivares o governo de Portugal a uma prima co-irmã de Filipe IV, a princesa Margarida, viúva de Vicêncio Gonzaga, duque de Mântua. Ao mesmo tempo (fins de 1634) Miguel de Vasconcelos era transferido do seu posto de escrivão da Fazenda para as elevadíssimas funções de secretário de Estado, em Lisboa, junto da duquesa, cargo em que teve ensejo de desagradar muito aos Portugueses não partidários de Castela.
(…) Num escrito editado em 1641, sob o título Relação de tudo o que se passou na felice aclamação, declara-se que D. António de Mascarenhas «fora a Évora a amoestar aos cabeças daquela parcialidade que não desistissem do começado e que, para que a empresa tivesse bom sucesso, pedissem amparo à Casa de Bragança».
Era no duque, com efeito, que se pensava para chefe da insurreição e futuro monarca de Portugal independente; mas ele não achava oportuno o momento para tão grande aventura, e tratou de dar provas públicas de que reprovava a ideia. É de notar, todavia, que aos incitamentos internos se acrescentava um exterior, provindo da França, (…) então em luta com a Espanha, [que] se empenhava em impelir Portugal e a Catalunha contra o governo de Madrid.
(…) Em 1638 tomou o conde-duque uma outra resolução que descontentou a nossa gente: a pretexto de os consultar sobre uma projectada reforma da administração do nosso País, convocou a Madrid grande número de fidalgos, e ordenou levas de tropas para servir nas guerras que a monarquia espanhola sustentava, sangrando assim Portugal das suas maiores forças. (…) O que veio dar mais impulso à ideia da independência foram as novas exigências do conde-duque.
Em Junho de 1640, com efeito, insurgia-se a Catalunha, e Olivares pensou em mandar portugueses a combater os catalães revoltados, ao mesmo tempo que se anunciavam novos impostos.
(…) Aderiram à conjura o juiz do povo, os Vinte e Quatro dos mesteres e vários eclesiásticos, entre os quais o arcebispo de Lisboa, D. Rodrigo da Cunha.
Deram também a sua colaboração o doutor Estêvão da Cunha, deputado do Santo Ofício, e D. António Telo. Em Outubro realizou-se uma reunião conspiratória no jardim do palácio de D. Antão de Almada, a S. Domingos, em Lisboa. Assistiram, além dele, D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo, Jorge de Melo, Pêro de Mendonça e João Pinto Ribeiro.
(…) Teve também influxo na resolução a mulher do futuro Monarca, D. Luísa de Gusmão.
(…) Chegado a Lisboa a 21-XI-1640, João Pinto Ribeiro convocou os conspiradores para uma reunião num palácio que o duque tinha em Lisboa e onde ele, João Pinto, residia. Decidiu-se estudar em pormenor o plano do levantamento, amiudando-se as reuniões. Por fim, marcou-se o momento de sublevação: 9 horas da manhã de sábado, 1.º de Dezembro.
Na noite de 28 para 29 surgiram complicações, por haver quem julgasse que eram poucos os conjurados; mas João Pinto Ribeiro, a quem quiseram encarregar de transmitir ao duque o intuito de se adiar, opôs-se tenazmente a tal ideia, numa discussão que se prolongou até as 3 horas da manhã.
(…) O dia 1.º de Dezembro amanheceu de atmosfera clara e muito serena.
Tinham-se os conjurados confessado e comungado, e alguns deles fizeram testamento. Antes das 9 horas foram convergindo para o Terreiro do Paço os fidalgos e os populares que o padre Nicolau da Maia aliciara.
Soadas as nove horas, dirigiram-se os fidalgos para a escadaria e subiram por ela a toda a pressa. Um grupo especial, composto por Jorge de Melo, Estêvão da Cunha, António de Melo, padre Nicolau da Maia e alguns populares, tinha por objectivo assaltar o forte contíguo ao palácio e dominar a guarnição castelhana, apenas os que deveriam investir no paço iniciassem o seu ataque.
Estes rapidamente venceram a resistência dos alabardeiros que acudiram ao perigo e D. Miguel de Almeida assomou a uma varanda de onde falou ao povo.
