quinta-feira, março 21, 2013

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Temos uma sem classe política, resultante do alapamento das estruturas democráticas por máfias nos partidos políticos que vão criando uma crescente ruptura entre os sentimentos, as aspirações e o bom senso da população e a direcção e gestão da coisa pública.
Julgo que o sistema eleitoral autárquico, de que já aqui falei é um dos responsáveis pelo apodrecimento da transparência, pelo crescendo da corrupção, pela degradação do território e perda da identidade das gentes.
Embora na lógica do mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma os sem classe alapadadores da coisa pública decidiram “limitar” a eternização dos alcaides no seu poleiro, com o rasto de traficâncias, golpadas, envelopes e assessores, jotas, jotinhas ou jotões. E com os compadres das cacicagens a ganharem a vidinha.
3 é suficiente (note-se que alguns já vão em 7 ou 8!).
Eu optaria por um sistema à brasileira 1 mandato e pronto (aumentaria para 5 anos o mesmo).
Mas alguns engraçadinhos acharam que podiam voar, qual Ichtyornys (dinossáurios voadores) e ei-los pimpões a candidatarem (arrastando toda a sua máfia!) no município ao lado.

Já aqui referi que se vão meter numa embrulhada e se chegarem ao fim, já a saber que podem ser candidatos (poderá acontecer, no limite que o sejam, e depois deixem de o ser!, conhecendo a morosidade da nossa justiça, e os recursos, e mais recursos que podem submergir o direito, e torná-lo torto) poderá ser tarde para serem mais que humilhados pelo povo, que está farto destas brincadeiras  os deverá votar ao desprezo.
Mas dizem-nos as “vox populis” que estas fraudes eleitorais já tem outros poleiros...
Hoje foi o Seara. Não se falará nas próximas semanas, várias semanas, talvez meses, se não no falso candidato, aqui ali e acolá e os jornais amplificarão a “coisa”,,,
Talvez porque essa manobra de diversão, previsível, muito previsível, sirva para elidir a falta de ideias, de projecto, de programa para as cidades onde agora essa gente quer poisar.
E a desgraça que é o facto dos partidos não se terem entendido não só na clarificação de matéria da sua competência, mas também serem incapazes de reformular o poder local e poupar-nos talvez 4 mil milhões de cargos e incompetências.
Mas mantenhamos a cabeça erguida, e com atenção aos buracos da rua.

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