Estava restaurada a independência …
No reino do absurdo
Mas isto é só para avisar os eventualmente interessados que os Prémios António Costa foram renovados por mais um mês - ver [aqui].
segunda-feira, novembro 28, 2011
Monumento ao Botânico Bernardino António Gomes
Chegado por e-mail:
«Exmo Director do DMC-DPC,
Lisboa, 27 de Novembro de 2011
Assunto: Monumento a Bernardino António Gomes no Campo de Santa Clara
Exmo. Arq. Jorge Ramos de Carvalho,
A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) vem por este meio chamar atenção para o mau estado de conservação em que se encontra há já vários anos o Monumento ao Dr. Bernardino António Gomes no Campo de Santa Clara.
Muito nos preocupa ver este, assim como grande parte dos monumentos e estatuária da nossa cidade, sem devidos cuidados de protecção e de conservação.
Estamos conscientes da tarefa complexa e difícil que é gerir, manter e recuperar os monumentos de Lisboa.
Mas esperamos que brevemente seja estudada e executada a limpeza deste monumento que homenageia um ilustre Botânico do nosso país.
Enviamos em anexo imagens para que possam constatar o terrível estado em que se encontra o monumento.
Com os nossos melhores cumprimentos,
A Presidente da Liga dos Amigos do Jardim Botânico,
Manuela Correia
--
LIGA DOS AMIGOS DO JARDIM BOTÂNICO
Rua da Escola Politécnica, 58
1250-102 Lisboa»
quarta-feira, novembro 23, 2011
Um grande desdobrável sobre Ressano Garcia
terça-feira, novembro 22, 2011
terça-feira, novembro 15, 2011
Paisagem Classificada de Sintra - QUERCUS condena novo arboricídio em curso
Recebido por e-mail:
«A Câmara Municipal de Sintra está a levar a cabo novo abate de árvores centenárias em plena Vila histórica: depois de dois plátanos localizados junto ao Palácio da Vila, foram já abatidas várias tílias de grande porte na Rua D. João de Castro, as quais haviam sido objecto de severas podas em Abril do ano passado, como já então denunciado pela QUERCUS. [1, 2]
O efeito regulador destas árvores no ambiente urbano, a sua contribuição para absorver os impactes da circulação rodoviária, e ainda o seu valor cénico e estético em local (ainda) classificado pela UNESCO, foram implacavelmente aniquilados, sem que aparentemente tenham sido consideradas alternativas para a conservação deste património arbóreo.
Acresce que, não obstante o direito à informação legalmente consignado, uma vez mais não se dignaram os Serviços camarários fornecer qualquer informação prévia à população sobre a intervenção prevista e o suporte técnico respectivo: estudos técnicos de diagnóstico fitossanitário e análise da estabilidade biomecânica das árvores que justifiquem ou recomendem as intervenções/abates de que foram alvo.
A decisão de abate de uma árvore, enquanto bem público e elemento fundamental do ambiente urbano que é, deverá ser sempre um último recurso, a ponderar de forma fundamentada e criteriosa.
Neste contexto, o Núcleo de Lisboa da QUERCUS, não pode deixar de condenar quaisquer intervenções camarárias que impliquem a destruição de mais exemplares arbóreos na Vila de Sintra, salvo se imperiosas e justificadas razões fitossanitárias o recomendassem.
Não sendo conhecidas, nem tendo sido atempadamente divulgadas tais razões, foram pela QUERCUS solicitados, com carácter de urgência, diversos esclarecimentos ao Presidente da Câmara Municipal respectiva, no que concerne à intervenção em curso, bem como as razões, de índole fitossanitária ou outra, subjacentes aos abates verificados.
Entendemos que qualquer intervenção camarária no arvoredo público de Sintra deve ser tecnicamente justificada e ambientalmente sustentada.
O Núcleo Regional de Lisboa da QUERCUS - A.N.C.N. deplora a atitude da Câmara Municipal de Sintra e apela à imediata suspensão dos trabalhos de abate em curso, bem como à divulgação pública das razões que o determinaram
Porque o património arbóreo de Sintra é, também, Património da Humanidade!
Lisboa 14 de Novembro de 2011
Notas:
1 Novo Arboricídio em Sintra - Centenas de árvores podadas incorrectamente e fora de época
http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=3200
2 Rua D. João de Castro em Sintra, fotos de 21-04-2010 - Blog Rio das Maças
http://riodasmacas.blogspot.com/2010/04/sem-mais-comentarios.html»
sábado, novembro 12, 2011
Como é acarinhada a calçada portuguesa
Pois bem; a foto de baixo mostra o mesmo local, como se podia ver esta tarde - 4 meses e meio depois.
sexta-feira, novembro 11, 2011
Feliz Dia de S. Martinho!
Hoje é um dia Especial.
11/11/2011 - uma capícua, em Sexta-Feira, com Lua Cheia.
Dia de S. Martinho
(...)
Na seara madura de amanhã
Sem fronteiras nem dono,
Há de existir a praga da milhã,
A volúpia do sono
Da papoula vermelha e temporã,
E o alegre abandono
De uma cigarra vã.
Mas das asas que agite,
O poema que cante
Será graça e limite
Do pendão que levante
A fé que a tua força ressuscite!
(...)
- Miguel Torga, Terra
terça-feira, novembro 08, 2011
O Carmo e A Trindade
Mosteiro do Carmo
Pertenceu à Ordem do Carmo - os Carmelitas
1389 - fundação, por iniciativa do Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira; da Ordem do Carmo, também designados como carmelitas. Foi edificado em terrenos adquiridos irmã de D. Nuno, Beatriz Pereira e ao almirante Pessanha;
1393 - início da construção;
1407 - estava concluída a capela-mor e absidíolos da igreja conventual, aí tendo lugar os primeiros actos litúrgicos;
1423 - encontrava-se concluída a parte residencial, passando os religiosos carmelitas a habitá-la nessa data; professa-se D. Nuno com o nome de Fr. Nuno de Santa Maria, o Condestável, D. Nuno Álvares Pereira;
1551 - albergando 70 religiosos e 10 servidores, o Mosteiro possuía uma renda de 2500 cruzados;
1755 - o terramoto de 1 de Novembro danifica gravemente o Mosteiro, perecendo a biblioteca (constituída por 5000 volumes). Os 126 religiosos tiveram de abandonar o edifício, deslocando-se inicialmente para a Cotovia, depois para o Campo Grande;
1800 - obras nos telhados da zona habitacional;
1810 - as estruturas do Mosteiro eram ocupadas pelo Quartel da Guarda Real de Polícia;
1814 - encontrava-se aquartelada no local o Batalhão de Atiradores;
1815 - pinturas na zona habitacional;
1831 - parte do Mosteiro foi ocupado por um regimento de milícias;
1834 - início de obras a cargo da Repartição de Obras Públicas, com vista à adaptação de parte do Mosteiro para receber o Tribunal do Juízo de Direito do 3º Distrito;
1835 - Junho, o espaço habitacional foi arrendado e utilizado como oficina de serração;
1836 - após a expulsão das ordens religiosas, e de uma grande campanha de obras, é instalada nas antigas dependências habitacionais a 1.ª e 2.ª Companhia de Infantaria da Guarda Municipal;
1845 - instalação no edifício do 1º Esquadrão de Cavalaria;
1902 - grande campanha de obras, responsáveis, designadamente, pela fachada que dá para o Lg. do Carmo;
1911-1912 - reconstrução da muralha do Carmo, com colocação de amplos arcos ritmados, da autoria do arquitecto Leonel Gaia;
1955 - autorização para a execução de obras de conservação e reparação das fachadas e cobertura do quartel pela Delegação nas Obras de Edifícios de Cadeias das Guardas Republicana e Fiscal e das Alfândegas;
1969 - 28 Fevereiro, um abalo sísmico provocou danos nas estruturas da nave.
A Trindade
Real Mosteiro da Trindade
Pertenceu à Ordem da Trindade ou dos Trinitários
Construído no lugar de uma antiga ermida. O segundo mais antigo, sendo o primeiro o Mosteiro de S. Vicente de Fora.
A história oficial:
Convento da Trindade
1286 / 1325 - período de edificação do convento da Santíssima Trindade, com protecção da Rainha Santa Isabel ocupando a área compreendida entre a Rua Nova da Trindade, o Largo Trindade Coelho, a Rua da Misericórdia, o Largo da Trindade e a Rua de Oliveira ao Carmo;
Séc. XVI - pinturas do retábulo-mor por Garcia Fernandes, com uma Natividade, uma Ressurreição, Apresentação no templo, Ascensão, Pentecostes, Baptismo, Transfiguração e Santíssima Trindade;
1531, 26 Janeiro - terramoto que afecta gravemente a Igreja do Convento da Trindade;
1551, 28 Janeiro - novo terramoto que concorreu para intensificar a ruína da Igreja do Convento da Trindade;
1569 - desmoronamentos na Igreja do Convento da trindade e início de grandes obras de reconstrução e modificação de Igreja e Convento;
1613 - incêndio que destruiu por completo a capela-mor da Igreja do Convento da Trindade;
1629 / 1631 - entre estas datas avança-se consideravelmente nas obras do edifico conventual, com a construção do dormitório e das casas dos Provinciais;
1635 - avanço da obra de reconstrução da Igreja;
1640, 2 Setembro - ruiu o coro e as duas naves da primitiva igreja do Convento da Trindade;
Séc. XVII (terceiro quartel) - novo avanço das obras e alargamento da massa construída em relação ao primitivo convento;
1705 - execução do retábulo-mor por José Rodrigues Ramalho, o qual importou em 1:700$000;
1708, 21 Setembro - incêndio no Convento da Trindade e posterior reconstrução;
1755, 1 Novembro - o terramoto e o incêndio subsequente destroem praticamente por completo o Convento da Trindade;
1755 / 1788 - os Providenciais da ordem trinitária procederam a diversas campanhas de obras no edifício conventual;
1834, 10 Fevereiro - o Convento da Trindade foi suprimido por Portaria e entregue á Prefeitura da Província da Estremadura;
1834, 4 Julho - o Tribunal do Tesouro Público manda tomar posse de tonos os bens dos Trinos; o Governo desiste do projecto de instalar no antigo Convento o Tribunal da Prefeitura da Estremadura, decidindo lotear os terrenos resultantes das demolições já levadas a cabo para essa obra; os lotes de terreno foram comprados por Joaquim Ferreira Bastos, Manuel Alves Martins, e Valentim José Lopes, Joaquim Peres, tendo este último arrendado e depois vendido os seus terrenos a Manuel Moreira Galego; Manuel Moreira Galego instala em barracões já existentes no terreno uma Fábrica de Cerveja;
1838 - data do início da construção do prédio actual destinado desde logo a cervejaria por Manuel Moreira Garcia;
1854 - em Alvará real Manuel Moreira Garcia torna-se o Fornecedor de Cerveja da Casa Real, podendo com este título colocar as Armas Reais no frontispício do seu estabelecimento;
1863 - no antigo refeitório fradesco é definitivamente instalada a Cervejaria Trindade, com azulejos pintados por Luís Ferreira, o Ferreira das Tabuletas; revestimento da fachada com azulejos do demolido convento da Trindade;
1876 - decoração do tecto pelo pintor Vale, irmão de José António Vale;
1934 - a Fábrica e a Cervejaria passam a propriedade de um consórcio cervejeiro;
1935 - A fábrica encerrou e a exploração da cervejaria é entregue à Sociedade Central de Cervejas;
1945 / 1948 - obras de modificação e ampliação, é criado o novo salão e pequena sala anexa, com paredes decoradas com paineis em mosaico de Maria Keil;
1959 / 1972 - entre estas datas esteve activo o Restaurante Folclore, com funcionamento independente da cervejaria;
1974 - restabelecimento da ligação entre todas as salas, devolvendo á Cervejaria a configuração dos anos 40;
1986 - comemorações dos 150 anos da Cervejaria, inaugurando-se a Galeria de Arte;
1987 - Atribuição á Cervejaria da medalha de prata de Mérito Turístico pela Secretaria de Estado do Turismo;
1949 / 1983 - obras de adaptação;
1997 - A Direcção Geral de Turismo declara o imóvel de "relevante valor histórico-cultural";
1998 - obras de beneficiação na Cervejaria, procedendo-se á limpeza e conservação dos azulejos do Ferreira das Tabuletas, intervenção nas duas salas revestidas a azulejo, beneficiação da galeria de arte e esplanada.
segunda-feira, novembro 07, 2011
A tão necessária cooperação entre empresas públicas em tempos de crise
Para quem se interessa pela preservação das árvores em meio urbano
«SE AS ÁRVORES FALASSEM !
As árvores que dignificam as nossas praças e avenidas e embelezam os nossos jardins e parques são um elemento essencial de qualidade de vida, autênticos oásis no "deserto" que são tantos dos nossos espaços urbanos actuais. E, no entanto, é por demais evidente a ainda quase absoluta ausência de sensibilidade para o papel da Árvore em Meio Urbano. Provam-no os autênticos “massacres de motosserra” que destituem de dignidade e valor estético as árvores – ditas ornamentais – que marginam os nossos arruamentos e estradas.
Estas podas radicais são comummente justificadas com base em preconceitos que continuam arreigados na população, que muitas vezes as exige quando os responsáveis pela sua gestão e manutenção optam por outros modelos de condução. Assim, temos ouvido dizer, como justificação, que estas “rolagens” rejuvenescem e fortalecem as árvores, ou que são a única forma económica de controlar a sua altura e perigosidade... Será isto verdade?
1. A poda drástica rejuvenesce a árvore? – NÃO! São as folhas a “fábrica” que produz o seu alimento. Uma poda que remova mais do que um terço dos ramos da árvore – e as “podas” radicais removem a copa na totalidade – interfere muito com a sua capacidade de se auto-alimentar, desregulando o equilíbrio copa/tronco/raízes. O facto de as árvores apresentarem uma rebentação intensa após uma operação traumática – resultante do abrolhamento de gemas até então inibidas pelo controlo hormonal dos ápices agora removidos – não significa rejuvenescimento, mas sim uma “tentativa desesperada” de repor a copa inicial, à custa da delapidação das suas reservas energéticas. Nalguns casos este “esforço” pode mesmo ser fatal, se à supressão de copa se somarem outros factores de stress, como um Verão seco ou ataques de parasitas...
2. Fortalece-a? – NÃO, pelo contrário, a poda radical é um acto traumatizante e debilitante, uma porta aberta às patologias. As pernadas duma árvore massacrada têm, pelo seu grande diâmetro, dificuldade em formar calo de “cicatrização”, e os cortes nestas condições são muito vulneráveis a ataques de fungos lenhívoros. Para além disso, a copa das árvores funciona como um todo, sendo as folhas periféricas um escudo para a parte mais interna, protegendo-a das queimaduras solares. O nosso país está cheio de tristes exemplos, árvores cujo estado sanitário decadente é o revoltante resultado destas práticas no passado, as quais deviam envergonhar os seus mandantes!
3. Torna-a menos perigosa? – NÃO, estas “podas” induzem a formação, nas zonas de corte, de rebentos epicórmicos de grande fragilidade mecânica, pois têm uma inserção anormal e superficial no tronco. Como, ao longo do tempo, se desenvolvem podridões nesses locais, esta ligação fica ainda mais fraca, tornando estes ramos instáveis e potencialmente perigosos a longo prazo. Acresce ainda que nem todas as novas ramificações são viáveis, pelo que, após alguns anos de concorrência, surgem relações de dominância entre elas e as dominadas acabam por secar, aumentando o volume de madeira morta na copa.
4. É a única forma de a controlar em altura? – NÃO, a quebra da hierarquia – que estava estabelecida entre as ramificações naturalmente formadas – permite o desenvolvimento de novos ramos de forte crescimento vertical, mas agora de uma forma anárquica e muito mais densa! Não se resolve, assim, o motivo por que geralmente se recorre a esta supressão da copa, pois em alguns anos a árvore retoma a altura que tinha, sem nunca mais voltar a ter a mesma estabilidade nem a beleza característica da espécie...
5. É mais barata? – NÃO, se a gestão do património arbóreo for pensada a médio e longo prazo! Aparentemente parece ser mais económico recorrer-se a uma “rolagem” única do que fazer pequenas intervenções anuais e utilizar os princípios correctos de poda e corte, investindo na formação do pessoal ou recorrendo a profissionais especializados nas situações mais complexas. No entanto, esta economia é de curto prazo, pois, se por um lado as árvores se desvalorizam a todos os níveis, por outro lado está-se a onerar o futuro, que terá que “remediar” uma decrepitude precoce ou resolver a instabilidade mecânica dos rebentos formados após os cortes. E a redução da esperança de vida das árvores implementa custos acrescidos para sua remoção e substituição...
Acerca destas “ideias feitas”, responsáveis por tantos atentados à beleza, saúde e dignidade dos exemplares arbóreos das nossas urbes, já dizia o saudoso Eng.º Vieira da Natividade: “o podador domina porque enfraquece, vence porque suprime... em boa verdade a vitória não é brilhante”! E de facto, devia dizer-se de uma poda o mesmo que de um árbitro: - tanto melhor quanto menos se der por ela!
Francisco Coimbra
Consultor em Arboricultura Ornamental
Ex - Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Arboricultura
Bibliografia sobre este tema:
Drénou, C. 1999. La taille des arbres d’ornement. I.D.F., Paris, 268 p.
Shigo, A. 1994. Arboricultura moderna. Edição portuguesa publicada pela Sociedade Portuguesa de Arboricultura, 165 p.»
sábado, novembro 05, 2011
Uma pequena aspiração
Continua, no entanto, por satisfazer a modesta 'aspiração' que consiste em obter uma resposta satisfatória para uma pergunta já mil vezes colocada:
Dado que o lógico é que o custo das máquinas (e do pessoal a elas afecto) seja suportado, pelo menos em parte, pelos infractores, quantas coimas foram aplicadas (e, já agora, quanto "renderam") - desde que foram compradas (ou, p. ex., no último ano)?
ZERO ou ZERO-VÍRGULA-ZERO?
sexta-feira, novembro 04, 2011
Apontamentos de uma terra sem uma gota de auto-estima
quinta-feira, novembro 03, 2011
Concerto, amanhã, na Igreja do Menino Deus
A Música Sacra no tempo de D. João V (Compositores de 1711 a 1750)
João Rodrigues Esteves: “Pinguis est Panis”
Johann Sebastian Bach: Ária “Schlummert ein, ihr matten Augen”
G.Ph.Telemann: Cantata “Ihr Völker hört” (Am Feste der heiligen drei Könige)
Johann Sebastian Bach: Sonata em Si bemol Maior, BWV 1021 Adagio/Vivace/Largo/Presto
João Rodrigues Esteves: “Regina Caeli Laetare”
La Nave Va - Ensemble Barroco
Maria Luísa Tavares, Mezzo-Soprano
Armando Possante, Barítono
António Carrilho, Flauta de Bisel
Edoardo Sbaffi, Violoncelo
Jenny Silvestre, Cravo
ENTRADA LIVRE
IGREJA DO MENINO DEUS - LARGO DO MENINO DEUS – LISBOA
Transportes: eléctrico 12, 28 e autocarro 37 (Praça da Figueira)
APOIO: Patriarcado de Lisboa e Congregação de São José de Cluny
quarta-feira, novembro 02, 2011
Mercados Municipais- Ases ou Trunfos?
«A existir um baralho de cartas em que o motivo fosse o Comércio - em vez de Ouros e Espadas tínhamos Lojas Tradicionais e Mercados/Feiras, e no lugar de Copas e Paus, estariam Grandes Superfícies e Centros Comerciais, o Mercado Municipal, quando não fosse trunfo, seria com toda a certeza um dos quatro ases do espectro Comercial das Cidades.
Um trunfo mal jogado, pode ser comprometedor, mas um Ás desperdiçado é uma perda quase irreparável!
É certo que, mercê também da sua localização privilegiada, no miolo da Cidade, o Mercado é um equipamento comercial que deve ser encarado para além de um meio que visa garantir o abastecimento público das populações locais ao nível dos frescos e outros perecíveis. Tal abordagem, quiçá demasiado ingénua, rapidamente foi sendo complementada por visões mais comerciais, no sentido lato da “coisa”, ou seja, um negócio potencial para a Cidade, para a sua oferta de Comércio e Serviços, e até para a própria requalificação urbana e gestão urbanística.
Olhando à nossa volta, vemos (…) a Ribeira (Lisboa), o Bolhão (Porto), o 1º de Maio (Barreiro), o Manuel Firmino (Aveiro), o D. Pedro V (Coimbra), o 1º de Maio (Évora) e o Livramento (Setúbal). Se bem que em distintas fases do processo, temos a prova de que se está a fazer algo em prol dos Comércios (como diria Fernando Pessoa), neste caso dos Mercados Municipais.
A discussão acerca do presente e futuro de um Mercado, acaba sempre por se quedar, numa primeira aproximação, por aspectos que não fugirão muito a problemas de acessibilidade, estacionamento, condições hígio-sanitárias exigidas e a inevitável concorrência das médias/grandes superfícies.
A um outro nível, já se aborda a adequação dos horários de funcionamento, a redefinição do mix comercial, a fidelização da clientela, os serviços complementares a prestar (prévios, durante e/ou pós-venda), o marketing (interno, externo e/ou interactivo), etc… .
Noutro patamar da dita discussão, cuja abordagem implica maior poder e responsabilidade e capacidade de decisão por parte dos actores (entenda-se, Autarquias e Operadores/Comerciantes), já se fala de novos modelos de gestão (directa, indirecta ou mista), parcerias público-privadas, (re)engenharia financeira (financiamento público, privado, etc…), negociação (concessão/exploração, …), etc… .
Numa revista espanhola da especialidade (e em Espanha, o Comércio até merece honras de “especialidade” !), é feita referência ao sector (é a expressão utilizada) dos Mercados Municipais, identificando três classes de Mercados – aqueles que fazem com que as coisas ocorram, os que esperam que as coisas ocorram e os que se surpreendem com o ocorrido.
Obviamente que quem age, quem espera e/ou quem é surpreendido não são os Mercados, mas sim os tais actores que poderiam e deveriam contribuir para a reestruturação funcional e revitalização comercial de tal equipamento (formato) comercial.
O Mercado é uma boa parte da vida e da vivência da Cidade, constituindo um óptimo barómetro, não só do nível e da qualidade de vida das populações, mas também um fiel indicador do momento actual da actividade económica local.
Nas cartas, um trunfo mal jogado, pode ser comprometedor, mas um Ás desperdiçado é uma perda quase irreparável!»
sábado, outubro 29, 2011
No reino do absurdo
Além do estacionamento legalizado em cima do passeio, note-se como o problema dos tocos de árvores (ali, e ao contrário do que sucede no resto da cidade) foi resolvido, a bem do estacionamento automóvel.
As duas imagens de baixo mostram o estado do passeio mesmo quando, mais a nascente, deixa de ser permitido estacionar em cima dele.
sexta-feira, outubro 28, 2011
Ganhando por dois "carrinhos" (ou mais...)
EM RESPOSTA a este comovente apelo ministerial, aqui fica uma sugestão múltipla:
«Senhor ministro, peça ao seu colega do MAI que mande cobrar as verbas correspondentes a quem se mostra disposto a pagar para fazer o que aqui se documenta. Ao mesmo tempo, providencie para que vão para olho da rua os indivíduos que são pagos para evitar que isto suceda e não o fazem; assim, o Estado poderá ganhar pelo lado da cobrança e pelo da redução da despesa. Claro que estou a referir-me aos peões que, pretextando não poder usar os passeios, circulam pelo meio da faixa de rodagem, infringindo o Código da Estrada».